O mundo (quase) perfeito de Allen escrita por Anna Aniki


Capítulo 4
Madeira molhada e folhas novas


Notas iniciais do capítulo

Allen que título estranho... .-.
Lenalee- é que a autora tava sem criatividade no dia .-.
eu- poxa, valeu povo .-. contaram meu segredo, nyah



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Doh, doh, doh, doh, doooooh. Ghat ghat ghat ghat ghat!

(Nossa, como sou foda em reproduzir um trem andando)

-Allen Walker...- Lenalee pensou olhando o albino á sua frente. Não sabia ao certo o que pensar. Estava feliz por algo que nem ela entendia. Estava preocupada por não saber o que realmente está acontecendo. Estava animada por ficar sozinha com um menino que ficava a cada minuto mais gato ainda. Estava infeliz por seu irmão ter mentido pra ela. Estava totalmente fora de si por causa do albino e nem sabia o porque. Ah, os sentimentos normais de uma menina do dia-a-dia.

-Lenalee Lee...- Pensou Allen olhando pela janela. Porque tinha que sentir logo uma atração tão forte por essa menina?!  Justo em um momento crucial como esse!! Não acreditava que poderia beijá-la, não, com o “complexo do irmão” que ele sofrera com o Komui antes de irem embora mostrava definitivamente que não teria chance sequer com Lena.

-Allen-kun... acho que vou pegar algo para a gente comer. O que vai querer?- perguntou Lena (mais fácil do que escrever Lenalee, desculpem).

-Ah, acho que vou querer bolo- Respondeu Allen sorrindo.

-Também vou comer bolo. Tem de, deixa eu ver...- Lena olhou rapidamente para um pequeno cardápio que ela pegou quando entraram no trem, ela estava de pé puxando o papel da bolsa da saia.

-Seu irmão realmente te ama, não?- Perguntou Allen rindo.

-Sim...- Lenalee sorriu –bem, tem de morango, banana, abacaxi, nozes e tem torta de floresta negra (Nota especial- Caso não saiba, eu a autora dessa fanfic, sou metade alemã, da parte do pai e nasci lá, por isso quando vai ter cenas na Europa é porque eu posso descrever direitinho. E foi só isso!)

-nossa, parecem muito bons!- Allen já pensou em todos aqueles maravilhosos sabores.

-Vou querer uma fatia- Ele disse por fim.

-De qual?- Lena guardou o cardápio de volta no bolso.

-Ah, pode ser um de cada um- Allen sorriu.

-o... que?- Lenalee não acreditou no que acabava de ouvir.

DOH DOH DOOOH.

O trem todo balançou. Era leve. Mas forte o bastante para derrubar Lenalee.

-KYAH!- Lenalee soltou um gritinho e caiu em cima de Allen, que, desesperado tentou se levantar. Percebendo que caíra sobre Allen, Lena se levantou também, assim ficaram um á frente do outro. Outro balanço do trem e Allen caiu no chão, Lenalee por cima.

-Ai meu deus, me desculpe!- Lenalee praticamente gritou e com a ajuda do Albino se levantou. Outro balanço no trem. Desta vez, Lenalee caiu contra a porta e caiu no corredor, Allen se segurando na porta, totalmente vermelho pela situação.

O que houve em seguida aconteceu muito, mas muito rápido mesmo:

Como se deus quisesse pregar uma pegadinha, ele fez o trem balançar outra vez, e como as mãos do Allen estavam suadas, ele escorregou e caiu por cima da Lenalee. Ambos fecharam os olhos para não verem se chocarem, mas não foi exatamente isso que aconteceu.

Ao abrir os olhos, Lenalee percebeu que...

ENQUANTO ISSO EM GLASGOW ...

A chuva caia cada vez mais forte, deixando um céu que há pouco era claro totalmente cinza. Naquele momento, o centro da cidade era um caos de guarda-chuvas pretos e apenas aquele guarda chuva azul claro se destacava.

Quem estava por baixo do guarda chuva também se destacava bastante: era uma mulher, mais ou menos 27 anos. Estatura mediana, cabelos castanhos escuros ondulados, olhos grandes e castanhos escuros. O corpo todo tremendo de frio, ela apenas estava vestindo uma blusinha branca e um jeans boca-de-sino claro. Por fim, tênis brancos masculinos.

Aquela cena era tanto cômica como preocupante:

O guarda chuva estava preso entre um celular e o rosto da mulher. Ela estava falando naquele celular, enquanto em um braço carregava uma caixa enorme e na outra muitas sacolas plásticas de um supermercado próximo. Nas costas ela carregava uma mochila pesadíssima e ainda por cima a alça estava para rasgar. Os tênis não eram feitos pra chuva, portanto os pés todos molhados.

-Não tinha não, desculpa!- A mulher falou preocupada. Estava tão avoada que quase foi atropelada e quase, por um triz, ela deixou tudo cair.

-Ah, sim, não foi nada. Só fui quase atropelada... Ei, grita no meu ouvido não, tá, Krory-san?! Já está tudo doendo, não preciso de sermão... ah, desculpa, pensei que estava dando um sermão...- A mulher percebeu que o homem com quem falava estava apenas preocupado.

-Ai meu deus, nunca vou chegar a tempo á casa... Tínhamos que ter visita logo HOJE?! Komui-san poderia ter avisado antes, não?- A mulher suspirou.

-Ah?! Ah! Porque não pensei nisso antes?! Você é um gênio, Krory-san!!! Obrigada!!!!- A mulher de alguma forma conseguiu desligar o celular e chamar um táxi (viu como as mulheres são bacanas?!).

DE VOLTA PRO TREM...

Lenalee estava muito preocupada. Allen estava ao seu lado... sangrando.

