My Fallen Angel escrita por giovannapicarelli


Capítulo 10
I said I'd never let you go,


Notas iniciais do capítulo

and I never did,
I said I'd never let you fall and I always meant it.



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– Andy...

– Fala.

– Eu quero sair.

– Então... Sai.

– Não, com você.

– Você não acha que as pessoas iam notar você de mãos dadas e conversando com o "nada"?

– Eu não me importo. Já que eu sou louca. - Ela disse irônicamente e começamos a rir.

– Como você consegue?

– Conseguir o que?

– Ser assim, tão...tão... Perfeita. - Disse passando a mão em seu rosto.

– Eu não sou perfeita, cala boca.

– Ok então, não vou discutir com você... Perfeita. - No momento em que eu terminei a frase, ela saiu correndo atrás de mim com um travesseiro na mão e eu corri dela, não agüentei por muito tempo e desabei no chão de tanto rir. Ela se jogou em cima de mim e ficamos lá rindo por um tempo.

Tire uma mecha de cabelo do seu rosto e coloquei atrás de sua orelha, nossos olhares se encontraram, nossas mãos se entrelaçaram, e nossos lábios se selaram.

– Andy... Eu não posso... - Ela interrompeu o beijo.

– Não pode o quê?

– Continuar com isso, Andy, eu preciso ser salva.

– De quem?

– De mim. De você... Eu, eu nem sei mais o que eu to falando.

– Lucy por que você continua com isso?

– Você não entenderia nem que eu tentasse te explicar.

– Tá, vamos esquecer isso e fazer o que você quer. Vamos sair. - Levantei estendendo a mão pra ela.

– Tem certeza?

– Absoluta.

Já de pé, Lucy foi pegar sua bolsa enquanto eu a esperei na sala. Sua mãe havia viajado a negócios e só voltaria na outra semana.

Tínhamos a casa só pra nós dois.

Eu não planejava nada "disso". Só queria ficar sozinho com ela, só eu e ela.

– Vamos? - Ela parou no batente da porta me esperando.

– Vamos... Mas, pra onde?

– Ahn... Considerando que são dez horas da noite, a gente devia ir em alguma balada ou sei lá... Eu não conheço nenhuma mas eu posso perguntar pra um amigo meu que sabe dessas coisas.

– Tudo bem.

A mãe dela havia confiado o carro do irmão dela pra ela, então iríamos com ele.

Assim que entramos, Lucy pegou seu celular e ligou pro tal amigo.

– Jacky?

...

– É isso mesmo, não não, só um amigo mesmo... - Então é isso? Eu sou só um amigo pra ela? Bom, eu vou ter que provar o contrário.

...

– Ah eu sei onde é! Você vai também? Sim também estou com saudades, então, nos vemos lá.

Ela desligou o celular e eu estava a encarando.

– O que foi?

Eu não pude segurar o riso porque a cara que eu estava fazendo deveria estar hilária. Ela riu também.

– Nada. E aí, o que vai ser?

Ela me disse onde seria e disse que ela mesma iria dirigir.

– Andy, eu preciso correr em casa e trocar de roupa, e achei que a gente ia pra um lugar menos "arrumado". Você se importa?

– Não, mas não demore.

– Não vou.

(Lucy Pov's)

Corri pra dentro de casa, voei pro meu armário e montei um look rápido, uma roupa apropriada para aquela ocasião.

E claro, algo que agradasse o Andy.

Coloquei uma mini saia jeans, salto, blusa, anel, pulseira, todos pretos e um pouco de delineador nos olhos.

Passei um perfume e voei de volta pro carro.

Logo que entrei, Andy arregalou os olhos e disse:

– Porra, você tá linda.

– Obrigada.

Dei partida no carro e fomos em direção ao local, era uma boate pouco conhecida na cidade mas era bastante freqüentada por jovens da minha idade.

Na metade do caminho Andy fez algo que eu não esperava, ele pousou sua mão sobre minha coxa, mas eu não o impedi. Apenas o olhei e sorri.

Chegando na frente do local, as luzes estavam acesas e um letreiro mostrava o nome do estabelecimento.

Na porta haviam dois seguranças, mas Jacky era amigo deles e nos deixaria entrar. Ou melhor, eu. Já que eles não veriam Andy.

Descemos do carro e fomos em direção à entrada.

