Complicações escrita por ThayMichele


Capítulo 5
Ladra


Notas iniciais do capítulo

Ahh esse cap é um pouco dramático. Mas nem tudo são flores né?



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/187000/chapter/5

POV Rachel

Depois que conversamos no quartinho dos amassos, praticamente tudo voltou ao normal, voltamos a ser unha e carne. Havia mais insinuações, mais olhares, mas nunca fazíamos nada demais. Estava feliz com a minha relação com Finn, tudo estava muito bem.

UM MÊS E MEIO DEPOIS


Era sábado, tinha acabado de acordar. Me lembrava vagamente da noite anterior, mas sabia que tinha feito besteira. Tinha ficado com Puck, foi coisa de momento, ele foi tão sedutor que não resisti. Estava com dor de cabeça, não era ressaca, não tinha bebido mais que dois copos. Fui tomar banho para ver se melhorava, quando saí meu celular vibrou, fui ver e tinha recebido uma mensagem:

Preciso falar com você – Finn

De repente minha dor de cabeça piorou. Será que ele tinha visto? Porque eu estou me preocupando com isso, ele não tem nada a ver com quem eu fico.

Eu realmente queria acreditar nisso, mandei uma mensagem de volta:

Ta, pode passar na minha casa hoje à tarde =) - Rach

A manhã passou devagar, não fiz nada demais, tentei me distrair fazendo almoço, foi meio difícil. Fiz um almoço básico, só era eu mesmo, minha mãe estava na casa da minha tia, meu telefone tocou, era Puck, ignorei, deixei tocar até cair. Não queria um flashback da noite passada logo agora. Almocei, lavei a louça, coloquei meus fones e comecei a ouvir música, isso sempre me ajudou a fugir do mundo e relaxar. Deitei no sofá e esperei, depois de uma hora Finn bateu na porta. Tirei meus fones e fui atender a porta, recebi ele com um sorriso e ele retribuiu. Me abraçou, e eu soube que tudo estava bem. Entramos e fomos lá para trás, sentamos num puff que tinha lá, ele deitou a cabeça no meu colo e eu comecei a fazer cafuné nele, passar a mão no cabelo dele era uma terapia para mim, me acalmava. Ficamos assim, sem dizer nada, apenas aproveitando o momento.

–Preciso falar com você – Finn disse um pouco preocupado

–Pode falar – Olhei para ele incentivando-o a continuar, ele se sentou interrompendo meu carinho.

–Rach você conhece a Quinn né ? – Confesso que achei a pergunta meio vaga, sabia que viria mais.

–Conheço, não muito, mas sei que ela é famosa na escola, cobiçada pelos meninos, mas muito fechada – Não era uma das melhores pessoas na minha opinião. – Porque ?

–Er.. Fiquei com ela ontem. – Ele confessou muito envergonhado – Mas não sei o que fazer mais, como vou saber se ela ainda quer ficar comigo?

Eu entendi direito? Ele realmente quer algo sério com ela?

–Mas você ficou com ela ontem, apenas uma vez! – Questionei, porque ele estava tão interessando nela? E porque eu estou me importando?

–Eu sei Rach, mas foi especial. Senti algo diferente. – Ele realmente estava interessando nela. – Você vai me ajudar? – Eu estava abismada, como ele me pede uma coisa dessas?

–Ah, claro que eu vou te ajudar. – Falei meio sem acreditar nas minhas palavras.

–Muito obrigada Rach – Ele falou animado, me deu um beijo na bochecha. – Você é a melhor pessoa do mundo! Vamos ver um filme?

–Ahaam.. Ah, claro – Eu estava assustada ainda, mas tenho que aproveitar ele enquanto ainda posso. – Vamos ver um musical – Falei o puxando e ele revirou os olhos.

Finn foi embora antes de começarmos a vez o filme, o telefone dele tocou, ele atendeu e abriu um sorriso. Ele desligou e me falou todo entusiasmado que era a amiga da Quinn pedindo que fosse ao encontro dela para arranjarem mais um encontro entre ele e Quinn.

Ele foi embora e eu fiquei sozinha e triste, num segundo eu tenho um programa de sábado à noite com meu Finn, e no outro não nada para fazer. Meu celular toca me tirando de meus devaneios, novamente era Puck. Atendi e ele estava me chamando para ir ao cinema, eu não queria, mas aceitei. Subi tomei banho, me arrumei e sai. Ele estava lá fora me esperando. Entrei em seu carro e fomos em direção ao cinema, a companhia dele era agradável, não era gentil como Finn, mas descobri que gostava do jeito safado dele. Me fazia rir, e ele falava tentando me seduzir.

Chegamos ao cinema e ele foi comprar os ingressos e eu a pipoca, como havíamos combinado, mas ele insistiu em pagar. Não gosto disso, mas acabei concordando. Estávamos entrando na sessão e encontramos Finn e Quinn. Ver os dois juntos me irritou um pouco. Ele acenou para mim e eu sorri, logo Puck colocou seus braços em volta de minha cintura e o rosto de Finn mudou. Ele arrastou Quinn até onde estávamos.

