Contos Da Infância escrita por Blue


Capítulo 7
Ambíguo


Notas iniciais do capítulo

Unnn... Que demora, não é? *levando pedradas e tomatadas*... Joguem tomantes, quem sabe, o Sasuke-kun vem aki? né? -Leva tijoladas.
Bom eu tive uma semana MUITO corrida, a minha professora de artes já começou uma trabalho muito puxada... Mas agora eu to de boa, eu já me adaptei.
Ah e pela 1º vez eu escutei musica enquanto escrevia... Duas...
para quem quiser saber ou quem sabe ouvir, vou passas os links...
Musica 1:
http://www.youtube.com/watch?v=VBBFDb0hC4Y
e o link da musica 2 tá no meio da história..
Espero que gostem!



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Ambíguo

Sasuke se encontrava emburrado sentado no sofá da sala. O pequeno mantinha no semblante um bico “maior do que a cara”. Por que estava assim? Por que estava cansando da história do irmão de “mas tarde, Sasuke”. O pior de tudo é que esse mais tarde nunca chegava.

No momento Itachi não estava em casa, então provavelmente estava em missão ou em treinamento... Sempre ocupado demais para brincar com o pequeno.

O que Sasuke não entendia é que Itachi já estava “velho demais” para ter tempo para brincadeiras infantis.

Foi quando o menino ouviu a porta de entrada se abrindo. Só podia ser Itachi, pois o pai não voltaria tão cedo para casa e a mãe acabara de sair para a feira.

Correu de encontro para com o irmão. Mas algo o assustou... O mais velho tinha uma grande mancha de sangue no uniforme ANBU. O garoto arregalou os olhos, e olhou para o expressão cansada do irmão.

-Nii-san... Você está ferido?... –Perguntou um pouco angustiado, tocando na mão do irmão.

-Saia da frente, Sasuke. –O mais alto falou, dando um pequeno empurrão no pequeno.

Logo depois andou até o quarto e se trancou lá. Pra trás foi deixado uma criança totalmente atônita a situação do mais velho, e também um pouco triste; pois Itachi nunca havia o tratado de maneira tão fria.

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No quarto o mais velho se lamuriava. Havia acabado de receber a pior missão da sua vida. Não era somente matar, e sim matar toda a sua família e amigos mais próximos... Todos eles iriam... A tia o tio... O pai a mãe... E... Sasuke. Sasuke era somente uma criança inocente... Não deveria ter nascido em um clã podre como o do Uchihas.

O adolescente encostou-se à parede do quarto e desceu escorregando pela mesma, logo depois sentando no chão de madeira fria. Não tinha o que fazer... Se não fosse ele, seria outra pessoa que acabaria com a vida dos seus parentes.

Se ele já se sentia sujo apenas assassinando criminosos; imagine tirando a vida da própria família? Era como um castigo eterno, que com certeza levaria esse peso até a morte – ou quem sabe até depois-. Como conseguiria olhar para o rostinho inocente de Sasuke?

Tinha apenas três meses para cumprir tal ato, que se pudesse adiaria até o resto da vida.

E se os Uchihas não fossem tão egoístas?

E se o no mundo ninja não existisse tanta violência?

E se não fizesse parte desse clã maldito?

E se não tivesse aceitado o cargo de agente duplo?

E se não tivesse que sujar as mãos com o sangue da família?

Esses “e se” poderiam tirar a sanidade de qualquer ser humano.

Não tenho mais sanidade nenhuma mesmo... –O garoto pensou.

Levantou-se do local e seguiu para o banheiro. O sangue que existia no seu corpo, não era dele e sim de um inimigo. Mas esse líquido vermelho acabara de assustar Sasuke... O seu pequeno e inocente irmão.

Sasuke estava na sala um pouco assustado. Como o dia estava nublado a criança já esperava chuva, mão não tão forte como a de agora. Os pingos pesados faziam um barulho um pouco amedrontador, quando caiam sobre o vidro da janela. Para piorar a voz rouca e brava de Itachi ecoava em sua mente... Era assustador.

Por que o seu nii-san havia o tratado desta maneira? O que ele fez de Errado?

O som abafado e alto de um trovão ecoou pela casa. As luzes se apagaram deixando o ambiente em total breu. Sasuke se encolheu no sofá... Estava com medo, muito medo.

Ora, você é um ninja ou um rato? –A criança indagou a si mesmo.

Acho que sou uma criança... –Respondeu a si mesmo; ainda muito assustado.

Mais um raio anunciou-se, clareando todo o ambiente. Dessa fez a criança tampou os ouvidos com as duas mãos, e deixou uma pequena lagrima rolar pela sua face. Com certeza estava assustado.

Itachi acabara de sair do banho, quando houve a queda de energia. Andou pelo corredor escuro e estreito a fim de verificar se Sasuke ainda estava na sala.

