Little Light In The Dark escrita por Miss Nothing, Deborah Waters


Capítulo 3
Come Home


Notas iniciais do capítulo

O título se refere a música Come Home - One republic



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A inquietude contaminava todo meu corpo, impedindo que eu cedesse ao sono. Já conhecia tal insônia, que me atormentava desde o início da guerra, porém se acentuara quando perdi o contato com Draco, tornando-se cada vez mais presente e desgastante. Peguei minha varinha, pousada na mesinha ao lado da cama, e murmurrei um rápido “Lumos” Junto a ela, também retirei um pequeno pergaminho, despercebido em meio ao montante de folhas acima do móvel. Uma bagunça, é certo, mas a mesma era necessária.

“Não te preocupes. Estou bem. Amo-te, minha pequena.”

A mensagem, escrita em letras bordadas, servira apenas para aumentar meu desespero. Onde ele estava? Por que não me dissera mais nada? Por qual motivo ele não respondera nenhuma das cartas que eu mandara na última semana? Eu sentia falta dele, sentia falta de seus sorrisos, de tê-lo por perto... Meus olhos pesaram novamente.

–Não, não, por favor, eu não preciso de mais lágrimas, eu preciso dele, só dele – Libertei tudo o que gritava em meu subconsciente, em meio a um susssuro

Era inútil fraquejar agora. Minhas lágrimas não iriam encontrá-lo, não iriam salvá-lo. Segurei uma folha firmemente em minhas mãos, disposta a mais rabiscar palavras...

“Draco, escrevo-lhe, mesmo que inutilmente, mais uma carta. Sei que talvez a culpa não seja sua, mas eu preciso de algo mais claro, preciso de respostas. Onde você está? Por favor, independente da sua situação, me diga a verdade. Eu posso te ajudar, como a primeira vez, lembra-se?

Espero que você realmente esteja bem, e nunca esqueça o quanto é importante para mim. Nós vamos vencer mais essa batalha, acredite em mim.

Com amor

Asty

Ps:Tive algumas aulas extras de aparatação com minha mãe. Acho que agora posso ir seguramente á qualquer lugar. Talvez isso seja útil... “

Pressionei meus lábios no pergaminho. Alguns dizem que atraí sorte, e eu realmente precisava disso. Bocejei, e sorri em seguida. Agora eu poderei dormir em paz, ao menos um pouco...

“No pequenino campo de visão, eu observava a imensidão azul que me cercava. A água estava morna o suficiente para que eu não sentisse frio, mas ainda assim minhas mãos estavam trêmulas. Aquela quantidade de água me dava calafrios. Era tão belo...Mas a grandeza aspirava um medo proporcional

– Papai - Sussurrei , em uma voz infantil.O reflexo na água mostrava um rosto de uma criança, carregada por um homem forte. Pai - pensei [i]Isso é um sonho afinal?[/i]

– Olhe ali, pequena Gren - Meu pai disse, em um sopro grave. Reconheci o apelido, que apenas ele utilizava.

Fitei na direção que ele havia apontado, e surpreendi-me com um carrossel de peixinhos coloridos, formando um arco íris na água transparente

– Papai, o mar é uma parte do céu?”

Senti uma luz atingir minhas pálpebras cansadas e juntei forças para me levantar. Fiquei de pé, resmungando enquanto ia na direção daquele brilho. Tentava manter os olhos abertos, mas a intensa claridade machucava meus olhos. Percebi, então, que não se tratava da luz do sol, era clara demais.

Quando me apoiei na janela fechada vi uma familiar varinha levantada por um jovem de cabelos loiros-platinados. Arfei de surpresa, tentando retirar logo aquele vidro que nos separava, sem muito sucesso. Minhas mãos tremiam de ansiedade. Pude ouvi a risada sarcástica vinda do lado de fora.

–Draco! – o repreendi, com minha voz esganiçada. Finalmente, consegui abrir a janela e sorri para o sonserino.

– Astoria – ele disse tranquilamente, abrindo um sorriso.

– Draco – repeti impaciente – Por Merlin, entra logo! Você deve estar congelando ai fora!

– Frio é psicológico – Draco deu uma risada sarcástica. Fuzilei-o com os olhos. – Ok, já estou subindo, calma – ele riu novamente. Segundos depois, ele já estava de pé em minha frente, encarando-me.

– Onde você esteve? – Perguntei, preocupada. – Você está bem?

– Não precisa se preocupar comigo, pequena Asty

– O que aconteceu, Draco? Por que não respondeu minhas corujas?

