POV Lily

  Senti uma sensação estranha assim que acordei, virei para o lado e vi que Lene estava acordada, mexendo com a costura do cobertor, muito distante.

   - O que foi? – perguntei vendo que ela continuava distante.

   - Ahn?... Nada – falou se despertando totalmente.

   - Certeza? – perguntei e ela concordou.

  Deixei isso de lado, quando ela precisasse iria falar, me levantei e escutei a campainha tocar, abri a porta mesmo de pijama e peguei o café com o carinha que deu em cima da Lene, o Kaio, não Kauã, não, ah sei lá o nome dele.

   Fechei a porta na cara dele, e coloquei o café na mesa.

   - Sabe da Dorcas? – perguntei pra Lene que ia ao banheiro.

   - Não, mais acho que não dormiu aqui – comentou saindo de lá do banheiro.

  Sentamo-nos e tomamos o café tranquilamente, conversando banalidades.

   - Vamos sair? – perguntou Lene – Conhecer o Havaí!

   - Chamar os meninos?

   - Não, vamos só nós duas, como nos velhos tempos – sorriu, com certeza se lembrando.

  Concordei é claro. E me lembro até hoje, todo final de semana Dorcas  ia para a casa dos avós no interior, e nós duas não fazíamos nada, vivíamos no shopping, tirando os outros, só fazendo besteira, era legal.

  Arrumamo-nos (Lily: http://www.polyvore.com/friday_night/set?id=42804900&.locale=pt-br ) (Lene: http://www.polyvore.com/friday_night/set?id=42806547), e descemos, dando de cara com Dorcas e Remo no elevador.

   - Dormindo fora do quarto é Srta. Meadowes? – Lene perguntou divertida.

   - Dando umas escapadinhas, sabe – ela comentou rindo, e fazendo Remo corar.

   - Vão fazer o que? – Remo perguntou, percebendo que estávamos saindo.

   - Dar uma volta, nos encontramos no almoço, pode ser? – perguntei saindo do elevador e eles concordaram.

  Pegamos um táxi e fomos para o shopping mais próximo do hotel.

  Eu estava me sentindo da alta sociedade no shopping, as pessoas nele, estavam vestidos normais, como se estivessem na praia.

   - Estou me sentindo num luxo só – comentou Lene rindo.

   - Nem me fala, pensei que isso aqui seria um luxo só, mais é normal... Gostei – começamos a andar pelo shopping.

   - Lily! – Lene me chamou – Aqueles dois ali, não são aqueles garotos da praia?

   - Sim – e eram eles. Estavam andando pra nossa direção, mais ainda não tinham nos visto.

  Continuamos caminhando, se eles nos vissem iriam vir falar com a gente! Na hora que Gustavo se virou pra frente, sorriu para Lene, cutucando Caio. Nossa, que evolução, eu lembro o nome deles!

   - Marlene, Lilian – falaram sorrindo, e nos cumprimentaram com beijos no rosto.

   - Por favor, Lene – pediu ela rindo.

   - Lily – pedi também.

   - Mas, então, o que fazem por aqui? – perguntou Caio.

   - Dando apenas uma volta – comentei, enquanto começávamos a andar novamente, agora com eles do nosso lado.

   - E vocês são da onde? – perguntou Gustavo.

   - Londres – agora Lene respondeu, e nos sentamos numa praça de alimentação que tinha por ali – E vocês?

   - Flórida – respondeu Gustavo.

   - E fazem o que aqui no Havaí? – perguntei interessada

   - Aproveitando as férias – falou Caio.

   - Vieram só vocês dois? – Lene perguntou.

   - Na verdade viemos em quatro, só que os outros dois preferem passar o dia no hotel, apreciando a natureza, se é que vocês me entendem – comentou Gustavo, nos fazendo rir.

   - Claro, entendemos – disse – Mais, vocês tem quantos anos?

   - 20 – responderam juntos. Fiquei de cara – E vocês? – perguntou Caio

   - 17 – falamos juntas também.

