Little Light In The Dark escrita por Miss Nothing, Deborah Waters


Capítulo 2
Taking Chances


Notas iniciais do capítulo

Me desculpem pelo atraso para postar esse capítulo, é porque aqui em casa eu não tenho um computador só meu - ainda - e meu irmão não deu aula de tênis esses dias por causa da chuva e tudo mais, ai eu não conseguia terminar. A linda da Déborah escreveu grande parte dele, por isso que está divo, rs.
A música é da Celine Dion, e eu escutei no meu CD novo de Glee *-* e eu até assustei, porque achei que tem MUITO haver com os dois, acho que vocês deveriam escutar ><. Queria dedicar esse capitulo a PoorlittleRichGirl e SeverusSnape pelas reviews. Boa Leitura, obrigada a todos que tem acompanhado



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– Então, o que você acha de tão fascinante nesse aparelho trouxa? – Draco Malfoy me perguntou, enquanto mexia na minha câmera fotográfica. Já estávamos a algumas horas conversando no interior da Floresta Proibida. Eu ri.

– Eu amo o modo que ela é capaz de imortalizar os fatos, sabe? – sorri – com ela você pode reviver cada momento que julgou marcante, como se ele ainda estivesse acontecendo.
– Então, por que você ainda não tirou uma foto nossa, Greengrass? Eu não sou importante para você? – ele perguntou, rindo.
– Draco Malfoy quer tirar uma foto com a caçula dos Greengrass? É isso mesmo? – provoquei.
– Cala a boca e tira essa foto logo – ele ordenou, rindo. Levantei e posicionei a câmera acima de uma pequena rocha, mirando onde o sonserino estava. Acionei a opção de tirar fotos automáticas e resolvi colocar também a alternativa de tirar várias fotografias. Assim que apertei o botão, sentei-me novamente ao lado de Draco. Ficamos nos divertindo com poses, horas sérios, outras sorridentes ou fazendo caretas. Depois de acabar o tempo, o meu mais novo amigo pediu para vê-las e ele próprio tomou a iniciativa de buscar a máquina.
– Uau, quem diria que um Malfoy é capaz de se divertir – brinquei novamente, enquanto observava-o olhar as fotos. Ele permaneceu em silencio por alguns instantes.
– Você não sabe o quanto que eu já me diverti na minha vida – ele finalmente rebateu, com a voz seca e irônica. Olhei-o confusa, mas Draco permaneceu com a cabeça abaixada. Levei minhas mãos lentamente até os seus cabelos brilhantes. Assim que sentiu meu toque, ele arrancou meus dedos brutamente de seus cabelos e se esquivou de mim.
– O que aconteceu, Draco? – perguntei confusa, aproximando-me novamente dele. Suas mãos tremiam, mas ainda seguravam minha câmera com força. Lágrimas desciam pelo seu rosto de traços finos e claros. Ele não me respondeu, mas permaneci ao seu lado tentando, desjeitosamente, consolá-lo, abraçando a sua cintura. Ignorei o fato que ele continuava na tentativa de sair dos meus braços. Quando se cansou de lutar contra mim, enterrou sua cabeça em meu peito e desabou a chorar ainda mais. Assustei-me com sua reação, por nunca havia o visto daquela maneira, tão frágil ou sentimentalista. Acariciei seu cabelo e suas costas e segurei as lágrimas que também acumulavam em meus olhos. O que eu havia dito que o machucou? Resolvi não dizer nada e esperar ele acalmar um pouco. – O-o que foi que eu fiz, Draco? – perguntei, após ele parar de chorar, me sentindo insegura em relação a forma que ele pudesse reagir.
– Você? – ele levantou a cabeça e me encarou - Ah, Astoria – ele segurava o choro, mas mesmo assim ele sorriu e passou a mão levemente em meu rosto – você não fez nada, Asty. Fui eu quem fiz. Fui eu que destruí tudo, você não vê?
– O que você destruiu, Draco? – eu não compreendi do que ele estava falando.
– Isso – ele me entregou a câmera. Ele via a foto que mostrava as ruínas do castelo de Hogwarts.
– Ah – suspirei. Eu havia me esquecido da guerra e de todo o envolvimento que Draco teve com ela. – Olha, eu entendo, tudo bem? Entendo o sofrimento que suas atitudes passadas lhes trouxeram, mas você disse que quer mudar, não foi? Então, eu acredito que o primeiro passo para a sua mudança é você esquecer tudo isso. Chega de sofrimento por águas passadas, de chorar pelo o que já passou.

