The 75th Hunger Games escrita por giovanna everdeen


Capítulo 15
Capítulo 15




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A notícia me deixa sem ar. Eu continuo sentada ao lado de Sam, não consigo me levantar. A voz do locutor dos jogos me tira dos meus pensamentos. 

- Parabéns, finalistas da 75ª edição dos Jogos Vorazes! - diz ele. "Finalistas", a palavra ocupa os meus pensamentos. Eu e Seeds. Eu consegui. Enterro meu rosto em minhas mãos, e começo a chorar, por Sam e por causa de tudo que acabou de acontecer. Nenhum aerodeslizador aparece para recolher o corpo de Sam e o de Breadim, mas eu não me importo, por alguma razão não consigo deixar Sam. Tiro as mãos de meu rosto e seco as lágrimas. Meu irmão está vivo? Como? Ele morreu há um ano nos Jogos. Eu vi. Será que Sam mentiu? Ele estava tão seguro de que era verdade, acho que ele não inventaria uma coisa dessas. Não posso culpá-lo por não acreditar nele. 

Olho para Sam,  seus olhos estão fechados, e sua expressão está calma. Sinto culpa por deixar que Breadim o matasse, se não fosse por minha estupidez de deixar que Breadim tivesse uma chance de matá-lo. Me levanto, limpo minha faca e a guardo no meu short. Respiro fundo e grito, extraindo a raiva que eu sinto de mim mesma. Pego a mochila de Sam que está jogada no chão e começo a andar em direção à praia. Eu quero que Seeds apareça agora, assim posso acabar com ele o mais rápido possível, mas já está anoitecendo, então resolvo parar para descansar. Acho um lugar em meio de alguns arbustos, deve servir para eu dormir em segurança. Como um pouco e descanso, já está de noite, então decido dormir aqui mesmo.

Coloco algumas folhas que vão servir para me deixar confortável. Fico segurando uma faca, caso eu precise e uso a mochila como travesseiro. Durmo imediatamente. Quando acordo já está claro, e nenhum sinal de Seeds. Decido continuar indo para a praia. Quando começo a ouvir o barulho do mar, encho meu pulmão de ar e grito:

- Seeds, o que você acha de nós acabarmos com isso agora? 

Não tenho certeza que ele ouviu, mas continuo indo para a praia. Quando chego lá, vejo que o acampamento não está mais lá. Está tudo calmo. Ando perto do mar, checando a vegetação em volta, mas não há sinal de Seeds. Quando estou na metade da praia vejo uma agitação em alguns arbustos. Paro imediatamente e pego uma faca em meu short. Seeds aparece, eu fico paralisada. Eu não pensei que ele realmente viria. 

- Então você estava falando sério - diz ele. Mal posso ouvi-lo. Dou um passo para trás, mas estou quase encostando na água, então vou para frente de novo. Eu não respondo e ele se aproxima cada vez mais. Eu não vejo nenhuma arma em sua mão. Ele é maior do que eu lembrava, duas vezes o meu tamanho. Percebo que as minhas chances de matá-lo são muito pequenas. Respiro rapidamente, estou nervosa. Panem inteira estava esperando por esse momento, e agora que está aconetecendo, eles querem um verdadeiro show. Não estou preparada, então saio correndo, mas isso só o atrai. Ele vem atrás de mim. Eu tropeço na areia e caio. Seeds me alcança e prende meus ombros no chão. Consigo alcançar uma das minhas facas que estão presas em meu short e acerto a cintura de Seeds, mas mesmo assim ele não me solta. Ele solta um de meus ombros, mas logo depois prende o meu braço com seu joelho. Ele pega uma faca que está em sua bota e sorri para mim. 

- Diga 'adeus' - provoca Seeds, mas eu não desisto tão fácil assim. Com a mesma faca que eu usei antes, acerto sua barriga com dificuldade, e Seeds cai para trás. Eu me levanto rapidamente e olho para ele que está deitado com as duas mãos no ferimento. Ele levanta com muita dificuldade, mas parece que a raiva é maior que a dor, ele está vermelho e bufando. 

- Ai meu Deus - digo. Ele solta um risinho e vem para cima de mim, antes que eu possa reagir, Seeds dá um soco em minha barriga e eu fico tonta e sem ar. Mas Seeds também não está muito bom, porque ele para, respirando com dificuldade, e coloca a mão no ferimento que eu fiz numa tentativa de diminuir o sangramento. Dou alguns passos para trás, me afastando. Ele parece estar se recuperando, começo a me preparar, vejo uma coisa brilhando, tento saber o que é, mas a faca atinge a minha barriga antes que eu perceba. 


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