  Eles não acreditaram que tínhamos 17! Mas passamos a manhã ali, nos conhecendo melhor.

   - Acho que precisamos ir, Lily – Lene disse se levantando.

   - Mas já? – perguntou Gustavo.

   - Combinamos de almoçar com nossos amigos – falei – Nos vemos por ai certo? Liguem se quiserem combinar algo!

   - Claro que ligaremos – falou Caio.

  Nos despedimos deles, e pegamos um táxi e fomos para o hotel.

  No hotel, encontramos James e Sirius na recepção.

   - O que estão fazendo? – perguntei vendo que a recepcionista piscava pro meu namorado.

   - Lily – falou se virando e me puxando pela cintura me dando um selinho – Aonde vocês foram?

   - Shopping – Lene disse olhando séria para a outra recepcionista que secava Sirius, que com certeza devia ser secado, Deus, eles estavam só de bermuda. James que não leia pensamentos.

   - Posso saber o que vocês estavam fazendo aqui? – perguntei, vendo que a vadia ainda secava os meninos.

   - Viemos pedir o serviço de quarto, porque sabe como Sirius é. Só sabe bagunçar aonde entra – James disse revirando os olhos e recebendo um tapa na cabeça de Sirius.

   - Já podem subir – Lene disse séria.

   - Por quê? – perguntou Sirius que até agora estava mudo.

   - Porque tem gente que seca demais o que já tem dona – falou ela olhando bem para a recepcionista que abaixou a cabeça e continuou escrevendo alguma coisa. Só espero que não seja o número do celular dela, porque se não ela pode se considerar morta.

   - Não precisa ficar com ciúmes não Lene, só tenho olhos pra você – falou Sirius todo galanteador, fazendo-me rir.

   - Não era o que parecia, antes de eu chegar aqui! – falou pondo as mãos na cintura, como se quisesse uma explicação.

   - Demonstração de amor aqui na recepção não né, por favor – pedi.

   - Considere-se uma pessoa morta Sirius Black, morta – falou indo para o elevador.

  Olhei ameaçadoramente para Sirius, que me olhou como se não tivesse entendido nada, revirei os olhos e segui minha amiga, só que o elevador já tinha fechado e já estava subindo.

   - Pode se considerar morto Sirius, garota com ciúmes não é fácil – James falou batendo nas costas dele.

   - Obrigado pelo conselho, grande amigo – Sirius disse revirando os olhos.

   - É Sirius, Lene com ciúmes não é fácil – comentei suspirando e apertando mil vezes o botão do elevador.

   - Mais eu não fiz nada, só estava pedindo o serviço de quarto, não me culpe por ser irresistível! – revirei os olhos com esse comentário.

   - Olha o ego inflando – comentei.

  Entrei no elevador que tinha chego, e os meninos entraram logo em seguida.

POV Sirius

  Me diz, porque as garotas tem que ser tão complicadas? Eu só estava pedindo o serviço de quarto. Eu já disse, não tenho culpa de ser bonitão.

  Lily foi ao quarto dela e das meninas chamar Lene para o almoço, enquanto eu e James fomos trocar de roupa, ou melhor, colocar uma camisa.

  Remo e Dorcas sumiram, com certeza estavam se agarrando por ai. Encontramos com as meninas no corredor e fomos para o restaurante, enquanto Lily e James falavam com o carinha das reservas, puxei Lene pela cintura para mais perto de mim.

   - Ei, não fica com ciúmes, eu só tenho olhos pra você mesmo – sussurrei no ouvido dela, que riu e se virou pra mim me dando um selinho rápido.

  Seguimos para a nossa mesa e pedimos o que queríamos.

...

  Depois do almoço fomos dar uma voltinha pelas ruas do Havaí.

   - O que vocês acham de sair amanhã à noite? – perguntou Lene.

   - Acho uma ótima ideia! – Lily falou.

   - Então sairemos amanhã à noite – James disse.

