One Last Breath escrita por Bah_Yuh, Diligere Odis


Capítulo 2
Capítulo 2 - Parte final


Notas iniciais do capítulo

Bem gente aki é a kyuu... Me perdoem por nao ter postado antes. Eu estava tao envolvida em outras coisas, natal casa cheia mal ligando PC tipo parentes de outra cidade... Realmente me esqueci de postá-la, sei que foi uma tremenda mancada minha mas não é por isso que vou deixar de postar a fanfic... Mesmo quase um mes depois do natal ^-^""""""
mas é isso galera boa leitura e me perdoem pela imensa mancada.
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Viramos o ano e somente nesse momento tomamos vergonha na cara para postar! Bem, eu nao postei pois estava viajando, ai quado voltei, consegui bloquear o office do meu pc... Ai que sofrimento!
Espero que gostem desse capítulo, pois fizemos-o com muito carinho e amor para todos(as) vocês!
Boa leitura!



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A neve tão branquinha e fofinha batia na janela de seu quarto. Ainda era começo da noite, mas nevava bastante, tão típico do natal no Japão, principalmente em Tóquio. Aquela branquidão lhe apertava o coração, pois se lembrava dele... Aquele moreno de pele leitosa que simplesmente o encantou.

Suspirou, sentindo o ar quente entrar pelo seu interior, mas mesmo desse jeito sentiu frio, o friozinho da solidão de quando se percebe o quão bom é se preocupar com alguém, porém era tão difícil saber que era inútil, que não conseguiria salva-lo mesmo sendo um médico! Ah, como se sentia incapaz!

Olhou para a calçada e viu vários casais felizes passeando pela rua, naquele dia que era tão especial. No Japão o natal era bem diferente do que no ocidente; lá era mais um hiper dia dos namorados do que o dia do nascimento de um Messias; então todos estavam esbanjando amor.

Deu um tapinha de cada lado do rosto, mexendo a cabeça em seguida. Abrindo bem os olhos dirigiu-se para o banheiro lavando bem o rosto, molhando os cabelos e ensaiando o melhor sorriso que podia. Amava Sasuke e faria de tudo para fazê-lo feliz no natal, não medindo os esforços. O relógio marcava seis da noite e as sete com certeza estaria no hospital, no quarto do seu querido paciente, velando pelo seu sono sempre tão sereno devido a tranquilizantes.

Dessa vez iria de modo diferente. Sorriu ao pensar que seria a primeira vez que Sasuke o veria de uma forma mais natural, veria o Naruto e não o médico. Mesmo diante da difícil situação de doença, deu seu melhor sorriso, prometendo à sua imagem no espelho que daria o melhor de si.

Pegou uma calça preta levemente justa, uma blusa com listras grossas de um cinza claro e outro escuro, sobretudo também preto, pois estava muito frio e para terminar um cachecol laranja, que definitivamente era sua cor predileta.

Estava bonito, sabia disso e olhando em volta encontrou um casaco grosso e marrom pegou-o e deixou pendurado no braço. Por ultimo guardou a carteira e chave do carro no bolso do sobretudo.

Ao chegar ao hospital, viu os funcionários do local o olhando com estranheza, pois era de conhecimento geral que ele nunca ia ao local de trabalho em seus dias de folga. Andou até a recepção e informou que queria visitar formalmente o paciente Uchiha Sasuke.

Sabia que era proibido visitantes que não fossem da família em casos tão delicados quanto aquele, principalmente em um horário que não era o apropriado, mas por ser o médico do moreno, tinha privilégios. Por esse motivo a recepcionista somente o cadastrou –desnecessariamente – e deu a identificação.

Não precisava de instruções para chegar ao quarto, já que lá era como sua segunda casa. Assim que chegou a frente ao quarto excitou em abri-lo. Não sabia se o que estava fazendo era certo, mas amava tanto Sasuke que chegava a doer. Como alguém podia mudar seu coração tão rapidamente?

Bateu de leve na porta, mesmo sabendo que o outro estaria dormindo e não o responderia. Com isso abriu a porta, vendo o quarto escuro ser tomado pela luz amarelado do corredor. Respirou fundo, insatisfeito ao sentir o odor típico de hospital, mas não se abalando entrou no recinto.

A primeira coisa que fez foi ir até a janela e abrir as grossas cortinas e escancarar os vidros, deixando o ar frio entrar. Sabia que podia ser prejudicial ao moreno; oras era médico, porém também sabia que ali precisava de troca de ares.

Sentou em uma poltrona branca, como tudo no quarto, e ficou observando seu paciente... Não, não queria pensar nele dessa forma, ao menos naquele dia, sendo assim ele seria seu amigo. Precioso amigo.

