My Fallen Angel escrita por giovannapicarelli


Capítulo 9
You twisted little girl


Notas iniciais do capítulo

Ta aí, espero que gostem!
Mandem revieeeews! Nem que seja pra me xingar gente :3 kkkk



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- Vamos filha!

Acordei com os gritos da minha mãe. Era hoje, o dia do psicólogo.
Nós concordamos que eu iria vê-lo uma vez por semana toda terça-feira.

- Já vou. - Disse sonolenta.

Levantei ainda meio dormindo da cama, Andy havia saído não sei pra onde. Coloquei uma blusa bem folgada que deveria ser usada com uma regata por baixo, mas decidi usar só a blusa. Um short bem curto e meus vans.

Eu estava finalmente me encontrando depois que conheci Andy, as coisas começaram a se encaixar e eu percebi que aquela garotinha perfeita e inocente não era eu.

Não mesmo.

Saí do quarto e logo vieram os comentários:

- Lucy onde você acha que vai desse jeito?

- No psicólogo, oras.

- Não mesmo! Vá por uma blusa por baixo dessa aí.

- Não.

 - Lucy Hemilton!

- O que é?

- Por que você está agindo assim?

- Assim como?

- Deixa pra lá... Ah Lucy, toma cuidado com o que você faz e fala.

- Que seja, será que dá pra gente ir logo?

Ela pegou as chaves do carro num olhar de reprovação e andou em direção sem dizer mais nada.

E foi assim o trajeto inteiro.

(...)

- Tchau mãe.

Saí do carro e olhei pra trás e tudo o que ela fez foi acenar.

Entrei naquela clínica, informei meu nome e que eu tinha um horário marcado.

- Por aqui. - Disse a pequena e gordinha mulher que se encontrava atrás do balcão, me guiando até a sala em que seria minha consulta.

- Olá, Lucy não é mesmo? - A psicóloga que me atenderia era loira, tinha pequenos e brilhantes olhos verdes e uma altura média.

- Sim.

- Sente-se.

Fiz como pedido e me sentei na poltrona de frente pra ela.

Ela segurava um pequeno bloquinho de papel e uma caneta.

Depois de nos conhecermos melhor, ela soltou:

- Então Lucy, o que te encomoda? Sua mãe me disse que você anda chorando muito, falando sozinha e gritando coisas irreais.

- Ahn... Eu não sei o que dizer.

- Vamos Lucy, não tenha vergonha.

- Não é isso, é só que você não acreditaria e era capaz de me mandar pra um hospício.

- Como assim? Lucy, você está escondendo algo e eu temo que seja importante.

- Você não vai rir?

- É claro que não, confie em mim.

- Tá... Eu... Eu conheci um menino.

- E...

- Bom, ele morreu há algum tempo atrás.

- Ah Lucy, sinto muito.

- Mas não é isso... Eu não o conheci em vida.

- Não estou entendendo Lucy.

- Eu o conheci quando ele estava... Morto.

Ela deixou o caderninho cair e abriu a boca como se o mundo estivesse acabando.

- Viu? Eu avisei.

- Lucy, estou achando que você pode estar tendo alucinações ou algum distúrbio da mente.

- Não! Eu te juro, eu realmente vejo ele, até nos beijamos e quando eu toco ele a minha pele queima, ele é gelado como... Bom, como um morto.

- Lucy... Sobre os gritos que sua mãe me falou...

- Não eram gritos "irreais" - Fiz aspas com os dedos. - É que eu estava brava com o Andy e mandei ele sair, só isso. E minha mãe, como não pode ver ele, achou que eu estava falando sozinha.

- Lucy, vou te receitar alguns remédios, sua consulta já vai acabar por hoje.

- Merda. - Sussurrei.

- O que disse?

- Nada.

Ela me receitou vários remédios, todos pílulas e que eu deveria tomar alguns à noite e outros pela manhã.

- Obrigada. - Disse, mesmo não estando tão agradecida assim.

Saí de lá com os remédios numa sacola plástica e fui direto pra casa, pois minha mãe já havia chegado.

No carro, minha mãe perguntou o que havia acontecido no consultório, só respondi que conversamos um pouco e ela me receitou uns remédios.

Chegamos finalmente em casa e eu fui pra cozinha tomar a pílula da noite, já que estava anoitecendo.

Anti-depressivos.

- Oi. - Andy disse passando as mãos pela minha cintura, me dando um susto.

- Andy! Você me assustou

- Desculpa, o que é isso? - Ele apontou para o frasco.

- Remédio.

- Pra quê?

- Depressão.

- Como assim Lucy? Você não tá deprimida! - Ele pousou as mãos em meu rosto, me olhando fixamente.

- Não é o que a doutora disse. Andy... Podemos conversar no meu quarto?

- Claro.

Sentei com ele na minha cama, de frente pra ele, comecei:

- Andy, acho que a gente tem que se afastar.

- Como assim?

- É que, eu acho que te ver não tá me fazendo bem, e todos estão achando que eu to louca e...

- Lucy, você não precisa acreditar neles.

- Eu sei, mas eu acho que seria melhor.

- Eu não vou ficar longe de você Lucy, nunca.

- Mas...

- Nada de mas. Quer saber? Eu te amo. EU TE AMO. E não vou sair de perto de você, quer você queira ou não.

- Tá mas Andy, é que você me consome, você entra na minha mente e me controla, faz com que eu me entregue a você, eu gosto disso, mas eu tenho medo de isso me levar à loucura.

- Bom, se isso te levar à loucura, eu vou junto com você.


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Notas finais do capítulo

Little Girl - Julian Casablancas



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