Complicações escrita por ThayMichele


Capítulo 13
Cada coisa em seu lugar


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo, aproveitem.



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POV Finn

Fui dormir atordoado, minha mãe tentou me consolar dizendo que tudo iria ficar bem. Eu não ia ficar bem sem a minha pequena.Queria tanto saber como ela está, abraçar ela, minha mãe falou que não se importa, que gosta muito da Rachel e da total apoio se é isso mesmo que queremos. O problemas é o resto da família. Revirei na cama tentando dormir, não estava conseguindo de jeito nenhum.

–Finn querido, está acordado? – Minha mãe chamou batendo na porta

–Pode entrar mãe, to acordado.

Minha mãe sentou ao meu lado na cama.

–Está tudo bem?

–Você sabe que não mãe. – Tentei não ser tão frio

–Porque filho? O que te atormenta?

–Me atormenta não saber da Rachel, não poder falar com ela. Você tirou meu celular, eu sei que mereci, mas eu queria muito falar com ela. Só ouvir a voz dela. – Implorei

–Se é isso que te atormenta, vou resolver seu problema. – Um sorriso iluminado apareceu em meu rosto – Não vou deixar você ligar para ela – Meu sorriso murchou – Você vai ficar sem seu precioso celular por um tempo, mas a Rachel ligou. Ela está bem, disse que está com saudade, te mandou um abraço e mandou dizer que te ama.

Fiquei radiante com a notícia, dei um sorriso de canto bobo.

–Durma bem filho – Minha mãe me deu um beijo na testa e foi em direção a porta.

–Mãe! – Ela me olhou – Obrigado por ser a melhor mãe do mundo, eu te amo.

–Também te amo filho, boa noite.

Minha mãe saiu me deixando sozinho. Ela tirou um fardo das minhas costas, me senti mais aliviado e consegui dormir. Acordei tarde, já eram 10 horas. Me levantei e fui tomar um banho para acordar de vez, desci e tomei café. Minha mãe me colocou de castigo, não tenho mais um celular e não posso estar fora de casa depois das 9 da noite. Sai para andar um pouco, precisava espairecer. Fui até uma pracinha que eu achei no caminho, sentei num banco e fiquei lá, apreciando a vista e sentindo o vento bater em minha pele. Fechei os olhos e fiquei lá por um bom tempo, era tão bom relaxar. Senti alguém sentar ao meu lado.

–Olha.. Eu não bato em mulher. Não teste a minha paciência, vá embora!

–A praça é publica.

–O que você quer hein Quinn? – Perguntei alterado

–Você. Eu quero você. É simples de processar e entender, mas parece que só você não entende.

–Entender eu entendo, mas a questão é que eu não quero você.

–Porque Finn, o que ela tem que eu não tenho? Melhor o que ela te deu? – Ela falou maliciosamente

–Não se atreva a desrespeitar a Rachel. – Ela levantou uma sobrancelha

–Ela começou.

–Olha Quinn, você não tem problema algum. Eu só não te amo, não é uma coisa que eu consiga escolher. Eu tentei te amar, eu não consegui!

–E você acha que eu consigo jogar o amor que eu sinto por você no lixo!? – Ela começou a chorar – Eu bem que queria, mas eu não consigo. Como você mesmo disse, eu não tenho escolha. – Eu me assustei

O silêncio predominou, com exceção dos soluços da Quinn.

–Você não me ama – Constatei

–Você não sabe o que fala, não é você que está sentindo.

–Desculpa Quinn, mas depois de tudo que fez! Uma pessoa fria como você não ama. Você é apenas possessiva. Orgulhosa, não aceita perder.

–Eu sei o que sinto – Ela falou num sussurro – Mas também sei que não me merece. – Ela se levantou para ir embora. Segurei seu pulso impedindo-a.

–Acabou? – Perguntei

–Acabou Finn, desisto de você. Estou provando meu amor por você te deixando livre. Seja feliz. – Ela se soltou e foi embora.

–Adeus Quinn.

POV Rachel

Passaram-se dias, minha relação com a minha mãe melhorou muito. Eu tinha mais liberdade para falar dos meus sentimentos, eu queria que ela entendesse o que sinto por Finn. Eu estava de castigo e não podia sair de casa. Finn estava sem celular, não estava tendo nenhum contato com ele. Meu coração estava quase em convulsão implorando pela presença dele, nem na escola eu estava o vendo. Minha tia Sue trabalha lá e se encarregou de não permitir ficarmos próximos. Minha vida estava horrível, só Santana que iluminava o meu dia, mas ela andava meio ocupada ultimamente. Vinha um feriado de quatro dias pela frente e eu não sabia o que eu ia fazer enfurnada dentro de casa sozinha. Eu ia arrancar meus próprios cabelos de tanta saudade. Eu estava muito descuidada nesses últimos dias, não comia, não tinha vontade. Aliás, não tinha vontade de fazer nada. Minha mãe até amenizava um pouco as coisas no tempo em que ela ficava em casa, mas ela chegava tarde. No resto do dia eu era uma zumbi. Minha mãe fez a janta e me chamou para comer.

