Posena escrita por Filha de Apolo


Capítulo 23
XXIII - Missing


Notas iniciais do capítulo

MAAAAIS CAPÍTULOS! Agradeçam a Annie por me botar pressão, e a onda de inspiração que veio também, quando eu vi já estava com o capítulo na metade! Tudo bem que ele é curto, mas todos os meus capítulos são curtos u.u
Espero que gostem, mas vocês nem vão gostar, porque vocês me odeiam agora, okay/



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Era um dia normal para Poseidon. Ele acordara cedo, já que hoje provavelmente ele conseguiria sair para pescar, mas ele se sentia estranho. Era como se algo estivesse faltando. Alguém. Anfitrite e ele haviam se entendido na noite anterior, mas ele não se sentia mais o mesmo. Ele não a amava mais. Mesmo assim, acordou do lado dela, a beijou de leve antes de se levantar, fazendo-a gemer baixinho, sorrir e virar para o outro lado.

O relacionamento dele com sua esposa era quase como Zeus e Hera, a diferença é que Anfitrite o traía mais do que ele a traía. Ele era quase o “Hero” da história, mas ele não era santo. Ele sabia que ela o traía quando ele estava fora, mas ele nem se importava mais, ela havia virado uma boa amiga depois de tantos anos. Eles conseguiam conversar pacificamente às vezes, e conseguiam se divertir também. Se divertir “a la Afrodite”, claro.

A vida dele estava exatamente como antes de ele dormir, mas agora tudo parecia mais... confuso. Ele sentia uma pontada no cérebro, como se esse tentasse lhe dizer algo, mas ele se recusasse a compreender.

A verdade era que ele se sentia triste e... desmotivado nos últimos dias. Não tinha com quem brigar. Ele estava preocupado, talvez? Não que o ódio que ele sentia por ela tivesse diminuído, mas ele não a odiava tanto a ponto de querer que ela passasse por aquilo. Talvez ele nem a odiasse mesmo, só não gostasse muito dela. Ou talvez gostasse. “Ah, Poseidon, acorde e pare de pensar besteiras, o mar está para peixe hoje”.

Pode ser uma ironia, ou uma piada de péssimo gosto, mas Poseidon pescava. Claro que não havia graça nenhuma em pescar quando você é o Deus dos Mares, mas ele gostava de se disfarçar de humano e ir para o meio dos pescadores e ficar ali, com a vara pronta, apenas observando...

Os hábitos dos mortais eram engraçados para Poseidon. E interessantes. Com sua vida muito curta, eles planejavam cada minuto de cada dia, mesmo que o plano deles fosse “não ter plano nenhum”, eles, lá no fundo, sabiam o que queriam fazer, aonde queriam chegar. Tudo parecia tão fácil. Você cresce, convive com algumas pessoas, talvez faça uma faculdade, talvez não, envelhece e morre, quase sempre satisfeito com o que fez ou deixou de fazer. E ama, claro. Todo o mundo ama. Poseidon havia aprendido isso com Afrodite, que até os mais amargurados já amaram, ou amarão, ou até mesmo amam, mas não são correspondidos. Todos tem aquele “Grande Amor” que os mortais falam tanto em seus filmes, livros, teatros, pinturas, etc. Todos, até os deuses. Poseidon ainda não havia encontrado o seu.

Pelo que Afrodite dizia (tirando todo o exagero, porque ela realmente é empolgada demais), o verdadeiro amor você só sentirá uma vez, por mais que pareça que você está o sentindo de novo, isso é só paixão. Ah, e Afrodite deixou bem claro que a paixão e o amor são bem diferentes. Poseidon nunca amou de verdade, ele sabia disso. Se casou por causa de uma louca paixão, e não demorou muito tempo para ele se arrepender.

Ele queria amar. Queria ter alguém que realmente o amasse pelo o que ele é, o aceitasse assim. Talvez ela pudesse implicar um pouco com ele, porque ele chegou a conclusão de que a vida sem brigas é muito chata. Ele queria ter a sorte que Hades teve, de encontrar Perséfone (e raptá-la, mas isso não vem ao caso), ou até mesmo a sorte de Zeus, de ter Hera. Por mais que o irmão fosse infiel, ela nunca deixou de o amar, assim como Poseidon sabia que Zeus amava Hera, eles foram feitos um para o outro.

Talvez minha alma gêmea seja o meu ego, como Atena sempre diz.” Ah, como ele tinha dificuldade de tirá-la da cabeça. Por mais que ele não deixasse transparecer, se ofendia com as coisas que ela dizia. Ele era acostumado a ser desejado por quase todas as mulheres. Ao menos pelas que ele investia. Ele lembrava muito bem da primeira vez que largou uma cantada para Atena, ela quase o incinerou com os olhos.

Ah, a Atena. Tão irritante. Irritantemente linda. Tudo bem que eles se odiavam, mas Poseidon ainda é homem, e nunca deixou de se sentir atraído pela sobrinha. Seus cabelos loiros, com seus delicados cachos nas pontas. Seus olhos azuis de um tom acinzentado, que quase o matavam todas as vezes que eles se encontravam. E suas curvas... ah, ele tinha uma grande dificuldade em não ficar “secando” a sobrinha. Mas ainda assim, ela não era apenas bonita, ela era muito inteligente, era engraçada quando queria... Poseidon adorava vê-la corar, ficar sem jeito quando ele faz insinuações pervertidas perto dela, sobre ela, mas o que ele mais gostava nela era os poucos momentos que ela se divertia, que se mostrava alegre perto dele. O sorriso dela era lindo, quando não era sarcástico e dirigido diretamente a Poseidon, quando ela ganha uma discussão.

Poseidon balançou a cabeça, tentando afastar todos os seus pensamentos, e transportou-se para a Plataforma dos Pescadores, em uma cidade pequena, onde ele sempre ia para pescar. Talvez pescando ele conseguisse se sentir melhor, por mais que aquela pontada no seu cérebro continuava a dizer-lhe que algo estava faltando, ele a ignorou e começou a preparar os anzóis, iscas e tudo mais.



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Notas finais do capítulo

Eu juro que no final vocês não vão me odiar (mentira, vão sim KKKKK)
Reviews para fazer uma semideusa feliz, we/
Ah, e a história tomou um rumo totalmente diferente do que eu imaginei no começo, quando eu escrevi o primeiro capítulo, mas se não for assim não tem graça. E eu não consigo seguir um plano, eu escrevo o que vier na cabeça.