Olhos Cor De Âmbar escrita por maga


Capítulo 18
ESPECIAL: Luna & George - Golfinhos


Notas iniciais do capítulo

Sou apaixonada por esse ship, então me permiti escrever sobre ele. Disse que ia postar antes, porém só tive tempo agora.



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* Narrador observador *

Já era tarde, mas George não conseguia fechar os olhos e dormir, parecia ter algo faltando, ele tinha algo importante a fazer antes de conseguir dormir. Só precisava lembrar o que era.

Encarava o teto como se de repente a solução fosse ser escrita nele. Ouviu o som de uma porta sendo aberta e se sentou para ver. Luna saia do quarto e estava... Pelada?

Seus olhos se arregalaram, ela tinha o visto, porém somente sorrira e sussurrara um “oi” antes de entrar na cozinha. George se beliscou, só podia ser um sonho. Assim que constatou estar totalmente acordado foi até a cozinha, Luna bebia um copo d’água encostada na pia.

Olhe para o rosto dela, ordenou a si mesmo unindo toda sua força de vontade, falhou.

Ela tinha um corpo pequeno e delicado, um quadril largo e uma cintura fina, como uma boneca de porcelana sua pele era impecavelmente branca e seus cabelos loiros claros iam que até o final de sua coluna rosavam no inicio de sua calcinha azul escura.

George sentiu um calor insuportável tomar conta de seu corpo. Tinha vontade de afastar seu cabelo da frente de seu tronco e ver totalmente seu corpo. Seus cabelos tapavam seus seios, como se ela tivesse o puro intuito de provocá-lo.

- Não consegue dormir? – a voz dela era sonolenta, como se tivesse acabado de acordar, ele concordou com a cabeça – Está quente hoje – ela terminou de beber sua água e se virou para colocar o copo na pia, junto seu cabelo com uma das mãos como em um rabo de cavalo. George prendeu a respiração e se preparou para o que viria a seguir. Ela se virou.

Eles eram médios, do tamanho perfeitos, perfeitamente redondos.

- Posso ficar aqui com você? Preciso conversar com alguém – concordou com a cabeça e se sentou no sofá, ela se sentou ao lado dele que discretamente colocou um cobertor fino sobre o corpo dela. Ele não era forte o bastante para resistir a tudo aquilo.

- Então, está namorando alguém? Imagino que esteja com Neville ou algo assim – George não sabia o que dizer, perguntar se ele tinha alguma chance era ligeiramente desesperado.

- Não sei por que todos pensam que estamos juntos, somos ótimos amigos, tentamos algo mais, não deu certo, então continuamos sendo amigos. Não é porque somos os antissociais que precisamos ficar juntos, as pessoas tem essa imagem de nós – ela está totalmente certa, George se sentiu um idiota – Não estou com ninguém, eu li uma vez sobre sexo casual, acho que vou tentar algo assim agora – ela sorriu. Só pode estar me provocando.

Na verdade Luna não sabia em que situação desconfortável o havia colocado, para ela era só uma conversa amistoso entre pessoas com insônia. Sempre fora totalmente aberta.

- E porque você está sem roupa? – George sorriu fingindo brincadeira. Ele se esforçava para não gaguejar. É cara, você está precisando transar.

- Estava me sentindo desconfortável então tirei – deu de ombros – está calor – o corpo de George estava quente.

- Você não se sente desconfortável ou algo do gênero? – George se sentia incomodado, ela era peculiarmente interessante.

- Todos sabem, homem e mulheres, o que os outros escondem por baixo da roupa, é previsível, normal, invariável. Não é muito mais divertido fantasiar o rosto de alguém? A cor de seus olhos, o formato de seu nariz, seus lábios, se seu sorriso é bonito, se tem covinhas, se suas sobrancelhas ficam engraçadas quando se zanga, é muito mais mágico imaginar que ela tem rugas nos olhos quando ri – ela sorriu, era o sorriso mais contagiante que ela já havia observado. Suas palavras fizeram tanto sentido para ele que este se sentiu bem – pode tirar a roupa se quiser.

Por algum motivo estranho ele o fez. Levantou-se e tirou sua camiseta e bermuda, sua cueca era azul escura, como a calsinha dela, se sentou de novo, respirou fundo. Não sabia o que estava fazendo.

- Se sente melhor? – sua voz mostrava um tom de animação.

- Na verdade, é estranho, mas me sinto meio livre, é uma sensação nova, acho que nunca fiquei praticamente pelado perto de uma garota pelada sem fazer nada... Nada... Você sabe – o rosto dele ficou vermelho, vermelho, George Weasley nunca cora. Para ele ela era tão pequena e inocente que falar “sexo” perto dela parecia sujo.

