Please Dont Ask Me Why escrita por Carol_Gerhardt


Capítulo 3
Verdade ou mentira?


Notas iniciais do capítulo

GEEEENTE, oi. Mais um capítulo pra vocês. Espero que gostem e obrigado pelos reviews e tudo o mais. AAAH, e um obrigado especial a minha irmã linda que tá me ajudando com a fic *-*.



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– Onde você esteve todo esse tempo? – Ele me puxou para um abraço apertado cheio de saudade, mas não era a mesma coisa.

– Desculpa, depois eu te conto melhor essa história, pode ser?

– Tudo bem, se casou? Ou virou mãe solteira?

–---

Ótimo, era só o que me faltava, por que eu não criava logo coragem e contava de uma vez?

– É, bem, não me casei não. Na verdade eu... bem, eu... vou ali ver se a Lu precisa de algo, sabe como é né? Sou mãe agora – Nervosismo FDP. Saí de lá correndo e fui ver a minha filha junto com todos. Bando de baba-ovo. Brian ficou lá com cara de paisagem.

– Lari, ela é tão linda, mas... – Zacky não completou a frase, deixou no ar, até que Jimmy entendeu o que ele quis dizer e completou.

– Ela não parece muito com você. Quero dizer, tem seus olhos. – Eles são meio lerdos. Ou muito lerdos. Pode ser também.

– Ai, porra, dá para vocês serem diretos e dizerem logo que vocês querem saber quem é o pai da criança? – Leana disse como sempre discreta e doce. Só deu tempo de olhar para Johnny e ouvir um grunhido de Lu. O mundo estava contra mim hoje.

– Lari, conta logo. – Valeu irmão, eu realmente te amo sabia? Ok, Brian estava dentro de casa agora. É a hora, vou contar.

– Conta você pra eles com a ajuda do Matt e da Val. – Peguei Luisa e fui à busca do meu outro alvo. Obvio que com ela junto, quem sabe ele visse o quanto se pareciam e eu não precisaria inventar desculpas por ter ido embora.

– Lari, só... Antes de ir eu tenho que te dizer uma coisa. – Val veio atrás de mim

– Pode falar.

– Não sei se você já sabe, mas o Brian tá namorando. – É. Isso eu já esperava. – A Michelle, minha irmã. – Droga, nunca gostei dela. Ela era irmã gêmea da Val, tipo aquela parte do mal sabe? Toda a parte ruim ficou para ela, como por exemplo a antipatia e o egoísmo.

– Obrigada por me avisar Val, mas agora eu vou contar para ele. – Disse partindo em direção à porta. Entrei e fui à cozinha. Ele estava lá, como o imaginado. Parei na porta e disse:

– Brian, nós podemos conversar?

– Claro, mas por que trouxe a bebê junto? – “Olha para ela seu idiota, ela é sua filha e se parece muito mais com você do que comigo, isso me deixa enfurecida”. Eu apenas pensei isso, mas bem que poderia ter falado.

– Porque ela é o motivo dessa conversa.

– Como assim? – Fomos em direção à sala e me sentei no sofá deixando que Luisa escolhesse entre ficar engatinhando no chão ou ir com Brian. Assim que ele sentou-se no sofá, a pequena apontou-o e balbuciou algo que não pude definir, mas ela o queria. Brian a pegou no colo e ficou brincando com ela enquanto me ouvia.

– Olha para ela Brian. – Olhei para os dois juntos, eram lindos. Definitivamente não dava mais para esconder – Lembra que dois meses antes de eu ir embora nós... Bem, éramos namorados e transamos, eu tinha apenas 19 anos e você era 6 anos mais velho. Lembra que a camisinha estourou? Pois é, eu estava no meu período fértil e engravidei. Já tinha completado o segundo mês quando eu fui para a Inglaterra. Eu não queria te contar por medo de que você rejeitasse a criança e me mandasse abortar. Eu sei que fui irresponsável e nem me despedi de você, mas eu fiquei com medo. Não tive escolha. No final, a Luisa é sua filha. – Falei tudo meio rápido e enrolado, não sei ao certo se ele entendeu, mas ficou alguns segundos quieto olhando para a garota no seu colo que insistia em não largar sua blusa. – Não vai dizer nada?

