Fast And Furious- Miami escrita por Clara B Gomez Sousa


Capítulo 8
Perda


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo! Meio triste dessa vez no começo, mas, depois eu compenso!
Enjoy :)



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8- Perda.


Justin P.O.V.:


Voltamos á nosso QG, e eu desabei na cama. Não estava muito bem, uma dor de cabeça forte, fraqueza, etc, etc. Não sabia de onde aquilo tinha vindo, acho que era o excesso de emoções, não sei muito bem. Só sabia que estava passando muito mal. Selena veio me ver. Disse que eu estava muito silencioso, e que quisera me ver. Eu contei a ela que não me sentia bem, e ela se sentou ao meu lado. Mediu minha temperatura, 40,9. De repente, ela me perguntava de onde eu tinha tirado toda aquela febre.

– Eu é quem vou saber? – Perguntei. Ela deu uma risada e se levantou. Disse que já voltava. Uns minutos depois, estava na tentativa de me fazer engolir uma pílula do tamanho do Pará. Mas funcionou. Fui dormir um pouco febril, mas logo estava 100% bem. Pronto pra outro dia de ação.

Os dias se passaram. Todos os dias conseguíamos mais e mais informações sobre os chips. Se tudo corresse bem, só mais alguns dias, um planejamento para furtar os chips e missão cumprida! Em menos de um mês!


Mas nããão. Nada nunca dá certo na primeira tentativa.


Eles desconfiaram de alguma coisa. Eu não sabia o quê. Nem Kendall, nem Selena. Eu estava na van preta com Bill. Eu digitava algumas coisas no meu celular e conversava com Bill ao mesmo tempo. O que eu estava digitando? Pistas para achar minha mãe. Eu estava bem perto. Mas tudo bem. Ignorem esse detalhe. Interrompi um assunto animado sobre Michael Jackson para falar com Kendall e Selena. Havia chamado Kendall e Selena para voltarmos para o QG.

– Sabe o que eu estava pensando esses dias? - Bill me perguntou.

– O quê?

– Que você precisa largar um pouco essa vida de nerd. - Ele me disse.

– Ah, e como eu poderia fazer isso? - Brinquei.

– Não sei... Com uma namorada.

Gargalhei alto daquela vez.

– Namorada. Eu? - Ironizei. - Mais fácil dizer que a Selena se atira no Kendall!

– Sabe que eu estava pensando nela mesmo? - Bill disse.

– Ela é muita areia pro meu caminhão. - Falei, me voltando para o computador. Não queria mostrar o rubor que tomou conta de meu rosto. Bill só iria cair mais na minha pele. - Não estou dizendo que gosto dela, mas, se eu gostasse, ela não iria corresponder.

Bill iria me responder, mas eu parei quando ouvi um tic-tac-tic-tac... Eu sabia o que era. Só não tinha certeza se era mesmo o que eu pensava.

– Bill, está ouvindo isso? – Perguntei.

– O quê? – Ele me perguntou.

– Um tic-tac... – Eu comecei. Ele franziu a testa, mas disse que na ouvia nada estranho. Dei de ombros e voltei a digitar. Quando Selena disse no comunicador que estava a uns passos de mim, eu me liguei num negócio piscando do lado do estabilizador do computador. Um detonador.

Uma bomba. – Falei, incrédulo. Fui abrir a porta da van para eu e Bill sairmos, mas só deu tempo para eu sair. A van explodiu quando Bill ia pular.

Eu fui lançado para metros de distância, num monte de mato. Alguns pedaços de minhas roupas estavam chamuscados, eu olhava para o carro em chamas em choque. Selena logo me encontrou, junto com Kendall. Selena se ajoelhou ao meu lado e me abraçou. Lágrimas corriam pelos meus olhos. Eu não estava acreditando. Bill havia morrido. Ele era uma ótima pessoa. Virou meu amigo em pouco tempo. No tempo que não havia nada a fazer enquanto Kendall e Selena estavam em ação, ele me contava sobre sua família, sua esposa e suas duas filhas, música, e coisas engraçadas. Não merecia isso.

– Justin, está tudo bem com você? Aonde está Bill? – Selena perguntou, me erguendo. Não respondi, ainda olhava para as ruínas da van. Ela pareceu entender, e entrou em transe. Kendall também. Eu estava ferido. Não sabia se havia quebrado algum osso na queda, mas era quase que se tivesse. Meu braço doía só de tocar. Havia um corte enorme em minha perna, tive de ser amparado por Kendall e Selena, e levado para o hospital.


Duas horas depois:


Sim, eu quebrei o braço. Na sala do gesso, eu estava com o braço estendido num apoio. A médica havia saído para preparar o gesso. Estávamos Kendall e eu lá naquela sala branca que estava me despertando a claustrofobia.

– Kendall, – Falei. – Estamos em perigo.

– Por quê? – Ele me perguntou.

– Você não raciocina? – Perguntei. – Nos descobriram. Descobriram que eu estou com você e Selena, vão nos perseguir. – Respondi.

– Não podemos abandonar a missão, se é isso que você quer. – Ele disse, rígido.

– Não falei isso. – Cortei. – Falei de tentarmos uma nova estratégia.