  Passamos a tarde andando pelas ruas movimentadas do Havaí. À noite James e Lily subiram, enquanto acompanhei Lene até o restaurante do hotel, porque ela queria tomar café.

   - O que você deseja Marlene? – perguntou um cara se jogando pra cima da minha Lene.

   - Um café – pediu desinteressada nele.

   - Desde quando ele te conhece? – perguntei não escondendo o ciúme na voz.

   - Ah sei lá – falou dando de ombros e se virando pra mim.

   - Aqui – falou o carinha entregando o café

   - Obrigada Kylan – sorriu gentilmente pra ele. E começou a bebericar o café, enquanto o tolo ainda ficava ali olhando pra ela. Será que ele não viu que ela está acompanhada?

   - Kylan? É o nome do playboy? – perguntei levemente irritado.

   - É. Por quê? – perguntou se virando pra mim novamente.

   - Ele não viu que você está acompanhada do seu namorado? – perguntei um pouco mais alto para que ele ouvisse.

   - Para de criancice Sirius – me repreendeu Lene.

   - Ah criancice? Você fica com ciúmes de mim por estar pedindo o serviço de quarto e eu não posso ficar com ciúmes de você porque o cara do café está praticamente te secando?

   - Não começa, ele não está me secando – falou pegando a carteira e deixando dinheiro ali.

   - Não? Ele não estava te secando? Vou fingir que acredito – revirei os olhos e seguimos para o elevador.

   - Ele é só um amigo Sirius – ela disse assim que entramos no elevador.

   - Mesmo assim, ele estava te comendo pelos olhos – falei a olhando, só eu poderia fazer aquilo.

  Ela ficou em silêncio. Até que escuto um ‘pac’ e o elevador para.

   - Era só o que me faltava mesmo, estou presa num elevador – Lene disse impaciente.

  Eu pensava que não poderia ficar pior, mais ai a luz apagou.

   - Ótimo – falamos juntos. – Você não vai dar bola não é mesmo? – perguntei.

   - Pra que? Pro seu ciúme ridículo? – perguntou e pude sentir pela voz dela se abaixando que ela tinha sentado. Fiz o mesmo.

   - Agora meu ciúme é ridículo? – perguntei – Claro, quando as garotas estão me olhando você já fica braba, agora tinha um cara quase babando em cima da minha namorada, e eu não tenho nem direito de ficar com ciúmes?

   - Eu por algum acaso dei bola pra ele? Me diz? Me importei se ele estava me olhando? Eu olhei pra ele de volta? – perguntou irritada. Era só o que me faltava mesmo, eu estava preso no elevador, no escuro, e brigando com a minha namorada.

   - Não, mais... – eu não tinha resposta.

   - Mais? – perguntou

   - Não sei – falei baixo, colocando as mãos no rosto.

  Silêncio tomou conta.

   - Nosso namoro não vai dar certo assim! – ela falou quebrando o silêncio. Meu coração falhou, foi como se estivessem me matando aos poucos.

   - Você acha que devemos terminar? – perguntei com a voz fraca.

   - Poxa Sirius, em um só dia, discutimos duas vezes por ciúmes... Você não confia em mim?

   - Confio Lene, claro que confio – falei achando aquela pergunta estranha.

   - Então, não precisa ficar com ciúmes – ela disse se aproximando mais.

   - Eu não confio é nesses caras – falei arrancando um riso fraco dela.

   - E eu nessas vadias – disse se sentando do meu lado.

   - Você quer mesmo terminar? – perguntei.

   - Não. – falou contra o meu pescoço, o que me fez arrepiar.

  Não falei nada. A puxei para o meu colo, fazendo a ficar de frente para mim. Mordi seu ombro, e subi com mordidas fracas pelo pescoço dela. Lene logo me puxou para um beijo, onde segurava sua cintura, massageando e apertando de vez em quando. Enquanto ela bagunçava meu cabelo.

