Posena escrita por Filha de Apolo


Capítulo 44
XLIV - Regrets


Notas iniciais do capítulo

Eu sou uma ótima pessoa, ok? Eu to sem comlutador, escrevi o capitulo pelo IPod no aviao e to postando pelo iPod também. Me amem.
Ah e é por isso que o texto pode acabar ficando sem formatação, mas eu tento dar um jeito.
Enfim, estamos a uns 2 capítulos do final :((((((
E eu sugiro que vocês releiam o primeiro capitulo e deixem ele mais ou menos em mente kk



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Se envergonharia daquele dia para o resto de sua existência.
Deitada nos braços de Poseidon, Atena não vira o tempo passar. Adormecera como um anjo, efeito dos carinhos que ele fazia nela, mexendo em seus cabelos, seu rosto, suas mãos. Esquecera que não podia estar ali com ele. Era errado.

E, já que o cérebro de Atena não conseguia trazê-la de volta à realidade, seu pai o fizera. De um modo um tanto quanto indiscreto.
Não esqueceria a surpresa e a decepção nos olhos de Zeus quando, ainda meio zonzo pela noite anterior, encontrou Atena e Poseidon ressonando encostados em uma árvore.

Seu grito pudera ser ouvido até nas profundezas do Tártaro. Ele gritara o nome do irmão. Era o mais lógico, já que seu outro irmão havia roubado sua outra filha, que culpasse Poseidon de te-la embebedado e a arrastado para seus braços, mas Atena não poderia jogar a culpa em Poseidon e se fazer de coitada. Era injusto demais. Mesmo que, no fundo, Atena não o faria pois o deus não a olharia mais, e não porque a culpa também era dela.

Queria que não fosse tão difícil. Não bastava ser uma deusa casta, ainda era a queridinha do pai e ele, Poseidon, um dos piores candidatos a genro de Zeus.

E o pior é que ela sabia o quão doloroso seria, para Zeus, perder mais uma filha para um de seus irmãos. Era como se eles o fizessem de propósito, como se tivessem achado um modo de mata-lo por dentro.
Tudo seria mais fácil se a convivência com Hades não tivesse jogado Perséfone contra Zeus. E se a raiva que Zeus e Atena sentiam por Poseidon não fosse uma das poucas coisas que pai e filha concordavam plenamente. Era como se xingar Poseidon fosse um ótimo passatempo.

Não mais. Agora Zeus poderia ver seu pior pesadelo virar realidade, Poseidon talvez conseguisse jogar Atena, a estrategista do Olimpo, contra o Rei dos Céus. Seria um desastre.

Zeus precisava pensar em algo para afasta-los. Impedir que ele usasse Atena poderia ter se tornado mais complicado ainda depois dele humilhar ela e Poseidon, esbravejando inverdades aos quatro ventos, os escancarando para todo o Monte. Se tivesse parado para pensar, e se não tivesse de ressaca, poderia apenas te-los convocado à Sala de Reuniões e então os xingado.

Atena mantivera a cabeça baixa o tempo todo, sem coragem de erguer os olhos e encarar o Rei. A decepção dele transbordara por sua voz, que esbravejava enfurecidamente.

Poucas vezes Atena havia se sentido tão mal, e mesmo assim, não se arrependera. As caricias, os beijos e os toques do Rei dos Mares não eram algo para se arrepender, enchiam Atena com uma vontade incrível de viver e um calor inexplicável.

Pelos seus reflexos, ele deveria ter desaparecido rápido. Já o fizera antes, devia te-lo feito naquele instante, mas não conseguiria deixar Atena sozinha. Se lembrava desta estar na posição que Zeus ocupava, gritando enlouquecida com ele por ter feito o que fez, e o que fez, no templo da deusa.

Mas ele não podia realmente deixa-la daquele jeito. Tinha de, ao menos dessa vez, assumir a culpa como homem.

Então, ao invés de fugir, Poseidon apertou seu abraço, pressionando Atena para perto de seu corpo. Estavam de pé, pelo susto. Ela fitava os pés, provavelmente se arrependendo de ter algum dia dirigido seu olhar ao deus. Poseidon ergueu seu olhar e sustentou o olhar raivoso do irmão, o qual viajava de Poseidon para Atena e depois Poseidon novamente, volta e meia indo parar nas ninfas e espíritos que se agrupavam para entender o porque do ataque histérico do rei.

