Nightly Knights escrita por Vince


Capítulo 8
Capítulo 7- L'émotion étrange


Notas iniciais do capítulo

Era uma vez o início dos problemas...
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UM MILHÃO DE DESCULPAS PELA DEMORA!!! SINTO MUITÍSSIMO!
Um monte de coisas chatas aconteceram e só vou poder postar nos finais de semana D:
Desculpem-me por isso :/
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"L'émotion étrange" significa "A estranha emoção". É o segundo verso de "Le Bien Qui Fait Mal" do Mozart L'Opera Rock.
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Capítulo dedicado a:
>RoliCruz
>Silent Night
>belawang
>carolisle
>Winged dreamer
>Black Blood
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Espero que gostem do capítulo! (mas acho queele ficou curto)
Nos vemos lá em baixo!



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Capítulo 7-L'émotion étrange


Mas de onde vem

A estranha emoção?

Que me fascina

Porque muito me incomoda


— Perdão? — Velkhan sentiu-se perdido por um instante. Levou, inclusive, a mão ao pescoço, tentando esconder o anel de Victorique, preso na corrente. Segurou-o com força. Ela olhou-o de maneira inquisitiva. Por sorte de Velkhan, ela não notara o anel.

— Desculpe, isso pode parecer repentino, mas... O que cavaleiros tão bons quanto vocês fazem cavalgando sem rumo? Isso não faz muito sentido para mim. Vocês mais parecem o esquadrão de elite de algum reino poderoso. — continuou Victorique.

— Ah, bem, nós...

— Ve...! Walter! — Velkhan ouviu. Hector estava na porta, encostado no umbral — Desculpe incomodar, eu...

— NÃO, não estava incomodando — Velkhan voltou sua atenção para ele — Desculpe-me princesa, mas meus cavaleiros me chamam — ele disse e seguiu Hector até seu quarto, ao lado do seu.


— Nossa, o que aconteceu? — Hector perguntou para Velkhan já dentro do quarto — Eu sumo por dez minutos e, quando volto, te encontro seminu e agarrando a Victorique. — ele riu.

Velkhan fez uma careta.

— Ela estava me interrogando. Perguntando “Por que cavaleiros assim ficam perambulando pela floresta alheia?” e “De que reino vocês vêm?”.

— Mas nós ensaiamos isso, não?

— Sim, mas na hora... Me deu um branco — Hector riu —Mas enfim, por que você apareceu no meu quarto? Qual o problema?

Hector suspirou e levou Velkhan até a janela. Apontou para baixo e Velkhan notou o problema: Cornell. O fenrir estava sob a janela, dois andares abaixo, olhando para a janela de Hector. Quando apareceram na janela, seu rabo começou a abanar, mostrando sua felicidade. Velkhan suspirou.

— Certo; isso é um problema.

— Sim — Hector concordou. — O que fazemos?

— Acho que ele está com... fome — Velkhan disse, mais para si mesmo do que para Hector. Virou-se para dentro do quarto, procurando por algo que pudesse dar a Cornell, uma fruta, qualquer coisa. Mas não encontrou nada.

— Qual a altura daqui até o chão? — perguntou Hector.

— Bem, creio que sejam... oito metros. Por quê?

— Ok, eu consigo. — Hector tirou o resto da armadura; a couraça, as manoplas, ficando apenas com as proteções das pernas e a túnica que usava por baixo. Subiu na janela e, quando Velkhan se deu conta, Hector pulou.

Hector aterrissou do lado do fenrir, sem maiores danos. Velkhan se surpreendeu pela habilidade do mercenário. Nunca ninguém faria esse mesmo salto como Hector, que encarou os oito metros como 40 centímetros. Ele virou-se para Velkhan e ergueu o polegar, mostrando que tudo estava bem. Ele virou-se para Cornell e, poucos momentos depois, estavam correndo para a floresta.

‡‡‡‡‡

Victorique voltou para a sala do trono. Charlotty esperava por ela sentada em um banco próximo ao trono dela.

— E então? Conseguiu falar com o tal William?

— É Walter. E bem... quase não falamos nada...

Charlotty cobriu a boca com a mão e deu um risinho.

— Então... ele é mais de “pegar” do que de “falar”?

— Charlotty! Não pense asneiras luxuriantes! É que ele estava sem camisa e... — Charlotty ia começar a falar novamente — Não ouse. Enfim, ele estava quase me respondendo, quando um dos cavaleiros dele me interrompeu. Alguma emergência de cavaleiro ou algo assim. — ela fez um gesto com a mão para mostrar que o assunto era desinteressante.

Victorique sentou-se novamente em seu trono, repousando depois do incidente. Sim, ela estava preocupada, mas algo no cavaleiro... Os olhos dele... Sua presença havia acalmado a rainha. Mesmo sem conhecê-lo. Ele lembrava-a de alguém que partira há muito tempo...

Seu pai.

Walter conseguia manter a mesma sensação de que faria tudo em seu alcance para protegê-la. Poucos que Victorique conhecia passam-lhe a mesma sensação: Seus falecidos pais; Charlotty e sua conselheira para assuntos relacionados à guerra, a general Clarissa Mothe. E só.

