Come Back escrita por sankdeepinside


Capítulo 24
Um momento visto com aqueles olhos, azul cristal


Notas iniciais do capítulo

Olááá´´aááá. Ai acho que reapareci até um pouco rápido né? Acho até q esse capitulo teria saido antes se eu n tivesse quebrado meus fucking óculos :S
Não vou enrolar muito, só quero dizer que tem personagens novos na história q vão 4B4L4R as estruturas em um futuro n tão distante. Ai eu fico aqui só rindo da cara de vcs ingênuas pensando q a fic ia acabar kkkk ai mano vcs n sabem nem da metade do que se passa na minha mente doentia ainda mais com tempo de sobra LOLOL Essa cap foi betado por mim mesma pq eu n sei q caralhos aconteceu com minha beta xD então corre o risco de ter algum errinho.
Bem vindas leitoras novas, oláa´´aa leitoras n tão novas e um coice pras vadias q me acompanha desde o começo.
Espero que gostem
Boa leitura
Beeijos ;)



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Aquela era a única dor que eu adorava sentir, e meu deus, era excruciante, mas mesmo assim era deliciosa. Fazia vibrar cada pequeno músculo do meu corpo, o suor escorrer feito cascata por todo o meu tronco, fazia com que eu abrisse um riso maníaco a cada vez que meu corpo parecia pedir clemência, meus olhos se abriam e eu soltava o ar com toda a força dos meus pulmões, mas ainda sim, era delicioso.

Aquela era a única mulher da minha vida, era difícil de admitir, mas era única, ela me entendia, me completava, eu não precisava falar nada, era apenas eu e ela, como se fossemos um só. Como se ela fosse uma extensão do meu corpo. Meus pés mais rápidos, minhas mãos mais rápidas, aquela era a minha dança, aquela era o único lugar no mundo em que eu não me escondia, simplesmente por que eu não precisava. Desde criança era ali que eu me sentia o rei do mundo, no meu trono, na minha bateria.

Matt deu o último grito e eu acompanhei Syn com o último improviso daquela noite, aquela era a música mais deliciosa que um músico podia ouvir: os aplausos. Me levantei um pouco trôpego, minha pernas ficavam sempre um pouco moles depois de tocar daquele jeito, mas era um êxtase que eu jamais abriria mão. Fui até perto da beira do palco e atirei longe o par de baquetas naquele oceano de fãs, depois caminhei paro o backstage deixando o som da multidão ser abafado aos poucos.

– ...e Jimmy! – peguei no ar a lata de cerveja que Brian jogou, a abri imediatamente e o líquido que havia se agitado no percurso esguichou para todos os lados. Conduzi o líquido pra que jorrasse direto na cabeça de Johnny.

– Ai seu arrombado do caralho – ele reclamava enquanto colocava a mão em frente ao rosto para se proteger.

Soltei uma risada e em seguida virei o pouco que restou da cerveja na minha boca.

Arranquei do corpo a camisa encharcada e me joguei no sofá.

– Últimas horas em Minneapolis!! Próxima parada: Grandes e profundos lagos de Wisconsin! Haha

– Por que está tão empolgado pra ir pra esse lugar Little Jo? – falei sem desviar os olhos da lata de cerveja

– Por que ele está louco pra encontrar a alma gêmea dele – Syn se intrometeu – O maluco do Max Turner

– Nem pensar Johnny, não vamos procurar essa gente quando estivermos lá, pode ser... – cerrei os dentes – complicado demais

– Tem certeza que não está falando isso só por causa da Wade?

– Ela é só mais uma das razões

– Não, espera, deixa eu pensar um pouco aqui – Matt se jogou ao meu lado no sofá – Nós vamos pra cidade da Wade, o Johnny quer ir atrás dela e dos amiguinhos dela e você está arrastando a Leana pra lá com a gente? – apenas confirmei com a cabeça esperando que ele chegasse logo aonde queria – Jimmy isso está me cheirando a nitroglicerina pura! Vai dar merda.