- Neh Sasuke, bem que você podia acordar! – Exclamou um pouco alto, fazendo um leve carinho na bochecha mais branca que o normal por não ter contato direto com o sol há algum tempo.

Suspirando cansado o moreno acordou. Naruto soube disso pelo barulho da maquina que indicava como estava o coração do enfermo. Droga, será que nem em horas como essa podia se esquecer de sua condição como médico? Queria tanto fingir ser alguém normal a visitar alguém querido!

- Uzumaki-san? – A voz mesmo sonolenta ela belíssima, suave e rouca, em contraste com toda a masculinidade que o Uchiha exalava.

- Naruto. – Seu timbre era autoritário, assim como sua expressão autoritária quando ficou de frente para Sasuke, que deixava clara na face que não tinha entendido o porquê do médico falar seu nome. – Hoje não vim como seu médico, e sim como um amigo.

Somente nesse momento que o Uchiha reparou nas roupas de cores pesadas que o louro usava e constatou que ele parecia ainda mais novo vestido tão casualmente. Não pode deixar de olhar um centímetro se quer daquele homem parado a sua frente, olhando-o com tanta devoção. Lindo; essa era a palavra mais humilde para classifica-lo, pois com certeza ele parecia com aquelas obras de artes para se admirar pela eternidade. Os cabelos tão louros que era quase prateado quando batia o sol, os olhos azuis tão puros quanto o céu, a pele bronzeada mesmo no inverno, mostrando o quão pecaminoso podia ser, a altura um pouco mais baixa que o normal, e o porte definido... Tudo nele impressionava Sasuke, dando uma sensação de que o mais novo era um ser que nunca poderia ser maculado. Um verdadeiro anjo.

- Sasuke? – Ao ver o outro com o olhar vidrado resolveu ver se estava tudo bem com ele, porém com resposta percebeu umas poucos lágrimas se acumularem discretamente nos orbes ônix.

Entrou em desespero interior. Seu amado estava sofrendo e provavelmente por sua causa! Ao escolher passar a noite com ele, não pensou em como deveria ser difícil perceber que nem mesmo na noite de natal poderia sair para aproveitar a neve ou ficar em casa com uma xícara de chá quentinha.

Sem saber direito o que fazer, Naruto envolveu o corpo muito magro entre seus braços, deixando a testa do outro repousar no seu peitoral, apertando-o contra si, adquirindo também algumas lágrimas, das quais tratou de reprimir, pois precisava ser forte pra poder dar todo o apoio pra Sasuke.

O Uchiha estremeceu levemente ao sentir aquele abraço tão quente. Não que desconhecesse que abraços fossem quentes, mas há tanto tempo que não tinha abraçado alguém por simplesmente abraçar, para se apoiar, com verdadeiro sentimento de importância, que chegava a abafa-lo, mas não de uma forma ruim. Sentiu um queimor nas bochechas, sinal de que tinha corado.

Será que o Uzumaki não fazia ideia do que estava fazendo? Ah, já tinha dito pro médico que o motivo de ter saído de casa era sua sexualidade, seu gosto por homens e mesmo assim o loiro o abraçava, como se ele fosse uma existência preciosa, e ainda por cima tinha ido passar o natal consigo. Naruto não percebia que era cruel ao apaixonar um doente em estado terminal?

- Neh Sasuke... Toma. – O mencionado mordeu os lábios ao perceber as bochechinhas coradas e os olhos claros voltados para o chão, demonstrando vergonha. Pegou uma blusa de frio marrom, bastante grossa, vendo em seguida o médico ir para a janela, observando a paisagem.

Entendeu o que o outro queria; como era natal, Naruto estava tentando faze-lo se sentir menos doente. Deu um pequeno sorriso, apertando o tecido. Quando foi vestir a blusa viu um envelope pequeno de cor creme cair. Ia avisar ao suposto dono quando viu seu nome escrito. Mesmo estranhando abriu-o.

Surpreendeu-se ao ver um cartão de natal que quando era aberto um coração se formava como se estivesse saindo de dentro dele. Nele havia escrito poucas palavras “Feliz Natal e um Próspero Ano Novo... Aishiteru” eram tão singelas, tão poucas e curtas. Mas que aqueceram tanto o seu peito, que mesmo poucas foram capazes de o fazer se sentir vivo e feliz novamente. Suspirou, o garoto que o dera aquele cartão estava de costas para si, apenas olhando a neve branquinha cair.

Sasuke vestiu o casaco com o máximo de silêncio que aquela cama barulhenta o permitia. Assim que terminou sentiu um alivio: o dia estava realmente frio e o outro tinha deixado à janela aberta. Mas mais do que isso, sentia confortável com o cheiro que desprendia da blusa e saber que o outro se importava consigo também o satisfazia bastante, mesmo sabendo que estava sendo egoísta, já que não tinha muitas esperanças de uma recuperação.