- O que? – seu rosto era um completo ponto de interrogação – Sexo? – a palavra saindo dos lábios dela fluiu pelo ar e deu um tapa na cara dele.

- Isso – pense em outro assunto – se você estava no 6º ano por que fez aquela prova? – olhou para ela, Luna estava fazendo uma trança, ele tentou manter seu olhar acima dos ombros dela, mas o corpo chamava seus olhos. Só uma olhadinha, pensou.

Observou o corpo dela, era o mesmo do qual ele se lembrava, delicado, sexy excitante, colou uma almofada no colo. Bem a tempo.

- Achei que se eu passasse seria mais simples, meu tempo em Hogwarts já acabou, sinto isso – seu rosto demonstrava tristeza – você pode me dar um abraço? – inclinou a cabeça par ao lado, não era a intenção dela provoca-lo mais uma vez, todos gostam de abraços quando estão tristes, mas o fez. Ele nunca seria capaz de dizer não.

Abriu os braços e ela se aconchegou neles em um abraço meio torto, uma de suas pernas dobrada sobre a almofada no colo dele, sua cabeça sem eu peito, seu corpo encostando-se ao dele com leveza, George respirou o perfume agridoce do cabelo dela. Estava realmente excitado.

- Posso te mostrar uma coisa? – Luna olhou para cima, George tinha os olhos fechados, tentava não pensar em nada errado, deliciosamente errado. Abriu os olhos e olhou para ela, eles estavam tão próximos, ele só devia se aproximar e beija-la, mostrar o que é sexo casual de verdade.

- Claro – respondeu, se concentrou em seus olhos, eram tão grades, tão azuis, tão acinzentados, que ele se sentia hipnotizado. Ela só pode estar de brincadeira. Ela definitivamente se sentou no colo dele, com uma perna de cada lado das suas, os peitos praticamente na cara dele.

- Minha mãe me ensinou quando minha magia começou a se manifestar, dispensa o uso de uma varinha – ela sorriu de lado com a lembrança – in corde tuo, in mente tua, anima eius, tantum est unus – ela tocou o lado esquerdo de seu peito, sua testa e logo abaixo de seus olhos – ostendere – uma luz vermelha escura embalou o copo dele, Luna voltou a tocar os mesmos lugares e juntou as mãos, quando as abriu uma pequena raposa estava andando sobre elas.

Os olhos dele se arregalaram, quantas vezes ela o surpreenderia? Era um dos feitiços mais espetaculares que já havia presenciado. A raposa se deitou nas mãos dela, olhou profundamente para ele e sumiu. Luna riu.

- É seu patrono, mas bem mais simples, só funciona se você sentir algo pela pessoa que fez isso com você. Então você tem algum tipo de sentimento forte comigo – em algum momento ele havia posto as mãos na cintura dela.

- Você é a pessoa mais extraordinária e interessante que eu já conheci – ele sorria, não conseguia parar, se sentia na obrigação, se sentia feliz, devia sorrir.

- Nunca me disseram algo assim antes – ela corou, como ele ela não se envergonhava com frequência.

- Deveriam – George concluiu que esse seria um ótimo momento para se aproximar, o momento perfeito para simplesmente beija-la e acabar com tudo aquilo. Estranhamente ela foi quem o fez.

Antes de tudo sorriu, e carinhosamente tocou o rosto dele com a mão direita, mão que adentrou seu cabelo ruivo quando seu rosto se aproximou do dele lentamente, seus lábios se tocaram e uma sensação nova, que poucas pessoas conhecem, uma sensação de coisa certa tomou conta deles. George sabia, agora, o que precisava fazer antes de dormir.

Seus lábios trabalhavam bem juntos, macios e leves. Luna passou os braços pelo pescoço dele como se o abraçasse, George a puxou para mais perto, era tão simples e tão bom que era como se durante todos aqueles anos em que viveram somente tivessem servido para levá-los aquele momento, cada batimento de seus corações, cada respiração, cada palavra que já haviam dito os levara a isso.

Mas então, quando seus lábios se separaram, o fluir daquele sentimento se dissipou lentamente no ar, seus lábios ainda próximas o bastante para um outro beijo, que não aconteceu.

- Por que fez isso? – George não entendia sua própria pergunta, não se importava com razões, só queria que ela fizesse de novo.

- Minha intuição dizia que devia ser feito e costumo ouvi-la – beijou-o novamente, faria milhares de vezes se necessário. – Posso parar se quiser – podia ser irônico, mas o beijava entre uma palavra e outro. Sentiam-se viciados pelo sabor dos beijos que eram capazes de produzir juntos.

