Nightly Knights escrita por Vince


Capítulo 9
Capítulo 8- Bonheur de malheur


Notas iniciais do capítulo

Era uma vez um jantar no qual ninguém comeu quase nada...
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"Bonheur de malheur" significa "Felicidade da Infelicidade"; tem a ver com o começo do capítulo e o que o Richard falará.
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Dedico este capítulo a:
> Roli Cruz
> Winged Dreamer
> Black Blood
> Silent Night
> Carolisle
> MillaHalliwell
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Espero que isso os entretenha :D
Nos vemos lá em baixo!



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Capítulo 8- Bonheur de malheur


Estou com medo

Para usar o meu sorriso

Uma corrida à felicidade da infelicidade

Tanto medo

Para usar meus suspiros

Um amor dissimulado morre quando é o melhor

Eu tenho medo de me casar com o pior

Qualquer disfarce.

Então eu minto.

Maldição

Ao sacrificar meus sentimentos.


Sheisse¹. Outra pessoa para enganar?”, Velkhan pensou, ficando preocupado.

Victorique seguiu se aproximando da cadeira vazia enquanto puxava Clarissa pelo braço. Vê-la assim fez Velkhan se lembrar de quando eram mais novos. Mas um pensamento o incomodava: “Clarissa... Clarissa... O nome não me é estranho... Clarissa Mothe?

Velkhan fez questão de se levantar e puxar a cadeira para a general sentar-se. Clarissa era uma mulher muito linda. Os cabelos eram de um tom de castanho que se misturava ao loiro e caíam lisos sobre os ombros. Os olhos eram de um tom muito claro de azul, com riscos verdes. Os lábios eram rosados e cheios. Então ele lembrou.

Kristin puxou Velkhan para o meio do salão, onde uma jovem, que estava de costas para eles, esperava por algo.

— Velkhan, quero que conheça Lady Clarissa.

Velkhan fez a mesura de má vontade e estendeu a mão para a garota. A jovem virou-se para eles. Seus cabelos claros estavam em uma trança que caía sobre seu ombro direito. Os olhos encaravam Velkhan com curiosidade e seu sorriso era muito inocente.

Ela fez uma reverência e baixou a cabeça.

— Majestade. Príncipe Velkhan.

Aquilo chamou a atenção de Velkhan. Normalmente as garotas que sua mãe escolhia para ele não eram tão bonitas ou tão educadas. Sempre faltava um dos dois. Mas essa era o perfeito equilíbrio.

Velkhan dançou com ela exatamente como faria como se fosse outra. E exatamente como se fosse outra, ele fez a mesma pergunta de sempre.

— A senhorita está interessada em mim ou em ser a minha rainha?

A jovem riu.

— Nenhum dos dois, Velkhan. Acho que você não se lembra de mim. Eu não era tão... bonita antes. Eu era um pouco mais baixa e um pouco mais gorda. E sei que você não trairia Victorique.

— Como você... — então tudo fez sentido — CLARY?

Ela riu

— Vick me mediu para ver como você estava. Se estava casado, solteiro, noivo... Mas vejo que continua fiel a ela.

Velkhan apertou o braço na cintura da velha amiga, a filha do general dos tempos em que ele e Victorique viviam seu “feliz para sempre”.

— Sempre serei. — ele riu — Diga isso a ela, por favor.

Velkhan sorriu para o porto seguro que encontrara no meio daquelas águas furiosas.

— Lady Clarissa. — Disse com um sorriso. Então, como que para empurrar a cadeira para que ela se sentasse, ele aproximou a cabeça do ouvido dela e sussurrou — Sempre mudando quando lhe encontro, hein, Clary?

A general virou-se para o lado para encarar o cavaleiro.

— Como? Meu rapaz, eu... — ela parecia que ia começar a brigar, mas quando encarou Velkhan nos olhos, ela arregalou os olhos — V...

— Walter, lady.

— Walter, é? — Velkhan assentiu. — Conversemos, então, Walter.

— Clarissa, esse é Sir. Walter... Desculpe, mas não sei seu sobrenome — Victorique disse olhando para Velkhan.

— Walter Krüger, soberana.

— Sir. Walter Krüger. Ele é o líder da tropa Nacht Ritter. Mas ainda não faço ideia de onde eles são. — ela disse, olhando para Velkhan ferinamente. Ele notou que Charlotty também o olhava assim.

— Somos do reino da Romania. A senhora, soberana, mandou um convite de seu casamento para o rei e a rainha, vossas majestades Wolfgang e Kristin. Eles nos enviaram como um presente antecipado, guerreiros que seriam sua escolta.

