The 75th Hunger Games escrita por giovanna everdeen


Capítulo 12
Capítulo 12




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Eu paro e avalio o garoto. Alto, magro e forte, instantaneamente o reconheço. O garoto do Doze. Ele continua mirando a flecha em mim, provavelmente esperando uma reação. Eu dou um passo para trás e tento pegar uma das facas que eu coloquei entre o short e o meu corpo. Mas o garoto é mais rápido e a flecha acerta o meu braço esquerdo. Eu solto um gemido e retiro a flecha, o ferimento começa a sangrar. O garoto está tremendo. Agora eu sou rápida. Pego a faca, e a lanço em sua mão. Ele solta o arco e flecha. Segundos depois, uma lança atravessa seu peito. O garoto cai e vejo Sam parado atrás dele, eu pressiono minha mão no ferimento em uma tentativa que parar o sangramento. Ouvimos o canhão. Sam sorri e vêm até mim.

– Você poderia tê-lo matado antes, sabia? - ele diz. Eu concordo com a cabeça. Ele tira a minha mão do ferimento e analisa. - Nós precisamos lavar isso daí.

– Como você sabia onde eu estava? - pergunto.

– Porque o acampamento é logo ali - ele aponta e consigo ver nossas coisas, - e eu já havia visto o garoto e o estava caçando. - Ele rasga um pedaço da parte de baixo de sua camisa branca e amarra em meu braço. Eu pego a faca na mão do garoto e nós vamos até o rio em que pegamos água para lavarmos o ferimento. O aerodeslizador aparece e conseguimos ver ele içando o garoto. Eu tiro o pedaço da camiseta do meu braço e lavo o ferimento. Depois, Sam amarra o pedaço da camisa de novo em meu braço, pois o sangramento não parou por completo. Nós vamos para o acampamento, eu me sento em cima do meu saco de dormir e ele se senta no chão na minha frente..

– Podíamos fazer isso à noite. - diz ele. Nós ouvimos mais um tiro de canhão, provavelmente vindo de uma das vítimas dos carreiristas.

– Fazer o quê? - indago. Ele se inclina em minha minha direção e sussurra:

– Traição, se lembra? Essa noite você fica de guarda e quando todos estiverem dormindo, nós vamos. - Ah, é. Na verdade eu havia me esquecido. Essa noite? Como? Eu não sei como, mas se ele deu a ideia de fazer isso hoje à noite, então quer dizer que ele sabe como. Eu faço que sim com a cabeça. Nós ouvimos mais um tiro. Depois de dois minutos, os Carreiristas voltam.

– O que aconteceu? - pergunta Breadim assim que vê o meu ferimento. Eu a explico e ela dá de ombros. Eles contam que mataram o garoto do Dez.

– Mas e o outro tiro? - pergunta Sam.

– Não foi nosso - diz Seeds. - Provavelmente há outra pessoa com sede de sangue aqui. - Eu e Sam nos entreolhamos.

– Eu estou faminta - diz Breadim. Nós pegamos as coisas que recolhemos na Cornucópia. Temos algumas frutas secas, maçãs, bolachas e alguns pães. Pegamos os pães e dividimos entre nós. Já vai anoitecendo e eu me voluntario à ficar de guarda e eles vão dormir. A insígnia da Capital aparece e o rosto da garota do Oito é o primeiro a aparecer, quem a matou nós não sabemos. Depois vem o garoto do Dez e do Doze. O hino toca e o céu escurece novamente. Começa a esfriar, e eu me encolho. Pego uma faca e fico olhando para a floresta. Se passam duas horas e eu sinto uma mão em meu ombro. Olho assustada para trás e vejo Sam.

– Você me assustou - sussurro.

– Me desculpe - ele sorri. - Já peguei as coisas, - ele levanta uma mochila - vamos?

– Você realmente acha que isso é uma boa ideia?

– Foi sua ideia - ele diz. - E sim eu acho boa, agora vamos. - Ele sai da barraca e me puxa. Eu piso em algumas folhas secas e nós paramos. Ele me olha e diz - Você poderia fazer menos barulho.

– Me desculpe. - Nós continuamos, e chegamos à praia, as botas são muito boas para andar na areia fofa. Sam me joga o meu casaco.

– Eu peguei ele para você - ele sorri. Eu visto o casaco. Nós ouvimos uma trovoada e começa a chover forte. Sam pega a minha mão e nós vamos até a floresta em busca de abrigo. Achamos algumas árvores caídas. Por sorte, há dois troncos que deixaram um espaço livre em baixo, nós nos sentamos na lama em baixo deles. Meu casaco é impermeável, por isso, a parte de cima do meu corpo continua seca. Sam se senta ao meu lado. Ele retira da mochila o meu saco de dormir. Não está chovendo em nós, mas a lama em baixo atrapalha. Ele abre o saco de dormir e coloca como um cobertor em nós dois. De modo que não encoste na lama do chão. Isso me aquece um pouco. Eu estou cansada,e assim que eu coloco minha cabeça no ombro de Sam, eu durmo.

Eu acordo com algo tremendo, Sam ainda está dormindo. Eu saio de baixo dos troncos caídos e vejo o que é. Há uma movimentação na parte mais em cima do morro. Vejo algo desmoronando. Levo alguns segundos para perceber o deslizamento de lama e árvores.



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