Posena escrita por Filha de Apolo


Capítulo 16
XVI - It's not over


Notas iniciais do capítulo

AI, vocês vão me odiar, masok, tá aí pra vocês (:



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E então ela o olhou. E ele mesmo tinha lágrimas nos olhos, nos seus olhos verdes...

VERDES? OLHOS. VERDE-MAR? DAQUELES QUE VOCÊ SENTE O OCEANO QUANDO ENCARA-OS? Céus.

E então ela percebeu. Percebeu que não existem tão poucos homens musculosos e com cabelos pretos-sexy no mundo. Em baixo da água. Que transam com a rainhavadia dos Mares.

E ela o beijou. De alívio. De felicidade. E de raiva, raiva por ser tão idiota e agir como se não o conhecesse. Ela conhece cada ruga que o rosto dele faz quando ele sorri. O modo como ele move as sobrancelhas, se é de surpresa ou reprovação.Conheça seu inimigo como a ti mesmo. Não, ela não prestou atenção nele porque o odiava. Mas sim, ela o odiou sim, mas de repente o ódio.. o ódio mudou de nome.

Ele se afastou dela para respirar. As lágrimas já secando em seus olhos. Ela percebera que haviam ido para outro cômodo, um escritório? Sim. Com uma pequena biblioteca. O escritório dele, talvez?

-Você.. achou que fosse.. eu? - Ele a olhava com tristeza e decepção. Como ela fora burra!

-E-eu sinto muito, eu não pensei direito, eu.. - Ele calou seus lábios com um pequeno selinho, e a encostou na escrivaninha do escritório.

-Quando eu cheguei e.. vi você chorando, senti meu coração se partir em mil pedaços.

-Poseidon..

-Shh. - Ele delicadamente colocou um dedo sobre os lábios dela. - Achei que fosse secar, de tantas lágrimas que escorriam desse seu belo e delicado rosto. - Ele beijou o rosto dela em todos os lugares onde ainda se encontravam lágrimas. - Eu amo você, eu nunca faria aquilo.

Ela o abraçou, forte, praticamente jogando todo o seu peso em cima dele e tirando seus pés do chão. Ela queria ser dele, só dele, queria que ele cuidasse dela e a amasse. Amasse como nunca amou ninguém. Ninguém.

-Eu amo você também, Pescador. - ele a segurou e a ergueu, sentando-a na mesa, se afastou apenas para que seus lábios pudessem encontrar os macios lábios dela, para que ele conseguisse se sentir.. bem, novamente. Muito bem. Ela envolveu a cintura dele com suas pernas, puxando-o para perto de si, para que o beijo pudesse ser mais apaixonado, mais profundo.

Se afastaram necessitando de ar, ainda bem próximos um do outro, como se fossem morrer se afastassem-se por um segunda sequer, o que não era verdade pois são imortais, mas eles se sentiam assim.

-Eu achei que precisasse de ajuda, para organizar as coisas aqui, precisamos de você no Olimpo.

-Foi por isso que viestes?

-Não, eu vim porque a saudade de você estava me matando, mas a desculpa foi boa, e a hora, oportuna. - Ele sorriu e a pegou no colo, ando até um sofá e se sentou, colocando-a sentada em seu colo, virado para ele.

-E chegou aqui e viu aquilo, que sorte a sua. - Eles estavam tão perto, ela estava tão frágil, tão.. linda. Ela estava mexendo com ele, não só psicologicamente, mas fisicamente também. Controle-se, homem, ela tem um juramento. A inocência com que ela o olhava era que o continha, ele não queria nunca que ela perdesse aquilo, por mais que ansiasse por tê-la.

Depois de um longo silêncio, como se esperassem aquilo sair de suas mentes, pois não merecia ser comentado, ela conseguiu falar.

-É lindo, sabe? O seu reino. - Ele assentiu, sempre achara o fundo do mar mais agradável que a terra, e não só porque era dono de tudo aquilo. Ela ia levantar para olhar pela janela, mas as mãos fortes dele a seguraram pela cintura, a mantendo perto dele para que ele a protegesse.

-Não saia de perto de mim - Ele sussurrou calmamente em seu ouvido, quase como se implorasse. E ela notou.. medo na voz dele. Medo? Poseidon com medo?

-Está tudo bem.. eu estou aqui, você sabe.. - Ela acariciou o rosto dele e limpou uma lágrima que havia escorrido daquela imensidão verde.

-Ela.. ela ameaçou você, e eu falei com Zeus um pouco antes e ele me disse que você tinha vindo para cá e eu achei.. achei que ela.. - Ele falava como uma criança a beira de um ataque de choro. Ele a apertou cada vez mais contra si, enquanto falava. Havia mais do que medo em sua voz, havia desespero e.. alívio, por a ter em seus braços.

-Shh - Ela lentamente saiu dos braços dele e andou até a janela, observando a imensidão de mar que se estendia na frente dela.

-Atena.. eu sei que.. bem, nós estamos praticamente juntos - Ele hesitou, não sabia ao certo se ela não faria nenhum comentário, ou o contrariaria, mas ela não falou nada. - Mas você é uma deusa Donzela, tem o seu voto de castidade, e eu sou safado.

-Safado - Ela murmurou baixo, absorta em seus pensamentos. - E cafajeste.

-É, eu sei, mas..

-Eu andei pensando nisso, Poseidon.

-E?

-E eu.. eu acho que talvez eu possa.. - E eles foram interrompidos por uma explosão. A invisível bolha de ar que protegia o cômodo que eles se encontravam rompeu, fazendo com que a pressão e a água atingissem os dois em cheio. Não que isso fosse problema para Poseidon, mas a planta que Atena havia ingerido não estava mais fazendo efeito, e ela agonizou por estar presa pela pressão, sua pele lentamente se rompendo e o ícor de misturando com a água. Uma figura, parecida com uma sereia, brandia um tridente e emanava poder. Atena tentou procurar por Poseidon, mas até pensar doía, e ela urrou de dor, mesmo com a pressão, quando o tridente que a mulher segurava fincou-se em sua barriga, a empurrando e cravando no chão do escritório.

Dor.. e então seu corpo cedeu a pressão e os cortes se aprofundaram, o ícor se misturando com a salgada água do mar. Ela desmaiou.


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Notas finais do capítulo

Tá, eu sou dramática. Eu podia escrever uma novela mexicana, é/
Reviews lindos para fazer uma feia semideusa feliz we/