The Family escrita por Jess Almeida


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Pediram mais Vondy, então aqui está! Espero que gostem s2



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- Ucker? Ucker, acorda – ele disse, aproximando-se da cama de Ucker

Chris deu leves tapas nos braços de Ucker, a fim de acordá-lo.

- Hãm? O que? O que foi? - Ucker respondeu, ainda com muito sono.

- Como assim, o que foi? Quero que me diga se deu tudo certo, o que aconteceu ontem à noite, ou na madrugada... Quero os detalhes, meu plano infalível funcionou, não é?

Ucker secou sua própria saliva que havia caído sobre seu queixo e tentou olhar firme para Chris, mas seus olhos queriam fechar.

- O que? Do que você está falando?

Chris quis gritar, mas sabia que não queria que todos acordassem naquele momento. Então falou baixo, mas em tom de irritação.

- Do que estou falando? Você ficou encarregado de cumprir sua parte do plano, pode ir falando, me mostre o vídeo, vamos!

- Vídeo? Que vídeo? Eu dormi a noite toda, não sei de vídeo nenhum...

Chris fez uma careta e jogou-se na cama de Ucker, em cima dele.

- Mas o que? Você não filmou a Any e o Poncho juntos na cama dele? É isso que está querendo dizer? – Chris disse isso puxando Ucker pela gola do pijama dele.

Como se tivesse acordado de um sonho naquele instante Ucker lembrou-se do que ele devia ter feito naquela noite.

- Puxa, cara! Eu estava muito cansado e acabei dormindo com a câmera na mão, me perdoa...

- Na sua mão? A câmera está ali em cima daquele banco! O que você fez Ucker? Pelo menos a deixou ligada?

- Não lembro Chris, não me lembro de nada!

- Belo ajudante eu arrumei, só serve pra fazer faxina no apartamento! – dizendo isso, Chris saiu de cima de Ucker e foi até o banco pegar a câmera.

- Espero que você tenha conseguido captar algum movimento brusco – ele disse rindo maliciosamente – movimentos bruscos, sacou?

Ucker estava com o cabelo todo bagunçado, tinha as bochechas inchadas e os olhos pequenos, ele tentava deixá-los abertos, mas ainda estava com muita preguiça. Sentou-se na cama, olhando para Chris, que estava procurando o vídeo. De repente, Chris deu um pulo.

- Ahhhhhhh não, não. Não pode ser!

Nesse momento, Dul apareceu na porta do quarto.

- E aí meninos, dormiram bem? – ela sorria

- Eu dormi – Ucker disse isso imitando voz de bebê

- Ucker seu idiota, olha só o que você fez! – Chris falou mordendo os lábios, olhando pra câmera e parecia estar com raiva.

- Que foi que eu fiz? – ele arregalou os olhos

- O que o bonequinho de plástico fez? – Dul riu

- Ele simplesmente ACABOU com o meu plano genial!

- Não brinca! O que ele fez? – Dul se aproximou de Chris, a fim de olhar o vídeo.

- Ele não filmou a Any com o Poncho! Ele filmou... Ele filmou ELE MESMO DORMINDO! – Chris falou quase gritando dessa vez

Dul começou a rir quando viu a cena de Ucker roncando no meio daqueles travesseiros todos.

- Não tem graça Dul! Meu plano! Agora ninguém mais vai acreditar em mim!

- Que escândalo é esse? Não se pode mais dormir sossegado?

Poncho havia acordado com a voz alterada de Chris. Chris foi até onde Ucker estava e começou a dar travesseiradas na cabeça dele.

- Dul, sabe me dizer o que está acontecendo aqui? – Poncho quis saber

- Pergunta pros seus amigos – disse a ruiva, saindo do quarto.

- Aí, querem me dizer o que estão fazendo?

- Nada, é que o Ucker não faz nada direito.

- Eu não faço nada direito? O seu plano era um plano sem pé nem cabeça, concorde comigo – Ucker já estava dando travesseiradas em Chris também.

- Cala a boca Ucker!

Poncho levantou-se da cama.

- Plano? Que plano?

- Nada, não é nada. Olha, a gente explica outro dia tá? – Chris levantou-se da cama de Ucker, meio tonto por causa das pancadas que havia levado na cabeça.

Poncho elevou seu tom de voz.

- Não. Vocês vão me falar o que está acontecendo agora. Ninguém sai daqui até eu ficar sabendo de tudo.

Chris e Ucker entreolharam-se.

- Vamos, quero saber que plano é esse.

NO QUARTO DAS MENINAS...

- O QUEEEEEEEEEE?

- É isso mesmo Any. Depois daquela noite da pizza, em que o Chris falou aquilo sobre você e o Poncho, ele colocou na cabeça que devia provar que era verdade. Foi aí que ele bolou o plano – May explicou.