E mesmo com aquilo, Poseidon faria tudo de novo só para sentir o gosto de ter a deusa mais orgulhosa do Olimpo derretida em seus braços, te-la buscando seus beijos, relaxando sob seus toques. Talvez nunca visse Atena tão vulnerável quanto ficara naquele instante, durante aquelas longas horas.

Ele com certeza não se arrependia.

Hera fitava Atena depois de ter escutado o porque de seu marido estar tomando calmantes. Se não fosse pela cara de culpada de Atena, Hera acharia que Zeus ainda estava bêbado e tendo alucinações.

–Você quer me explicar a sua versão agora?

Atena não respondeu. Ela queria contar tudo para Hera, mas não daquele jeito, não com ela como Rainha e sim como madrasta. Mãe, para ser exata, já que Hera estava mais presente quando Atena precisou do que Zeus. Não a criara, uma vez que Atena nascera adulta, mas a ajudara a entender melhor o mundo no qual ela saíra.

Contra a vontade de Atena, uma lágrima escorreu por sua bochecha, o suficiente para quebrar a pose de autoridade de Hera. Estavam no escritório da rainha, algumas horas após o flagra.

Hera avançou e passou seus braços em volta de Atena, protetora. A deusa enterrou o rosto na madrasta e deixou o choro vir. Estava o segurando desde que Zeus se aproximara e a arrancara dos braços de Poseidon. Nunca precisara da proteção de ninguém, sempre lutara todas suas batalhas na frente, e agora parecia que não era mais capaz de sustentar o peso do próprio corpo.

Atena só conseguiu se acalmar depois de Hera levá-la para seu jardim particular, atras de seu templo, por uma passagem que saía de suas estantes, apropriadamente clichê.

As duas sentaram na grama, alguns pavões curiosos se aproximaram para examinar Atena, mas apenas o maior - e mais bonito - deles permaneceu, sentando ao lado de Hera e descansando sua cabeça no colo da deusa.

A deusa da sabedoria, então, se abriu, contando todas suas inseguranças, todos seus sentimentos, seus pensamentos mais íntimos. Fora mais fácil do que ela esperava, tanto quanto se abrir com Afrodite. Hera parecia saber e entender automaticamente tudo que ela sentia. Não a julgara, não a olhara torto. O máximo que fizera fora sorrir e encorajar Atena a continuar.

–O seu problema, querida - Hera esticou o braço e acariciou toda a extensão do corpo do pavão, fazendo-o quase se mostrar. -, é que és uma donzela, e por isso não podes simplesmente ignorar os ataques de Zeus e seguir tua vida. Se bem me recordo, tens dois caminhos a seguir. Lembre-se de que, por ter quebrado um juramento feito pelo Estige, as coisas nunca mais serão tão simples, se é que um dia elas foram.

–Entendo. - Falou, cruzando as pernas na frente do corpo - Mas quais são as duas escolhas?

–Ou você repete o juramento de castidade, sujeita a punição severa caso o quebre novamente - A deusa assentiu, imaginara isso. - Ou você se casa com Poseidon. - O cérebro de Atena voltava a funcionar corretamente, como uma maquina, processando as palavras de Hera. Seria loucura ao menos cogitar a idéia de virar a Rainha dos Mares. - Caso não faça nem um, nem outro, o resultado é...

–O exílio. Ser banida para fora do convívio dos Olimpianos e para longe do Monte.

Hera assentiu, claramente infeliz.

–Eu sinto muito, meu bem, mas nossas leis são mais antigas do que nossa geração, não há nada que possamos fazer para mudá-las, se não eu o faria.

Quaisquer palavras que sairiam da boca de Atena tiveram seu caminho de raciocínio cortado pelo raio que atravessara o céu.

A tempestade se formara de repente, fechando o céu azul, o cobrindo de nuvens negras. Os raios dançavam ao ritmo dos berros vindos da Sala de Tronos. Hera e Atena se apressaram para alcançar o núcleo da tormenta antes que houvesse derramamento de ícor.

Tarde demais.


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Notas finais do capítulo

Me amem. Mto né. Vê se com barraco vocês se animam um pouco Kkkk.
Enfim, favor deixar reviews/comentários (novatos, pff)
EDITADO: Oie gente, reclamaram (e com razão) da formatação do capítulo, daí agora que eu to com o pc de novo eu arrumei, foi só isso que foi editado mesmo, eu arrumei os parágrafos e coloquei o travessão nas falas (que, por algum motivo, o Nyah resolveu que não existiam quando eu passei o texto pra lá, mas enfim).



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