– Sentiu minha falta, Greengrass? – ele disse irônico, me enrolando.

– Dá para você responder alguma de minhas perguntas? – quase gritei – E é claro que senti sua falta, Malfoy. Será que dói mandar uma simples carta?

Ele sorriu e se aproximou de mim, acariciando levemente o meu braço, que latejou com o seu toque – Eu vim aqui para me despedir.

– De-despedir? – senti meu coração despedaçar – mas por quê? Para onde você vai?- Acho que não posso permanecer aqui, em Londres. Ou na Inglaterra. - ele suspirou pesadamente.

– Por que, Draco? O que aconteceu que você não quer em contar? – perguntei, confusa.

– Nada de importante – ele murmurrou e deu os ombros.

– Você poderia ao menos me dizer por que vai embora novamente? Faz ideia do quanto te esperei? E você simplesmente me diz que não é importante para mim? Porque honestamente, cansei de me preocupar, enquanto você nem mesmo confia em mim! – eu disse em um estrondo. Já não fazia diferença se eu alarmaria o resto da casa.

Senti as lágrimas frias escorrendo e desabei em minha cama, eu sempre imaginava um reecontro repleto de felicidade, mas agora eu só me sentia frustrada. Qual o problema dele, afinal? Suas mãos gélidas tocaram levemente o meu ombro desprotegido. Senti um arrepio percorrer por todo o meu corpo, mas instantaneamente as retirei, tentando não olhar em seu rosto.

– Asty, por favor... – Draco suplicou, sentando-se ao meu lado na cama.
– Por favor? – Gritei novamente – Você não disse para não me importar com você? Então, também não se importe comigo – completei, ríspida. Ele ficou em silencio, suspirei, exausta.

– Posso recomeçar? – O garoto sussurrou, perto do meu pescoço, fazendo-me arrepiar.

– Vai deixar eu te ajudar? – respondi, com minha voz em um tom baixo também, ainda não olhando-o nos olhos.

– O que acha de eu te contar o que está acontecendo?
Encarei-o – Uma ótima ideia – dei um meio sorriso.

– Vamos sair daqui – ele disse, mordendo o lábio inferior.

Assustei-me com a maneira que ele mudava repentinamente de humor, há segundos atrás ele aparentava exausto e deprimido, mas agora tinha até um brilho de ansiedade nos olhos. Quando será que entenderei-o? Comprimi uma risada. Sem dizer nada, ele pegou minha mão e me levantou, andando em direção a janela.

– Ahn, Draco – murmurei – você sabe que eu estou de pijama, certo? – Apontei para minha camiseta de alcinhas e short, ambos estampados com símbolos da paz. Ele me observou dos pés a cabeça e deu uma risada baixa.

– Quem diria, Astoria Greengrass vestindo símbolos da paz – Draco disse em um tom sarcástico.

– Haha, eu sou muito pacífica, ok? – revirei os olhos

– Tá, eu também sou – ele sorriu, mostrei a lingua pra ele – vai trocar de roupa, vou pensar para onde iremos. - Draco me observou enquanto eu caminhava até meu armario para escolher algo para vestir – vista algo quente – ele avisou, revirei os olhos. Fui rapidamente para o banheiro e me vesti, com o intuito de não deixá-lo esperando por muito tempo e também por medo dele mexer em minhas coisas. Encarei-me, insatisfeita, no espelho. Decidi não me importar de não estar exatamente bonita, então me limitei a fazer um coque com meus próprios fios negros, ignorando minhas olheiras profundas e arroxeadas. Saí do banheiro silenciosamente, Draco me analisou da cabeça aos pés e deu um leve sorriso.

– Pronto. Para onde vamos então? – Eu estava arfando, e minha aparência não melhorara muito com a nova roupa, um conjunto velho e desgastado de moletom.

– Bem, só espero que você não tenha medo de altura


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Notas finais do capítulo

N/CA Déborah -
Leitores lindos, estou passando aqui rapidinho, porque tenho que sair. Desculpem, desculpem mesmo a demora exagerada para postar esse capítulo. Espero que gostem, apesar de estar bem simples...Obrigada pelas reviews,elas nos alegram muito viu? Enfim, apreciem !
N/A Sofia -
Como a linda da Débs disse ali em cima, nos perdoem por demorarmos tanto para postar, prometo-lhes que seremos mais rápidas da próxima vez. Ah, só mais uma coisinha: o próximo capítulo - que postaremos logo - não será dramático, porque se já está nos enjoando imagina a vocês! Obrigada a todos que, mesmo com a nossa lerdeza extrema, estão nos acompanhando.



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