Meu Eterno Bebê escrita por Kashley


Capítulo 5
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

OI GENTEEEEEEEEEEEEEE! Ai que saudade, meus amores! Desculpa ter sumido, fiquei sem postar terça e quinta! Eu tava viajando, voltei só hoje. Juro que não irá acontecer mais! Tomara que vocês não queiram me matar. Mas pensem pelo lado ruim, se matar a autora, não tem mais história... HAHAHAHAHA, então me deixem viva que eu escrevo bastante pro vocês, ok? Bem, esse capítulo é dedicado totalmente à Dhanny, que recomendou a fic! Sério, eu chorei lendo sua recomendação. Eu achava que não ia ganhar comentário nenhum na história, e me deparo com uma recomendação! Linda, muito obrigada, de coração!
Bem, agora vou parar de ser tagarela e deixar vocês lerem o capítulo... ENJOY!



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Edward Cullen

Oito meses

– Corre Edward! Vai!

Eu corria como se minha vida dependesse disso. Meu foco era só um, e eu não desviava minha atenção nunca. Podia ouvir a movimentação dos outros atrás de mim, mas cada vez eles ficavam mais longe, eu sempre fui o mais rápido de todos. Enfim, cheguei ao meu destino e o mais rápido possível, lancei a bola em direção ao campo.

– Ganhamos! - berrou Alice. Como se fosse preciso berrar para que todos nós escutássemos. Ouvi resmungos e pensamentos nada hostis do time perdedor. Sorri.

Alice previu que teríamos uma tempestade hoje à noite e resolvemos jogar baseball. No meu time estavam Alice e Carlisle, enquanto nossos adversários eram Jasper, Rosalie e Emmett. Esme resolveu não jogar e ficou na margem do campo, cuidando da Bella.

Cheguei ao campo onde minha família estava e Alice pulava e batia palminhas freneticamente, cantarolando:

– Nós ganhamos, nós ganhamos, nós ganhamos... - rolei os olhos para a minha irmã maluquinha.

– Nós queremos revanche! - disse Rosalie, emburrada. Ela, de todos, era a que levava o jogo mais a sério.

– Outro dia, filha. Já está ficando tarde. E daqui a pouco vai começar a chover, temos que levar Bella pra casa. - disse Carlisle. Todos assentiram e começaram a arrumar as coisas pra irmos pra casa. Me aproximei de Esme, que tentava segurar uma Isabella totalmente inquieta no seu colo.

– Mãe... Posso levá-la? - perguntei a Esme. Assim que ouviu minha voz, o bebê em seus braços olhou na direção da minha voz e deu um enorme sorriso, já com dois dentinhos. Não pude resistir e retribuí seu sorriso.

– Claro, meu filho. - disse Esme, me estendendo Bella, que já esticava os braços na minha direção. Prontamente peguei-a, com muita delicadeza. Disse aos outros que os encontrava em casa e corri floresta adentro. Bastou eu pegar velocidade para Bella começar a dar gostosas gargalhadas, ela adorava correr comigo.

Oito meses. Já faziam oito meses que Bella morava conosco, oito meses que uma criatura tão pequena mudou a vida da família Cullen de uma hora para outra. Tudo que fazíamos era em prol dela, nas nossas decisões sempre pensávamos o que era melhor pra ela, ela vinha acima de tudo. Esme estava radiante, ela nunca tinha se recuperado verdadeiramente da perda do seu filho. E Esme feliz, consequentemente fazia com que Carlisle estivesse feliz também. Rosalie também estava realizando seu sonho de ser mãe. Emmett finalmente tinha achado alguém com quem brincar. Alice tinha achado um bebê para fazer de Barbie. E Jasper simplesmente era feliz por sentir a felicidade de todos a sua volta. Ele praticamente passava o dia inteiro sorrindo.

Eu? Bem, eu não sei nem descrever o que eu sinto. Bella mudou minha vida, me encantou. E, sinceramente, não consigo mais imaginar minha existência sem essa criaturinha que me fascina cada dia mais. Eu ainda sinto desejo pelo seu sangue, mas já posso respirar normalmente perto dela, foi um sacrifício que fiz para não me afastar. Já estou acostumado com o seu cheiro doce, mas o mostro que habita em mim ainda deseja seu sangue, o que faz com que minha garganta queime, mas isso é omitido por mim.

