( Nicole – On )

No dia anterior, eu quase contei o que sentia para Justin, então para eu me sentir melhor, quando cheguei da escola já comecei a preparar as minhas palavras, o que vou dizer para o amor da minha vida, procurei até no Google algumas coisas, hoje vai ser um dia para ser lembrado, hoje meu diário vai relatar passo a passo, nada pode dar errado, NADA.

Me arrumei mais do que o normal, fiz chapinha, passei maquiagem, fiquei linda, pelo menos era isso o que eu achava.

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Já era quase 9:30 da manhã, era quase a hora do intervalo, eu estava super nervosa, sentia calafrios, suava, era uma coisa de louco.

Me olhei no espelho, arrumei meu cabelo e o sinal tocou, quase que meu coração sai para fora. Fui andando até a porta, aquele caminho nunca pareceu tão curto como hoje, ai Meu Deus, me ajude ! Tudo está na ponta da língua, não posso errar.

Andando em direção dele até que chego em sua rodinha.

Nicole: Justin, eu posso falar com você ? – disse morrendo de vergonha e medo.

Bieber e seus amigos me olharam com cara de deboche, e pensaram: quem é essa garota?

Justin: Ta bom, mas seje rápida.

Nicole: Mas em particular.

Justin: Ok, vamos ali então. – Bieber apontou um lugar com poucas pessoas.

Fomos andando até lá, meu coração não sabia se batia muito mais forte, ou se parava de bater de tanto nervosismo.

Justin: Então?

Nicole: Justin, e... e... eu te amo- disse gaguejando – você é a ração da minha vida, não posso viver sem você, eu...

Justin: Desculpa, mas como você pode me falar essas coisas se nunca nos conhecemos? – disse interrompendo-me – Eu não sei nem o seu nome, JÁ SEI! Gaguinha? Você é só mais uma que vem falar que me ama, apenas mais uma insignificante. Tenho muito mais o que fazer ao invés de ficar escutando uma menininha dizendo que me ama.

Justin saiu dando risada, e fez sinal como o dedo para seus amigos que eu era louca. Quando ele chegou na rodinha de amigos, o mesmo abraçou Caitlin bem forte, piscou e mandou beijo para mim. Meus olhos se encheram de lagrimas, nunca vou me esquecer de nada disso, dessas palavras, do olhar de nojo que Bieber tinha em relação á mim. Isso foi horrível, o pior dia da minha vida, meu mundo simplesmente se desfez, eu não tinha onde fugir, eu era uma pessoa soltaria, não tinha amigas a quem pudesse recorrer. Era apenas o mundo e eu.

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Já estava em casa, jogada na cama, sem fome, sem sede, sem vontade de fazer nada. Eu sempre fui uma amante da música, então, escrevia tudo o que sentia em papeis, e depois tudo aquilo virava música.

Minha mãe andava muito preocupada comigo, ela não sabia o que tinha acontecido, mas via em meus olhos como eu estava, e pelo fato de eu não comer nada, nem sair do quarto já ajudava bastante para ela saber que sua filha não estava bem. Eu e meu irmão John éramos tudo para ela, se acontecesse algo com nós, ela ficava louca. Eu a amava muito, apesar dela querer dar algumas vezes de mãe super protetora. Isso me irritava, mas dava para ver que ela só fazia isso porque me amava. E vamos falar a verdade, esse mundo em que vivemos está cada dia pior, não é atoa que vemos tantas tragédias na TV

Toc toc toc

Nicole: Quem é?

Phoebe: Filha está tudo bem?

Nicole: Está sim mãe, - sequei minhas lagrimas rapidamente - pode entrar.

Então minha mãe abre a porta, e me vê jogada na cama só com um papel e uma caneta, e ela conhece sua filha, a maioria das vezes que ela está assim na cama com um papel é porque está deprimida.

Phoebe: Não minta para mim, eu sei muito bem que não está. Vamos filha, eu sou sua mãe, me diga o que está acontecendo. Quem sabe eu possa te ajudar?

Nicole: Ai mãe, não, eu estou bem. É coisa de adolescente sabe? Uma hora está feliz, outra triste. Isso é normal mãe.

Phoebe: Você acha mesmo que eu vou cair nessa mocinha? Eu te amo, e eu quero o seu melhor, sempre fiz de tudo para que você, John e seu pai fossem felizes. Não é agora que eu vou desistir.

Nicole: Mas mãe, eu... – respirei fundo – Ta bom, eu sei que se eu não contar você vai ficar chateada comigo, e eu não que isso. Bom, é que tem um menino na minha escola, o nome dele é Justin Bieber, eu gosto muito dele mãe, e hoje eu tomei coragem e resolvi contar á ele o que eu sentia, e foi horrível, Justin me humilhou, falou que eu sou louca para seus amigos e deu risada de mim. Eu nunca esperava isso dele, eu achava que ele era gentil, amoroso, legal, mas realmente as aparências enganam.

Phoebe: Filha olha, eu sei que é difícil isso que você está passando. E deixa eu te contar uma coisa. Não foi fácil o seu pai me conquistar, sabia disso? Eu também era aquelas meninas populares que toda escola tem. E seu pai um simples Nerd, ele fazia cada coisa que você não tem noção. Então crescemos e amadurecemos, e um dia eu encontrei com ele no shopping, isso depois de muitos anos, já estávamos até na faculdade, e eu o reconheci, e fui lá pedir desculpa por tudo o que eu tinha feito para ele no colegial, na hora ele não me reconheceu, mas quando disse o meu nome, seus olhos brilharam, foi assim que viramos amigos, depois veio o amor.

Nicole: Ai mãe isso é muito fofo, mas eu tenho certeza que nada disso vai acontecer comigo, eu sou uma das pessoas que mais tem azar no mundo. Acho que nem vou me casar, e se um dia eu quiser ter um filho, vou ter que adotar.

Phoebe: Nic, não pense assim, você é muito jovem ainda, só tem 14 anos. Um dia você vai achar um rapaz que vai fazer o sol nascer só para te ver sorrir. O amor dele por ti vai ser infinito. Mas isso não acontece de uma hora para outra viu? Espere que Deus tem o melhor para você.

Nicole: Obrigada mãe – disse com um sorriso no rosto.

Bom, minha mãe tinha razão, eu era nova, eu ainda ia encontrar alguém que me amasse de verdade, mas aquilo que Justin fiz comigo doía muito. Eu não parava de chorar, só parei mesmo quando minha mãe entrou no quarto, pois não queria que ela me visse chorando, isso faz mal para qualquer mãe ver seu filho chorar.

Mas um dia, eu sei que um dia, Justin vai se arrepender de tudo o que ele fez comigo e com todas outras meninas que já se apaixonaram por ele. Eu sei disso.

Então comecei a fazer academia, para mostrar o corpaço que eu tinha, afinal, eu era descendente de brasileiro. Meus avós Roberto e Fernanda eram brasileiros, e eles resolveram se mudar para o Canadá afim de uma vida melhor, então tiveram minha mãe aqui mesmo no Canadá, e por fim, minha mãe me teve. Eles são uma fofura, amo eles, os mesmos me ensinaram português, eu simplesmente amo o Brasil, espero um dia poder ir lá!

Justin, você mal pode me esperar! É como dizem mesmo, hoje você faz as garotas chorarem, amanhã elas se vingam!