Beijos Roubados E Sorrisos Marotos. escrita por Ketlen Evans


Capítulo 12
Férias marotas.




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Não muito distante do vilarejo Trouxa onde moravam os McKinnon vários jovens divertiam-se em um campo. Não era um campo normal, não era uma diversão normal e acima de tudo não eram jovens normais.

Quatorze pessoas sobrevoavam o campo montados em vassouras, alguns jogando entre eles uma grande bola vermelha, outros seguravam bastões, enquanto certa quantidade de pessoas apenas observava no chão.

Voando mais alto que todos estava James Potter. Com olhos semicerrados procurava incansavelmente por um lampejo dourado.

— Vamos rápido com isso James. – Gritou um garoto que segurava um bastão. – Já estamos nesse jogo a seis horas, estou faminto.

Mal o menino terminou de falar James disparou em direção a uma extremidade do campo e voltou trazendo em sua mão uma pequena bolinha dourada que batia as asas furiosamente.

— Finalmente seu gay! – Exclamou o menino que havia falado com James antes. – Se você jogar assim em Hogwarts estaremos ferrados.

— Cala a boca Sirius. – Reclamou James. – Antes que eu quebre seus dentes.

— Mas você não faria isso com seu lindo amigo, não é Jay? – Perguntou Sirius fazendo biquinho.

— Não estou vendo nenhum lindo amigo aqui.

— Agora fiquei magoado. – Falou Sirius correndo na direção de Remo que havia acabado de pousar perto dos dois. Sem mais explicação abraçou o menino.

— Remooooo, ele disse que eu não sou bonito. – Disse fingindo voz de choro.

— Pare com isso Sirius. – Disse Lupin empurrando o amigo. – Seja homem!

— Isso é impossível meu caro Remo. – Disse James. – Sirius nunca conseguira virar homem enquanto eu estiver por perto com todo a minha beleza.

— Nossa James, como sempre você é muito modesto. – Disse Lupin revirando os olhos. – Vamos logo para casa.

Os três meninos saíram caminhando com suas vassouras nos ombros. O campo era rodeado por arvores altas e ficava em um pequeno morro. Quando começaram a descer conseguiram ver um pouco a frente um pequeno vilarejo escondido por pequenos montes. Varias pessoas estavam por perto voltando para casa depois do jogo.

— Sabe Remo, o melhor de morar em um lugar onde só existem bruxos é que além de poder jogar quadribol sempre, os times são completos e temos até torcida. – Disse James.

— Pra você tudo é ótimo contanto que tenha alguém para te aplaudir Jay. – Falou Sirius dando um tapa no braço do maroto.

— É que eu sou muito bondoso Black. – Disse James. – Me ver jogar é um presente para todos.

— Claro Potter. – Disse Remo sarcástico. – E eu sou Merlin.

— Merlin! Que máximo! – Sirius começou a brincar. – Mas pensei que você fosse mais velho e mais barbudo. – Disse fingindo decepção.

— É que eu andei tomando uma ótima poção contra rugas e também fiz a barba antes de sair de casa. – Respondeu Lupin. – Sabe, eu não poderia ir a um jogo do famoso James Potter aparentando ser um mendigo.

Sirius riu da cara contrariada de James e fez mais algumas provocações sobre Merlin ser tão fã de James que iria ao primeiro jogo da temporada em Hogwarts com uma camiseta dizendo “Vai, vai Grifinória”.

Logo os meninos já estavam no povoado e andaram até a casa de Remo que era pequena, mas muito aconchegante. Vanda a mãe de Remo estava cozinhando e seu pai, João, lia uma revista sentado na sala.

— Oi meninos. – Disse a senhora Lupin.

Remo e James responderam normalmente enquanto Sirius foi até ela e a abraçou.

— Ooi tia Vanda! – Falou entusiasmado lhe dando um beijo na bochecha. – Que cheiro gostoso. Eu estou faminto.

— Só vai demorar mais um pouco Six. – Disse Vanda passando a mão nos cabelos bagunçados do menino.

— Por que demoraram tanto? – Perguntou João entrando na cozinha.

— James demorou seis horas para capturar o pomo. – Respondeu Remo bufando. – Eu já estava quase desistindo de defender e indo procurar eu mesmo.

— Eu já estava torcendo pelo outro apanhador. – Disse Sirius. – Seria legal ver a cara de tacho do James.

— Os melhores jogos são os mais demorados. – Disse João sorrindo para os meninos. – E depois Mitchel nunca conseguiria achar o pomo antes do Potter aqui. – Falou dando palmadinhas no ombro do menino.