Puxou a manga do mais novo e quase sorriu ao ver a expressão que ele fazia. Era um misto de medo e esperança, se ingenuidade e traquinagem. Os lábios carnudos e rosados eram espremidos um nos outros e nunca tinha visto uma pele bronzeada tão rosa nas bochechas.

Abriu um pouco os braços pálidos em um gesto de convite que logo foi aceito. Naruto dessa vez o apertava com força e vontade, como se temesse que ele sumisse a qualquer hora. Sentia o pescoço ser cheirado e depois molhado por lágrimas que rapidamente fizeram o corpo sadio sacudir em soluço. Naruto estava chorando.

- Isso é injusto, Sasuke! Muito, muito injusto! – Falou alto, deixando escapar pela primeira vez seus verdadeiros sentimentos. – Podem me chamar de incompreensível, ou do que quiserem, mas eu não posso simplesmente aceitar ver-te morrendo por causa do egoísmo e preconceito de seus pais! Que coisa! Por que eu tenho que te perder? – Nesse ponto já tinham se desvencilhado e o loiro chorava compulsivamente, escondendo o rosto entre as mãos. – Não aceito... Não quero! – Sussurrou apertando tanto a mão em forma de punho que chegou a machucar a palma.

- Naruto! – Chamou.

O médico ao ouvir pela primeira vez seu nome ser pronunciado por seu amado sente o peito se acalmar um pouco, e um calor bom tomar conta de si. Naruto... Nunca tinha gostado tanto de seu nome quanto naquele momento. Quase chorou mais de tanta emoção.

As mãos de dedos longos e finos se espalmaram em seu rosto, acariciando seu maxilar. Olhou profundamente nos olhos ônix, perdendo-se naquela imensidão escura que tanto desejava desvendar. De tão envolto nem percebeu quando o outro chegou mais perto, tocando os lábios finos com os carnudos.

As línguas dançavam, não era um beijo voluptuoso repleto de desejos e anseios carnais. Era algo singelo e delicado, repleto de um sentimento puro e sincero, abundante no mundo, mas que poucos realmente conseguiam encontrar. Amor. O mais puro e sincero amor, inebriava aquela cena. Tornava-a bela, que de tão bela era quase surreal, era tão... Perfeita, tão doce, tão real. Que de tantos sentimentos conflitantes. Tudo acabava por explodir em uma sensação deliciosa dentro de cada um. Aquelas borboletas no estômago que voavam soltas, mais do que haviam planado no primeiro beijo que cada um deu. Aquela sensação de que o coração explodiria antes de sair pela garganta. Aquele tremor nervoso e ansioso. Aquelas mãos suadas que tremiam de medo e ansiedade por tocar e explorar mais daquela pele. Tudo era tão lindo, tão belo, tão magnífico, que sequer parecia ser da terra...

-Esse é o melhor natal da minha vida... –Sasuke disse após se separarem, as faces coradas tão próximas uma da outra.

-Esse não é só o melhor natal da minha vida... É também o melhor dia dela... – Naruto colou sua testa na do moreno olhando nos olhos ônix, naquele momento a conexão especial que já possuíam, tornou-se tão mais forte do que já era que era notada à metros de distância.

E ambos estavam tão felizes, tão imaculados e aéreos que não perceberam o tempo passar, a enfermeira entrar, exclamar e sair, ou quando dormiram. Sasuke encostado em Naruto, que estava escorado na cabeceira da cama. Desconfortável, mas tão acolhedor ao mesmo tempo! Ah, que véspera de natal perfeita tinham tido!

O dia amanheceu e Naruto despertou junto a ele. No seu rosto o sorriso mais belo que já tinha dado, pois nos seus braços estava Sasuke a dormir como um anjo, com sua pele branquinha e cabelos negros. Um verdadeiro anjo da perdição.

Olhando para o relógio constatou ser seis e meia da manhã. Ah, nem quando estava de folga conseguia dormir até tarde, mas que coisa! E pensando melhor era melhor assim, pois em meia hora a enfermeira iria entrar pra trazer a comida do moreno e iria encontra-los abraçados na cama... Ops, entrava enfermeira no meio da noite para ver as condições do paciente, sendo assim já haviam sido flagrados. Fazer o que?

Percebeu que a janela tinha sido fechada e se xingou por não ter lembrado desse pequeno fato. Aquilo poderia piorar Sasuke. Sorriu ainda mais ao pensar que sua blusa ficaria com o cheirinho do moreno. Estava tão apaixonado que chegava a ser inacreditável!

- Naruto? – Ouviu seu nome ser chamado baixinho e presenciou a cena mais linda que poderia imaginar. Sasuke abrindo os olhos, ainda sonolento, um pouco perdido e meio envergonhado. Suspirando o loirinho deu um beijo na bochecha do mais velho.