–Como foi o dia? – Ela tentou puxar assunto.

–Anormal.

–Como anormal?

–Eu não vi o Finn, meu dia sem ele não é normal.

–Ahh, estão dificultando as coisas pra você né?

–Tia Sue não me deixa nem procurar por ele com os olhos.

–Eu estou conversando com eles amor, agora só faltam três aceitarem. Agüenta mais um pouco, Sue, Terri e Bill são cabeça dura, mas eles amam os sobrinhos que tem. Eles vão aceitar.

–Tomara – Falei sem entusiasmo. Fiquei remexendo a comida, mas não comi.

–Rachel, há quanto tempo que você não come?

–Eu to comendo mãe

–Não está não, você está enrolando. Há quanto tempo você está “enrolando”? – Ela fez aspas com os dedos. Fiquei calada, nem eu me lembro da ultima refeição que fiz.

–Rachel, isso é perigoso. Você tem que se alimentar.

–Não tenho vontade mãe. Eu prometo que quando sentir fome irei comer. – Eu me sentia fraca, mas não tinha fome. Levantei e joguei a comida no lixo, fui lavar o prato e no caminho tudo ficou preto.

–Rachel.. Rachel, acorda! – Eu estava meio zonza mas pude ouvir alguém me chamando. Tentei abrir os olhos mas não consegui. Murmurei alguma coisa, não consegui dizer nada coerente.

–Rach.. Vamos pequena acorda! Por favor.. por mim. – Alguém sussurrou no meu ouvido, uma felicidade sobre humana tomou conta do meu coração, era ele!

–F-Finn? – Balbuciei

–Sou eu amor, está tudo bem com você? – Eu consegui abrir os olhos.

–FINN! – Gritei e logo abracei ele. Abracei com muita força.

–Que bom que está bem pequena – Ele se soltou do abraço – Você me deixou preocupado.

Reparei que estava na minha cama no meu quarto.

–Como eu cheguei aqui? O que aconteceu? – Perguntei confusa

–Bom sua mãe ligou lá para casa muito desesperada falando que você tinha sofrido um acidente, minha mãe não estava em casa. Sai correndo e vim te ajudar, sua mãe não conseguiu te carregar então eu fiz, mas ela cuidou de você, não se preocupe.

–Estranho ela ligar para você.

–Não gostou de eu ter vindo?

–NÃO! Eu adorei. Só achei estranho.

–É a casa mais próxima. – Ele explicou e logo eu entendi.

–Meu braço dói, minha cabeça também. – Avisei

–Você bateu a cabeça na queda e um pedaço do prato quebrado perfurou seu braço.

–Ahh. Saudades de você. – Ele me abraçou

–Você não sabe o quanto que eu senti a sua falta. – Colamos nossas testas. Alguém pigarreou.

–Eu sei que estou atrapalhando os pombinhos, mas uma donzela precisa comer. – Santana se pronunciou.

–Muito obrigado Santana, eu vou dar comida a ela.

–Não sou nenhuma criança Finn – Fiz biquinho.

–Pode até ser, mas quero ter certeza que você irá comer tudo.

Não tive que passar pela humilhação de receber comida na boca, fiz um trato com Finn e com Santana que não precisaria disso e que eu comeria tudo. Dito e feito, comi tudo, eu finalmente estava com fome. Minha mãe subiu logo em seguida querendo verificar se estava tudo bem. Ficamos lá nós quatro, as três pessoas que mais amava estavam ao meu redor. Eu estava feliz, não houve constrangimento, todos os três me amavam e estavam preocupados comigo. Alguém tocou a campanhinha e Santana disse que tinha que ir embora, deixei ela ir conformada. Minha mãe desceu junto dela para atender a porta. Logo ela apareceu na porta do meu quarto novamente.

–Quem era mãe?

–Eu achei que tivesse deixado explicito que não deveria ficar fora de casa depois das 9! – Tia Carole disse. Finn arregalou os olhos assustado.

–M-Mãe?! Mãe desculpa é que..

–Ta tudo bem filho – Ela interrompeu – Shelby me contou que você foi o herói da noite.

–Meu herói – Falei abraçando ele mais uma vez.

–Crianças, eu e Carole vamos descer e conversar um pouco. Vocês podem matar as saudades mas não abusem da minha hospitalidade!

–Pode deixar tia. – Finn falou sapeca. As duas desceram. Fui obrigada a rir do comentário da minha mãe.

Finn deitou na cama e me aconchegou em seus braços, não fizemos nada demais, só ficamos ali, apreciando a presença do outro. Acabei adormecendo em seus braços, eu me sentia plena ali. Ali era o meu lugar.




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Notas finais do capítulo

Vocês são uns amores. Quase terminando. Espero que tenham gostado