  Ela tratou logo de tirar minha camisa, e a jogar em qualquer canto do elevador. A puxei para mais um beijo enquanto abria o zíper da blusa dela, e a retirava.

   - Tem certeza? – perguntei no ouvido dela.

   - Absoluta... Isso é sexy – ela disse com a voz rouca.

  E logo voltamos a nos beijar de novo. Ela desabotoou minha bermuda e saiu de cima de mim para tirá-la, ajudei-a claro. Deitei-a no chão do elevador, e retirei seu short. Subi com beijos delicados por sua barriga e vi que estava arrepiada.

  Retirei seu sutiã e abocanhei um dos seios dela, enquanto massageava o outro. Estava sendo excitante fazer isso em um elevador. Lene gemeu baixo.

  Ela inverteu a posição ficando por cima. Sentou em cima da minha ereção e rebolou ali, me deixando muito mais excitado. A puxei para um beijo, e a beijei com fúria, com vontade, com desejo. Inverti as posições novamente ficando por cima dela, retirei a única peça que lhe faltava, e ela já tratou de tirar a minha única peça faltante.

  Não esperei mais um momento se quer. Lene controlava o gemido, enquanto nos movimentávamos. Era cada dia como se fosse algo novo. Lene se encaixava perfeitamente em mim, ela sim, eu poderia dizer que amava.

  Deitei sobre ela arfando. Tínhamos chego ao ápice juntos.

   - Se isso acontecer toda vez que ficar com ciúmes de você, acho que vou arranjar sempre uma desculpa pra ficar com ciúmes – falei rindo.

   - Concordo – falou com a voz rouca.

  Sai de cima dela, e nos vestimos, mesmo no escuro, conseguimos achar as peças de roupas jogadas pelo elevador.

   - Espero que volte logo a funcionar – falou se sentando – já vestida – no chão novamente.

   - Logo volta – falei me sentando, e ela descansou a cabeça no meu ombro – Prometo tentar me controlar com o ciúme.

   - Tentar já é um grande passo – falou rindo.

  Fiquei acariciando o cabelo dela, no silêncio mesmo. Não sabia se o elevador iria voltar a funcionar tão cedo. Só sei que Lene dormiu.

  Coloquei-a entre minhas pernas, e descansei a cabeça dela no meu peito. Continuei acariciando seus longos cabelos morenos.

POV Lily

  Estava com Jay no quarto dos meninos, esperando Lene e Sirius, já que Dorcas e Remo decidiram dormir no nosso quarto.

   - Eles estão demorando – reclamei

   - É... – James não terminou de falar, a energia do hotel acabou. – Agora eles vão demorar mesmo, capaz de estarem presos no elevador.

   - Pois – comentei rindo e me encolhendo no sofá, cadê o James do meu lado?

  Odeio escuro, demais mesmo.

   - Jay – chamei manhosa, olhando pro nada.

   - Oi? – falou lá do quarto

   - Pode vir aqui? – perguntei me encolhendo mais no sofá.

   - Tá com medo? – perguntou rindo e sua voz ficou mais perto.

   - Jay, vem logo – pedi impaciente.

   - To aqui – se sentou do meu lado. – Tem medo do escuro por acaso? – perguntou envolvendo seu braço sobre meu ombro.

   - Mais ou menos – falei ainda encarando o nada.

  Ficamos em silêncio, por um tempo.

   - James – chamei-o – O que você acha que Lene e Six estão fazendo presos num elevador?

   - Acho que eles estão aproveitando – falou rindo malicioso

   - Eu acho que eles estão é brigando! – comentei rindo

   - Vamos apostar? – perguntou animado.

   - Tenho certo medo de apostar com você, mais ok, o que vamos apostar? – perguntei.

   - Se eu ganhar você vai ter que fazer uma dança só pra mim, e se você ganhar eu lhe faço uma dança!

   - Opa, isso é interessante – comentei rindo – Feito!

   - Agora vem, vamos dormir, amanhã saberemos quem ganhou – disse me pegando no colo e me levando até o quarto.