- Bom dia. – Cantarolou, enquanto apertava o moreno em seus braços antes de sair de trás deste.

- Tenho a impressão que hoje está mais frio que ontem. – Comentou o paciente, passando as mãos pelos braços.

- Claro que não. – Naruto deu uma gargalhada, arrumou a poltrona para ela ficar de frente para a cama e se sentou. – É que passamos a noite abraçadinhos, agora que estamos separados sentimos frio, pois não temos o calor um do outro.

- Convencido!

Observou toda aquela felicidade, o sorriso radiante, que conseguia aquecer até mesmo a parte mais fria do seu coração. Estava tão satisfeito de estar fazendo o homem a sua frente feliz. Quando ele ria parecia uma criança ao ganhar um doce e aquilo era tão encantador. Segurou a mão dourada entre as suas.

- Você é tão lindo, Sasuke! – Suspirou admirado, aproximando os rostos, dando vários beijinhos nos lábios finos, porém perfeitos. Tocou os narizes, sorriu e deu mais um beijinho, se afastando.

Três batidinhas na porta foram ouvidas e com isso Naruto se afastou do outro, encostando-se à cadeira, enquanto a porta era aberta. Por ela apareceu o médico plantonista, que provavelmente estava xingando ao mundo por ter que trabalhar no dia do natal.

- Bom dia, Uchiha-san. – Cumprimentou sem olha-lo, vendo alguma coisa no formulário. Não sabia se o paciente estava acordado ou dormindo, mas fazia parte da etiqueta falar o bom dia, mesmo para aqueles em coma.

- Un.

Assim que direcionou sua atenção para o moreno reparou que ele estava com um casaco marrom. Estava se preparando para dar uma bronca, por aquele gesto ser contra as normas do hospital, quando viu seu colega de trabalho, Naruto, sentado na cadeira, com o rosto entre as mãos, observando-o.

- Bom dia, Uzumaki-sensei. – Curvou-se um pouco, perguntando-se o que o outro estava fazendo no lugar de trabalho, com um paciente em pleno natal, ao invés de com a família e com os filhos.

- Para você também, Neji-kun. – Sorriu daquele jeito que só ele sabia fazer. O plantonista reparou na expressão de desagrado que Sasuke fez diante daquela cena, como se odiasse a ideia de ter Naruto sorrindo pra outra pessoa se não pra ele. O moreno estava com ciúmes e naquele momento entendeu o que estava acontecendo.

Na sala de estar, estava uma onda de fofoca entre as enfermeiras e médicas, sobre um acontecimento raro: um médico apaixonado pelo paciente. Tinha ouvido por alto que o tal médico tinha passado a noite abraçando o enfermo de forma tão carinhosa que tinha sensibilizado as mulheres, fazendo-as não os repreendes, por achar aquele gesto tão lindo, ainda mais no Natal.

Resolveu que também colaboraria com o suposto casal. Esse seria seu presente de Natal para seu senpai e para todas aquelas fofoqueiras de plantão. Olhou mais uma vez para a ficha de Sasuke e fechou os olhos, pesaroso.

Depois autorizou a enfermeira que estava na porta a entrar. Junto a ela veio o carrinho de comida, e logo a bandeja foi depositada no colo do moreno, que olhou indiferente para a comida pouco convidativa que tinham lhe dado.

- Uzumaki-sensei, por favor faça o Uchiha-san comer apenas isso. – Pediu polidamente. Naruto entendeu muito bem a indireta; o outro temia que além de ter trago uma blusa de frio, ele também tivesse dado comida de fora do hospital para o moreno. Bem que queria, mas sabia o quanto esse ato poderia ser arriscado.

- Deixa comigo! – Deu uma careta para o prato e deu de ombros... Seu estomago remexeu mostrando que estava com fome.

- Uzumaki-sensei. – Chamou a enfermeira que era responsável pelo moreno e que tinha convencido as outras a não estragarem o momento dos dois durante o sono. – Quer que eu traga algo para o senhor comer?

- Não precisa, Sakura-san! – Levantou, batendo as mãos na roupa. – Vou à recepção renovar minha visita e já volto. – Olhou para o moreno e deu um sorriso tímido, saindo do quarto em seguida.

Sasuke sabia que o loiro não queria comer dentro do quarto, pois seria maldade consigo que tinha aquela gosma como alimento. Naruto até poderia pedir a mesma comida, mas era proibido dar aquilo para os visitantes.

Esses pequenos fatos faziam Sasuke sofrer bastante, pois o lembrava do seu estado de doente, que provavelmente iria morrer e agora se culpava por ter se deixado envolver com Naruto. Definitivamente não queria que o médico sofresse quando ele morresse; isso seria como um pecado.