– A Leana não tem motivo pra implicar, nosso relacionamento nem é sério.

– Mas você sabe que na cabeça dela é sério, e a Leana... bom, é a Leana, um doce de pessoa e ao mesmo tempo uma doida. Não se lembra de quando você terminou com ela pra ficar com a Wade? Ela parecia uma cadela desgovernada.

Sorrimos um pouco.

– Eu não estou preocupado, quem vai procurar a galera da Allie é o Johnny, eu não tenho nada com isso.

– Tem certeza? Eu quase achei que o lance de vocês tinha sido algo intenso.

– Foi só impressão – me levantei, amassei e joguei a lata de cerveja na cabeça de Zacky que começava a cochilar.

Sai do backstage com uma garrafa d’água em mãos, agora era só pegar minhas coisas que estavam no hotel, terminar a noite com um sono pesado no ônibus e acordar em Madison.


Allie

– Não precisa fechar os olhos Allie, não tem nada aqui que você nunca tenha visto.

– Para! Eu ainda não me acostumei okay? – mantive o rosto afundado no travesseiro e segundos depois senti a mão fria dele tocar em meu ombro.

– Já me vesti okay?

Me virei e ele estava apenas com a calça do moletom

– Ah meu deus, Sam por favor

Ele achou muita graça e riu sonoramente, se jogou ao meu lado na cama e me abraçou quase a força

– Olha pra mim Alison – olhei para os olhos dele, negros e penetrantes como sempre – Vê isso? – ele juntou nossas mãos e notei a aliança fina e dourada que circundava o dedo anelar de cada uma delas

– Estamos casados

– Exatamente, você não precisa ter medo de mim, não há nada de errado em se sentir atraída por mim.

– Espera – puxei a minha mão da dele – A gente realmente... quer dizer, a gente ta casado? Por que isso é loucura Sam, eu não posso ser sua esposa.

– Por que não?

– Eu não posso dar o que você quer, meu coração pertence a outro, não é certo te prender a mim sem que eu possa te amar como você merece.

Ele abaixou os olhos, por mais duro que aquilo soasse, eu tinha que ser sincera com ele.

– Eu sei, mas você precisava de mim, casando com você, Shannon teria um plano de saúde, uma vida mais estável e um pai.

– Você não existe Sammy. Casou comigo pra cuidar de uma criança que nem é sua.

– Não, eu casei com você por que eu te amo, você mesma pediu pra que eu ficasse por perto e te ajudasse. Você casou comigo por que precisava de um pai pra sua filha. E é isso que eu tento ser todo dia, o melhor pai do mundo pra Shay, eu amo ela como se ela fosse minha, ou melhor, eu amo ela por que ela é sua! Eu amo vocês e tento ser o melhor marido e o melhor pai – ele soltou o ar e rolou para longe de mim na cama – pelo menos enquanto o James não roubar vocês duas de mim.

– Ele não vai...

– Olha isso – ele jogou para mim um papel que estava no criado mudo embaixo de um livro

Peguei o papel e o desdobrei, era um folder.

– Ele vem pra cá – eu falei quase que para mim mesma

– Sim, só espero não acabar com a boca cheia de sangue outra vez.

A campainha tocou e ouvi os passinhos apressados de Shannon no corredor

– É o Max, é o Max, é o Max!! Eu atendo!!

– Cuidado com as escadas Shay! – eu gritei sem nem sequer tirar os olhos do folder

Sam se levantou imediatamente e saiu a passos apressados do quarto, aquilo me despertou e fez com que eu saísse logo em seguida, ainda pude vê-lo agarrar Shannon no meio da escada e colocá-la dando risadas no ombro. Ele abriu a porta e realmente era Max. Shannon esperava ansiosamente pelos passeios com Max, eu não sabia exatamente o que eles aprontavam, nenhum deles me dizia.

O cabelo dele estava penteado para o lado como ele gostava de fazer, dava a ele um certo ar vintage, mas ficava bonito, como o tempo estava um pouco ensolarado ele também usava óculos escuros.