– E que estratégia seria, Sr. Gênio? – Ele perguntou. Parei para pensar.

– Primeiro. – Falei, depois de uma longa pausa. – Teremos que nos reinstalar. Segundo. – Completei, com um meio sorriso. – Depois que eu sair daqui, vou ter de chamar um amigo meu especialista em Efeitos de Disfarce. – Concluí. Kendall sabia de quem e de o que eu falava. Downey. Um amigo meu. Da equipe de efeitos especiais de filmes de ação. Sim, eu só tinha amigos adultos. Ele devia ter uns 26 anos, por ali.

Kendall olhou para mim e disse:

– Você não quer dizer... Olha, se eu tiver de virar um gordo feioso, eu te mato, moleque! – Ele murmurou. Sorri.

– Então você gostou da idéia. – Falei. Kendall suspirou.


Alguns dias depois...


– Então, Kendall, o que achou? – Downey disse, mostrando um espelho a Kendall, que assoviou. Ele estava a cara do Zac Efron. Selena parecia a Britney Spears morena.

– Não vão reconhecê-los assim. – Concluí. Então, me virando para Downey, sorri. – Valeu, cara, me fez um belo favor.

– Disponha. É um prazer trabalhar pro FBI. Nem precisa me pagar. – Ele disse. Eu fiz uma cara de Ainda bem que não precisa, por que eu não conseguiria pagar tudo, mas sorri mesmo assim. Downey arrumou suas coisas e foi embora. Kendall Zac Efron e Selena Britney Spears foram colocar suas roupas e equipamentos para voltar para as rachas e o crime organizado. Daquela vez, eu não iria. Escutas seriam o suficiente para eu monitorar tudo. Eu tinha um braço quebrado e algumas queimaduras e cortes, já havia sido atacado uma vez. Já era o suficiente. Sobre Bill, que havia morrido no ataque da van, Mirage recebeu com pesar a notícia. E eu quem dei. Me senti horrível. Eu sabia que era uma bomba, por quê deixei de lado?

Talvez ele ainda estivesse vivo se eu tivesse prestado mais atenção.

– Justin. – Fui cortado de meus pensamentos por Selena.

– O quê? – Perguntei, me virando para ela.

– Está tudo bem? – Selena perguntou.

– Claro, só... – Suspirei. – Eu devia ter sido mais atencioso.

– Justin, a culpa não foi sua, está bem? Vamos vingá-lo. – Ela disse. Suspirei. É. Iríamos vingá-lo.

Só de pensar em mim dando umas belas surras naqueles sujeitos, eu sorri. Só que eu desisti daquilo. Eu não devia ter mais de 1,50m e pesar mais de 50 quilos. Aqueles sujeitos tinham quase dois metros.

– Tá legal. – Disse. Selena sorriu.

E eles foram para a mesma reunião. Kendall teria de tomar cuidado, mesmo com outra identidade, talvez quisessem colocá-lo pra assaltar alguém. Definitivamente ele devia ser invisível. Selena, o contrário. Ela tinha de chamar a atenção, fazer todos babarem por ela, e ela teria de manipular os apaixonados, e fazê-los falar o que sabiam.

E eu?

Eu fiquei no QG, orientando os dois por escutas. Estava com um braço quebrado, não podia fazer o que fazia antes. Passou-se uma semana, e tivemos de nos mudar. Fomos para Miami Beach. Eu comecei a ficar confuso sobre algumas coisas. Selena. Royalton. Minha mãe. Mirage. As investigações. Selena.

Selena era praticamente minha melhor amiga, ficávamos juntos quase todo tempo. Eu não sabia se eu estava gostando dela ou não. Ela era perfeita, linda... Era meio difícil não sentir nada por ela.

E Royalton... Eu sabia que o conhecia. Tinha certeza. Mas tinha medo de que fosse verdade o que tinha em mente. Então, resolvi não contar para ninguém, e ocultar só para mim.

Mirage era uma pessoa ótima. Me identifiquei bastante com ela. Ela era simpática comigo, e, parecia estar em transe sempre que fitava meus olhos. Aquilo me deixava muito confuso. Por que ela ficava daquele jeito? Ela teria alguma ligação comigo?

E minha mãe?

Eu estava que nem um doido procurando aonde ela vivia. Eu queria muito encontrá-la. Sabe quando você sabe que está muito perto de alguém, esteve perto dela toda a sua vida, mas não consegue encontrá-la? Então, eu me sentia desse jeito, mais ou menos assim.

As investigações que eu fazia sobre a gangue de Royalton mostrava um bando de pedófilos terroristas com menos de 22 e mais de 18, comandados por um empresário, e dispostos a eliminar quem estivesse na frente deles. Tinha um certo temor de que eles fizessem algo de ruim para Steve ou minha mãe, Kendall ou Selena. Comigo, eu nem me importava, mas com as pessoas que eram importantes, eu me importava e muito. Tinha medo de algo acontecer a eles. Muito medo. Eu ofereceria minha vida para salvá-los, se preciso fosse. E não ia deixar aquela missão fracassar, se dependesse da minha própria vida, eu cederia a mim mesmo.


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