The 75th Hunger Games escrita por giovanna everdeen


Capítulo 2
Capítulo 2




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/186134/chapter/2


Meverlin aperta a mão de Sam. Ela cruza o palco até o microfone e diz:

– Palmas para os dois tributos do Distrito 4: Sam Sikes e Maine Price - A multidão aplaude. Eu e Sam nos encaramos. Por quê ele? - Apertem as mãos - diz Meverlin me tirando de meus pensamentos. Eu hesito um pouco, mas Sam estende sua mão. Eu a encaro um pouco, mas depois aperto. Três pacificadores vêm e nos levam ao Palácio da Justiça, onde vamos nos despedir dos nossos amigos e família. Eu já estive aqui uma vez, para me despedir do meu irmão. A última vez que eu falei com ele. Os pacificadores me levam a uma salinha, provavelmente a mesma que meu irmão ficou. Sinto um aperto no coração, sinto uma ira. Fico com raiva da Capital e desses jogos. Vou vencer, pelo meu irmão penso. E é isso mesmo que eu vou fazer. Vencer. Pelo meu irmão. Nem que eu tenha que fazer aliança com os Carreiristas, uma coisa que eu desprezo, mas eu vou vencer.

Meus pais entram na sala. Minha mãe me abraça e começa a chorar. Eu não choro, não consigo. Meu pai me abraça, logo depois da minha mãe me soltar.

– Eu vou vencer esses jogos - eu digo para os dois - eu juro. Vou vencer, por vocês e pelo meu irmão. - Minha mãe ainda está chorando.

– Nós te amamos - meu pai diz antes de os pacificadores virem. Estou sozinha de novo. A próxima pessoa que vem me ver é Faye, minha única amiga.

– Vença, ok? - Diz ela. Eu abraço ela.

– Claro que eu vou. - Eu sorrio.

– Mas é claro que vai. - Ela ecoa - Toma - ela me dá uma fitinha vermelha, eu imediatamente reconheço a fita. A mesma que eu usei em um presente que a dei. Depois disso, ela começou a usar a fita no cabelo, não sei bem porquê. Era uma coisa meio estranha, mas eu comecei a aceitar.

– Por que? - Indago encarando a fita.

- Para você se lembrar dessa promessa de vencer - ela sorri, me abraça e sai. Eu amarro a fita em meu pulso, como se fosse uma pulseira. Um pacificador entra na sala. Eu sei que é hora de irmos para o trem, rumo à Capital. Quando entramos no trem, Finnick nosso mentor, está me esperando. Sem sinal de Sam.

– Quer um torrão de açúcar? - Pergunta ele.

– Não, obrigada - respondo. Ele sorri e sai. Meverlin me leva até meu quarto, um quarto relativamente grande, com um banheiro e um vestíbulo. Antes de sair, ela me lembra que o jantar já vai ser servido. Eu troco de roupa e me jogo na cama. Fico lá por um tempo, brincando com a fitinha em meu pulso. Depois de meia hora, eu resolvo ir até a sala onde o jantar será servido. Eu me perco um pouco, mas acabo achando. Meverlin, Finnick e Sam já estão lá. Eu me sento ao lado de Finnick e na frente de Sam. Eu me sirvo e começo a comer. A sala tem um silêncio desconfortável. Até que Finnick, como nosso mentor, pergunta:

– Então, qual é o talento de vocês? - Ele começa a comer, esperando uma resposta. Eu não digo nada, porque eu não tenho talento algum. Mas Sam diz:

– Eu sei usar lanças, facas e coisas desse tipo... - ele olha para mim - eu sou o que chamam de carreirista. - Eu viro os olhos, mostrando o quanto o desprezo. Finnick sorri levemente.

– E você? - Ele agora está falando comigo.

– Algumas coisas - dou de ombros.

– Tipo? - Finnick insiste.

– Ah, sei lá.

– Tudo bem, - ele diz - no treinamento nós vamos descobrir - sorri.

Nós continuamos a comer em silêncio. Até que a sobremesa chega. Um banquete inteiro. Bolos, sorvetes, pudins, coisas que eu nem sei o que é. Todos comemos em silêncio, o clima está pesado. Até que todo mundo termina, eu me levanto e ando pelo corredor, a fim de chegar no meu quarto. Mas Sam me alcança.

– "Algumas coisas", huh? - Diz ele.

– Cala boca - eu digo friamente

.- Ah, qual é - diz ele, andando na minha frente - seja um pouco mais gentil. - Eu suspiro, paro e o encaro.

– Que tal sair da minha frente? - Eu digo, tento passar, mas ele bloqueia a minha passagem.

– Por quê você está sendo tão chata? - Eu me irrito, e empurro Sam para que saia da minha frente. Ele bate com as costas na parede, e depois geme. Eu continuo andando, e ouço Sam reclamar e dizer - você sabe que isso é meio que ilegal, né?

Eu o ignoro e continuo andando até o meu quarto. Entro e fecho a porta, com a maior força do mundo. A raiva da Capital e de Sam me consome. Eu o odeio. Eu o odeio por ser tão metido. Eu o odeio ser quem ele é. Despresível e totalmente idiota. Um garoto loiro e com roupas brancas, sai do meu banheiro. Um Avox. Provavelmente ele estava arrumando o meu banheiro, que eu deixei uma bagunça. Ele me olha confuso. Acho que percebeu que estou irritada. Eu o ignoro e pego um travesseiro. Eu o pressiono contra meu rosto e grito o mais alto possível, mas parece que o travesseiro não abafa o som tanto quanto eu queria, porque quando eu jogo o travesseiro na cama o garoto Avox está me olhando assustado.

– Você pode ir - digo a ele, e ele obedece. Eu estou sozinha agora. A pouca iluminação do quarto aumenta a sensação de isolação. Tudo o que eu quero é voltar para casa. Rever a minha família. Mas para que isso seja possível, eu tenho que vencer esses jogos. Eu aperto um botão e escolho um prato qualquer. O prato aparece em uma bandeja, tecnologia da Capital. Eu pego a faca e a jogo em direção à parede, esperando que ela ficasse presa, mas ela apenas bateu na parede e caiu. Eu suspiro. Pego a faca e tento novamente. Quase. Sento na cama. Não é hora de desistir, se eu quero vencer esses jogos, eu tenho que tentar! Pego a faca, respiro fundo, miro na parede e jogo. A faca fica fincada na parede. Eu sorrio:

– Que os jogos comecem.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

gostaram?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The 75th Hunger Games" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.