– Max! Você está parecendo o Ken, onde está a Barbie?

Ele mostrou o dedo do meio para Sam

– E você um ator pornô mal comido – Shannon que estava no colo de Sam começou a espernear para que ele a colocasse no chão – Passa a anã pra cá

– Olá pra você também Max! – eu falei enquanto pegava a mochila de Shannon com suas coisas e entregava para ele

– Oi Allie

– Você me parece insuportavelmente mais feliz hoje, o que aconteceu?

– Okay, eu ia falar só quando devolvesse a mini criatura aqui, mas já que perguntou – ele abriu um sorriso enorme – Amanhã a noite vai ter uma premiação importante para os físicos do país, com baile de gala, e essas coisas.

– E... – Sam falou sorrindo

– EU FUI INDICADO!

– Oh meu deus! – eu pulei e o abracei, Sam o cumprimentou e eu pude ver que Max realmente estava orgulhoso – Parabéns Max!

– Obrigada! Quero ver vocês dois comigo lá amanhã.

– É claro que nós vamos!

Depois disso ele se despediu e saiu carregando Shay até o carro, estariam de volta no fim da tarde.


Jimmy

– Cadê o frio mano? Ah mais que merda, eu achei que ia rolar no chão e fazer anjinho de neve! – Johnny resmungou

– Mas é muito demente mesmo, aqui não é pólo norte não seu imbecil, aqui tem verão também né? – Zacky falou enquanto acendia um cigarro

– Eu ponho culpa no aquecimento global – Syn sorria enquanto também se esticava para que Zacky acendesse o cigarro e sua boca.

– Parem de reclamar, é uma cidade linda, o clima é agradável e não está quente, está fresco – Leana falou enquanto mantinha os braços envoltos no meu tronco.

– Já volto – Eu disse dando um beijo carinhoso no topo de sua cabeça, me soltei dela e caminhei para o saguão do hotel pra pedir indicação de algum bar ali perto.

Chegando lá um aparente fã gritou meu nome, eu me virei para ver o que ele queria, mas fui surpreendido com um soco no rosto.

– FILHO DA PUTA!!! EU TE IDOLATRAVA! – Me ergui assustado

– Mas que porra...

Era um rapaz jovem, bem jovem, magro, de cabelos encaracolados, parecia drogado, ou melhor, parecia ser maluco.

O garoto investiu contra mim novamente, mas agora eu consegui segurar seu braço.

– Ta maluco garoto? – Minha voz saiu mais alta do que eu pretendia e acho que isso o deixou ainda mais irritado.

Eu mal conseguia contê-lo, acabei ficando muito irritado mesmo, e me senti obrigado a revidar, dei um soco forte no peito do garoto visivelmente menor que eu e antes que eu pudesse acertar outro um dos caras do hotel se colocou entre nós. Johnny me puxou para trás quase como se freasse um cavalo.

– Que caralhos ta acontecendo aqui? – Ele gritou

– Eu sei lá, esse filho da puta desgraçado chegou aqui já me acertando na cara.

Meu sangue estava fervendo, os rapazes do hotel tiveram um pouco de dificuldade para conter o garoto e a recepcionista ligou para a polícia. Eu teria ido a delegacia sem problemas, se a pequena explosão não tivesse me deixado com um leve desconforto no peito.

Eu particularmente não teria dado a mínima para ele, o problema é que eu acidentalmente cometi o erro de levar a mão ao peito e Brian notou.

– Está sentindo alguma coisa? Vamos ao hospital agora!

– Não é nada demais

– Não cara, eu não quero ver você naquele estado outra vez, anda eu vou com você!

Sinceramente? Eu já estava de saco cheio, esse era o problema, eu nunca mais tive nenhuma crise séria, nem usei mais nada de droga pesada e esse pau no cu do Gates me enche o saco até se eu respirar mais forte que o normal. Dá vontade de socar a cara dele. Não só dele, mas de todo mundo que fica me pajeando como se eu fosse ter um treco a qualquer fração de segundo. Eu estava tentando fingir que as coisas não tinham mudado, mas ele não tinham essa mesma preocupação.

