As Maiores Decepções De Renesmee Cullen escrita por Tilly


Capítulo 6
Crianças podem ser más


Notas iniciais do capítulo

Não é bem uma decepção, é apenas um momento da infância dela envolvendo uma má amiguinha e uma boa amiguinha! E a decepção no caso é apenas o fato de crianças poderem ser bem más quando querem. E podendo levar isto com o passar dos anos começando com o bullying, e para mim isso é definitivamente: RIDICULO!



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Preciso dizer uma coisa; existem pessoas boas e más. Mas não deveriam existir crianças más por que crianças e má em uma frase não é legal. E quando eu era criança não tive muitos amigos. Eu sempre fui meio quieta, na minha. Preferia desenhar ali no meu cantinho e por isso fui piada durante muito tempo. Atualmente isso tem nome: Bullying. E isso também não é legal, definitivamente.

Tirar sarro, jogar piadinhas, ofender, humilhar e ate agredir fisicamente uma pessoa por qualquer que seja a razão não, NÃO, tem motivos nenhum que possa ser justificado.

Seja por que aquela pessoa é negra ou branca. Inteligente ou com algum tipo de déficit que impeça seu aprendizado. Loira ou morena. Gorda ou magra. Deficiente ou não. No final somos os mesmos. Feitos de pele, osso e sangue.             

E estamos neste mundo para sobreviver e não para atacar uns aos outros.  

Uma das coisas que meus pais me ensinaram e nunca fui capaz de esquecer foi sobre a amizade. Temos que saber dá valor a quem esta por perto.

Não é questão apenas de amor, mas sim de fidelidade e respeito por pessoas que sempre estiveram ao nosso lado, nos apoiando, ajudando e ate nos criticando de forma positiva. Pessoas que querem apenas o nosso bem.

Meus pais não têm muito amigos, quer dizer, os irmãos do meu pai Emmett, Jasper e Jacob e suas mulheres Alice e Rosalie são grandes amigos, eles costumam sair muito sozinhos. Mas eles são família. E desconsiderando a família o grupo de amigos dos meus pais é: James, Jessica, Angela, Ben, Mike e Tom. Amigos de infância, com exceção do James que eles conheceram na  Universidade.

E quando eles estão juntos estão sempre gargalhando, bebendo, tirando fotos, relembrando alguma coisa engraçada e fazendo planos de viagem e coisa e tal. Quando um precisa todos estão ali para ajudar. Mamãe disse que parece casamento. Na alegria, na tristeza. Na saúde, na doença.

Eu só tenho uma amiga de infância, ate por que eu mesmo nunca tive muitos amigos. É a Bea, ou melhor, Beatrice Emmily Saviño, ela não é inglesa. É espanhola e ainda era bem pequenina quando se mudou para o Reino Unido por isso tem sotaque britânico.

Bea atualmente está cursando Literatura Inglesa em Cambridge, um pouco longe de mim, e começou a namorar recentemente com Thomas Weisz, estudante de Medicina.

Bea é uma pessoa divertida, não costuma levar desaforo para casa, tem uma gargalhada contagiante, um tic nervoso de ficar estralando os dedos mesmo sabendo que faz mal, ela adora ler, a serie Gossip Girl, faz um sanduiche tão absurdo que tem na combinação iougurte e mostarda, mas que por incrível que pareça é gostoso, tem um cabelo loiro tão liso que ela não pode prendê-lo sem a ajuda de gel e odeia revistas de finanças.

Mas a maior característica da Bea é definitivamente defender os “fracos e oprimidos.” Se quando mexiam comigo na escola eu preferia ficar caladinha, Bea iria com unhas e dentes me defender. Às vezes era constrangedor, mas eu sempre ficava agradecida no final.

Lembro de quando nos conhecemos. Eu estudei toda a minha vida na Charles Darwin High School, só mudando de prédio sempre que eu terminava o primário e ia para o colegial e terminava o colegial e ia para o ginásio ate que finalmente sai daquela escola.

Mas Bea entrou na Charles Darwin High School na primeira serie.