Sua linha de pensamentos foi cortada por Charlotty. Ela estava encolhida, as mãos nas têmporas e seus olhos estavam completamente brancos. Uma visão.

Charlotty não era uma maga qualquer. Ela tinha a benção dos deuses, tornando-a um oráculo, e podia ter vislumbres da Verdade. A Verdade não é simplesmente uma verdade comum, mas sim a revelação dos deuses de quando os pedaços do Caos se reúnem, possibilitando Charlotty de ver, inclusive, o futuro.

Victorique levantou-se do trono e correu para auxiliar a amiga. Charlotty tinha lágrimas de sangue escorrendo de seus olhos e murmurava palavras rapidamente; quase que uma oração.

Então parou. Seus olhos voltaram ao normal e ela parecia ter acordado de um sonho como aqueles em que a pessoa está caindo. Ela abraçou Victorique.

— Ainda não me acostumei com isso — Charlotty disse.

Victorique a abraçou com força e depois, deu-lhe um lenço. Charlotty ficou olhando o lenço com confusão.

— Você... Bem... Você chorou sangue — Victorique disse, meio sem jeito. Charlotty pegou o lenço e enxugou as linhas vermelhas que saíam de seus olhos. — Você está bem?

— Eu... Bem, não consigo me lembrar do que vi, mas... Sei que esses... “Cavaleiros” que nos salvaram... Bem, eles não são quem dizem ser. Nem Maxmillian.

— Por que?

— Victorique, me desculpe, mas não consigo lembrar. Sei que esses cavaleiros não são cavaleiros de verdade. — ela se levantou do banco no qual estava sentada. — Vamos interroga-los durante o jantar. São nossos hóspedes, então podemos fazê-lo.

— Ma - mas e quanto a Maxmillian?

— Sim, ele também não é quem diz ser... Mas creio que não seja algo realmente importante; apenas me lembro de que ele também estava no Vislumbre. — Charlotty comentou.

‡‡‡‡‡

— Onde está Hector? — Thomas lhe perguntou enquanto terminava de vestir o casaco.

Velkhan virou-se para a janela. Esperava ver Hector e Cornell saindo da floresta ou algo assim. Mas se assustou quando ouviu a voz vinda da porta.

— Por que perguntam por mim? — Hector disse. Estava encostado na parede; os braços cruzados sobre o peito. Já estava usando as roupas “comuns” e não mais a túnica e a armadura. Velkhan olhou para ele surpreso.

— Quando você chegou?

Hector riu de leve.

— Existe uma coisa mágica que se chama “porta”. Ou você esperava que eu fosse subir a parede até meu quarto?

Velkhan riu. Terminou de amarrar as botas e se levantou.

— Espero que o jantar seja servido em breve. Se Cornell estava com fome, eu morri de fome. Aliás, — Velkhan mudou de assunto — O que você deu para ele comer?

— Bem, alguns aldeões estavam passando e ele os engoliu — Hector deu de ombros. Thomas lhe encarava como se ele houvesse dito “Bem, a passagem para o submundo abriu e Hel decidiu dominar a superfície”. — Foi uma piada, Thomas, não tenha um ataque cardíaco.

— Não sabia que você fazia piadas — Thomas resmungou.

— Você não sabe nada sobre mim.

O salão de jantar era realmente grande. Haviam três longas mesas na sala, mas apenas a mesa central estava ocupada. Victorique sentava-se na cabeceira. Na cadeira a sua direita, estava Charlotty e a cadeira a sua esquerda estava vazia, mas os talheres, uma taça e um prato estavam posicionados ali como se houvesse uma pessoa para sentar-se ali. Ao lado de Velkhan.

— Então, senhores... — Victorique começou — sejam bem vindos ao meu castelo.

“Walter” respondeu-lhe.

— Muito obrigado, soberana. Agradeço em nome de meus companheiros também. Nós...

Velkhan foi interrompido pelo som das portas duplas de madeira do salão sendo abertas.

— Me desculpem pelo atraso é que... Quem são esses?! — uma jovem mulher perguntou, referindo-se a Velkhan e seus companheiros.

— Clarissa! — Victorique sorriu ao vê-la. — Estes são os Nacht Ritter. Senhores, esta é minha general para os assuntos belicosos, Clarissa Mothe.



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Notas finais do capítulo

Algumas notas:
1- "Walter" é pronúnciado como "Valter" e não como "Ualter"
2- Como Carolisle-san bem lembrou, um fenrir é um monstro da mitologia nórdica, filho de Loki. (obrigado carolisle, tinha me esquecido disso Dx )
3- O mundo no qual eles vivem se parece mom o nosso, mas eles não são cristãos e sim "pagãos", com seus próprios deuses, baseados na mitologia nórdica.
4- Hel (como Carolisle também me lembrou) é a deusa nórdica do submundo. Filha de Loki (também) foi banida para o submundo e parece ser meio mulher/meio cadáver (eca. prefiro acreditar que ela seja bem gata, fazendo o meu tipo)
5- esqueci de dizer que "Nacht Ritter" é o mesmo que "Nightly Knights", que significa "Cavaleiros noturnos".
6- não haverá nenhuma recomendação hoje, mal tenho lido fics aqui no Nyah... :/
7-Nova frequencia: postada aos finais de semana.
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Obrigado por ler! :3
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