Eu já estava muito puto, muito mesmo, eu podia sentir a veia do meu pescoço pulsando de estresse.

– Ta bom cacete, eu vou, mas não com você – o rosto dele ganhou uma expressão de surpresa – Anda Johnny, você vem comigo.

– Por que não quer que eu vá? – Brian falou perplexo

– Por que eu não quero ser preso por ter matado você.


Max


– Fique sempre onde eu possa te ver okay? E não vá para perto demais da água.

A garotinha assentiu com a cabeça e em seguida correu em disparada para um dos escorregadores do playground. Eu sempre me perguntei por que ainda me dava ao trabalho de morar em lugar tão frio como Madison, ainda mais nos dias em que meus ossos se batiam de frio, e quando eu vinha ali naquele lugar eu descobria por que ainda morava ali: Os lagos. Eram de uma beleza incrível, escuros, calmos e profundos. Era uma ambiente muito agradável.

Me sentei em um banco e fiquei observando Shannon a distância.

– Max Turner? – uma voz feminina desconhecida soou atrás de mim e fez com que eu me voltasse para ela imediatamente.

– Sim?

– Então é você mesmo? Uau – Era uma mulher aparentemente um pouco mais velha do que eu, alta com cabelos escuros e curtos escondidos por um gorro vermelho, era bem bonita, mas eu realmente não fazia idéia de quem ela era – Ah me desculpe, não deve saber quem eu sou, claro que não sabe! – ela sorriu e estendeu a mão para mim – Sou Catelyn Morrison, pode me chamar de Lyn se quiser.

Sorri de volta e a cumprimentei, ela olhou em volta, provavelmente tentando ver se eu estava acompanhado.

– Pode se sentar, minha dama não volta pra ocupar esse lugar tão cedo – sorri para ela e ergui a mochila cor de rosa de Shannon.

Ela corou de leve e se sentou

– Obrigada!

– Como me reconheceu?

– Oh, bom eu sou professora de química da universidade de Wisconsin, já ouvi muitas pessoas falarem de você, de como era genial, jovem e... bonito. – Eu gargalhei sonoramente e acho que ela ficou mais envergonhada ainda – Além disso, vi uma foto sua no jornal ontem.

– Obrigada Lyn, não sabia que estava famoso assim.

– Está trabalhando em um projeto confidencial do governo, não quero parecer que sei lá, sou uma espiã nem nada, mas é mais ou menos sobre o que? Pode falar?

– Não Lyn, é um projeto que eu tenho trabalhado há algum tempo, o governo soube e interveio, mas é algo muito perigoso, pode mudar muita coisa, sinto muito, mas não posso falar.

– Oh, entendo, me desculpe se pareci inconveniente.

– Sem problemas

– Mas ahm, será que pode me dar seu telefone? Tenho certeza que o pessoal da faculdade vai gostar de marcar algo com você qualquer dia desses

– Claro! – Passei o número pra ela e quando estava devolvendo a caneta para ela ouvi um grito familiar vindo do playground.

Me levantei imediatamente e a procurei com os olhos.

– Algum problema? – Lyn disse

– Me desculpe, mas tenho que ir – sai correndo para onde as crianças brincavam e a encontrei. O rosto estava vermelho, ela estava chorando muito, gritando e se encolhendo no chão.

– O que aconteceu Shay?

– Tá doendo!! – ela gritou em meio aos soluços.

Não precisou dizer mais nada, a peguei no colo e corri com toda a força das minhas pernas, a única coisa que eu ainda ouvia eram os soluços da minha pequena, eu nem sequer pensava. Coloquei-a deitada no banco de trás do carro e acelerei rumo ao hospital.

Eu amava aquela criança como se ela fosse minha e a única coisa que eu lamentava é que ela havia herdado do pai biológico algo tão punitivo, tão doloroso. Corri com ela para dentro do hospital e duas enfermeiras vieram ao meu encontro.