– É impossível Astoria! Como eu vou esquecer-me da quantidade de pessoas que morreram, dos lugares arruinados? De quantas vidas eu ceifei! Quantos sonhos eu destrui! Minhas lágrimas não valem nada, pergunto-me até se minha existência vale! – Draco vociferou, e suas feições tornaram-se irreconhecíveis

Encarei-o por alguns instantes, em busca de palavras. Seus olhos estavam vermelhos, e agora o rubor se espalhara por toda a face.

– Draco...Você não é esse monstro. Apenas fez escolhas erradas, mas todos nós cometemos equívocos. Olha, eu não conheço por completo a extensão da sua culpa, desse peso que você carrega. Mas ele não pode te impedir de seguir em frente, destruir suas esperanças. Muitas pessoas se foram, muitas famílias se perderam, mas nós estamos aqui. Querendo ou não. A guerra não acabou para nós, entende? Mesmo que a sua sobrevivência traga dor, ela também trouxe oportunidades. Ela conservou suas escolhas. E eu repito, você ainda tem a chance de lutar por outro lado. O lado do amor, o lado da luz. Por favor, não se entregue. Não desista...Eu estou com você...– Senti as lágrimas em meus olhos, e resisti, novamente, em libertá-las enquanto o olhar de Draco pesava sobre mim

Meu mais novo amigo aproximou-se. Seus lábios pressionaram minha testa, e permaneceram ali por alguns segundos

– Você não imagina o quanto tê-la aqui é importante para mim...Obrigado. – Ele sussurrou em meu ouvido, e estremecemos, simultaneamente.

– Convocamos todos os alunos a se dirigirem ao portão principal para o embarque, imediatamente. Repetindo, todos os alunos reunidos no portão principal, para o embarque imediato.

Assustei-me com a voz. Sequer tinha pensando em como eu sairia da escola, muito menos imaginei que ainda havia alguém no controle da mesma
– Vamos para casa? – Lancei um sorriso bobo ao Malfoy, e levantei-me, erguendo seu braço em um chamado para juntar-se a mim.
– Eu não tenho para onde ir Astoria... Não há “casa”, meus pais provavelmente já foram levados para Azkaban. A guerra preservou-me apenas a vida, você ainda não percebeu? – O tom de voz do Malfoy diminuía seu volume à medida que ele pronunciava as palavras.
– Ah, Draco,Desculpe-me. Apenas queria dizer que não podemos ficar aqui, não é mesmo? Sei que você está repleto de dúvidas, e um futuro conturbado te espera. Mas precisamos embarcar...Precisamos ir a algum lugar, longe disso tudo, onde possamos pensar em soluções. – Eu disse, em uma tentativa fracassada de disfarçar minha própria preocupação diante de tudo aquilo.

– Acho que você está certa. Sinceramente, você sempre me trás de volta a razão – O loiro fitou-me, com um sorriso tímido nos lábios.Um avanço, ao menos.
– Então, que tal uma disputa? O portão não está muito longe e...
– Você realmente tem condições de correr? – Ele interrompeu-me
– Você tem alguma dúvida disso? – Trocamos sorrisos, preparando-nos para uma pequena “aventura”. Acho que as amizades geralmente são assim, não é?
***

– Isso não é justo! Você me deixou vencer de propósito! – Eu reclamei, quando chegamos, ofegantes, no portão da escola.

