POV Rachel

            Acordei meio atordoada, era cedo. Muito cedo, dava pra ver que estava amanhecendo. Tentei me levantar e reprimi um grito de susto. Finn estava ao meu lado, eu achei que ele tivesse ido embora, mas ele estava ali, me envolvendo com seus braços. Fiquei observando ele dormir, era tão lindo. Quando tentei me levantar ele me segurou forte.

-Não vá embora Rach – Ele disse sonolento

-Calma Finn, só vou ao banheiro. Prometo que estarei de volta logo. – Ele me soltou, dei um selinho nele e sai da cama. Fui ao banheiro, lavei o rosto e fiz a minha higiene bucal. Voltei para a cama e Finn parecia ter dormido novamente. Deitei sobre seu peito.

-Você voltou – Ele disse abrindo os olhos e me abraçando

-Sempre estarei aqui para você. Porque você dormiu aqui?

-Nem sei, achei que minha mãe fosse me chamar, mas você é tão linda dormindo que perdi a noção do tempo. Não lembro dela ter ido embora, depois de um tempo não consegui resistir ao sono. Dormiu bem?

-Obvio, dormi com você! – Corei ao dizer isso.

            Ele me puxou para um beijo. Como senti falta de seus beijos. O beijo foi seguido de um amasso e o fato de estarmos na cama contribuiu muito para a situação. Tudo ali estava fervendo, Finn mordeu a minha orelha e eu fiquei doida. Comecei a puxar camisa dele e ele deu um belo de um chupão no meu pescoço. Deixei escapar um gemido. Finn parou e me olhou intrigado.

-Finn?!

-Rachel?!

-Vamos parando – Disse me afastando dele.

-Logo agora? – Ele deu um sorriso malicioso

-Ta tudo muito bom, mas minha mãe está lá em baixo.

-Ta tudo muito bom né? – Ele deu um sorriso maroto.

-FINN! – Corei ao extremo. Me escondi debaixo do edredom.

-Vamos pequena, não precisa ficar vermelha. Saia daí.

-Não – Falei manhosa

-O que houve? – Minha mãe chegou perguntando – Eu ouvi um grito!

-Não aconteceu nada tia.

-O que vocês dois estavam fazendo? – Ela perguntou desconfiada. Nós dois coramos. – Pela cara de vocês eu até imagino.

-Mãe! – Arregalei os olhos

-Finn, sua mãe está te esperando lá em baixo. Ela está terminando o café. Rachel é para você descer também.

-Minha mãe??

-É, ela veio te chamar e você já estava dormindo. Ela acabou ficando por aqui. Vocês dois não abusem da sorte ok? Para todos os efeitos vocês não estão juntos e essa noite não aconteceu.

-Ta bom mãe. Estamos descendo.

            Finn foi para o banheiro e eu aproveitei para trocar de roupa. Terminamos e descemos.

-Bom dia – Falamos juntos. Estávamos de mãos dadas, tudo parecia tão natural.

-Bom dia

-Bom dia

-Você está melhor Rachel? – Tia Carole perguntou

-Claro tia, estou ótima. Eu só estou faminta.

-Pelo menos agora está comento né? – Minha mãe acusou.

-Entendi mãe. Me desculpa, mas eu não tive vontade. Agora eu tenho.

-Acho que essa vontade tem nome! – Tia Carole disse

-Vocês falam demais! – Falei enquanto pegava um pedaço pão.

            O café foi tranqüilo, foi como nos velhos tempos. Era tão bom minha mãe e tia Carole estarem de acordo com meu namoro com o Finn. Depois tia Carole disse que tinha que ir embora para se arrumar. Finn queria ficar, mas minha mãe disse para não abusarmos da sorte. Decidimos que era melhor ele ir, na hora de ir embora esquecemos de tudo, de todos os avisos, todos os conselhos e nos beijamos com paixão. Depois ele foi embora com a mãe dele.

-Eu vou ter que acostumar com isso. – Minha mãe disse

-Como assim?

-Aceitar você e o Finn não é problema, agora minha filha se pegando com um menino, vai ser um teste para minha paciência.

-Mãe! – Corei – Eu não estou me pegando com ninguém. Foi só um beijo.

-Ataa Rachel, acha que eu não reparei esse chupão no seu pescoço. – Arregalei os olhos surpresa, tinha esquecido de cobrir com a maquiagem. – Tenha mais cuidado filha, eu ainda estou me acostumando, não me teste assim. – Ela avisou

-Foi mal mãe.

-Bom filha, eu não vou conversar com você sobre sexo, você sabe o suficiente e o resto vai descobrir sozinha. Ou com o Finn.

-MÃE! – Eu estava totalmente envergonhada.

-Só digo uma coisa, usem camisinha. – Ela saiu correndo rindo da minha cara que estava da cor de um tomate. Peguei uma almofada e taquei nela, não acertou, mas pelo menos ela foi embora.

            Subi para tomar um banho, fiquei totalmente envergonhada com os pensamentos pervertidos da minha mãe. Era sábado, e além do fim de semana tinha um feriado de quatro dias. Iam ser dias longos, ia ter reunião de família hoje a noite, não queria ir, mas minha mãe disse que é melhor irmos. Passei por tanta coisa para estar junto do Finn, agora só falta essa, e eu vou conseguir. Eu comi a tarde toda, já estava me sentindo uma baleia, depois me arrumei e fomos para a reunião, como sempre era na casa da tia Terri. Chegamos lá e tudo parecia normal, Finn não tinha chegado, Brittany também não apareceu. Todos foram simpáticos comigo, sentei numa cadeira e fiquei esperando.

-Bom pessoal, eu quero declarar uma coisa. – Tio Bill falou se levantando. – Eu sei que temos pensado muito sobre a liberação do namoro dos nossos queridos sobrinhos – Eu comecei a prestar atenção, essa era a hora – Eu digo que depois de tudo, deveríamos concordar, é melhor eles fazerem sob nossos olhos do que escondido. Está claro que eles se gostam, sempre esteve para nós também. Então estão de acordo? – Meus olhos brilharam de expectativa – Sue, Terri?

-Tudo bem – as duas murmuraram.

-Então quero propor um brinde ao mais novo casal da família. Finn e Rachel! – Minha mãe fez sinal para eu me levantar.

-Finn? Onde está o Finn pessoal? – Tio Bill perguntou

-Ele está vindo – Tia Carole falou aparecendo no portão – Ele está no carro pegando umas coisas. Vai lá chamar ele querida. – Ela falou para mim.

            Sai correndo e vi Finn enfiado com a cabeça no porta malas.

-Finn. – Chamei alto – Finn vem logo!

-Ei pequena o que foi? – Ele fechou o porta malas e veio em minha direção.

-Eles deixaram Finn! – Falei super feliz. Ele ficou confuso. – Nosso namoro Finn, eles liberaram.

            Finn ficou radiante, me abraçou e me rodopiou no ar.

-Ah Rach, eu amo tanto você – Ele falou selando nossos lábios.

-Eu amo você Finn. – Nos beijamos para selar o momento.

-Vamos namorada? – Ele estendeu a mão para mim.

-Vamos namorado.     

            Segurei a mãe dele e fomos em direção a festa. Nós sabíamos que nem tudo seriam flores, mas sabíamos que teríamos um ao outro para enfrentar as complicações.

FIM