Alice e Rose já bateram tantas fotos de Bella, que seu álbum devia ter, no mínimo, umas 700 fotos. Cada dia várias fotos eram tiradas, elas não queriam perder um momento do crescimento de Bella. Alice nunca a deixava repetir as roupas, o que rendeu um grande estoque de vestes infantis no orfanato de Seattle.

Fui tirado dos meus pensamentos por uma pequena mãozinha no meu rosto. Bella adorava mexer no meu rosto. Nas últimas semanas sua nova obsessão era o meu cabelo, que ela mexia e puxava a vontade, me fazendo rir.

– Que ir a um lugar especial, Bellinha? - perguntei a ela. Ela só sorriu como se concordasse, e continuou na sua missão em meu cabelo. Mudei de rumo e a levei para conhecer um lugar em que eu adorava ir quando queria ficar sozinho.

Em poucos minutos chegamos à clareira. Era basicamente um espaço onde não havia árvores, um pequeno campo florido. A larguei no chão, sem perdê-la de vista em momento algum. Ela já havia aprendido a engatinhar, por isso ia a todo lado, visivelmente interessada nas flores que cobriam o chão. Me sentei no chão e continuei a admirá-la.

Bella era uma criança muito esperta para a idade dela. Mesmo não podendo ler sua mente, eu sabia exatamente o que ela queria, pois ela expressava seus sentimentos através de suas expressões.

Olhei para o céu e constatei que logo iria chover. Fui até Bella, que ainda brincava entretida com as flores, e a peguei no colo para levá-la para casa.

– Edwad!

Paralisei. Será que eu estava ouvindo coisas? Mas então a vozinha fina de Isabella me chamou pela segunda vez, para confirmar minhas suspeitas. Ela havia falado meu nome! Eu não poderia estar mais feliz nesse momento. Eu não sabia se ria, se gargalhava, se corria até em casa para me gabar para os outros, não sabia o que fazer! Só sei dizer que estava muito feliz.

Olhei para a criatura que me proporcionou o momento mais divino da minha vida e ela me olhou séria, com seus braços balançando para o chão. A coloquei no chão e ela arrancou uma flor. Imediatamente entendi o que ela queria fazer.

– Você quer levar flores para a mamãe? - perguntei. Ela só olhou pra mim e sorriu, continuando a arrancar suas flores. Ajudei quando vi que se demorássemos mais um pouco, íamos ficar debaixo da chuva. Depois de feito o serviço, a peguei nos braços e corremos de volta para casa. Assim que entrei fui atacado por uma Alice enfurecida.

– Isso não é justo! Quem bate fotos dela? Quem a leva ao shopping para fazer compras? Quem tem o árduo trabalho de escolher o modelito do dia? Eu! Tudo eu! Então porque ela falou o seu nome primeiro? - despejou Alice. É claro que ela iria ver isso acontecendo.

Bella falou o nome de Edward?

Quando? Como?

Mas eu queria que ela falasse o meu primeiro!

Esses eram os pensamentos que praticamente invadiam minha mente. Esse último eu nem precisei identificar, só poderia vir do Emmett.

– Porque você não pergunta a ela, Alice?

– Ela não tem culpa de nada!

– E eu tenho, por acaso?

– Sim, você fica a deslumbrando! - disse a baixinha, cruzando os braços em frente ao corpo, irritada. Gargalhei alto e fui em direção a cozinha, onde Esme estava.

– Tem alguém aqui que trouxe algo pra você! - disse a Esme, que fazia o jantar da Bella. Ela se virou pra nós e ficou visivelmente emocionada ao ver Bella com a mão cheia de flores estendida a ela.

– Oh, minha filha! - disse Esme, a pegando no colo. - São lindas, muito obrigada. Vamos arranjar um lugar para colocá-las? - perguntou Esme. Bella bateu palminhas, concordando.


...


Um ano

Hoje era o aniversário de um ano da Bella. O tempo passou tão rápido, até pra nós, que temos a eternidade pela frente.

