Cold Eyes escrita por Van_Michaelis


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Aqui um capitulo importante para o futuro da fic, e também mais sobre o Phillip, a família real e todos os envolvidos com Nick. E eu mexi nisso aqui três vezes, mas o nyah está acabando com a minha configuração do texto, vou postar assim mesmo e depois vejo o que fazer...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/187452/chapter/5



Phillip era o herdeiro da família real inglesa. Na maior
parte do tempo, estava ocupado demais para se divertir. Afazeres, estudos, diplomacia...nunca podia viver sua vida segundo aquilo que desejava. E isso se refletia no amor, também. Estava noivo de uma jovem princesa francesa, uma linda mulher escolhida especialmente por seus pais. Enquanto que seu coração pertencia a apenas uma pessoa: seu primo Nicholas, o único que ele amara.

Por isso, sempre que conseguia dar uma fugida de seus
problemas, corria para a casa do família Heagraves para passar um tempo junto de seu amor. E também, havia uma outra razão, ele sempre gostava de aproveitar essas visitas para matar a saudades de sua irmã.

-Irmão!- Mary sorriu ao ver quem estava ali, e o príncipe
logo sorria para a pequena, soltando Nick e abraçando-a.

-Como está você, Mary?

-Muito bem. Estou aprendendo a tocar piano. – a menina
estava animada, ela sempre gostava quando um de seus amados irmãos ia visitá-la.

Richard estava perto dali, não fora participar da recepção
por não fazer parte da família, mas estava por ali e percebera a situação.
Então esse era o motivo para que Mary fosse mantida ali, tão distante da
sociedade, no meio de uma área rural. Uma filha bastarda do próprio rei! Isso seria extremamente perigoso se descoberto antes do tempo...

Phillip sorria e respondia a todos, esperando o protocolo de
respeito e boas vindas acabar para dar uma fugida de todos e conversar um pouco com o primo. Enquanto sabia que não seria possível, resolveu brincar um pouco com sua irmã. Ela sabia que ela era bastarda, claro, mas para ele era tão sua irmã quanto os outros dois filhos do rei, que haviam nascido dentro do casamento. Não gostava do fato de que a menina, que ainda era uma criança, fosse mantida assim, longe da vista de todos e com sua existência em segredo.
Apesar disso, reconhecia que não estavam passando por um período de
estabilidade política, sua família possuía diversos inimigos e revelar que Mary existia podia ser um ato extremamente perigoso para a coroa. Por isso, e só por isso, concordava com a solução decidida.

Edward era o filho do único irmão do antigo rei, que tivera
um filho, que atualmente governava e duas filhas, que não tinham descendência. Portanto, a linha natural ao trono passava pelos dois príncipes, Phillip, de 19 anos, que aos 20 completaria a maioridade e se casaria, Harry, de 13 anos e pela pequena Jessyca de 7 anos, tirando claro, sua filha bastarda Mary.  Depois, recaia sobre o próprio Edward,
Nicholas e em seguida as gêmeas.

-Então, Mary, o que tem aprendido aqui?- A menina sorriu com
a atenção do irmão mais velho. A garota não sabia que era filha do rei, apenas que seu pai era um homem importante.

-Eu gosto de piano, mas é difícil.- falou, rindo.- Eu estudo
com a Sra. Wenton junto com Anne e Melody. Mas não é muito divertido. Além de aprender a escrever, contar e ler, temos de tocar instrumentos musicais, aulas de etiqueta e também costura. E eu não sou boa em bordar...e ela sempre briga comigo...

-Pode deixar que seu irmão vai falar para ela não brigar com
você mais.

-Promete?- Mary exigiu.

-Prometo, fofa.

E ficou conversando um pouco mais ali, sob o olhar de seus
inúmeros guardas costas e de seu assessor pessoal. Mas assim que conseguiu uma brecha,  fugiu até a sala de estudos, onde encontrou Nick e Richard compenetrados em estudar sociologia e matemática.