O sorriso de James foi enorme.

— Isso pai! – Reclamou Lupin. – Alimente o ego dele. Logo ele ira se candidatar a apanhador da Inglaterra se continuar assim.

— Para sua informação Reminho, eu não vou precisar me candidatar a apanhador. – Disse James convencido. – A seleção vai simplesmente implorar para me ter no time.

— Tudo bem então Jay. – Remo levantou a mão em sinal de rendição. – Quem sou eu para discordar.

— Não critiquem o Jay. – Disse Vanda como sempre mimando os meninos. – Ele é apenas bem confiante.

— Apenas muito confiante. – Remo resmungou baixinho para que sua mãe não ouvisse. Seu pai sorriu ao observar as pequenas discussões dos meninos.

João Lupin sempre quisera ter uma família grande, vários filhos, mas devido aos problemas de Remo ele havia decidido não ter mais crianças, afinal se Remo tinha que passar por todas essas dificuldades era por uma vingança contra algo que ele mesmo tinha feito.

Sempre que James, Sirius e às vezes Pedro resolviam ir para a casa de Remo era uma grande alegria. Vanda adorava ver a pequena casa um pouco mais cheia a cuidava dos meninos como se fossem seus próprios filhos.

— Pedro respondeu as cartas? – Perguntou Vanda.

— Respondeu, e disse que não vai poder vir para cá porque seus pais vão levá-lo para passar uns dias com o avô. – Respondeu James.

— É uma pena. – Disse João. – Pedrinho sempre consegue deixar as coisas mais engraçadas.

Os três meninos foram para a sala e sentaram-se no sofá.

— O que vocês pensam que estão fazendo? – Perguntou Vanda brava. – Ficaram seis horas jogando quadribol e agora sentam no meu sofá! Já para o banho, os três! Só vão comer depois de estarem limpos.

Os garotos protestaram, mas acabaram subindo para se arrumarem. Sirius foi o primeiro a ir para o banho, porque segundo ele, era o mais faminto. Depois foi a vez de Remo e por ultimo James que a essa altura estava reclamando bastante.

No jantar comeram uma gostosa sopa de cebola com pão fresco e então foram para a cama exaustos, mas não sem antes jogarem algumas bombas de bosta no quintal do vizinho.

James foi o primeiro a acordar na manhã seguinte, o que era ótimo. Sempre que Sirius acordava primeiro, James acabava sendo acordado da maneiras nada agradáveis. No dia anterior Sirius havia colocado o lagarto de estimação do senhor Lupin na cama de James. Não tinha sido nada legal.

O garoto colocou os óculos e foi para o banheiro levando consigo uma muda de roupa. Quando voltou ao quarto Sirius e Remo ainda estavam dormindo. James guardou sua bermuda de dormir e observou os amigos. Era incrível como mesmo dormindo Sirius conseguia parecer extremamente idiota.

É claro que o maroto não iria perder a oportunidade de se vingar. Foi até o banheiro e encheu um jarro de água, era uma atitude meio ultrapassada, mas James sabia o quão ruim era acordar com água sendo despejada na sua cabeça. Remo estava dormindo também e como James não tinha nada contra esse amigo acordou-o apenas com algumas travesseiradas básicas e então falou para ele apenas admirar o show.

Devagar James foi até a cama do amigo e começou a despejar água em seu cabelo escuro. Sirius sentou-se rapidamente na cama fazendo com que a água gelada escorresse pela sua camisa.

— MAS QUE MERDA É ESSA? – Gritou enquanto Remo rolava de rir e James tentava se esconder. – Potter seu viado, eu vou matar você!

Sirius começou a perseguir James pelo quarto, mas James correu para a cozinha se refugiando atrás de Vanda que estava preparando o café.

— Tia Vandaaa, me protegeeeeee! – James tentou usar a mãe de Remo como escudo e acabou que Sirius puxava de um lado e James do outro.

Remo parou na escada e ficou rindo da cena na cozinha. Vanda não sabia se jogava James pela janela ou se deixava que Sirius fizesse isso por ela.

— PARA! – gritou Vanda olhando para os meninos. – O que vocês pensam que tão fazendo? – Perguntou enquanto tentava arrumar os cabelos.

— Eu estou tentando matar o James. – Respondeu Sirius.

— E eu estou tentando proteger minha vida. – Disse James.

Vanda olhou de um menino para o outro e então para seu filho que se torcia de rir na escada.