E foi aí que nos conhecemos. Estudamos juntas durante todos os anos seguintes.

Naquele ano eu cortei meu cabelo – que depois sempre me encarreguei de deixar grande- bem curto. Muito curto mesmo. Tudo por que minha mãe naquela época decidiu reinventar o visual DELA e deixou suas ondas de lado e cortou o cabelo acima do ombro. Mas quando ela chegou em casa não recebeu nenhum elogio, pelo menos não do meu pai.

Ele só disse “Bella meu amor, o que você fez com seu cabelo? Esta parecendo com aquela menina de “O quarto do pânico” com exceção de que você não é loira.” E eu bem, quando eu vi minha mãe com os cabelos curtos eu dei um grito. Gritei aterrorizada. Eu costumava brincar com o cabelo dela.

Mas isso não é nada comparado com o que meu tio Jacob falou quando a viu. “Muito bom Bella, a única coisa que deixava a Nessie pelo menos um pouco parecida com você era o cabelo e agora que você cortou não tem como falar que “ah, pelo menos ela tem meu cabelo” quando disserem que ela é a copia do Edward e que talvez ele tenha a feito sozinho por cissiparidade.”

E isso a deixou muito, muito irritada. Ate por que todos concordaram. Então quem teve que pagar o pato fui eu.

Mamãe me levou ao salão no dia seguinte e fez cortarem meu cabelo do tamanho do dela. Só que tem um probleminha. O cabelo da minha mãe era liso e só ondulava nas pontas. E O MEU É CACHEADO! E ela não contava que ele iria continuar cacheado, mesmo cortando. Então os cachinhos ficavam sobressaltando deixando meu cabelo alto.

Quando fui para a escola na semana seguinte é claro que iam fazer piada. Principalmente minha arqui inimiga Amy Highway. A garota com quem eu sempre competi. Na Educação Física, nas redações sobre as férias, no Projeto de Ciências, no Grêmio Escolar e no Jornal da Escola. EM TUDO!!!!!!

Então é claro que vendo meu cabelo daquele jeito ela não poderia reprimir suas piadinhas idiotas.

Flashback

Quando entrei na sala de aula com o meu novo corte de cabelo odiado a cada segundo parece que a atenção caiu sobre mim. Logo eu que tentava escapar da atenção. Merda!

Então, obviamente, escutei a voz grossa da Amy carregada de ironia e nojo.

-Olá Rainha Vermelha.

Referindo-se a “Alice no País das Maravilhas.” Maldita.

A aula toda foi assim com piadinhas do tipo “CORTEM A CABEÇA DELA!” e foi nesta piadinha que Bea levantou da cadeira, atras de mim, e voou até a Amy gritando.

-É eu vou cortar sua cabeça peixinho de boca grande.

E depois foi tirada de cima da Amy com um chumaço de cabelo loiro na mão pela professora.

Minha heroína.

-Obrigado.

Sussurrei por baixo dos gritos da Amy e das reclamações da professora. Ela sorriu. E lanchamos junto esse dia. E todos os outros.

Fim do flashback

E foi assim que conheci a Bea. E ainda hoje somos amigas. E apesar de estarmos em Universidade diferentes, morando longe e podendo nos falar apenas alguns minutos todo dia continuamos juntas.

Relembrando as nossas aventuras, gargalhando das nossas brigas, tirando e olhando nossas fotos, mandando sms com piadas idiotas e ligando uma para outra na hora da aula quando alguma coisa de ruim acontece. Como minha nota baixa naquela prova que eu virei à madrugada estudando ou por causa de uma briga dela com o namorado, Thomas.

Por que a gente brigou, riu, chorou, silenciamos juntas. E amizade afinal é isso não? Momentos bons e ruins. A certeza de sempre poder contar com aquela pessoa do seu lado, mesmo quando quilômetros a separam de você. E eu sei que a Bea esta comigo sempre, mesmo com personalidades diferentes. E eu sempre vou estar com a Bea. E é isso o que importa.


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Notas finais do capítulo

DIGA NÃO AO BULLYING!



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