–Oi Rachel, precisa de ajuda? – Ele perguntou meio furioso

–Porque ela precisaria de ajuda? – Puck perguntou confuso e um pouco grosso

–Você conhece esse cara? – Ele fingiu que Puck nem existia

–Ah.. conheço sim, Finn esse é Puck. Puck esse é meu amigo Finn – Apresentei tentando quebrar aquele clima. – Puck é.. – quais são as palavras certas mesmo? Peguete?? – Puck é um conhecido.

–Não sabia que ia ao cinema com conhecidos? – Finn estava estranho.

–Não vai apresentar a acompanhante? – Puck se manifestou

–Ahh.. Essa é a Quinn. Minha namorada. – Arregalei os olhos, namorada?? Como assim? Já? – Quinn essa é a Rachel, minha prima.

–Ah vocês são primos?! – Puck estava desconfiado. – Se você não me falasse, eu nunca diria isso.

–Vamos Finn, o filme vai começar. – Quinn arrastou Finn sem ao menos se despedir

–Vamos Noah – Entramos na sala do filme.

Não prestei atenção no filme, Puck não deixou. Eu realmente tentei resistir, mas depois descobri que não queria. Era bom com ele, era gostoso. Era uma ótima distração. Puck não queria nada sério comigo, nem eu com ele. Era perfeito.

Os dias foram passando, Finn e eu estávamos a cada dia mais distantes. Ainda nos falávamos, mas não era a mesma coisa. Eu sentia falta dele, e muita. Eu e Puck as vezes ficávamos, mas quando fomos pegos no quarto dos amassos eu achei melhor parar, ele entendeu de boa. Meus dias foram passando sem Puck, e principalmente sem Finn. Estava saindo da escola e Finn veio ao meu encontro.

–Ei Rach – Ele parecia animado

–Hey Finn – Meu DEUS como eu sinto falta dele.

–E ai! Vamos fazer um programinha hoje? – Fiquei surpresa, mas fiquei muito animada.

–Lógico, estava me perguntando já quando ia me incluir em sua vida novamente. – Falei brincando, mas era verdade. Ele percebeu.

–Eei, olha pra mim. – Olhei para ele – Você nunca vai sair da minha vida ok? Nem se você quiser. – Fez a brincadeira com meu nariz sabendo que eu iria rir.

–Então, na minha casa ou na sua? – Ele perguntou animado

Uns meninos passaram zuando Finn, falando que a tarde seria boa. Corei ao extremo, Finn percebeu e tive que segurar ele para ninguém apanhar. Fomos para minha casa, lá era melhor, podíamos ficar sozinhos. Chegando decidimos ver um filme, ele foi escolher um e eu fui fazer brigadeiro, terminei peguei duas colheres e fui para a sala, ele estava sentado me esperando. Sentei ao seu lado, ele não deitou no meu colo como sempre, vimos o filme, mas toda vez que eu encostava nele, ele me evitava. Ele estava evitando todo o contato comigo, e eu não entendi o porquê. Já estava ficando irritada, pausei o filme, olhei para ele.

–O que está acontecendo – Questionei já incomodada com a atitude dele

–Como assim? – Ele não havia entendido

–Como assim digo eu, o que foi? Deu pra ter medo de mim agora? – Essa saiu mais alterada do que devia.

–Não,só estou fazendo o que a Quinn falou – Ele estava confuso

–E o que a Quinn falou? E desde quando ela te diz o que fazer? – Já tinha esquecido meu limite já.

–Bom ela é minha namorada, e ela falou que a nossa amizade é estranha. Que parece que estamos juntos, mas tentamos esconder.

Eu não conseguia acreditar naquilo. Como assim? Sempre fomos assim. E sempre fomos amigos, desde que me entendo por gente.

–Isso é um absurdo e você sabe disso. – Estava tentando me controlar

–Eu sei, mas não quero dar motivo para as pessoas falarem. Ela tem me dado uns conselhos ultimamente. Ela só quer o meu bem.

–Ta bom Finn.

Eu nem conhecia essa Quinn direito, mas já não gostava dela, e neste momento estou com muita, muita raiva dela. Fui ao banheiro, dei um toque no celular da Santana e sai. Voltei a sentar no sofá, logo em seguida meu celular tocou. Era Santana.

Alo Hobbit?

–Ah Santana me desculpa, tinha esquecido de você!

–Esquecido o que? – Ela não estava entendendo nada, mas ela não precisava.

–Ah é mesmo, pode deixar logo estarei aí. – Finalmente as aulas de teatro serviram para alguma coisa, consegui ser bem convincente.

Desliguei o celular e voltei minha atenção para Finn.

–Desculpa Finn, mas tinha marcado com a Santana, mas esqueci. Você se importa de ficar sozinho? – Não queria mais ficar na presença de Finn, aquele não era o MEU Finn.

–Ah, não, pode deixar Rach, eu estou indo então. – Ele se levantou sorriu para mim e foi embora.

Quando Finn foi embora, eu subi para o meu quarto, me joguei na cama, peguei meu travesseiro e gritei agressivamente contra ele. Eu estava com muita raiva, muita raiva dessa tal de Quinn. Ela estava roubando o Finn de mim, pior, estava roubando o Finn dele mesmo.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bom, não está tão bom. Alguma dica? Eu prometo tentar melhorar