— Subam já! Os três. Onde já se viu descer desse jeito. De pijamas! Sirius completamente molhado. – Vanda colocou as mãos nas têmporas e respirou fundo. – Pelo menos fiquem mais apresentáveis e parem de tentar se matar.

Sirius e James subiram as escadas ainda ouvindo Vanda dizer “esses meninos ainda vão destruir a casa comigo junto”.

Entraram no quarto e Lupin já estava trocando seu pijama por uma roupa descente. Sirius olhou para James e parecia que seus olhos estavam pegando fogo.

— Por que diabos você fez aquilo? – Perguntou tentando conter a vontade de esganar James Potter.

— Pelo mesmo motivo que você colocou um lagarto na minha cama ontem. Queria acordar você. – Respondeu James dando de ombros.

— Cara, - começou Sirius parecendo ter esquecido toda a raiva, - você interrompeu um sonho muito bom.

Remo olhou para Sirius maliciosamente.

— E esse sonho envolvia langerie vermelha?

— Não Remo. – Começou Sirius com o olhar sonhador. – Dessa vez era verde.

— E quem estava usando? – Perguntou James.

Sirius piscou maroto para os amigos.

— A Marlene é claro. Eu estava numa praia e daí...

— Por favor, Six, sem detalhes. – Pediu James. – Se você começar a falar da Lene assim, nunca mais vou conseguir olhar na cara dela.

— Ah Jay, vai dizer que você não tem esse tipo de sonhos?

— Claro que tenho.

— E quem protagoniza? – Perguntou Remo rindo do amigo.

— Várias. – Disse James dando de ombros. – Sabe Sirius não sou de sonhar só com uma.

— Mas é claro que você pode nos contar pelo menos umazinha. – Pediu Sirius com cara de cachorrinho sem dono.

— Não enche Black. – Falou James indo em direção a porta do quarto, mas parou diante a próxima frase de Sirius.

— Aposto que a Evans é uma delas.

James se virou para o amigo que sorria bobamente.

— A Evans? – Perguntou James parecendo surpreso. – Francamente Sirius, de onde você tira essas idéias?

— Vai me dizer que não é gamado na ruivinha? – Perguntou Lupin tentando conter o riso.

— Mas é claro que não. – Disse James um pouco mais alto do que era necessário. – Aquela ruiva é a garota mais sem sal de Hogwarts.

— Então me explique James. – Pediu Remo. – Por que mesmo que você vive atazanando a garota?

— Gosto de fazer ela gritar. – Disse James dando de ombros. – “Potter você é um inútil” – James tentou imitar Lílian fracassando completamente.

— Cuidado Potter, logo você vai querer fazer ela gritar por outros motivos. – Disse Sirius sorrindo maliciosamente.

— Nem que me pagassem eu iria atrás da Evans.

— James admita. Nem que você quisesse nunca conseguiria pegar a Lílian. – Falou Lupin.

— Eu consigo quem eu quiser. – James novamente parecia extremamente convencido.

— Jay, amigão. – Sirius colocou um braço no ombro do amigo. – A Evans te odeia e não sairia com você nem que você se cobrisse de chocolate e se embrulhasse para presente.

— Você está me desafiando Six? – Perguntou James olhando sério para o amigo.

— Talvez eu esteja. – Respondeu Sirius dando de ombros. – Mas sei que você não vai aceitar, porque ao que parece, a Evans é sem sal demais para você.

— Mas acontece que eu não gosto que duvidem de mim.

— Então você aceita? – Perguntou Lupin.

— Claro. A Evans vai ser minha antes do fim do quinto ano.

— Boa sorte James. – Disse Sirius. – Você vai precisar de muita.

— Mas o que você quer ganhar com isso? – Perguntou Remo.

— Nada, além de mostrar pra vocês que eu consigo qualquer uma que eu quiser.

— Tudo bem então. – Falou Sirius. – Mas não falem nada disso com o Pedro. Do jeito que ele é idiota ia acabar deixando escapar.

— É verdade. – Refletiu James. – Por que mesmo que a gente deixa ele aparecer como maroto? Ele nunca ajuda em nada.

— Por que mesmo ele não sendo um diabrete como vocês dois ele é nosso amigo. – Disse Remo. – E eu também quase nunca ajudo vocês a se meterem em confusões.

— Sim Remito, mas acontece que você é inteligente e geralmente nossos planos só dão certo por causa de você. – Disse Sirius.

— Aceite Remo. Você é o único motivo de nossos planos darem tão certo e serem tão diabólicos. – James deu umas palmadinhas no ombro do amigo e desceu para tomar café deixando Remo e Sirius no quarto.