Quando chegou a porta de entrada do cômodo, um raio foi lançado dos céus. Este havia caído próximo o suficiente para assustar Sasuke. Quando houve o clareamento do local, -Por causa do raio- pode fitar o rosto do menino apresentando o medo que sentia no momento. A criança tinha as duas mãos apertadas contra o ouvindo.

 -Sasuke, está tudo bem? –Perguntou, mas a sua voz foi logo seguida de mais um trovão.

-Nii-san, é você?! –Inquiriu o pequeno no escuro. –Não me deixe aqui sozinho... Por favor!

Depois de ouvir a suplica do menino o coração de Itachi apertou. Como seria capaz de matar alguém imaculado, que nem dos planos do clã sabia? Sacrificar inocentes não era com ele. Se os “fantasmas” dos bandidos e espiões de outras vilas que matavam já o atormentavam de um modo irritadiço, o que dizer dos familiares.

Como poderia viver o resto da vida; lembrando-se dos rostos de quem tanto um dia o amou, sem se lembrar de uma chacina?

Era difícil ver que Sasuke confiava totalmente em alguém com si...

-Nii-san... É você que está ai, não é??? –A criança perguntou um pouco receosa da resposta que iria receber.

-Sim. Sou eu. –Falou e logo depois foi para cozinha.

-Nii-san! Não me deixe sozinho... –Falou Sasuke num fio de voz. Logo depois foi assustado por mais um trovão.

- Eu só vou pegar algo para iluminar a sala. Não precisa ter medo.

Em outra ocasião Sasuke rebateria que ninjas não sentem medo. Mas nesta, não tinha a menor chance de replica, por que estava mesmo sentindo medo.

Itachi foi até a cozinha, se não estivesse enganado, a mãe deixava um maço de velas na gaveta do gabinete. Estava certo.

Pegou duas velas as acendeu com um fósforo e seguiu para sala. A iluminação amarelada o acompanhava por onde passava; trazendo um clarão até a sala.

Sasuke que estava encolhido sentiu-se melhor ao ver a figura do irmão, vindo em sua direção. Em suas mãos trazia duas velas.

O maior foi até o centro do cômodo deixando a luminosidade no centro deste, em uma mesinha. Logo depois de sentou no mesmo sofá que o irmão estava.

O pequeno chegou mais próximo do mais velho, encostando-se nele. Aquele calor humano que o irmão proporcionava o fazia sentir-se melhor, bem melhor.

-Está com medo Sasuke...? –Itachi perguntou, cortando o silencio que pairava a feito uma aura negra no local.

-Gomenasai, nii-san... –O pequeno disse, sussurrando.

-Por que...? –Perguntou.

-Por que eu fiz você ficar bravo comigo. –Disse receoso, escondendo a cabeça no colo de Itachi, para que assim ele não pudesse ver o seu rosto.

-Não estou bravo com você, e, além disso, não foi culpa sua. -Falou se arrependendo pelo modo que se dirigiu ao irmãozinho.

- Não? –Falou levantando o rosto e olhando dentro dos olhos do irmão.

-É culpa minha não sua... –Desabafou. –Não precisa se preocupar com isso.

-Quando eu crescer nii-san... Eu quero ser como você. –O menor falou voltando a deitar no colo do irmão.

-Não. Não seja como eu. –Falou recebendo um olhar surpreso da criança.

-Por quê? Eu não posso ser como você? –Sentou-se no sofá, assim tendo como observar o maior direito.

-Seja melhor. –Falou encobrindo a burrada que havia feito em falar demais.

 -O papai diz que você é perfeito. –Falou deitando novamente com no irmão. – Existe algo a cima de perfeito?

-Eu não sou... Perfeito... – “Sou um assassino”... Pensou para si mesmo... –Você será perfeito. –Finalizou deixando um pequeno sorriso, o qual Sasuke não viu, pois tinha a cabeça afundada no colo do mais velho.

Um tempo depois a sala voltou a ficar silenciosa... Novamente fora Itachi que interrompeu o silêncio.

-Sasuke... Você confia em mim? –Perguntou desta vez com uma voz serena.

-Claro nii-san! Eu confio até a minha vida a você. –Respondeu o pequeno.

Aquela afirmação desceu como um bolo na garganta de Itachi... Como poderia ter pensamentos assassinos logo depois disso? Parecia um castigo, como se alguém soubesse o que ele estava disposto a fazer isso, e que se deixaria comover pelas palavras do menor.

-Sasuke... –Não teve nenhuma resposta, pois o pequenino já estava ressonando em seu colo.

Agora a tarde já estava findando, mas a eletricidade ainda não havia retornado.

O som de chaves na porta foi escutado, provavelmente seria Mikoto, retornando das compras.

Os mais velhos deixou Sasuke delicadamente deitado no sofá, e foi ver quem tinha chegado. Deu de cara com a mãe que tinha um guarda-chuva pingando em uma mão, e uma sacola de compras na outra.