Não passou muito tempo e Naruto voltou com aquele sorriso, fazendo o moreno esquecer-se de todos os problemas e só se concentra no belo homem a sua frente. Apesar de tudo era uma pessoa sortuda: morreria amando e sendo amado por uma pessoa ótima, que jamais teria chance se estivesse em boas condições.

O Uzumaki também ficou o admirando. Mesmo naquelas roupas de hospital e um pouco desnutrido, ele era tão lindo! Parecia uma boneca de porcelana com toda a sua brancura. Queria protegê-lo, queria tê-lo só para si, ser dele! E por isso tinha decidido não desistir: iria encontrar um doador compatível, nem que tivesse que rodar o mundo para aquilo.

A enfermeira Sakura que ainda estava no lugar estava realmente encabulada, sentindo-se uma intrusa no meio de tal cenário romântico. Deu uma risadinha, lembrando-se de quando era tiete do moreno, das fofocas que sempre teve com suas amigas falando que quando Sasuke melhorasse elas investiriam nele. É, com certeza nenhuma teria a capacidade de se igualar a bondade e simpatia de Naruto, somente por isso que os ajudava.

Preferiu não interromper aquele contato visual tão bonito e deixar a bandeja por lá mesmo; oras o doutor Uzumaki bem sabia o que tinha que ser feito, ela era dispensável naquele momento. Saiu do quarto de mansinho, sem pedir licença e reparando que nenhum dos dois notou sua fuga.

- Neh, Sasuke... Estive pensando se você não quer assistir algum especial na televisão, ou ver alguma coisa no computador, já que é natal. – Sentou-se na beira da cama onde o outro também estava sentado.

- Isso já me basta. – Sussurrou, tocando os dedos brancos com os bronzeados.

Naruto sorriu iluminando mais uma vez o dia do Uchiha. Depois o loiro escondeu seu rosto no peitoral do maior, ouvindo as batidas do coração, percebendo-as acelerando. Apertou o corpo branco e sentiu um cafune na cabeça. Queria chorar, mas seria forte; por si, por ele.

Não trocaram muitas palavras durante o dia, somente ficaram ali, abraçadinhos e trocando algumas caricias bem inocentes, como beijinhos, um carinho no rosto ou aqueles olhares profundos, que parecia os conectar.

No fundo estavam com esperança de que tudo desse certo, de que um velhinho com barba branca e roupa vermelha viesse enquanto estavam perdidos um nos olhos do outro e, desse saúde ao moreno, para eles poderem viver felizes.

Porém toda aquela esperança que tinham foi se desmoronando com o passar da tarde. Sasuke teve uma recaída e passou muito mal. No mesmo momento o Uzumaki foi para o vestiário abrindo seu armário e pegando uma roupa reserva. Todo de branco e com os aparelhos necessários ele mesmo foi atender seu precioso paciente.

Ao ver que Sasuke tinha piorado tanto de uma hora para a outra, Naruto entrou em pânico, suas mãos tremiam e seus olhos lacrimejaram. Nesse ponto o Uchiha já estava dormindo devido a remédios, para que sentisse menos dor. Chamou Neji, o médico plantonista, pedindo para que pelo amor de Deus o doutor de olhos gelo conseguisse salvar o moreno.

Vendo toda a situação, Sakura resignada daquilo estar acontecendo em pleno Natal, deu um sedativo para o superior, fazendo-o dormir também, pois bem sabia que o loiro tinha pressão alta, e do jeito que estava, certamente teria uma parada cardíaca.

A noticia rapidamente se espalhou pelo hospital. Aqueles mais crentes estavam na capela que lá tinha, rezando pela saúde do moreno, para que o médico mais dedicado do hospital pudesse ser feliz; os da especialidade estavam reunidos para tentar encontrar uma solução, para que o moreno melhorasse o mais rápido possível.

Até mesmo as atendentes e faxineiras tinham parado de lixar suas unhas ou de ouvir musica para poder prestar atenção no alto-falante, que sempre avisava como o moreno estava.

A situação poderia parecer estranha para quem visse de fora, pois um hospital tinha praticamente parado por causa de um paciente. Mas para toda aquela equipe o que estava em jogo ali era mais do que uma vida.

Naruto era o caçula entre os médicos, e desde pequeno ia ao hospital para visitar as crianças com câncer, alegrando-as com histórias, teatros e brinquedos, principalmente na época do Natal. Crescendo mais, o loiro tinha virado um doutor da alegria, espalhando barulho e risada para aqueles que não tinham mais esperanças. Por último, assim que virou médico, fez de tudo para conseguir uma vaga ali, no Konoha, alegando que seria o melhor médico que todos já tinham visto. E assim o era.

