A polícia já estava em casa, pra ver o corpo do Sebastian. Pra nossa sorte, não tinham ido embora ainda.

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- Eu não vou me perdoar se alguma coisa acontecer com a Madelaine.- eu dizia, andando de um lado para o outro, na sala de espera do hospital.

- Calma Melina! Vai dar tudo certo. Ela já está sendo operada, e a bala pegou de raspão no braço dela.- meu irmão tentava me acalmar.

O detetive Headhome estava pensativo. Resolvi perguntar:

- O que está acontecendo? No que está pensando?

- Continua sem sentido. Se quem atirou na Madelaine foi quem atirou na sua mãe... Aonde estão os outros dois tiros?

- É verdade. Boa pergunta.- Derek disse.

- Precisamos ver se eles não caíram no jardim, ou em algum outro lugar.- eu disse.

- Mas menina, uma bala não cai. Se ela caiu na grama, ela se enterrou, ou fez um buraco.- Headhome me explicou.

- Mas mesmo assim, vamos procurar. Vai que ela nos leve até alguma outra pista...- confirmei.

- Não me parece uma boa idéia. Devemos ficar observando o castelo, Melina. Porquê se o assassino atacou duas vezes, pode muito bem atacar mais uma.

- É verdade. O que acham de irmos para aquele hotel bem alto, perto do castelo? Pode ser que de lá conseguimos ver alguma coisa. Ou até o assassino. Podemos ver de onde ele está atirando.

- Pode ser. Mas temos que conseguir um quarto no último andar, e com uma sacada ou janela grande.- Headhome respondeu.

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Estava na hora de Derek ficar observando. Eu comecei a pensar:

" O tiro vinha da diagonal direita, no alto. Esse hotel fica na diagonal direita do castelo. O assassino atira desse hotel! Lá do alto da torre!"

Não pensei duas vezes. Corri até a cobertura. Vi, de fato, um homem de preto. Com uma coisa comprida e preta na mão. Uma arma. Sniper, acho que é esse o nome. Eu estava me aproximando devagarinho, para ele não notar a minha presença. Mas alguém me agarrou. E colocou um pano branco no meu rosto. Tudo o que eu ouvi foi: "Você vai pagar por isso, menina."

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Quando acordei, estava amarrada num pedaço de madeira. Estava deitada no chão. Com uma corda entre meus braços. E um pano na minha boca. Quando o homem viu que eu acordei, me levantou e chamou mais dois.

- Vamos acabar com isso logo. Coloquem ela na descida.

  Oh-ou. Isso não era bom. Nada bom. Outro cara veio e me posicionou na beirada do fim da barra de proteção. Eu não queria morrer. Não agora. 

- Se você não tivesse feito isso com a minha fil.... Ah, esqueça. Derrubem-na.

Filha? Espera aí. A única pessoa que tem pai, e que está vivo que está nos ajudando a encontrar o assassino da minha mãe é a Madelaine! Ah, não. O assassino é o pai da Madelaine???

Me chutaram. Eu não consegui ficar em pé. Eu caí. Do alto da torre. Esse era o meu fim.