-Desculpa pela demora, filho. –Falou tirando as sandálias e deixando ao pé da porta. –Eu tive que parar em uma casa de chá para não me molhar muito. –Falou afavelmente.

-Não precisa se desculpar Okaa-san. Só houve uma queda de energia, como pode ver.

Neste momento as luzes se acendem, e iluminam o ambiente antes escuro.

-Bem, parece que não temos que nos preocupar mais com isso não é, querido? –Perguntou Mikoto com um sorriso nos lábios. –Mas, onde está o Sasuke?

-Ele acabou dormindo no sofá... –Itachi falou se relembrando da ultima coisa que o irmão disse antes de dormir.

-Poderia levar ele para o quarto; enquanto eu preparo o jantar? –Perguntou a mulher, da forma mais gentil que pode.

-Sim.

Itachi falou, e logo depois foi para a sala. Sasuke ainda dormia com um anjo. O mais velho o pegou no colo, e enquanto seguia para o quarto do menor, olhava para a face macia do menor.

-Nii-san... Eu confio em você... –Sasuke balbuciou entre uma respiração e outra.

Depois de deixar o pequeno no quarto Itachi foi para o seu e trancou-se lá.

A sua mente girava confusa, sem saber o que fazer... Amava o seu irmãozinho acima de tudo... E a sua Mãe... Como poderia machuca-la se no outro dia lembraria-se do seu sorriso amigável? Definitivamente estava cavando a própria cova...

Três meses... Três meses... Apenas três...

Para alguns seria muito. Mas para ele era pouco, muito pouco...

Pode-se perceber uma lágrima solitária descendo pelo rosto apático. Por incrível que pareça ele não era uma pessoa que chorava e se comovia fácil, ele era calado e talvez por isso o subestimassem. Aquela lagrima poderia ser um fio de esperança...

Ou talvez não.

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Mikoto havia acabado de preparar o jantar, Fugaku acabara de chegar em casa e Sasuke já se encontrava de pé.

-Onde está Itachi? –Perguntou Fugaku sentando-se á mesa.

-Sasuke, pode ir chama-lo? –A mãe perguntou para o pequeno, e logo recebeu um aceno de cabeça dizendo que sim.

Sasuke correu para o quarto do seu nii-san e ao chegar paralisou na frente. Por incrível que pareça o mais velho sempre sabia; que o menor estava ali.

E desta vez não foi diferente, logo pode-se ouvir a voz rouca do mais velho dizendo para Sasuke entrar.

-Nii-san... O jantar já vai ser servido. –Falou alegre, mas a sua voz foi enfraquecida, logo que pode notar a expressão triste do mais velho.

Era muito difícil Itachi apresentar algum tipo de reação, - A não ser para Sasuke – mas esta de deprimida o pequeno não se lembra do irmão apresentar. Ou estava calmo, com sorrisos pequenos, mas sinceros; mas nunca triste deste modo. Era realmente surpreendente.

-Nii-san... Algum problema? –Perguntou, com apenas um pingo de voz.

-Está tudo bem... –Disse o mais velho se levantando da cama que estava sentado- Vamos jantar.

Itachi mostrou um sorriso, mas não um verdadeiro, um que escondia toda preocupação e aflição que escondia dentro do seu peito.

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Naquela noite, no jantar, Itachi quase não comenta. Estava preocupado demais com o que iria acontecer se não tomasse uma decisão.

Mas o que faria?

Se não fosse ele, seria outro. Estava à beira de um precipício. As duas opções existentes eram trágicas... Era como escolher: Matar ou Matar... De todo jeito ficaria sem família.

Como salvaria Sasuke? Aquele ser inocente que confiava a sua vida a si...

Poderia negociar... –Uma voz dentro de sua cabeça propôs.

Poderia?

Se não conseguisse salvar a mãe ou o pai, talvez conseguisse salvar o irmão. Esse talvez de certa forma o angustiasse muito... Para o que mais incerteza do que já possuía...

Mas tinha que tentar...

A porta do seu quarto fora aberta. No inicio pensou que era Sasuke, mas lembrou-se que o irmão sempre batia á porta... A mãe fazia o mesmo.

Só podia ser o pai. E devia ser muito importante para aparecer àquela hora da noite, com certeza algo referente ao clã. 


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Foi pequeno mais bonitinho, né?
Ah e pra quem não sabe o que significa Ambíguo, vou passar o significado, tá?
ambíguo
adj.
1. Em que pode haver mais de um sentido; anfibológico.
2. Duvidoso, incerto.
O Itachi-senpai fica na duvida, no que deve fazer... ele fica no capitulo todo reformulando a mesma duvida... Para ele havia mais de um sentido, matar ou não matar o clã... existia duas escolhas...
Ja ne!
Prometo que dá próxima vai ser rápido.
Beijoks!