Victorique encostou as costas no encosto da cadeira e começou a olhá-los de maneira descrente. Não que ela não acreditasse nele, em Walter, mas Charlotty raramente errava quando tinha um Vislumbre.

— É mesmo? — Charlotty entrou na conversa — Sem ofender seus soberanos, mas foi um pouco... indelicado da parte deles simplesmente mandar um bando de homens sem nem, ao menos, mandar uma carta antecipadamente.

Thomas já estava preparado para isso.

— Perdão, milady. — Thomas disse. Ele pôs a mão dentro do casaco e tirou um pergaminho selado com um brasão: dois unicórnios um de frente para o outro, uma coroa flutuando sobre suas cabeças. — Foi descuido de minha parte. Se a soberana — disse, falando com Victorique— não acreditar, basta enviar uma mensagem para o reino, que eles, pessoalmente lhe responderão.

Thomas entregou o pergaminho para Charlotty, que estava sentada ao seu lado. Ela, por sua vez passou o pergaminho para Victorique, que pode perceber que realmente se tratava de uma carta escrita pelos soberanos da Romania. Apenas os pais de seu amado Velkhan a chamavam de “preaiubitul nostru prinţesă”; nossa querida princesinha.

Victorique leu a carta mais duas vezes. Virou o pergaminho e, inclusive, virou-o ao contrário.

— Procurando alguma coisa, majestade? — Isaac perguntou-lhe, tirando-a de seu “transe”.

— Desculpe. O... O príncipe não... Não mandou nenhuma mensagem?

Uma luz de esperança se acendeu em Velkhan. Ele teve vontade de se levantar naquele exato momento e dizer “Sim! Sou eu! Eu estou aqui. Eu ainda te amo. Case-se comigo”; mas se conteve. Já Richard...

— Não senhora, rainha. Pelo contrário, quando lhe perguntamos se ele gostaria de mandar-lhe alguma mensagem, alguma congratulação, votos, ou qualquer coisa assim, ele disse que não fazia questão, não queria nem saber. — disse com um sorriso. — Ele, na verdade estava muito ocupado cortejando a duquesa de Domenii, a linda... Arre!

Velkhan chutou-o por baixo da mesa e o encarou com um olhar mortal. Richard abaixou a cabeça para o seu prato e encarou a folha de alface como se ela fosse a coisa mais interessante do mundo. Charlotty se engasgou com o vinho por estar rindo.

— O nome da duquesa é ‘Arre’? Isso parece nome de homem... ai!

Dessa vez foi Victorique quem chutou alguém por debaixo da mesa.

— Charlotty! Respeite o príncipe Velkhan. Ele é um homem respeitável! Se está cortejando a duquesa Arre é por que...

— Perdão pela interrupção, rainha, mas há um grande equívoco aqui — Isaac interrompeu — o nome da duquesa não é “Arre”. Ela se chama Katherine. — Clarissa olhou de maneira inquisidora para Velkhan, que parecia querer esconder o rosto com a mão.

— Deixemos de falar do príncipe, por favor? — Hector pediu, olhando para os cavaleiros. Velkhan teve vontade de abraça-lo naquele momento, mas simplesmente disse um “obrigado” mudo e Hector assentiu com a cabeça.

— O caso, soberana — Velkhan continuou como se nada houvesse acontecido — é que nossa função é ser sua escolta.

— Mas eu já tenho uma escolta. — Victorique respondeu.

— Com todo o respeito, majestade — Hector interveio — sua escolta não é... muito eficiente. Não comparada a nós. Nós somos cavaleiros de elite, os melhores guerreiros da cavalaria da Romania.

Uma ideia ocorreu na mente de Charlotty. Aquela era a situação perfeita para mostrar que estava correta sobre seu Vislumbre.

— Então eu proponho algo. Uma série de desafios, ou, se o que o senhor Hector disse sobre ser a “elite” for verdade, serão apenas brincadeiras. Assim, Lady Clarissa poderia verificar se são mesmo adequados para fazerem parte da escolta de nossa rainha.


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Notas finais do capítulo

¹- Sheisse é o equivalente alemão para "bosta"; "merda".
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A letra de Bonheur de Malheur:
http://letras.terra.com.br/mozart-lopera-rock/1561492/traducao.html
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A fic de hoje é:
Like A Fairytale escrita por Black Blood
https://www.fanfiction.com.br/historia/188831/Like_A_Fairytale
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NOTA: minha fic "Veronica" será repostada, então, se possível, deem uma olhada lá, por favor.
https://www.fanfiction.com.br/historia/194651/Veronica
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Até o próximo capítulo!



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