— Ele tem toda a razão. – Sirius disse dando um soco nas costas do amigo e então seguiu James para fora do quarto.

— Malucos. – Sussurrou Remo para si mesmo.

****

Os dias seguintes foram uma grande bagunça. Os meninos gastavam dois terços dos seus dias se metendo em confusão e o resto do tempo jogavam quadribol no morro. Eles conheciam praticamente todos os jovens da vila, uma vez que todos estudavam em Hogwarts. Os times do quadribol eram sempre os mesmos. James era apanhador e Sirius batedor. Ambos jogavam para o time da Grifinória e eram ótimos no que faziam. Remo era um excelente goleiro e por várias vezes seus amigos haviam insistido para ele se candidatar ao time da casa, mas o menino dizia que não correria o risco de acabar deixando o time na mão por causa do seu problema.

Em uma terça-feira quando já fazia uma semana que estavam no povoado de St. Edgecombe, os meninos sentaram-se na sombra de um grande abeto nos limites do vilarejo para novamente conversar sobre suas dificuldades em certo feitiço.

— Eu ainda acho que né uma péssima idéia. – Dizia Lupin.

— Foi mal lobão, mas essa é a única forma que a gente achou de ajudar você. – Disse Sirius.

— Mas é muito arriscado. – Argumentava Remo. – Se descobrirem vocês provavelmente serão expulsos, sem contar que pode dar muito errado e vocês acabarem ficando com sérios problemas de aparência.

— Relaxa Remo. – Disse James. – A própria McGonagall disse que poderíamos tentar animagia quando saíssemos de Hogwarts. Você ouve o que ela fala? Somos os melhores alunos em transfiguração que Hogwarts já teve.

— Isso mesmo. Ela disse depois de terminarem a escola. Nós estamos apenas indo para o quinto ano, nem fizemos os nom’s.

— Quem precisa de nom’s? – Perguntou Sirius. – Se as coisas continuarem como estão será um milagre se Hogwarts não for fechada daqui a alguns anos.

Os amigos ficaram em silêncio por um momento. James deitou-se na grama e olhou para o céu. Ali na paz da pequena vila acompanhado por seus tão fiéis amigos era difícil acreditar que uma guerra assomava lá fora. James se enfurecia facilmente quando pensava no bruxo que estava causando tanto mal. Voldemort, um mal amado que se intitulava Lord. Tecnicamente, James não devia temer. Era um Potter, tinha sangue puro, mas como todo bom Grifinório não era por si mesmo que temia.

James Potter temia acima de tudo perder as pessoas que amava. Remo não estava seguro por ser mestiço, vários de seus colegas corriam riscos simplesmente por serem nascidos-trouxas. Todo o mundo que ele conhecia e amava estava prestes a se tornar negro, manchado pela fome de poder de um bruxo que parecia impossível de derrotar.

Olhando para as expressões sérias dos amigos, James deduziu que eles estavam pensando a mesma coisa.

— Acham mesmo que terá uma guerra? – Perguntou Lupin olhando para o horizonte.

— É bastante provável. – Respondeu Sirius. – Meus pais andam muito animados e isso só pode significar a desgraça dos outros.

Não era segredo para ninguém que Sirius Black odiava sua família. Os Black eram tão perversos quanto Sirius era bom e isso definitivamente era alguma coisa.

— Tantas pessoas desaparecendo, tantos sendo mortos, simplesmente porque um idiota acha que ser nascido-trouxa é como ter seu sangue contaminado por uma praga. – Disse Sirius jogando uma pedra contra a árvore. – Um dia Voldemort irá pagar por todas as vidas e famílias que ele está destruindo.

James olhou para o amigo que parecia bastante alterado e perguntou algo que o incomodava já há algum tempo.

— Você teme por sua família Six? Seus pais, seu irmão. Eles são bastante envolvidos com isso.

Sirius olhou para os amigos e sorriu. Um sorriso completamente sincero.

— Não temo por eles. Minha família não se envolve com esse tipo de coisas sabe. – Sirius piscou para os marotos. – Minhas mães são ótimas, uma se chama Dorea e a outra Vanda. Meus pais são homens honrados que só fazem bem, Charlus e João. – Nesse momento Sirius olhou para os dois amigos e abriu um sorriso maior ainda. – Enquanto aos meus irmãos, não temo por eles, pois eu sempre vou estar por perto para defendê-los. James Potter, Remo Lupin e Pedro Pettigrew.