– O que você quer que eu diga? Eu estou tentando assimilar isso tudo, mas eu não entendo como você pode me julgar dessa forma. Eu poderia fazer de tudo, mas nunca mandaria você abortar o bebê. Como você teve coragem de fugir assim? Sem mais e nem menos? Eu realmente não entendo. – Ele me olhou com uma cara de reprovação. Apenas fechei meus olhos e escutei o resto quieta. – Olha Larissa, eu realmente pensei que tinha feito algo de muito errado para você quando foi embora, mas agora eu vejo que tudo o que na verdade aconteceu foi o seu egoísmo tomando conta. Você poderia ter me ligado, mandado uma carta, um e-mail ou qualquer outra coisa. Mas preferiu me deixar todo esse tempo com um sentimento de culpa. – Ele olhou para Luisa que apenas sorriu para ele. Estava irritado - Vamos fazer o seguinte, eu quero ter o direito de cuidar da minha filha também, mas não posso chegar pra todos e dizer que tenho uma filha assim, sem mais nem menos. Isso vai ficar em segredo, e nem pense em fugir mais uma vez. Pois eu vou atrás de você – Era isso, pronto, neste momento eu já estava chorando. Eu realmente errei, reconheço. Fui idiota.

Brian se levantou e foi com Luisa até o quintal, ele estava muito irritado. E isso não iria ficar por menos, eu vou ter que sofrer com as consequências de um pai enfurecido.

P.O.V – Brian

Eu não acredito que fiquei sem saber que tinha uma filha até agora. Queria ter participado de todos os momentos da sua vida, queria poder ter a visto nascer, queria poder ter sentido seu cheiro de bebê logo que chegou ao mundo. Mas agora que a tenho, vou curti-la o quanto puder.

Saí da sala deixando Larissa sozinha e fui para o quintal junto de meus amigos. Eu estava feliz, apesar de saber que agora a garota que eu amo e sempre amei estava mal, mas ela partiu sem me deixar notícias, me privou de ter minha filha perto de mim, era mais do que justo que agora eu pudesse ter meu tempo com ela.

– GRANDE PAPAI – Jimmy gritou ao me ver. Eu realmente estava feliz, mas também confuso.

– Syn, já pensou em como vai contar para a Michelle? – Johnny perguntou. Claro, a Michelle, não tinha pensado nisso ainda.

– Ela não vai saber. Pelo menos, não por enquanto. – Olhei para Val como se quisesse dizer “se você contar, vai se ferrar”. – Aliás, só quem saberá fora daqui serão meus pais. Certo?

– Como quiser garanhão – Zacky falou

– Seus putões, eu vou falar com a minha comadre. E você... – Disse apontando para mim – Não esquece que essa pequena fofurinha é minha afilhada e tem que ser tratada como rainha – Disse e logo depois mostrou um sorriso. Luisa começou a rir mostrando um dentinho na gengiva inferior.


P.O.V – Larissa


Quando se está sozinho você tem tempo para pensar, mas eu já tive tempo de mais e não resolvi minha vida. Quando você faz alguém sofrer você se sente mais pesada, e seu coração não bate no mesmo compasso. É pior quando se sofre junto, pois aí seu coração além de descompassado, dói.

Brian tinha saído e me deixou aqui, sozinha e chorando. Alguns minutos depois Matt apareceu e se sentou ao meu lado. Não falei nada, apenas deixei ser abraçada e consolada pelo silêncio. Matt sempre esteve comigo quando eu precisei, mesmo discordando de muitas atitudes minhas. Fiquei ali, apenas chorando em seu ombro. Longos minutos depois ele abriu a boca pela primeira vez.

– Pequena, você sabe que errou, não sabe?

– Eu sei Matt, mas eu só queria a segurança da minha filha. – Levantei minha cabeça e sequei uma lágrima que caiu com o punho.

– Então você sabe que o Syn só quer poder ficar com a filha que também é dele. Olha, não vou dizer a você que ele é a melhor pessoa do mundo porque você sabe que não é, mas ele tem um bom coração e não quer nada mais do que merece. Eu diria para você ir deitar agora, pode ser bom. Depois eu levo a Lu lá para cima. Tudo bem? – Matt era sincero, eu amava isso. Concordei com ele e subi calmamente pelas escadas. Deitei-me e adormeci.

Merda. Eu só precisava contar o que houve para ele, nada mais.



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Notas finais do capítulo

É isso, espero que tenham gostado e não esqueçam de deixar um review que isso ajuda muito *-*. mandem críticas, elogios, sugestões ou qualquer coisa *-*