- Pois ele nunca vai conseguir provar nada, ok? Porque não é verdade.

- Eles decidiram pôr o plano em prática esta noite.

- Esta... Esta noite?

- É, esta noite. Mas nesse momento o Chris deve estar com a cara lá no chão, porque não conseguiu nada! – May riu

- Você tem certeza disso, May?

Any pareceu ficar nervosa assim, de repente.

- Tenho. Mas, você tá se sentindo bem? Tá ficando vermelha... Olha, não liga pro Chris, ele é doido.

- May, eu já volto.

- Ok.

Any saiu do quarto sentindo seu sangue todo subir a cabeça. Foi até o banheiro, fez sua higiene, lavou o rosto várias vezes e dirigiu-se ao quarto dos meninos. Parou diante da porta aberta e disse:

- Poncho, preciso falar com você.

Chris sorriu e disse:

- Bom, é melhor irmos Ucker. Eles devem ter algo importante pra falar – disse, puxando Ucker pelo braço.

- Nossa conversa não acabou, depois vou querer saber de tudo, estão ouvindo?

Os dois já haviam saído do quarto. Any estava realmente nervosa, o jeito dela denunciava isso. Passava as mãos pelo cabelo constantemente. Poncho sabia que era uma mania dela, ele conhecia todas as manias dela. Mas dessa vez, Any estava mexendo nos cabelos cada vez mais rápidos, sem pausas, e, além disso, havia um brilho diferente em seu olhar. Poncho sentiu que ela não estava bem. Alguma coisa havia acontecido. Então ele aproximou-se dela, lentamente, e levou uma de suas mãos ao encontro das dela. Olhando-a no fundo dos olhos, disse:

- O que aconteceu, Any?

Ela hesitou um pouco, antes de responder.

- Descobriram tudo Poncho.

Ele ergueu uma sobrancelha e, acariciando a mão dela, respondeu:

- Descobriram o que?

- Tudo. Já sabem sobre nós dois, bem, você sabe...

- Já sabem? Como?

- O Chris mandou o Ucker filmar quando eu entrasse aqui esta noite.

A expressão de Poncho foi ficando cada vez mais séria. Ele não conseguia acreditar nessas palavras que Any estava dizendo. Any sentia vontade de chorar.

- Fica calma bebê – disse ele, puxando-a para um abraço.

No corredor do apartamento, Dul encontrou-se com Ucker.

- Ei, você! Vem aqui já – Dul disse, puxando Ucker pela camiseta e o levando para a cozinha.

- O que é isso? Me solta, tá maluca?

- Não, quem está maluco é você – ela respondeu, empurrando-o contra a geladeira.

- Que foi que eu fiz pra você?

- Pra mim, nada. Mas como pode fazer uma coisa dessas com nossos amigos? Tá certo que o Chris é meio dã, mas como você pode entrar nessas brincadeiras sem graça dele? Hein? Me diz, porque eu não entendo!

Ucker estava praticamente grudado na porta da geladeira e Dul se aproximava dele cada vez mais.

- Olha, pode perguntar pro Chris, deu tudo errado. O plano não deu certo. Portanto, eu não fiz nada.

- Não deu certo, graças a Deus. Graças a mim também – Dul chegou ainda mais perto do corpo de Ucker e ele já podia sentir a respiração dela.

- Graças a você?

- É, fui eu quem tirou a câmera da sua mão, enquanto você estava dormindo, e fui eu quem a colocou no banco, na sua frente. Quer saber? Você ficou um dengo na gravação, apesar de roncar muito e babar feito um bebezinho – Dul sorriu docemente.

Ucker gostou do comentário de Dul, mas ele não gostaria de admitir isso a ela.

- Então foi você quem estragou o plano do Chris, não eu. Ele tem que saber disso – ele quis dar um passo para o lado, mas ela o deteve.

- Ucker, o fato é que se Any e Poncho estiverem mesmo juntos, nós como amigos, devemos deixar que ele nos contem, quando eles acharem que é a hora certa – ela olhava no fundo dos olhos dele, enquanto o prendia contra a geladeira, usando a força do corpo.

Ucker queria fazer uma coisa que desejava há muito tempo. E agora ele estava ali, com ela. Estavam quase grudados um ao outro. Ele não conseguia parar de olhar para aquela boca, aqueles olhos, aquela mulher... Um sentimento há muito tempo guardado dentro dele, fez com que ele tivesse coragem de, naquele momento fazer o que tanto queria. Então ele a puxou para mais perto de si, e por um instante sorriu por tê-la finalmente em seus braços. Ela se deixou levar e sentiu a respiração dele, bem de perto. No instante seguinte, seus lábios se encontraram.


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