O Uzumaki tinha passado tanto tempo se dedicando àquele hospital e a seus pacientes com câncer, que tinha se esquecido de sua própria vida. Tinha se esquecido de que precisava sair, de ter amigos, uma namorada, ser um humano e agora que estava descobrindo o que era realmente o amor, isso acontecia? Por que a vida tinha que ser tão injusta? Poxa, Naruto sempre fez a todos felizes, agora estava na vez dele de ser feliz.

Sasuke teve reação aos remédios aliviando a todos. A festa foi geral quando o doutor Hyuuga tinha anunciado a boa nova. O moreno estava bem; fraco, muito fraco, mas resistindo, conseguindo se recuperar.

Sasuke olhava a sua volta. Não estava em seu quarto anterior, e sim em um mais amplo e branco e tinha muitas pessoas lá, cerca de trinta profissionais de branco. Não entendeu o porquê de tanto estardalhaço, e também nem fazia questão, só queria dormir mais um pouco, estava bem cansado.

Estava determinado a cair no sono quando reparou em uma enfermeira. Pouco se podia ver, pois a toca e a mascara cobria boa parte de seu rosto, mesmo assim conseguiu ver olhos azuis e uns fios loiros. Aquela visão o fez despertar por completo!

Naruto! Precisava falar com o homem desesperadamente e sem nem perceber começou a gritar o nome do médico como se estivesse alucinado. Os doutores se assustaram e Neji, o que mais sabia sobre toda a situação mandou Ino, a enfermeira loira, procurar o outro enquanto ele tentava acalmar o paciente.

Foi difícil, mas Ino conseguiu acordar o médico que não tinha tomado tanto sedativo assim. Explicou a situação por cima, sem entrar muito em detalhes com medo de que o Uzumaki entrasse em pane, pois estava estampado em seu rosto o desespero.

Naruto abriu com força a porta do quarto, fazendo todo o barulho sessar e a atenção ser voltada para si. Sem nem se importar, correu até a cama e olhou para Sasuke que estava mais abatido do que em qualquer outra hora. Pegou as mãos pálidas, já chorando desesperado, vendo os olhos ônix também ganharem lágrimas.

Sakura, que já chorava a tempos, também desesperada, pediu para que todos saíssem, pois com certeza somente Sasuke poderia acalmar Naruto e somente Naruto poderia dar paz a Sasuke. Entendendo bem a situação todos a obedeceram, deixando os dois a sós.

- Obrigado, muito obrigado. – Sasuke sussurrou, olhando para as mãos entrelaçadas. Chegou mais perto do outro, afundando o rosto na curva do pescoço bronzeado, sentindo o aroma que se desprendia da pele tão quente, pela qual necessitava de ficar sempre mais perto.

- Obrigado pelo que, Sasuke? – Perguntou separando os corpos, encarando os olhos ônix.

Paralisados, os olhos que tanto amava estavam paralisados e vidrados em um ponto qualquer. A cabeça tombou para o lado quando não tinha mais onde se apoiar e a respiração não mais existia. A pele ainda estava quente, mas o sangue não mais corria e naquele momento, Naruto soube o real significado da palavra desespero.

Balançou o corpo já sem vida, chamando baixinho pelo moreno, pedindo por uma reação, pedindo para que acordasse e para que o olhasse daquele modo superior, como tinha sido no primeiro dia. A resposta era nula e nesse momento o Uzumaki não aguentou mais.

Caiu no chão de joelhos, apertou fortemente os cabelos, chegando a arrancar alguns fios e gritava, gritava e gritava mais alto o nome de seu amado. SASUKE! SASUKE! SASUKE.

O coração batia tão rápido que parecia querer sair do peito e como Naruto queria que fosse isso a acontecer, pois assim morreria junto a Sasuke. Começou a sentir uma forte dor no coração, não emocional, mas física.

Sentiu quando alguém pediu por socorro e logo varias pessoas pegaram-no e correram para outro lugar. Mas não se importava, não queria saber o que aconteceria consigo, nada mais tinha sentido. Sasuke estava morto.

Nem mesmo acreditava que estava naquele mesmo restaurante em que tinha tentado convencer o senhor Uchiha de doar as medulas para o filho mais novo. Estava doendo e muito, ver que por causa da sua falta de persuasão, seu Sasuke tinha morrido.

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Estava inconsolável, tinha a amargura em seu peito por saber que podia ter feito algo a mais tinha raiva por não ter feito, por não ter insistido. Por não ter gritado com aquele homem à sua frente e o obrigado a abrir os olhos e mostrá-lo que de uma forma ou de outra Sasuke era filho deles.

Mikoto e Fugaku estavam ao seu lado e entraram primeiro na sala que já tinham ocupado uma vez. Dava para perceber, principalmente pela mulher, como eles se arrependiam das suas decisões. Ah, foi por tão pouco, se eles tivessem decidido pela manhã, o moreno poderia estar a salvo.

