- Fico surpreso que você não se escondeu atrás da asinha do papai.

- Excuse me? Que motivo eu teria para me esconder de alguém como você? 

- Hey, você foi ali e contou nossa conversa pra ele, se você não estava querendo se esconder estava fazendo fofoca!

- Ele é meu pai, e você meu tio! Eu sei o quão irritado ele ficou quando Hades mostrou interesse por Perséfone, eu só quis avisá-lo antes que algo acontecesse.

- O que, você acha que eu vou te sequestrar?

- Nah, você não conseguiria. - Retrucou Atena, acabou se arrependendo de ter feito isso. Poseidon abriu um largo sorriso malicioso que a deixou preocupada. - Mas enfim, o que você quer?

- Falar com você, flor.

- Não me diga? Sobre o que?

- Sobre nós.

- Nós?

- É, nós dois.

- Não há “nós” por aqui, Poseidon, não me vincule a você.

- Pois você pareceu bem vinculada a mim ontem. - Disse Poseidon, se aproximando de Atena, fazendo com que ela recuasse até encostar-se na parede.

- Engano seu. - Respondeu Atena, desviando os olhos e tentando manter a frieza.

- Eu entendo que você diga que não me quer, mas isso não anda soando muito convincente ultimamente. - Ele disse, apoiando as mãos na parede de um modo que ela não poderia se esquivar muito rapidamente dele.

- Não fique se achando, Poseidon, você não é o tipo de homem pelo qual eu me atrairia, nós não temos nada em comum. - Respondeu ela, agora o olhando nos olhos.

- Os opostos se atraem, meu bem.

- “Meu bem” ? Sério?

- O quê? Vai implicar até com o jeito que eu te chamo? Quer que eu diga o quê? Ateninha?

- Não me chame de nada, não fale comigo.

- Se não posso falar, posso fazer uma coisa? 

E foi aí que o coração de Atena quase saltou para fora de seu peito e a deusa quase perdeu a razão. Mas ela ainda não perderia a razão. Ainda.