Novamente os amigos ficaram quietos. James tirou do bolso um pomo de ouro e começou a brincar. Remo e Sirius sorriram com a atitude do amigo.

— O que faremos? – Perguntou James com um olhar sonhador. – Digo, quando a guerra chegar?

Sirius olhou para a copa da árvore. Observou o jeito como as folhas balançavam ao vento, algumas caiam, mas ainda assim por mais que a tempestade fosse forte muitas resistiam e lutavam para se manter.

— Nós iremos lutar é claro. – Respondeu o maroto com um pequeno sorriso brincando nos lábios. – Lutaremos para defender aquilo que amamos.

— Então lutaremos. – Responderam James e Remo ao mesmo tempo e acabaram rindo da sua fala sincronizada.

Sirius ouviu o riso dos amigos que agora estavam iluminados pela luz alaranjada de mais um por do sol. Ali estava algo pelo que valia a pena lutar.

****

Naquela noite os marotos resolveram jogar um pouco de xadrez antes de dormir. Sirius e James estavam novamente discutindo e Remo tentava faze-los calarem a boca.

— Vocês são uns idiotas mesmo. – Dizia Lupin enquanto atacava Sirius com o travesseiro. – Se não pararem de discutir minha mãe vai nos obrigar a dormir cedo.

— Sua mãe ama a gente Remito. – Disse Sirius mechando a cabeça, fazendo os cachos negros balançarem. – Ela não resiste ao nosso charme juvenil.

— Sinceramente, não sei por que Merlin permitiu na minha vida a desgraça de ter vocês como amigos.

— É porque Merlin também não resiste ao nosso charme. – Falou James bagunçando os cabelos que já eram rebeldes por natureza.

— Por que mesmo eu chamo vocês para minha casa? – Remo revirou os olhos.

— Você não chama. – Disse Sirius enquanto sua rainha atacava um cavalo de James. – A gente aparece.

— E por que vocês resolveram aparecer? – Perguntou Remo.

— Porque sua mãe cozinha muito bem. – Respondeu James. – E também porque aqui da pra jogar quadribol.

— Brilhante James. Depois de quatro anos você descobriu que em uma aldeia bruxa se joga quadribol. Meus parabéns. – Disse Lupin batendo palmas.

— Na verdade foi a Marlene quem me deu a idéia de vir aqui nas férias. – Contou James dando de ombros.

Lupin ficou em silêncio ao ouvir essa informação. Quase era possível ver as engrenagens trabalhando na cabeça do garoto. Talvez Marlene apenas quisesse se livrar de James e Sirius por um tempo, mas talvez...

— Jay, por que a Marlene mandaria você vir para cá?

— Sei lá. – James olhava concentrado para o tabuleiro. – Talvez seja porque ela me ama e queria que eu me divertisse nas férias.

— Ou talvez ela te odeie e queira se livrar dessa sua cara feia. – Disse Sirius também concentrado no jogo.

— Ou talvez ela não queria vocês por perto porque pretendia fazer alguma coisa que ou vocês dois amariam demais e acabariam estragando, ou odiariam demais e também acabariam estragando.

Foi instantâneo. Os dois amigos esqueceram completamente o jogo e olharam para Remo. James olhava para Sirius e depois para Lupin Sirius parecia tão confuso quanto ele, Lupin tinha aquele seu famoso sorrisinho de sabe tudo no rosto. Foi então que uma luz se acendeu na mente de James Potter.

— Aquela maldita! – Disse em meio a algo que parecia uma mistura de rosnado com sorriso. – Tentando tapear os marotos, aposto que deve estar aproveitando para se agarrar com aquele Jason. – Sirius ficou com as bochechas levemente avermelhadas devido a raiva.

— O que faremos? – Perguntou Sirius.

— O que fazemos de melhor. – Respondeu James.

— Azarar esse tal de Jason? – Perguntou Lupin tentando conter o riso.

James franziu as sobrancelhas como se estivesse considerando a idéia.

— Talvez eu fizesse isso se pudesse usar magia.

— Você ainda não disse o que vamos fazer Jay. – Falou Sirius rindo do amigo.

— Vamos acabar com a festa da Lene.

— Como? – Perguntaram Sirius e Remo ao mesmo tempo.

Um típico sorriso maroto iluminou o rosto de James.

— O que acham de irmos para minha casa amanhã?


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ooi >.< não to conseguindo salvar notas iniciais ou finais no cap.

Esse cap é meu xodó então espero que tenham gostado dele. Me mandem opiniões okay? Façam essa bobona feliz. Beijos da Ket.




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