- De certa forma ficamos aliviados por saber que os últimos momentos do nosso filho foram com alguém que se importava tanto com ele. – Mikoto falou com sua voz baixinha, ainda muito triste por tudo que tinha acontecido.

-Como pode dizer isso... Sabendo que podia ter feito algo. Sabendo que podiam ter ajudado... Que podiam... Ter salvado a vida dele. – O loiro tremia, tinha vontade de se debulhar em lágrimas ao mesmo tempo em que tinha vontade de socar aquele Uchiha até todo o seu remorso se esvair.

-Naruto... Você tem razão e por isso estamos lhe pedindo desculpas... Você acha que nós mesmos não estamos nos culpando? Que não está doendo em nós dois?... Pelo amor de Deus Sasuke era meu filho e saber que ele está morto dói e sangra em mim de uma forma que nem você pode imaginar... Então não pense que eu não estou agindo como uma mãe, pois se eu tivesse essa escolha teria sido eu a ter aquela doença no lugar dele. – Mikoto disse algumas lágrimas escorreram pelo seu rosto.

- Mikoto está certa... – Essa foi à vez de Fugaku falar. – Essa profissão deve ser muito difícil para você, Naruto, que se abala tanto com a morte de um paciente...- O Uchiha sentia a dor por ter perdido seu filho caçula de tal maneira e isso podia ser visto em seus olhos, mas ele não demonstrava isso de tal maneira. Não como Mikoto

- Uchiha-san, Sasuke era um paciente muito especial. Não fico abalado com a morte de todos os meus pacientes; normalmente comeria um chocolate e estaria tudo bem, mas com ele era diferente. – Não tinha coragem de encara-los, não àqueles olhos pretos que lhe trazia tantas recordações.

- Você tinha se tornado amigo dele? Ou tinha se sentido sensibilizado pela história de nosso menino? – Mikoto tomava seu chá e olhava bondosamente para o loiro a sua frente.

- Etto... Nenhuma dessas coisas. – Sentia as bochechas esquentarem, indicando que estava corado e as mãos suavam. – Quando o filho de vocês entrou pela primeira vez no consultório, não nos demos bem, na verdade, detestamos um ao outro. Quando recebi a noticia de que eu seria o médico do filho de vocês eu dei um escândalo, pois não queria de jeito nenhum.

- Porém não tive escolha. Com o tempo nossas discussões só pioraram e se tornaram globalizadas; falávamos sobre tudo que nos cercava e nisso pude perceber o senso de justiça que Sasuke tinha. Cada vez admirava-o mais. – Dessa vez encarou os supostos sogros, tomando toda a coragem que podia ter. – Sasuke teve uma baixa e quase morreu, nisso eu me desesperei e percebi que não conseguia pensar nele morto, que o queria comigo sempre, mesmo depois do tratamento. Percebi que estava perdidamente apaixonado pelo Sasuke.

- Primeiro entrei em não aceitação, pois eu nunca tinha reparado em um homem, depois veio à aceitação, pois Sasuke era diferente de todos os homens que eu já tinha conhecido e por ultimo, o desespero tomou conta de mim, pois pela primeira vez eu estava amando e logo essa pessoa estava à beira da morte. Em imediato pedi para o Hatake-san entrar em contato com os senhores, mais independente do que eu falava a resposta permaneceu não.

- Resolvi então que faria esses últimos dias do Sasuke valerem a pena. Estava previsto para ele começar a piorar na primeira semana de janeiro, então ontem mesmo eu levei um casaco colorido, para tirar um pouco o clima de hospital e também fui como visitante e não como médico. – Nesse momento Naruto não conseguia mais impedir as lágrimas e elas caiam com tanta frequência que desistiu de enxuga-las. – Tentei ser forte, ah, tentei sim; mas chegou uma hora que não aguentei mais e mostrei minha indignação sobre a decisão dos senhores. Sasuke me abraçou, Sasuke me beijou e naquele momento eu percebi que ele era tudo que sempre precisei.

- Fiz essas ultimas horas serem preciosas, tanto pra ele quanto pra mim. Sabia que as coisas que eu estava fazendo era contra as regras do hospital, mas também tinha a certeza que não o estava prejudicando, tanto que os outros médicos e enfermeiros não reclamaram.

- Como eu amo Sasuke! – Soluçavam, com as mãos no rosto, tossindo um pouco de nervosismo. – Como o quero de volta!

Mikoto também estava em prantos e via o quanto aquele medico se importava com seu filho e sentiu além da grande culpa, também um pouco de inveja pois ela mesma nunca tinha dado tanto carinho ao moreninho.

Abraçou-o como se fosse seu filho e logo sentiu os braços fortes de jovem a apertarem. Os dois soluçavam e tremiam um pouco, os dois por saudade de alguém que não teriam mais. Aquilo era tão difícil, mas necessário.