– O que aconteceu? – uma delas disse

– Cardiomegalia – eu falei ofegante – ela está tendo uma crise!

A enfermeira pegou Shannon dos meus braços, que agora chorava sem produzir nenhum som, e a levou para dentro do hospital, eu corri atrás dela, mas acabei sendo barrado no segundo piso.

Me joguei em uma das cadeiras da sala de espera e apoiei os cotovelos nos joelhos, não era a primeira vez que acontecia, mas era assustador como se fosse.

– Max? – Oh meu deus, mais um desconhecido querendo bicar nos meus projetos? Por favor, aqui é um hospital! Me virei um pouco irritado, mas acabei tendo uma surpresa.

– Johnny?


Jimmy

Não foi nada demais, só um leve descompasso do coração causado pelo estresse, o idiota do Brian não precisava ter enchido o saco, eu mesmo cuidaria disso sozinho com um Diazepam e algumas horas de sono, mas já que eu estou aqui nessa droga de lugar o jeito é esperar o tempo de observação passar.

– Parou de doer minha florzinha? – a enfermeira chegou com uma garotinha no colo e a colocou na cama ao lado da minha

– Sim, posso ir embora agora?

– Não meu amor, tem que ficar aqui descansando um pouco, seu pai está ali fora e daqui a pouco você pode voltar pra casa com ele.

– Ele não é meu pai

– Tudo bem, mas logo você pode ir embora.

A enfermeira cobriu a garota e em seguida saiu do quarto. Pra minha sorte (ou azar) a garota era muito hiperativa, e apesar de ser minúscula, já falava pelos cotovelos.

– Oi – levou menos de um segundo pra ela puxar assunto comigo

– Oi

– Você está doente?

– Não, só esperando me mandarem ir embora

– Eu também! – ela me analisou por uns instantes – Você tem tatuagens!! Posso ver?

– Não, é melhor ficar na sua cama

Tarde demais, aquela criatura já havia descido da cama dela e estava tentando subir na minha.

– Seus pés passam do fim da cama!

– É, eu sou um gigante da montanha

Acabei cedendo e deixei que ela se deitasse na minha cama ao meu lado.

– O que é isso? – ela apontou para o deathbat dourado no meu ombro esquerdo.

– Isso é um deathbat

– É bonito!

– Crianças não costumam achar caveiras bonitas

– Eu gosto! E o que é isso no seu bolso? Palitos?

Meu deus como é curiosa essa coisa, onde é que desliga? Saquei a baquetas do bolso e batuquei bem rápido nos ferros da cama

– Não, são baquetas, servem pra bater em coisas, ou em uma bateria.

– Parecem palitos – ela pegou as baquetas da minha mão e começou a brincar com elas

– Qual o seu nome menina?

– Shannon

– Por que está aqui, na sessão cardíaca?

– Por que eu estava brincando e aqui – ela mostrou colocando a mão no peito – começou a doer forte.

– Você sabe o que tem?

– Eu tenho o coração maior do que o das outras pessoas

Eu fechei os olhos e mordi o lábio inferior, uma onda de revolta passou por todo o meu corpo. Ouvir aquilo me deixou com muita raiva. Eu entendo que eu não sou um homem bom, eu já fiz muita coisa errada e eu tenho aquela coisa no meu peito como um castigo por tudo de ruim que eu já fiz e vou fazer, é uma punição forte o suficiente pra mim.

Mas o que uma criança que não viveu nada da vida, que nunca machucou ninguém, inocente e carinhosa como aquela, tinha feito pra ter que agüentar o peso tão grande daquela dor? Pra mim não havia explicação. A única explicação que se passava na minha mente é que Deus não existia, ou se existia, era um grande filho da puta sem piedade.

– O que você tem? – ela falou

– Nada

– E por que está aqui?

– Tenho o mesmo problema que você, meu coração é maior que o dos outros também, e isso machuca muito.

