The 75th Hunger Games escrita por giovanna everdeen


Capítulo 14
Capítulo 14




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- Ou seja, - diz Sam - os jogos estão acabando. - Um frio corre pela minha espinha, se os jogos estão acabando isso quer dizer que mais cedo ou mais tarde eu terei de matá-lo. 

- Vamos, Sam - digo, afastando os meus pensamentos. Pego a mão dele e começo a puxá-lo, mas ele para. 

- Quero saber quem foi a vítima. - diz ele.

- À noite saberemos, venha logo - insisto. Mas ele me ignora, pega uma faca e vai em direção ao acampamento, abaixado. Eu penso em deixá-lo ir sozinho, porque há chances de os carreiristas o matarem, mas decido segui-lo.

Pego uma faca e vou fazendo o caminho que ele fez. Encontro Sam atrás de alguns arbustos a 5 metros do acampamento. Ele olha para mim. 

- O que você está fazendo aqui? - pergunta ele. 

- Você não acha que eu o deixaria morrer, não é? - digo rapidamente. Ele abre um sorriso e volta sua atenção para os carreiristas. Eu fico ao lado dele. Vemos Breadim e Seeds juntos. Prives está morto, é óbvio. 

- A melhor parte dos jogos começa agora - diz Sam, e antes que eu possa perguntar o que ele quis dizer com isso, os carreiristas olham em nossa direção. Breadim pega seu arco, prepara uma flecha e atira. Ouvimos um gemido vindo da árvore atrás de nós. O garoto do Oito cai morto, e o canhão soa. O aerodeslizador não chega, porque eu e Sam estamos muito perto. Seeds e Breadim começam a perceber que algo está errado. - Merda - reclama Sam. Os carreiristas vêm em nossa direção, e Breadim atira outra flecha. A garota do 12 morre, e ouvimos o tiro de canhão. Sam deita no chão e começa a rastejar para longe, eu faço o mesmo. Depois de virmos o aerodeslizador recolher os corpos, nós levantamos. 

- Essa foi por pouco - murmuro. Sam olha para mim e sorri, ele me entrega a faca que estava usando. - Mas você não vai precisar disso? - pergunto.

- Nessa altura dos jogos - ele limpa as mãos sujas de terra no short - eu prefiro uma luta mais corpo a corpo. 

- Uau - eu digo. Guardo a faca entre o meu short e o meu corpo. - Estou com fome - informo. Ele pega um saco de biscoitos que roubou dos carreiristas da sua mochila e me entrega. Eu abro e pego cinco e devolvo. Ele faz o mesmo. Nós sentamos e comemos. - Nós ainda temos água? - pergunto. Ele pega uma garrafa da mochila dele. 

- Só um pouco, mas precisamos encher isso daqui - ele balança a garrafa. 

- Bom, não vamos arranjar água se ficarmos parados aqui. - Eu me levanto e ele faz o mesmo. Começamos a andar à procura daquele riacho em que nos abastecemos da primeira vez. Quando chegamos ao riacho, vemos que alguém mais teve a ideia de ir lá. O garoto do Nove. Sam pede para que eu fiquei longe, e ele se aproxima, mas eu não obedeço e o sigo. Sam tenta ser calmo, provavelmente uma de suas milhares estratégias, mas o garoto do Nove pega uma faca do casaco e ataca Sam. O garoto acerta a barriga de Sam, sua camiseta é rasgada e o sangue começa a se espalhar, Sam se vira para mim e arranca uma de minhas facas do meu short, cortando a minha barriga. Ele ataca o garoto, e eles começam uma luta corpo a corpo. Não posso intervir, não sou boa nesse tipo de luta. Mas o garoto finca a faca na perna de Sam e ele cai. Penso em deixar o garoto matar Sam, mas se eu fizesse isso, a culpa me incomodaria para sempre, então resolvo agir. 

Eu ataco o garoto, tirando-o de cima de Sam, e prendo seus braços. Ele se debate um pouco. Arranco a faca de sua mão e começo a cortar seu braço, para que ele não possa reagir. Ele solta gritos de dor. Respiro lentamente e afundo a faca na barriga dele. Sei que ele já está morrendo, mas mesmo assim rasgo sua garganta e ouço o tiro de canhão. Saio de cima do garoto e sento no chão. Limpo a faca do garoto na minha camiseta e coloco no meu short. Ouço alguém tossindo. Sam. 

Engatinho até ele. Sam está deitado no chão com a mão no machucado. Eu tiro sua mão e pressiono a minha. 

- Sam - digo. Na verdade não sei bem o que dizer. - Apenas.. - penso um pouco, suspiro e completo: - fique comigo, ok? Aguente firme. - Um paraquedas prateado cai ao meu lado. Percebo que é a primeira vez que recebo algo de Finnick. Abro a pequena caixa e encontro alguns intens de primeiros socorros dentro. Desinfeto o machucado de Sam, e faço um curativo. Faço com que ele sente e se recoste em uma árvore. Ouço uma risada atrás de mim, e me viro. Breadim está com a flecha em nossa direção.

- Você realmente achava que ia sair viva daqui, Maine? - Ela cospe o meu nome. Ela joga o arco e a flecha no chão e pega uma faca - Hmm, vamos fazer isso do seu jeito - ela dá uma olhada em Sam - ele não vai durar muito mesmo. - Eu me levanto e pego uma faca em meu short. Breadim avança e me joga no chão em uma fração de segundo. Ela corta a minha perna, fazendo com que comece a sangrar. Eu dou um golpe em seu rosto e ele solta um grito de raiva e me joga. Eu bato com a cabeça em uma pedra e fico zonza. Minha visão fica embaçada e eu só consigo ver ela dando uma facada em Sam. Eu consigo me levantar e me recompor. Vou até Breadim rapidamente e dou uma cotovelada em seu rosto fazendo com que ela caia e saia de cima de Sam. Rasgo sua garganta e ouço o tiro de canhão. Vou até Sam, ele está respirando com dificuldade. Lágrimas começam a cair de meus olhos e ele diz com a voz fraca:

- Não chore - ele sorri levemente. - Você que precisa sair daqui. - E quando sua voz está ficando mais e mais fraca, eu só consigo distinguir algumas palavras que ele diz: - Ele está vivo. - Ouço o tiro de canhão, mas fico sem entender. Dou um beijo em Sam, me despedindo. Então é aí que eu percebo. Sam não quebrou sua promessa. Ele acabou de me contar. 

Meu irmão está vivo.


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Notas finais do capítulo

gente, desculpa por demorar para postar, é que minhas aulas começaram e eu me atrapalhei toda.



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