We All Live In Yellow Submarine! escrita por Jonathan Bemol


Capítulo 3
Ajuda


Notas iniciais do capítulo

Leiam, divirtam-se, e digam: o que precisa melhorar? Critiquem a vontade =)



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“No formato de uma batata, mas ainda sim, uma coisa estúpidamente grande, que demorou séculos para ser esculpida.” Era assim que John Lennon descrevia o nariz de Ringo Starr. Nem é tão grande ele pensou, se olhando no espelho do banheiro. Quer dizer, pensando bem... é sim.

Estavam no estúdio Abbey Road gravando um albúm novo. No momento, estavam dando uma pausa nas gravações, descansando depois de gravar alguns takes. “Descansando” no caso dos Beatles, era “cada um pega seu violão, vai para seu canto, toca o que quiser, e depois continuamos a gravar aquela música”. Como Ringo não era muito de tocar violão, foi na sala onde estava Paul, e começou a ler seu livro.

- I got a girl with a record machine... – Paul estava tocando – Ei Ringo, pensamos em colocar pandeiro na música que estamos gravando...

- Ah claro – Ringo disse – faremos isso então... – e voltou a ler seu livro. Paul tocou alguns acordes, e disse:

- E também podiamos acrescentar mais tambores e percursão não?

- Sim, ficaria muito legal – disse Ringo desanimado, pegando seu livro e saindo da sala.

Vou lá fora, assim posso ler melhor, e em paz. Passou pelos estúdios e enfim saiu para fora. Encontrou George Martin, que lhe disse:

- O George fica enchendo pra colocar aquela Cítara no meio de alguma música, mas eu tenho o pressentimento que não vai ficar bom...

- É, ele é maluco – disse Ringo, sem prestar atenção em nada do que estava falando.

Enfim ele sentou na grama e começou a ler. Finalmente, sossego. Quando começou a ler, Paul apareceu e disse:

- Ringo! Entre, vamos gravar o pandeiro e as percurssões!

Ele parou de ler, levantou e foi andando até a porta do estúdio, resmungando. Eu só quero um pouco de sossego! Quando ia abrir a porta para entrar, um homem o chamou:

- Alô... Beetle? – disse o homem.

- O que é agora?! – ele gritou, e viu que era um... navegante? Capitão? Ou qualquer coisa assim.

- Ah, muito prazer encontrá-lo senhor... como é seu nome? – antes de Ringo responder, o Capitão continuou – sim, claro, meu nome é Capitão, muito prazer. Sim é esquisito eu me chamar Capitão, mas é uma longa história.

- Tá, desculpe, mas tenho de entrar e continuar a gravar...

- Eu sei, eu sei... – interrompeu o Capitão – mas existem coisas mais... importantes para ser resolvidas. Eu preciso de ajuda!

- O que? Ajuda?

- Sim! Ajuda! A de avião, J de jacaré, U de urso, D de dado e A de Ajuda!!!

- Olha, melhor você ligar para uma emergência, ou...

- Não, você não está entendendo! Os Malvados Azuis atacaram! O Submarino Amarelo saiu de Pepperland! Precisamos de música! Música!

Louco. Pensou Ringo.

- Certo, entre, vou te levar para nosso especialista em loucura, em Malvados Azuis e Submarinos. – pegou o Capitão pelo braço e o arrastou para dentro.

Os fãs estavam cada dia mais loucos. Esse devia ser mais um. Tudo o que ele precisava era ver o John ou o Paul, e depois iria embora e não importunaria mais. Ringo lembrava quando uma fã paralitica começou a andar quando viu os 4 juntos. E também quando um fã chegou a tentar a abrir uma igreja para louvar os Beatles. É, desse jeito, uma hora as fãs começarão a entrar até pela janela do banheiro.

Encontrou John numa sala dos estúdios Abbey. Aparentemente estava compondo, pois estava com o violão no colo, e um caderno na mão, cheio de rabiscos. O Beatle Literato. Parecia que com o tempo, John estava ficando mais cansado, e não parecia mais querer “liderar” a banda. Mas estava como sempre: contando piadas, filosofando, e compondo.

- Mas o que é isso Ringo?! – perguntou ao ver o Capitão

- É um fã louco, deve querer ver você, ou o Paul. Dê um autógrafo para ele ir embora de uma vez!

- Me ajude! – ele gritou para John – precisamos de ajuda! De música! Os Malvados Azuis atacaram Pepperland!

John o olhou, olhou, e por fim disse:

- Bem, nos mostre essa tal de Pepperland então...

- John – disse Ringo – está levando ele a sério?

- Eu quero mesmo é sair daqui. Estamos trabalhando muito. Qualquer coisa para poder me libertar um pouco.

“Um louco pode levar pessoas sãs a cometerem loucuras” Ringo lembrou do ditado. É, não adianta levar um louco ao médico, se o médico também for louco.

- Vamos logo para Pepperland então – disse John – não vamos demorar muito não é?

- C-c-c-erto – gaguejou o Capitão – mas onde estão os outros?

- Hã? Outros? – perguntou John

- Sim, precisamos de uma banda completa! Para dar mais força à música!

- Não podemos ir só nós dois?

- Nós dois? – disse Ringo – você vai! Eu tenho de gravar o pandeiro... – quando estava se retirando da sala, John agarrou Ringo pela gola da camisa e disse:

- Vamos chamar os outros então, eles também precisam se distrair um pouco.


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Notas finais do capítulo

Sim, o capitão encontrou música. Mas será difícil convencer os outros Beatles de entrar no Submarino Amarelo...



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