-Ele... Me deu isso... Quando nós nos beijamos ele me deu isso como uma forma muda de dizer que eu era da família dele. Que eu era... A família dele. – Naruto disse tirando do bolso um pequeno chaveiro com o desenho de um leque vermelho e branco. Viu Mikoto soluçar e entrar em prantos enquanto os olhos de Fugaku marejavam e sua face se contorcia.

-Céus... Esse é...

-O símbolo do clã de vocês... Eu gostaria de entregar isso pra vocês, tenho certeza que gostariam de ter isso tanto quanto eu... Acho que isso prova que, mesmo vocês tendo o desconsiderado como um filho ele os tinha como seus pais. Seus únicos pais. – Naruto disse, as lágrimas corriam soltas por seu rosto, os soluços que as vezes soltava deixava sua voz embaraçada e as mãos que seguravam o pequeno chaveiro tremiam.

Sentiu os braços da mulher o rodearem e algumas palavras que não conseguira entender saírem de sua boca, correspondeu ao abraço e limpou as lágrimas do rosto sentindo novas escorrerem por ele.

-Vocês vão mesmo sentir falta daquele bastardo? – Naruto disse soltando um fraco e deprimido sorriso, tentando superar tudo, Mikoto apenas olhou para ele penalizada. – Ele... Era terrível, eu ia ao quarto dele e a cada minuto ele me corrigia, quando eu falava, quando eu andava, quando eu me sentava, até quando eu estava trabalhando ele vinha me corrigir... Irritante...

-E ele criticava o fato deu ser canhoto, dizia que só fracassados escreviam com a mão esquerda... Idiota isso não? Ele dizia que eu era delicado como um rinoceronte, que laranja não podia ser minha cor favorita por ser uma fruta, que alaranjado era a minha cor favorita. Uma vez eu coloquei o prato de comida dele e o garfo dele do lado esquerdo, ele conseguiu brigar comigo por causa daquilo... Dizendo que pessoas educadas comiam com a mão direita que comer com a mão esquerda era pra gente espalhafatosa e estabanada como eu... – Naruto dizia tudo entre lágrimas e soluços, tentando convencer a si mesmo que não sentiria falta alguma daquele “bastardo”. -Droga... Eu o amo tanto, tanto...

Mikoto sorria entre as lágrimas, sempre fora ciente das crises de aborrecimento do filho, isso sempre a divertia, mas no momento até aquilo machucava. Era de uma dor tão imensa e tão palpável que só aqueles simples fatos corriqueiros a fariam sangrar por dias. Por ter de saber que não participara de nada daquilo, por saber que não veria seu filho sorrir ou brigar com seu nii-san, que não veria e nem sentiria ele abraçá-la... Tudo aquilo a estraçalhava da pior e mais dolorosa forma posível, e doía ainda mais ao ver o loiro à sua frente sofrer tanto como sofria naquele momento.

Viu-o se mover e abraçá-la mais uma vez, toda a fragilidade e todos os pontos fracos do garoto estavam expostos bem ali à sua frente e pode notar o garoto delicado e frágil que havia por trás de toda aquela armadura. O que restaria agora? Tudo o que podiam fazer era juntar os cacos em que haviam se espatifado e tentarem colar os maiores pedaços. Tentar seguir em frente com aquele enorme espaço vazio no peito, com aquele frio e aquele sentimento horrendo de que faltava algo importante em suas vidas.

No fim era tudo o que podiam fazer, seguir para suas vidas com todas aquelas dores e memórias, tentarem se reparar e de alguma forma... Tentarem se curar de absolutamente tudo, mesmo sabendo que não havia reparos, que eram danos eternos, marcas de ferro em seus corações. O loiro carregaria a dor de perder um amor e os Uchihas carregariam a dor daquela culpa corrosiva e destrutiva. E assim continuariam a viver até encontrarem algo que não os lembrassem tanto daquele espaço vazio latejante no peito... Se é que um dia encontrariam algo capaz de substituir tudo o que Uchiha Sasuke um dia fora...

Porque pessoas importantes são como uma família, quando as perdemos fica um espaço enorme no peito, um buraco escuro e vazio. Onde não há nada nem ninguém no mundo capaz de se encaixar naquele vazio, se não elas próprias...




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Notas finais do capítulo

E aí gostaram? espero que sim, e bem não deixem de mandar reviews ^-^ kissus a todos vcs...
E espero que não nos matem pelo fim trágico. Um pouco de drama é bom. ^-^"
______
Realmente, tomara que não nos matem, pois todos estavam tão crentes que Naruto conseguiria.... Senti um pouco de dó do Sasuke e quase chorei pelo Naruto, mas essa é a realidade que acontece na maioria das vezes, pessoal!
Obrigada por lerem.... Reviews oengai?