Maria, Where Did You Go? escrita por Ldebigode


Capítulo 15
The best I ever had


Notas iniciais do capítulo

OOOOOOOOOOOOOOOOI GENTE *-* k eu sumi né? espero que gostem desse capítulo! eu acho esse muito fofo, aw/ esse cap. é dedicado aos meus leitores meninos, acho que eu só tenho uns 2, mas enfim, hahaha. Ah, e dedicado pra linda da SnakeBite, amo dms ♥ haha ps.: eu imaginei o Peter como o Charlie McDonnell. Enjoy xoxo



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- Bom dia – disse Billie, me dando um beijo na testa – Ou boa tarde, tanto faz.

Dei uma risada, e lembrei que estava sem roupa.

- Que horas são? – perguntei.

- Umas duas...

- Da tarde?!

- É.

Dei de ombros.

- Melhor a gente colocar a roupa – disse Billie, sorrindo.

Coloquei a roupa e ele fez o mesmo. Toda vez que ele sorria eu pensava; como eu tenho sorte. Aquele sorriso... É meu.

Fomos até a cozinha. Mike e Tré não estavam em lugar nenhum. Fiquei na ponta dos pés pra pegar a nutella na prateleira de cima do armário, e Billie me abraçou por trás; automaticamente sorri. Ele me deu beijo na bochecha, e eu já estava me virando para lhe dar um beijo, mas ouvimos um barulho de passos e nos separamos.

Olhei para trás. Tré apareceu na porta da cozinha. Olhou para nós e deu um longo suspiro aliviado.

- Ei, Mike – ele gritou – achei eles!

Mike veio correndo, e parou ao lado de Tré. Billie e eu nos entreolhamos, sem entender.

- Aleluia – disse Mike, rindo – procuramos vocês desde ontem.

- Estávamos em casa – disse Billie. Engoli em seco.

- Ham – disse Tré, olhando desconfiado – E como foi a noite?

- Não sei, eu tava dormindo – falei, com um sorriso cínico nos lábios. Billie olhou pra mim e começamos a gargalhar muito alto; Mike e Tré não entendiam nada.

- Ei Billie – disse Mike – temos que ir no estúdio hoje.

- Tudo bem – ele disse, concentrado em encontrar o cereal.

- Agora – Tré disse, sério.

Billie olhou pra mim, depois pra Tré e Mike, depois pra mim.

- Ok gente – continuou Tré – o que aconteceu ontem? Eu ouvi uns gritos, eu sei que vocês brigaram, mas o que aconteceu?

- Hã, nada – falei.

- A gente só fez as pazes, só isso – disse Billie, com um meio sorriso no rosto.

- Sei...

- Vou me arrumar – disse Billie, saindo; ele piscou pra mim, discretamente.

Mike saiu atrás de Billie, e eu ia passar pela porta da cozinha e sair, mas Tré segurou meu braço.

- Pode para aí, moça.

- Moça? Quem é você, meu avô?

- Muito engraçada. Agora fala, o que aconteceu ontem?

- Nada de mais.

- Fala logo, menina!

- Ai Tré, relaxa... Não aconteceu nada...

Tré arregalou os olhos.

- Oh meu Deus! Vocês transaram!

- Shhhh! – falei, colocando a mão em sua boca – Fala baixo!

- Ahá! Então é verdade!

Senti minhas bochechas queimarem e escondi o rosto nas mãos. Já estava pronta para ser chamada de vadia. Tré começou a rir.

- Tá rindo do que, idiota? – falei, começando a rir também.

- De você e do Billie – ele disse, seguido por mais uma gargalhada – eu sabia desde o início.

Ri e dei um soco de leve em seu ombro.

- Vou sair – falei.

- Vai aonde?

- Sei lá, hoje eu não trabalho, acho que vou fazer mais uma tatuagem.

- Então tá. A gente se vê de noite.

Fui até meu quarto e troquei a roupa, peguei bolsa, dinheiro e tudo mais. Quando cheguei na sala, os meninos já haviam ido embora. Peguei a chave reserva, embaixo do tapete, e saí.

