Acordei com uma dor de cabeça enorme, no outro dia. O que aquela festa tinha feito comigo? Quando abri os olhos, não estava no meu quarto, estava na ala hospitalar. Levantei-me e procurei por alguém, mas ninguém estava lá. Deitei-me de novo e suspirei. Olhei pra o lado, havia uma mesinha e uma carta. Eu me sentei na cama, e peguei-a. Tinha escrito o meu nome. Abri e comecei a ler.

       Bella,

 Foi ótimo ir à festa com você, você foi a única amiga que  eu tive durante  esses anos nessa escola. Foi legal te conhecer e espero que não fique triste, mas eu  tinha  que te dizer isso, e como você  estava inconsciente depois da festa (você bebeu muito e levou um tombo), resolvi  enviar-lhe essa carta. Eu não vou estar com você por um tempo, a minha avó está muito doente e precisei ir à Paris visitá-la. Ficarei lá até ela morrer ou se curar. Você é uma boa amiga, garanto que você encontrará alguém mais especial.

              Oliver.

Eu não estava acreditando naquilo. Tudo bem era a avó dele, eu faria o mesmo. Mas, isso não era uma explicação para eu não sentir sua falta. Alguém estava vindo...

                - Ah! Finalmente você acordou! – Falou uma mulher baixinha, de cabelos grisalhos, com óculos um pouco grandes para o seu rosto. – Eu sou a enfermeira, Marília Atwood.

Ela começou a me examinar. Eu não gostava quando ela tocava em mim, me examinando, era estranho!

                - Bom, você já está pronta para as aulas – Falou ela sorrindo – Pegue suas vestes na mesa. Com licença.

                - Sra. Atwood! – Falei um pouco depois de ela se virar. – Você sabe me dizer se por que eu estou aqui?

                - Claro! Você bebeu muito na festa, e caiu da escada quando estava indo embora com Oliver.

                - Ah! É bem a minha cara! – Falei e ela sorriu – E há quanto tempo estou aqui?

                - Há três dias – Falou ela. – Mas, aprece-se você tem aulas.

                - Ah, sim. E, obrigada.

                - É o meu trabalho! – Ela sorriu, e foi embora.

Após vestir minhas roupas fui correndo ao meu quarto. Quando cheguei lá, Jennifer, Marie, Vivien, Anna e Camila vieram correndo me abraçar.

                - Nós sentimos sua falta, Bella! – Falou Marie. – Como você está?

Eu andei até a minha cama e me sentei.

                - Eu estou bem! – Falei, suspirando. – Ah! Há propósito, vocês sabem onde fica o quarto do Oliver?

                - Fica no segundo andar! – Respondeu Vivien. – O quarto é o 102. Você só tem 20 minutos, a aula vai começar.

                - Obrigada!

Eu saí correndo do quarto. Precisava descobrir se aquela carta fazia parte de uma brincadeira ou não. Mas, não era! Quando cheguei lá havia papéis jogados no chão, o seu guarda-roupa. Sentei-me no chão, e fiquei lembrando-me dele. Uma lágrima caiu dos meus olhos, eu a enxuguei. Avistei uma foto de Oliver jogada no chão, e mais lágrimas caíram. Como seria sem ele, agora? Eu não tinha mais nada, eu queria abraçá-lo, queria dançar com ele de novo, apenas queria tê-lo novamente. Só foram dois dias com ele, mas, para mim era como um amigo de infância, como se já tivesse conhecido ele há muitos anos. O sinal tocou, enxuguei minhas lágrimas, guardei a foto no bolso esquerdo da calça e corri ao meu quarto. Peguei meus livros e o caderno e fui pra sala. Por sorte, o professor não havia chegado ainda.

Sentei-me numa cadeira que tinha meu nome. Abri o caderno e colei sua foto na primeira página e sorri. Eu sabia que eu estava fraca sem ele ao meu lado. Decidi que quando Oliver voltasse, eu iria dizer-lhe o que eu estava sentindo, eu iria estar ao seu lado, eu iria dar-lhe um motivo para ficar... Eu iria beijá-lo!