– Voce não disse que era capaz de me ultrapassar? E agora duvida de si mesma? Por que eu deixaria você ganhar de mim? – ele disse e me encarou, tentando permanecer sério. Acabamos rindo juntos enquanto atravessávamos o portão.
– Sinto lhe informar, Sr. Malfoy, mas acredito que a sua passagem não será permitida – Filch, o zelador de Hogwarts, barrou o meu mais novo amigo. O que era isso agora?
– Posso saber o motivo? – eu disse, com raiva. Qual é a dificuldade de dar uma segunda chance para o garoto?
– E o que a senhorita tem haver com o caso? Vá logo para o interior do trem, antes que você não possa embarcar também – Filch rebateu, o que me deixou mais nervosa ainda. Quem era ele para me tratar daquela maneira?
– Por favor Filch, ignore a minha colega, ela realmente não tem porque participar dessa discussão – Encarei o Draco incrédula, mas ele simplesmente me mandou um olhar como um aviso para seguir as ordens do zelador, contudo, permaneci no mesmo lugar. Se ele não fosse eu também não iria. – Mas creio que eu não apresento nenhuma ameaça para os passageiros, eu não sirvo mais para o lado negro, se é que me entende. Percebi o meu equívoco, pode me revistar, se essa for sua vontade – Ele parecia tão seguro de si mesmo que suas palavras eram quase encantadoras.
– Irei revistá-lo – Filch disse autoritário, sem nenhuma alteração aparente de sua maneira de pensar. E começou imediatamente a remexer os poucos pertences do Malfoy e logo depois a conferir se ele não carregava nenhum pertence em seu corpo. – O braço. – o funcionário disse, simplesmente. Levei alguns segundos para entender por qual motivo o sonserino estendia o braço esquerdo a sua frente, que para a surpresa do próprio, estava intacto.
– Hmmm – Filch resmungou – pode ir, mas se eu souber de algum problema que você causou, eu mesmo aviso a diretora McGonagall.
– Pode deixar – Draco abriu um sorriso vitorioso e fomos juntos até a plataforma.
– Asty! Posso saber onde você estava? – minha irmã praticamente gritou quando me viu. Ela é alta, loira e magrinha, exatamente o inverso de mim, mas não é apenas na aparência que somos diferentes, também temos personalidades opostas. Mas mesmo assim, ela é a minha melhor amiga. Ela veio correndo me abraçar. – vem, temos um lugar pra você no nosso vagão e... Draco? – ela disse, surpresa, assim que viu o loiro atrás de mim.
– Olá Daphne, quanto tempo – ele disse, sorrindo.
– É, seu sumido! – ela riu e o abraçou. – Vem, cabe você também! Goyle está lá também! – Daphne estava tão animada que eu até me assustei, qual seria o motivo de tanta alegria? Mas antes que eu pudesse perguntar, ela nos puxou até o vagão. Goyle, Pansy e Zabini nem levantaram o olhar quando chegamos. – Bem, vai ficar um pouco apertado mais cabe! Pansy, sente do lado do Zabini – a loira ordenou e assim que Parkison saiu ela nos puxou. – Voce não vai acreditar, Asty!
– Sabia que tinha acontecido alguma coisa – ri – o que foi, irmãzinha?
– Eu estou namorando! – Daphne quase gritou. Ergui as sombrancelhas.
– Namorando?
– Sim, Astoria, namorando! Córmac McLaggen me pediu em namoro antes da guerra! Ele pensou que iríamos morrer, então me pediu antes que fosse tarde, não é romântico? Ele é tão lindo! E ainda joga Quadribol, além de ser rico e ter sangue puro! Ele é perfeito! Você não acha?
– Bom, e a personalidade dele, Daph? Ou é só o dinheiro que importa? – lembrei-a
– Mas eu já disse que ele é um fofo! E romântico! Daqui a pouco ele vai vir aqui, para te conhecer pessoalmente. Ele disse que era apaixonado por mim desde o quarto ano, ele até tentou ficar com a Hermione Granger para me fazer ciúmes! Acredita?
– Parabéns – eu não fazia a mínima ideia do que dizer. Desde quando ela e esse tal de Córmac eram amigos? Eu realmente não compreendo a minha irmã.
– Eu vou lá para a cabine nele, porque aqui tá muito apertado, né? – ela riu – Daqui a pouco eu volto. Junto com ele! Beijinhos lindos. – e então ela saiu contente do vagão.
– Ela está assim o dia todo? – perguntei.
– Uhum – Pansy murmurou. Era só impressão minha ou eles estavam desconfortáveis com a nossa presença?
– Er, Astoria, o que você acha da gente ir para o vagão de trás? Acredito que está muito desconfortável para eles. –Draco se referiu aos três amigos. Ou ex-amigos. Não estava entendendo mais nada.
– Ah, claro – concordei e em fizemos o que ele sugeriu. Sentei ao seu lado.
– O que você fez? – ele sussurrou em meu ouvido
– O que eu fiz? – respondi no mesmo tão baixo, sem entender nada.
– Minha Marca Negra – ele explicou – ela ainda estava no meu braço hoje. Eu a olhei antes de você aparecer e não fiz nada depois, para tentar apagá-la ou sei lá.
– Mas eu não fiz nada, não com a minha vontade, ao menos.
– Que estranho... – ele murmurou e encarou o próprio braço. Ficamos em silencio.
– Mas isso é bom, não? – tentei entender o problema.
– É fantástico, Astoria. Eu não tenho mais nenhuma ligação com você-sabe-quem. Isso é tudo que eu queria! – ele disse, sorridente.
– Ah! – exclamei, sorrindo.
– Obrigada, pequena. – ele beijou minha bochecha.
– Ei, eu não sou tão mais nova assim que você, esperto, apenas um ano. – debati. Odeio quando me chamam de pequena, já sou bem grandinha para tomar minhas decisões e em um ano me torno maior de idade e independente. Em que século que essas pessoas vivem? 15?
– É sim, é a minha pequenininha. – ele apertou minhas bochechas.
– Ah, cala a boca, Malfoy! – exclamei.
– Quem mandou ser legal comigo, Greengrass? Agora eu vou ficar no seu pé – ele riu.
– Vai ser uma longa viagem – murmurei e avistei minha irmã se aproximando sorridente de nós, de mãos dadas com Córmac McLaggen.