Alice se invocou que teria que ter festa. É claro que ela não queria perder a oportunidade de bater mais fotos. Mas no fim todos concordaram em dar uma festinha simples para Bella no dia 13 de setembro. Mas a palavras “simples” não existe no dicionário de Alice Cullen.

Ela fez praticamente uma festa de arromba, parecia até que a cidade inteira iria comparecer. Ela expulsou todos de casa, dizendo que “eles só poderiam ver quando tudo estivesse pronto, pois aí teria o impacto”. É claro que eu fiquei em casa, pois a aniversariante ameaçou abrir o berreiro quando viu que eu ia embora. Alice só rolou os olhos e me mandou fazê-la dormir.

Já eram quatro da tarde e Alice ainda se envolvia com a decoração. Eu podia ouvir humanos trazendo salgadinhos, docinhos, enfeites, entre outras coisas. Eu só queria saber pra onde é que essa comida toda iria depois.

– Edward, Bella está dormindo ainda? - Alice perguntou do andar de baixo. Eu estava deitado no meu quarto e Bella ressonava tranquilamente na minha barriga. Apesar de já estarmos no outono, estava um dia de muito calor, por isso ela não passava frio comigo.

– Sim. Tenho que acordá-la?

– Claro. Eu tenho que dar banho nela e arrumá-la. Eu já vou subir.

Coloquei minha mãe gelada na sua bochecha e ela abriu os olhos com dificuldade.

– Olá, dorminhoca! - ela bocejou e me encarou, com aqueles olhos chocolate que me fascinam.

– Edwad! - sorri. Minha reação natural sempre que ela falava meu nome.

– Você tem que acordar. Alice já vai vir aqui te arrumar pra festa.

– Lice? - disse ela. Uma semana depois que ela falou meu nome, ela já sabia falar o nome de todos da família. Emmett foi o último. Também, ele não deixava a criança em paz, sempre a pressionando a falar o nome dele. Mas quando ela soltou um “Memet”, o grandão não se cabia dentro de si de tanta felicidade. Sorri com as lembranças.

– Aham.

Ela resmungou algo que não entendi e encostou novamente a cabeça no meu corpo. Me levantei com ela antes que a mesma dormisse de novo e Alice quisesse me matar.

Segundos depois a própria anãzinha invadiu meu quarto.

– Bellzinha! - cantarolou, ao mesmo tempo em que a arrancava de mim. - Vamos tomar banho e ficar cheirosa? Você tem uma festa para comparecer! - Alice dizia, enquanto ia em direção ao quarto de Bella. Ela só ficava quieta. Ela podia ter só um ano de idade e eu não podia ler sua mente, mas dava pra perceber nitidamente que ela odiava quando Alice a fazia de Barbie. Eu fiquei trancado no meu quarto, esperando.

Alice deu banho nela, a penteou e vestiu. Eu resolvi me arrumar antes que Bella ficasse pronta. Me vesti rapidamente e minutos depois já estava concentrado no meu livro novamente.

Edward, venha ficar com a Bella, eu tenho que descer e fazer os ajustes finais. Pensou Alice.

– Mas ainda não está tudo pronto? - questionei. Ela passou o dia fazendo aquilo!

Edward, só cala a boca e me obedece, por favor? Gritou mentalmente, brava. Quem sou eu pra desobedecer a Alice? Saí do meu quarto e fui ao quarto de Bella, que era ao lado do meu.

– Se você, por um acaso, por acidente ou qualquer outra ocasião amassar o vestido dessa criança... - me disse ela, me mandando um olhar mortal.

– Você está muito estressada hoje. Tá de TPM? - perguntei, zombando. Como diz o ditado, se está no inferno, abrace o capeta.

– Eu vou fingir que não ouvi isso, Edward Cullen. Eu vou me arrumar, e você já está avisado. - disse ela, me passando Bella e saindo do quarto. Eu não pude reprimir uma sonora risada, que fez Alice rugir baixinho do quarto. Bella ria junto comigo e batia palmas.

– A sua irmã não deve bater muito bem da cabeça... - disse baixinho à Bella, mas sabendo perfeitamente que Alice ouviria. Outro rugido foi escutado e eu decidi parar por aqui, antes que Alice decidisse destruir a casa.