– Eeeei olha só quem resolveu sair de casa! Minha pequena! - Gritou Jacky vindo me abraçar.

Ele era um grande amigo meu, mas nos afastamos pois ele havia mudado de escola ano passado.

(Andy Pov's)

Quem ele pensa que é pra chamar a minha Lucy de 'minha pequena'?

(Lucy Pov's)

Depois de abraçar Jacky, nós fomos direto pra porta, os seguranças nos deixaram entrar e logo atrás veio o Andy.

Jacky foi cumprimentar uns amigos e eu e Andy fomos pra pista de dança.

No caminho, peguei uma vodka pra mim e pra ele e fomos.

– Caralho, não consigo nem ouvir minha voz! - Gritou Andy dando um gole em sua bebida.

– Pois é, mas, não vamos conversar agora, vamos só nos concentrar no agora, só eu e você. - Sussurrei no seu ouvido para que ele pudesse ouvir.

Ele agarrou minha cintura e nos aproximou, eu virei de costas pra ele ainda com suas mãos em meu corpo e comecei a dançar, me foquei na música e em seu toque. Mais nada importava.

Mexia meu quadril pros lados e às vezes rebolava, Andy seguia meus movimentos me fazendo sentir uma coisa inexplicável.

Ele beijou meu pescoço e aquilo fez meus pelos da nuca se eriçarem.

Virei e beijei seus lábios, ele entrou com sua língua e eu fiz o mesmo. Pousei minhas mãos em seu ombro, não me preocupei das pessoas verem porque lá estava muito cheio e todos estavam concentrados em seus pares e/ou bebidas.

Afastamos nossas bocas por falta de ar e voltamos a beber e dançar.

Até que Jacky chegou e Andy deu um passo pra trás.

– Ei pequena, quanto tempo não é?

– É mesmo.

– E aí, quer dançar?

– Ahn, acho que não, já dancei demais.

– Então quer sentar?

– Claro. - Andy observava tudo com uma expressão indecifrável, resolvi deixar ele se divertir um pouco e ir colocar as coisas em dia com Jacky.

Fomos a um local reservado só para sofás e coisas do tipo, perto do bar.

Sentamos num sofá para dois vermelho de couro, o que me deixava meio inconfortável, estando tão perto dele.

Conversamos um pouco e ele já estava meio alterado por causa da bebida, e então de repente ele tentou me beijar e colocou as mãos nas minhas pernas.

– Me solta Jacky! - Eu protestava mas ele não dava ouvidos, o problema é que ele é muito forte.

De repente, Andy pulou pra cima dele como um animal, puxou-o pelo colarinho e o levantou.

Eu nunca havia visto alguém tão assustado quanto Jacky estava, porque, afinal, ninguém estava vendo o Andy a não ser eu.

Todos pararam pra olhar, aterrorizados.

– Meu Deus! O que tá acontecendo? Porra! Lucy me ajuda! Caralho! - Ele gritava, a voz falhando.

Eu agarrei o braço do Andy sem dizer nada, ele entendeu e então soltou Jacky.

Na verdade, ele jogou Jacky longe.

Corremos pra fora do bar, entramos no carro e eu comecei:

– Andy, o que você tinha na cabeça?!

– Ciúmes.

– Andy! Nunca mais faça isso, as pessoas não podem te ver esqueceu?

– Eu sei mas eu tinha que te salvar, aquele pervertido queria te comer desde que chegamos. Eu senti.

– Sentiu?

– É. Não me pergunte como.

Voltamos pra casa, o caminho todo em silêncio. Só o seu braço sobre meu ombro, e meus olhos em seu rosto.

(...)

Tirei minha roupa no banheiro, coloquei um pijama leve e Andy apenas tirou as roupas, ficando só de samba-canção.

O que me fez ficar olhando pra ele fixamente por um longo tempo até que ele percebesse.

– Desculpe moça, perdeu algo aqui?

– Hã? O que? Ah, é, não.

– Tudo bem então. Se tiver perdido algo aqui vem procurar.

– Hahahaha.

Ele se aproximou de mim e eu o abraçei.

– Obrigada.

– Pelo quê?

– Por tudo. Por gostar de verdade de mim.

– Eu não gosto, eu amo.

– Só não me abandona, por favor.

– Eu não vou Lucy, eu não vou.



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Notas finais do capítulo

Bom, é isso.
Me contem o que acharam :3
A Day To Remember - Have Faith In Me