- Se você parar eu faço – para ele Luna era tão sexy sendo estranha, que queria fazer sexo com ela enquanto ela falava uma daquelas coisas meio irreais que gostava de ler.

Eles se beijavam com cada vez mais vontade, uma vontade tão forte, tão grande, chegava a ser desumano. Agora tinham certeza, aquilo devia acontecer.

 Estavam praticamente grudados um no outro, George a virou, deitando-a no sofá. Jogou aquela maldita almofada para longe e se pós por cima dela, ele nunca se perdoaria se deixasse a essa chance enorme de transar com ela passar em branco.

Ainda enquanto se beijavam jogou a calcinha dela para longe. Sentiu cócegas quando as mãos pequenas de Luna tiraram sua cueca, seu pênis pulou para fora totalmente ereto, pararam para respirar.

Quando um olhou para o outro, ambos ofegantes, tudo pareceu tão estranho que eles tiveram de rir, é fantástico encontrar alguém que gosta de coisas estranhas. Essas são muito mais interessantes e divertidas de fazer do que as coisas normais.

- Nunca pensei que um dia faria sexo com a melhor amiga da minha irmã mais nova – podia parecer uma leve critica, mas o sorriso dele era tão grande que qualquer intenção ruim por trás delas se dissipou, isso se sequer existiu.

- Você devia parar de falar e fazer isso logo – ela era seria e George teve que rir. A olhou de cima, sua trança estava totalmente bagunçada e quase se desfazia, o rosto dela estava levemente avermelhado. Sorriu.

George afastou as pernas dela e se colocou entre elas, se preocupo em beija-la de novo enquanto aproximava seu pênis da entrada dela. Lentamente ele entrou dentro dela sendo recebido com prazer.

Assim que ele estava totalmente dentro dela terminaram aquele longo beijo. Olharam-se mais uma vez naquela noite e silenciosamente estudaram as reações um do outro, George começou a se mover e Luna soltou um gemido que ecoou prazerosamente pela cabeça dele.

- Me sinto um golfinho – Luna comentou quando ele começava e se mover mais rápido, gemeu algumas vezes mais alto do que deveria antes de George questioná-la.

- O que quer dizer? – por dentro ele sorria, continue falando coisas estranhas. Ergueu uma das pernas dela e a penetrou mais forte e mais rápido. Luna gritou.

- Eles. Isso, isso continue desse jeito. Os golfinhos fazem sexo para... Vai George, mais forte... Ficarem mais próximos uns dos outros... Por Merlin... Aaaa... Bem. Desse. Jeito. Isso faz nós parecermos golfinhos, somos pessoas que acabaram de se conhecer mais intimamente e estamos fazendo sexo para nos conhecermos melhor, diga-se de passagem. – ela jogou a cabeça para trás – Puta merda você é muito bom nisso – Luna falando palavrão talvez fosse a coisa mais adorável que ele veria em toda sua vida.

Eles se sentiam confortáveis justamente por parecerem golfinhos, era sexo casual, como os dois desejavam, sentiam algo um pelo outro e a melhor forma de descobrir o que era foi testar. Talvez amanhã tentassem odiar um ao outro. Talvez, ou fariam mais alguns testes.

Nunca se tem total certeza se você não testar de uma vez.

Naquela mesma noite testaram duas ou três (talvez quatro) posições diferentes, simplesmente porque você ter que ver uma mesma opção de ângulos diferentes.

No fim de tudo Luna o arrastou para dormir com ela, não era o tipo fixada por caras românticos e muito menos queria dormir abraçada com ele, só gostava da sensação confortável que sabia que sentiria e sentiu logo antes de cair em sono profundo, a sensação confortável de saber que ele estava ali, tão próximo e tão precioso.

Permitiu-se fantasiar uma amizade regada a sexo, se permitiu sentir-se parte de algo. Não era o que ela desejava, mas se virou e silenciosamente se aproximou dele, ainda acordado ele a abraçou e usando o braço dele como travesseiro ela dormiu imensamente bem.

George aspirou mais uma vez o cheiro de seu cabelo, um habito estranho, mas parecia um ato necessário, a apertou mais em seus braços, não deixaria que ela se afastasse.

Agora que já havia feito o que deveria. Fechou os olhos e dormiu. Apreciou por um segundo, a sabedoria dos golfinhos. 


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Notas finais do capítulo

Estou decepcionada com a falta de reviews, esse é o sétimo capítulo que escrevo com o intuito de me redimir, reviews seriam tranquilizantes, escrever para ninguém é triste e agonizante.
Dois comentários já seriam totalmente aceitáveis depois de todo o tempo que fiquei sem postar, mas nem isso eu tenho.
Até logo.