Andei pela rua até a Dragonfly Studio. Oakland nunca pareceu tão bonita. Mesmo com o céu meio cinzento ameaçando chover, o dia parecia maravilhoso.

Entrei na Dragonfly, e o pequeno sino acima da porta revelou minha chegada. Matt acenou pra mim logo na entrada.

- Oi Matt – falei, devolvendo o aceno.

- Olá Maria – ele disse – hoje você não trabalha, estou certo?

- Sim, está. Mas hoje eu não vim trabalhar mesmo, eu quero fazer mais uma tatuagem.

- Ah, bacana! Vai fazer com a Kat?

- Acho que sim, ela me conhece melhor – olhei o lugar à procura de Kat. Ela estava terminando a tatuagem em uma menina, e havia uma garota ao seu lado, observando o trabalho; ela era loira, magricela e tinha cara de banana.

- Quem é a novata? – perguntei.

- Ah, uma estagiária. Amiga da Kat.

Andei até elas.

- Kat?

- Maria! Que bom que veio. Quero te apresentar, a estagiária, minha amiga Anne.

- Prazer. – estendi a mão, esperando que ela me cumprimentasse, mas ela apenas encarou minha mão. Após alguns minutos, ela finalmente me cumprimentou.

- Sou Anne.

- É, eu sei. Sou Maria. Então, Kat, quando terminar, pode fazer uma tatuagem em mim?

- Claro! O que vai fazer dessa vez?

- Quero fazer o Aslan, o leão de Nárnia, sabe? – ela fez que sim – Quero fazer aqui nas costas, embaixo da partitura de Let it Be.

Assim que a cliente saiu, eu deitei na cama. Ela me tatuou, eu já estava tão acostumada com a dor, que quase não senti nada. Anne olhava com atenção, mas parecia muito distraída.

- Pronto, terminei. – disse Kat depois de um tempo.

Agradeci, paguei, etc e tal e fui pro lado de fora fumar um pouco. Estava chovendo. Sentei em um banco fora do estúdio, embaixo de um toldo, e peguei o cigarro e o isqueiro. Dei uma tragada inicial bem exagerada, e me senti relaxar. Fiquei ali sozinha por algum tempo, até que chegou um garoto e sentou ao meu lado.

Achei estranho alguém sentar ao lado de um fumante sem se incomodar, até porque o menino devia ter uns 15 anos no máximo. Ele ficou me olhando por um tempo, até eu achar estranho.

- Que é, menino? Perdeu o cu na minha cara?

- Oh, desculpe.

Ele abaixou o rosto. Só aí eu percebi o quanto eu tinha sido grossa.

- Ei, desculpa. Qual o seu nome?

- Peter. E o seu?

- Maria. Você não é daqui né? – ele tinha um forte sotaque britânico.

- Não, não. Sou de Liverpool.

- Liverpool? Isso explica essa blusa dos Beatles – falei, rindo. Ele deu uma breve risada, e depois ficamos em um silêncio constrangedor.

Pensei um pouco.

- Por que está aqui? – perguntei, e vi lágrimas em seus olhos.

- Porque eu não tenho nada – ele disse, começando a chorar – não tenho ninguém. Eu tenho 17 anos – nossa, o guri tinha 17? – e perdi tudo! Por favor, não pense que sou louco, é verdade, não tenho mais nada.

- Eu te entendo... Peter...

De todas as coisas que eu podia ter feito naquele momento, eu fiz a última opção que estava na minha cabeça; eu o abracei.

- O melhor que eu já tive agora é apenas uma memória – ele disse, soluçando.

- E agora os sonhos parecem muito mais distantes, não é?

Nós nos entreolhamos e ele abriu um sorriso. Parecíamos duas crianças decorando a letra de uma música.


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Notas finais do capítulo

E então? Gostaram? O Peter é um fofo né? >,< ah, e essas últimas frases são mesmo de uma música, de uma das bandas mais fodas que eu conheço, Arctic Monkeys o/ DEIXEM REIVEWS U_U
xoxo, L