Os outros chegarão em menos de cinco minutos. Pensou Alice, minutos depois, quando já estava pronta e lá embaixo. Fique aí em cima com Bella, só desça quando eles chegarem.

– Ok. - disse. Bella estava entretida, brincando com uma boneca no tapete do quarto.

Ela estava linda. Estava de vestido rosa, que combinava perfeitamente com as suas bochechas naturalmente coradas.

Pude ouvir o resto da minha família chegando, e peguei Bella no colo.

– Pronta pra festa? - perguntei a ela. Ela sorriu e eu entendi aquilo como um sim. Desci as escadas com ela e todos prestavam atenção em nós. Um enorme sorriso estampado na cara de cada um. Alice já estava com aquela maldita câmera batendo mil e uma fotos.

– Mama! Papa! - gritou Bella, quando viu Esme e Carlisle no final da escada.

– Minha filha! Feliz aniversário. Você está linda! - disse Esme, a pegando no colo.

– Meu amor, feliz aniversário. Nós te amamos muito, está bem? - disse Carlisle, fazendo Bella sorrir, como se entendesse tudo que ele estava falando. Depois foi a vez de cada um dar um beijo de feliz aniversário na Bella.

– Alice, minha filha, pra que tanta comida? - disse Carlisle, observando a mesa cheia de doces, salgados e um bolo enorme.

– É pras fotos, pai. - disse ela rolando os olhos, como se fosse óbvio.

– E o que nós vamos fazer com tudo isso, anã? - perguntou Emmett.

– Sei lá. Podemos doar. - disse ela, indiferente.

Bella fazia poses pras fotos, e Alice e Rose só se divertiam as batendo. Até que chegou a hora dos presentes.

– Hora de abrir os presentes! - disse Rose animada, levando Bella até onde estavam nossos presentes.

Rose e Emmett a deram uma bicicleta. Mas é claro que aquela ideia só poderia ser do Emmett. Eu quase enfartei (como se isso fosse possível).

– Emmett, o que você tem na cabeça para dar uma bicicleta pra uma criança de um ano? Ela vai se machucar!

– Deixa ela se divertir, Edward! E até parece que você vai deixar ela se machucar, fica grudado nela o dia inteiro. - Bufei, não iria discutir com o meu irmão desprovido de inteligência.

Esme e Carlisle a deram uma boneca cheia de acessórios, com um monte de funções. Só faltava viver pra ser uma criança de verdade.

Alice e Jasper a deram blocos de montar. Ela adorava.

Eu dei uma correntinha de ouro, com um pingente em formato de coração. Mandei gravar “Bella” no pingente, para personalizar.

Eu realmente não sabia o que dar a ela, então pedi ajuda para Alice. Ela me deu a ideia de dar algo que ela usasse constantemente, então me veio à mente dar uma corrente. E foi isso que eu fiz.

Depois dos presentes, veio a hora do parabéns. Todos nós cantamos o parabéns e Bella batia palminhas e sorria o tempo todo. É claro que mais milhares de fotos foram tiradas.

Já eram dez da noite e nós todos estávamos na sala. Bella lutava contra o sono nos meus braços.

Edward, leve Bella para dormir. Pensou Esme. Assenti silenciosamente e me levantei, indo em direção ao seu quarto.

Troquei sua fralda e tirei aquele vestido para colocar sua roupa de dormir. Ela ficou o tempo todo quieta, pois estava sonolenta demais para ficar se remexendo. A coloquei no berço e fiquei esperando ela dormir. Mas parecia que todo o sono se foi, pois ela me encarava, com os braços estendidos pra mim.

– Você tem que dormir, mocinha. - disse a ela, pegando seus bracinhos e os abaixando.

– Edwad. - disse, esticando os braços de novo. É claro que eu não resisti e a peguei no colo, indo me sentar na cadeira de balanço.

– Você quer que eu fique aqui com você? - perguntei a ela. Acenou a cabeça, concordando. Fez seu gesto natural de colocar a mão no meu rosto e não demorou nem dois minutos para que sua mão escorregasse, demonstrando que ela dormira.

E eu fiquei ali, velando o sono daquele pequeno anjinho, e ouvindo a doce música das batidas do seu coração.



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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? Espero que tenham gostado! Beijos e até terça! E não esqueçam dos meus comentários, haha ♥