-Como é que você conseguiu bater a cara na janela dessa forma?! Olha só, seu nariz ainda está sangrando!- Lenalee estendeu outro lenço de papel.

-porque eu não cai em cima da Lenalee?! Assim eu teria beijado ela! Mas não! Eu tinha que cair, TROPEÇAR e meter a cara na janela, né?! Muito bonito, Allen!!!- Foi isso que o Albino pensou, não, estava se castigando mentalmente.

-Nossa, olha como Glasgow está escuro! Que chuva, hein?- Lenalee olhou pela janela, e Walker aproveitou pra bater na testa várias vezes.

Lenalee olhou pro Allen e ele parou de se bater na hora em que ela se virou.

-Será que o Niichan avisou que estamos chegando logo?- Perguntou ela.

-Será que Komui não poderia ter avisado mais cedo?- perguntou a mulher.

-Calma Miranda-san, está tudo bem, você voltou viva, não voltou?- Krory riu e foi pegar as compras.

O cabelo e o rosto eram iguaizinhos a do mangá e anime (com aquela franja muito fofa)

Usava uma camisa polo preta, calça preta longa e sapatos brancos.

-Ei, acho melhor tirar estes tênis. O dono deles pode muito bem te fuzilar com seu olhar rapidinho e você sabe disso- Krory apontou pro tênis quase arruinados.

-Meu deus, o que eu faço?! Ele vai me matar!!- Miranda se jogou no chão e começou a se debater –COMO EU SOU BURRA!

-Não era “Como ela é burra, dá zero pra ela!”?- perguntou Krory fugindo do tema.

-Pare, Krory-san! Se Lavi me deu os tênis dele é porque já devem estar velhos, não?- Miranda carregou a caixa até uma sala ao lado da cozinha.

-Se me lembro bem, eram novos- Falou Krory sem perceber que estava arruinando ainda mais a situação.

-Bem, então vou começar a cozinhar, coloque a caixa no seu devido lugar e venha me ajudar, temos muito que preparar para esses tais de “Allen Walker” e “Lenalee Lee”

-certo, vou avisar o Bookman-san...- Miranda carregou a caixa e abriu a porta devagar. Não é que ela nunca tinha entrado lá, mas mesmo assim ficava boquiaberta ao ver o interior da sala.

Estantes que iam até o teto, azuis escuros e de madeira que já estava ficando velha. O cheiro de madeira molhada e de folhas novas enchiam a sala e Miranda gostava muito daquele cheiro. Eram uma das poucas coisas que ela podia chamar de “familiar” e logo após o cheiro com que se acostumara a mais de 10 anos, vinha os livros, os infinitos livros.

Miranda deixou a caixa no chão e sabia que deveria sair, mas ela não podia, não, ela ficava muito fascinada com a quantidade de livros que havia lá.

E o cheiro de madeira molhada e de folhas novas? Não sabia explicar. Sabe quando sente um cheiro bom, que te lembra a alguma coisa que te marcou para sempre, quando era pirralhinho ainda? A sensação de se lembrar de algo já há muito esquecido é forte demais para apenas “sair e fechar a porta”.

Miranda andou, descalça, pelos estantes. O silêncio que estava na sala foi preenchido pelos sussurros dos livros, que contavam infinitas histórias. Histórias belas, cheias de romance e heróis que conseguiram salvar as mocinhas. Histórias tristes, pessoas que perderam entes queridos e estão em busca de vingança.

-Se não está fazendo nada aqui, volte para ajudar o Krory, por favor- Uma voz fez a Miranda se virar assustada e atrás dela estava Bookman tirando um livro da estante.

-desculpa, é que, o senhor sabe...- Miranda se voltou para os livros e tirou um exemplo original de Coração de Tinta.

-Um homem com poder de trazer á vida tudo o que lê em voz alta, sua filha tem o dom e muitos outros também. Eles acabam parar dentro do livro no terceiro da saga- Bookman nem olhou para o livro na mão da Miranda e mesmo assim acertou qual estava na sua mão.

-Um livro muito bonito, já os filmes ficaram péssimos. Nem a Cornelia Funke gostou- Bookman se virou para Miranda.

-Cor... quem?- Perguntou Miranda sem entender.

-Cornelia Funke, escritora alemã premiada com livros infanto-juvenis- Bookman guardou o livro que Miranda tinha pego –Não vai ajudar Krory?

-Ah, vou sim, desculpaaaa!- Miranda saiu correndo, batendo o pé várias vezes.

-Ah!- Miranda exclamou quando já estava na cozinha pegando alguns pratos.

-O que foi, Miranda-san?- perguntou Krory.

-nada não, não se preocupe- Miranda sorriu.

Mas ela não deixou de sentir o cheiro de madeira molhada e de folhas novas na cozinha.


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Notas finais do capítulo

Ae povo, vim explicar duas coisas aqui sobre esse capítulo:
1- GLASGOW:
Glasgow é uma cidade que realmente existe perto de Londres. Como nunca fui lá, eu não sei nada sobre a cidade. Mas como sou europeia (na verdade, mãe brasileira e pai alemão e sou nascida na Alemanha) posso por alguns elementos europeus na fanfic, isso é tipo meu inconsciente escrevendo sobre de onde eu vim, desculpem ;D
2- CORNELIA FUNKE E SEUS LIVROS
Foi por causa dela que agora escrevo fanfics. Ela é minha idola, uma escritora alemã, os mais famosos de seus livros são?:
.Coração de Tinta {Titulo original alemão: Tintenherz}
.Sangue de Tinta {Titulo original alemão: Tintenblut}
.Morte de Tinta {Titulo original alemão: Tintentot}
.O senhor dos ladrões {Titulo original alemão: Der Herr der Diebe}
E foi isso meu povo, comentem pleas! ♥



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