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Notas finais do capítulo

O que acharam do namorado da Daphne? kkkkkkk, eu não fazia ideia de quem por, ai pus o Córmac, apesar de odiá-lo. Ah é, eu segui o livro, não o filme, por isso que o Goyle está vivo e o Crabble não, só para avisar. E eu acho que na verdade a Astoria é dois anos mais nova que o Draco, mas eu quis que a diferença fosse menor, vocês vão saber porque *u*, espero que tenham gostado!
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N/C : Como vão vocês, pessoas lindas? Bem, eu sou a co-autora, para quem ainda não sabe (por isso o "N/C"), e meu nome é Déborah. Sei que apresentações não são necessárias por aqui, mas tenho um hábito desagradável de me estender demais. Enfim, perceberam que esse foi um capitulo, bem , um pouco monótono-depressivo,em algumas partes, não é mesmo? Acabaram de reconhecer as digitais da minha escrita kk Acho que estou repetindo isso por aqui, e logo receberei um sermão. Mas, acima de tudo, quero que saibam que é uma honra compartilhar um texto com essa autora incrível do relato acima, e alerto-lhes sobre a presença de muitas surpresas ao decorrer da história, até mesmo relacionado ao talento descritivo da mesma. No mais, agradeço sinceramente as duas lindas que comentaram no último capítulo. Vocês são grande parte de nossa inspiração!