-Nick? Posso pegar uns minutos de você?

O garoto assentiu, pedindo gentilmente que seu professor os
deixasse a sós. Ele sabia sobre o que o primo queria conversar.

O menor foi imediatamente envolvido por braços carinhosos,
que o apertavam contra o corpo do mais velho, e Phillip aspirava o perfume suave de seu amado. O pequeno deixou que ele o abraçasse, mas estava um pouco reticente com seus toques.  Como sempre.

-Eu senti tanta sua falta, Nick. É horrível seu pai não te
deixar sair daqui. Se você pudesse ir para a corte...

-Meu pai nunca me deixará sair, e devemos nos conformar com
isso. E você não devia estar aqui. Tem muito a fazer na corte, e tem também os preparativos do seu casamento- a voz de Nicholas mantinha seu tom formal e gelado habitual.

-Nick... Você sabe que é a única pessoa que eu amo!

-Não é isso. - suspirou. - Você tem se concentrar em seus
afazeres. Sua maioridade está chegando, e com ela seu casamento. Há coisas que devem ser mais importantes do que eu, Phillip. – o menor se sentia um pouco chateado por sempre rejeitar o primo, mas não o amava e não podia se obrigar a amá-lo.

-Eu sei... eu seria a pessoa mais feliz do mundo se pudesse
ter seu amor. Mas sei que isso não vai acontecer.

-Me desculpe.- pediu, se afastando do maior.  Não podia corresponder aqueles sentimentos.

-Eu vou me concentrar no casamento e na futura coroação.
Você tem razão, tenho que me preocupar mais com essas coisas se eu quiser ser um bom rei...então...posso te pedir uma coisa? – o garoto assentiu.- será...será que posso te beijar? Apenas essa vez, como uma despedida? – Nick pensou, e não viu motivos para recusar.

-Pode.

Com toda a delicadeza, Phillip envolveu a nuca de Nicholas,
trazendo o pequeno rosto até o seu, e colando seus lábios aos do garoto,
roçando suas línguas em um beijo calmo e doce.



XXX



Richard, deixando os primos conversarem sozinhos,  resolveu se afastar um pouco da confusão que estava acontecendo com a visita. 
Portanto, pegara um livro na biblioteca (da qual tivera a permissão de
uso), e estava indo pensativo em direção ao jardim, onde pretendia sentar-se embaixo da sombra fresca de algumas arvores e ler um pouco para se distrair, quando quase esbarrou em uma das empregadas, que vinha correndo pelas escadas.

-Me desculpe, eu a machuquei?

-Na...Não, Mr. Nichijou.- ela respondeu, corando. Seu nome
era Clara, uma jovem camponesa de 20 anos e, embora não tivesse muito trato devido a condição humilde de sua família, possuía certa beleza selvagem.  Assim como grande parte das jovens empregadas (era cinco, ao todo), estava apaixonada por um certo lindo, elegante e cavalheiro professor...que, para tristeza delas, acabaram descobrindo ser noivo
de uma moça na capital.-  a comitiva real tem de voltar para Londres, e estamos procurando sua majestade para avisá-lo...

-Eu sei onde ele está, posso ir chamá-lo.

-Obrigada!

O professor sorriu em retribuição ao agradecimento, e voltou
a subir as amplas escadarias. Uma pena que o príncipe parecia querer passar algum tempo com o primo, mas sendo quem era, já deveria estar acostumado com curtas visitas a família.

Abriu a porta da sala de estudos, mas assim que viu a cena
que lá se desenrolava, tratou de fechar com cuidado e se afastar. Esfregou os olhos, custando a acreditar. Acabara mesmo de ver o príncipe Phillip beijandoNicholas? Não...não podia ser...ou podia?




Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bem, mais um capitulo. No próximo, sentimentos proibidos começam a nascer em Nicholas e em seu professor...um amor novo para os dois...E eu fiquei com pena do Phillip...