The Family escrita por Jess Almeida


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Desculpem pela demora, aí está mais um pouco. Espero que gostem!



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A noite chegou. A lua naquela noite estava simplesmente exuberante. Era tarde, os RBDs estavam se preparando para dormir. Bom, uns estavam se preparando para dormir. Outros entraram na onda do Chris. Any estava escovando os dentes, já muito bem confortável em seu pijama rosa com estampa de ursos azuis. Poncho não a deixava em paz, nem mesmo nessa hora. Estava lá na porta do banheiro, cutucando-a e colocando creme dental no braço dela. Ela reclamava, com a escova de dentes na boca.

- ARA ONCHOO!!!

Ele ria porque ela falava errado por estar com a boca cheia. Ela tentava estapeá-lo. A escovada na cabeça de Poncho foi inevitável.

- Ei, por que fez isso? – disse ele percebendo que seu cabelo estava sujo de creme dental.

Ela, com um sorriso dengoso, disse:

- Awn Ponchito, te adoro!

Dul estava no quarto trocando de roupa. May estava com Chris e Ucker, na sala. Chris acabava de explicar seu plano para Ucker.

- Eu? Por que eu? – Ucker reclamava.

- Porque você é inteligente, Ucker – Chris sorria.

- Por que você mesmo não coloca esse negócio lá?

- Porque EU sou o gênio. EU já tive o enorme trabalho para bolar esse plano.

May os interrompeu, irritada:

- Isso não vai dar certo Chris, não vai mesmo, olha só...

- May, May, escuta, não se meta ok? Estou falando com o Ucker.

- Ok, gênio. Só que quando você perceber que isso é uma doideira sem tamanho, vai ficar dizendo “May, me perdoa por não ter te escutado”. E quando essa hora chegar, eu estarei rindo de você. E ouça Ucker, você vai se dar muito mal também!

Dizendo isso, saiu da sala. Chris voltou-se para Ucker e disse:

- A May é um amor. Só está na TPM. Então está tudo certo né? Sabe o que fazer, e quando fazer?

Ucker não se sentia muito seguro de nada naquele momento.

- Sei, sei...

Mais tarde, todos já estavam em suas camas. Ou em seus lugares estratégicos, no caso de alguns. No quarto das meninas, Dul e May falavam baixinho.

- Por que o Chris está dormindo na sala? – Dul quis saber.

- Deve ser parte do plano daquele louco, é melhor a gente dormir. E não fale mais do Chris por hoje. Não aguento mais, amanhã vou acender uns incensos porque estou super carregada por energias ruins!

- É melhor a gente dar uma espiada May.

- Tá maluca Dul? Vamos ficar fora disso, já é um peso pra minha consciência saber desse plano e não ter contado para a Any.

- May, não temos culpa de nada. Só quero dar uma olhada no que vai acontecer.

- Pode ter certeza de que se acontecer algo, e tenho certeza de que acontecerá, nós ficaremos sabendo ainda hoje. Dorme aí.

- Ok, boa noite May.

- Boa noite Dul.

Minutos depois, Dul olhou para May. Ela estava dormindo. Olhou para a cama da Any, ela também estava dormindo. Pegou seu celular. Levantou-se devagar e sem fazer barulho e caminhou descalça até o corredor.

Passou pela sala e viu Chris dormindo feito uma pedra. Caminhou até a porta do quarto dos meninos, ligou a lanterna do celular e olhou para dentro. Viu Ucker no meio de vários travesseiros e ele estava segurando uma câmera. Mas ele estava... Dormindo! Até roncava!

“Dormindo em serviço, hein? Vai ver só uma coisa, bonequinho de plástico” – Ela pensou.

Caminhou devagar até onde Ucker estava, puxou um banquinho que havia ali perto e lentamente, tirou a câmera da mão dele. Então ela ligou a câmera e posicionou-a no banquinho, virada de frente para Ucker. Antes de sair, ligou o abajur que estava ao lado da cama de Ucker.

“Bons sonhos, bebê”.

Ucker estava tão cansado que acabou adormecendo. Estava dormindo tanto que começou a babar nos travesseiros.

Dul caminhava silenciosamente pelo corredor, a fim de voltar para seu quarto. De repente, ela avistou alguém andando cautelosamente na direção dela.

- Any??

- Shhhhhh, fica quieta, quer acordar todo mundo?

- Mas, o que está fazendo aqui? Quer dizer que é verdade aquilo que o Chris disse? Hmmmm!

- Ai cala a boca Dul, eu só levantei pra ir até a cozinha beber água. Mas e você? O que está fazendo voltando do quarto dos meninos?

- Amiga, a cozinha é pro outro lado. E eu não estava fazendo nada de mais, só fui lá recuperar uma das minhas peças de roupa íntima que sempre vai parar no quarto deles, só isso.

- Ah sim, e cadê a roupa? – Any falou isso olhando para as mãos vazias de Dul.

- A roupa? Bem, eu não a encontrei, é isso.

- Ah, entendi. Bom, eu vou até a cozinha então.

- E eu vou voltar pro quarto. Boa noite.

- Boa noite.

Any esperou Dul entrar no quarto antes de continuar a andar. Então ela passou pela sala, viu Chris dormindo e continuou andando cautelosamente até chegar ao quarto dos meninos. Parou na porta, olhou para dentro, lá tudo estava mais claro, pois o abajur estava ligado. Depois de verificar se Ucker estava realmente dormindo, ela foi até a cama do Poncho. Ele já estava dormindo e ela ajoelhou-se no chão ao lado da cama, para observa-lo. Ela gostava muito de vê-lo dormir, achava que ele parecia um bebê grande. Achava tão fofo que não conseguiu deixar de acariciar o rosto dele, bem de leve. Assim, ele acabou acordando. Ao abrir os olhos, ela estava ali, bem ali, na  frente dele. Ele não escondeu um sorriso de felicidade. Ela sorriu também.

- Veio ver as estrelas?

- Não. Vim ver você.

- Está com frio?

- Um pouco. Acho que vou voltar pra cama – ela disse, em tom dengoso.

- Não, sua cama está muito longe. Fique aqui.

- Mas estou com frio.

- Eu esquento você – ele disse, sorrindo.

Ela deitou-se ali com ele, e com um gesto de carinho, ele a envolveu em seus braços, cobrindo-a com o cobertor.

- Está melhor agora? – ele quis saber.

- Muito.

E quem visse as estrelas naquele exato momento, diria com toda a certeza, que elas estavam ainda mais brilhantes, talvez até sorrindo.

Na manhã seguinte, Chris saltou do colchão da sala. Todos ainda estavam dormindo, mas ele tinha pressa, e muita vontade de saber se seu plano tinha funcionado como ele desejava. Quase correndo, chegou até o quarto. A cara que ele fez a seguir, não foi de alegria, nem de orgulho. E sim, de espanto. 


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