We All Live In Yellow Submarine! escrita por Jonathan Bemol


Capítulo 2
Ataque




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- Não senhor! – disse a atriz no palco – É impossível consertar meu refrigerador! Eu tentei de tudo, e ele não funciona! Meu refrigerador não funciona!

                - Vamos ter de jogá-lo fora então – disse o ator.

                - Não! Tenho um apego pessoal e sentimental com ele! Não!!! – ela gritou, enquanto ele jogava fogo no refrigerador, e a banda do Sargento Pimenta tocava uma música de jogar fogo em refrigeradores.

                - Essa ópera é ótima não? – disse o prefeito para um de seus acessores.

                - Com certeza. Ainda bem que o prefeito do País dos Baurets nos autorizou de exibi-la aqui – disse o acessor, sério como sempre, pois os acessores sempre tem de ser sérios.

                No palco, o refrigerador pegava fogo, os atores brigavam, a banda tocava uma música sobre abrir latas, e a platéia estava rindo. Até que uma bola de tinta cruzou o céu, e atingiu o palco, congelando os atores, e pintando todo o palco de azul escuro. O prefeito olhou para o céu, e viu mais bolas de tinta como aquela sendo arremessadas para o teatro.

                - Ah não!!! – gritou ele – Os Malvados Azuis estão atacando! Vou ligar para as defesas! – e saiu correndo até o telefone público mais próximo.

                A banda continuou a tocar, pois eles sabiam que os Blue Manies detestavam música. Fugiam ao som de qualquer nota. Quando avistaram o grande exército azul vindo de longe, começaram a tocar mais alto e mais rápido. Num compasso de 2/4 pra ser mais exato.

                O prefeito chegou ao telefone público e discou para os protetores de Pepperland. Esperava nervoso enquanto não atendiam. Não deviam demorar tanto.

                - Ah, alô? – disse a atendente - Segurança de Pepperland, contra Malvados Azuis, Fantasmas em Negrito, e Soldados do Rabugentemente Rabugentos, em que podemos ajudá-lo?

                - Aqui é o Prefeito de Pepperland! – ele gritou no telefone – os Malvados Azuis estão atacando, preciso agora de vocês! Rápido!

                - Malvados Azuis? Certo... vamos incaminhar você para o departamento correto. Por favor, aguarde 5 minutinhos...

                - O que?! – sempre que atendentes diziam “aguarde 5 minutinhos” elas na verdade queriam dizer “você não tem nada melhor para fazer? Vou tomar um café, falar com meu namorado, casar com ele, ter 5 filhos, e depois de 40 vou atender o seu problema.”

                As coisas estavam dando errado, pois a música estava sumindo cada vez mais. Quando a música começava a desaparecer em Pepperland, as coisas davam errado. Ele largou o telefone, e correu para falar com a banda. O teatro estava todo azul, a banda era a única coisa colorida naquele lugar (não, eles não eram o Restart.)

                - Apressem a música senhores! Rápido! – gritou o prefeito para a banda, que começou a tocar num compasso muito rápido. Mas tão rápido, que se você tentasse acompanhar o ritmo com o pé, seu sapato se dissolveria automaticamente.

                Até que soldados azuis chegaram, e atiraram com suas armas azuis nas pessoas da banda, que ficaram congeladas. Os soldados atiraram no prefeito, mas ele conseguiu desviar e fugiu.

                O céu estava negro, coberto de nuvens escuras feitas pelos Blue Manies. Tudo estava congelado e azul: os prédios, casas, teatros (Pepperland era cheia de teatros, por conta da devoção à música), animais, pessoas, árvores, e até a grama estava azul. “Está tudo perdido!” o prefeito pensou. Mas ele olhou para o horizonte e viu a sua última esperança. Viu a grande Pirâmide do Submarino Amarelo.

                A pirâmide ser erguia a vários e vários metros do chão, e no seu topo estava um submarino.

                O Submarino Amarelo como era conhecido, não era um submarino, mas sim uma nave espacial. Uma das mais bregas naves espaciais, que percorreu quase todos os cantos do Universo, e agora estava atuando como um submarino.

                O prefeito subiu todos os degraus, enquanto desviava de vários e vários tiros azuis, que iam congelando a pirâmide cada vez mais.  Chegou ao topo e encontrou o Capitão do submarino. Ele estava dormindo, com a cabeça encostada no teclado de um computador.

                - Capitão! Acorde! – disse ele chacoalhando o homem

                - Hã? Por que? Você quer que eu vá buscar mais água quente no País dos Baurets? Que eu faça a manutenção do submarino que nunca mais vamos usar? Que eu...

                - Não! – interrompeu o capitão – estamos sendo atacados! Pelos Blue Manies!!!

                - Ah não! – o capitão levantou espantado, olhando para Pepperland como se não a conhecesse – o que faremos agora?!

                - Não temos mais esperança! A 7 mil anos atrás nossos ancestrais navegaram nesse submarino, e agora você tem de fazer isso! Vá buscar ajuda!

                - M-m-mas... – o Capitão não estava conseguindo falar – que tipo de a-ajuda?

                - Música! Alguém que tenha música forte o suficiente para acabar com os Blue Manies! – Ouviu-se um barulho, e uma bomba atômica azul havia explodido no horizonte – rápido!

                - M-mas eu não sei navegar! Nem nadar! Nunca naveguei na minha vida!

                - Vá buscar música! Rápido! – disse o prefeito, empurrando o Capitão para dentro do Submarino Amarelo.

                O submarino partiu, e o prefeito pensou: “O submarino está no piloto automático agora, ele achará música facilmente. Mas ele vai ter de se virar para voltar... esqueci de falar isso pra ele. Mas ele vai conseguir” Então uma bola de tinta azul atingiu o prefeito, e ele ficou congelado, com a esperança de que o Capitão acharia o caminho certo para voltar a Pepperland. Como o prefeito estava errado...


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Notas finais do capítulo

Conseguirá o Capitão achar música? Não percam! (desculpem pela piada com o Restart, foi muito tosca mesmo)



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