– Eu sei – ela levantou os olhos para mim, eram de um azul incrível – mas minha mãe diz que a gente pode amar mais pessoas do que os outros, por isso dói, mas ela diz que é o peso de amar as pessoas que faz a gente feliz. Gente como a gente é mais feliz.

Eu sorri fraco.

– Sua mãe não sabe de nada.

– Não! Ela está certa, eu amo um montão de pessoas, e você? Ama muita gente?

– Não muito

– Então é por isso que dói!

– Eu não creio que seja por isso

– Para de ser bobão – ela bateu com a baqueta na minha testa – Vamos lá, eu já te amo, você me ama?

– Eu mal te conheço menina – ela bateu na minha testa novamente, agora com mais força – Ai!

– Errado! Você tem que me amar, se não ainda vai doer.

– Isso não faz sentido nen... – ela me bateu outra vez

– Anda, me ama!

Eu sorri e estava prestes a dizer que a amava pra ver se ela parava de me bater, mas a porta se abriu e a enfermeira ao vê-la na minha cama praticamente surtou, disse que a menina não podia incomodar os outros pacientes e blá blá blá. Ela examinou a garota e em seguida a pegou no colo.

– Vamos Shannon, seu pai já está lá fora.

– ELE NÃO É MEU PAI! – a menina gritou impaciente já que ela repetira isso várias vezes sem que a enfermeira memorizasse. Naquele instante ela olhou pra mim – Espera, tenho que devolver os palitos dele

– Não precisa, pode ficar pra você – eu disse

– Sério? YAY – ela comemorou e deu um tchauzinho para mim enquanto a enfermeira a levava para fora.

Fechei os olhos e sorri sozinho daquela menina maluca, alguns instantes depois o médico que me atendera entrou acompanhado de Johnny. Eu recebi alta e enquanto calçava meus sapatos ele começou a falar feito uma maritaca. Consegui absorver só metade do que ele disse.

– Espera, o que? Encontrou o Max num baile? – começamos a caminhar para fora do hospital

– Não! Encontrei ele aqui, na sala de espera. E ele também está com saudade de vocês, convidou a gente pra um baile de gala amanhã – ele disse enquanto abanava um leque de convites.

– E você quer ir? Num baile de gala? Você quer que a gente, o Avenged Sevenfold, vá pra um baile de gala? – soltei uma gargalhada histérica – Ficou maluco Jo?

– Vamos lá Jimmy!

– Nós temos um show depois de amanhã

– E daí? Já fizemos coisas muito piores antes de um show, além disso, eu fico muito sexy de smoking.

– Acho muito difícil o Matt concordar com isso

– Larga de ser bobão Jimmy – ele abriu um sorriso malicioso – Nós estamos falando de um convite do Max, adivinha quem mais vai estar lá?

Eu estaquei em frente ao carro, minha voz saiu como um sussurro.

– Alison

– Exatamente! – ele entrou no banco do motorista – Agora entra que nós ainda temos que passar na delegacia.

– Delegacia?

– É, por causa do moleque que te socou no hotel.

– É verdade, eu tinha me esquecido. Aquele garoto, eu não sei, tinha algo de estranho nele

– Drogas! É isso que tinha de errado com ele

– Não, tinha algo mais.



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Notas finais do capítulo

Um guarda chuva de chocolate p quem adivinhar quem é o jovem meliante q atacou o James hahaha
Qualquer comentário é bem vindo *u*
espero que tenham gostado
Beeijos
*TANTANTANATANA PLANTÃO DA GLOBO URGENTE*
Gente eu adotei uma fanfic, adotei mesmo, adorei a história e resolvi ajudar a queridissima autora Snow_Angel, eu acho q vcs vão curtir pq eu curti e tb tem o Jimmy nela. POr favor, deem uma olhada lá, comentem, deem uma força, eu acho q n vão se arrepender. Vão lá https://www.fanfiction.com.br/historia/232379/They_Are_Not_Good_For_Me
Era só isso mesmo
Beeijos e vão lá ler!!