Cassie's P.O.V.

Sabem aquelas festas de arromba que todo mundo vê em filme? Era o que aquela festa estava aparecendo. Na boa, eu não sabia que festas beneficentes eram assim. Preciso me informar mais.

Anyway, chegamos todos juntos (claro) e posamos para as fotos. Todos juntos, cada um separadamente, a 1D junta, eu e as meninas, eu e a 1D, as meninas e seus namorados. Mas obviamente, como sempre, eu fui a última. Os meninos estavam dando uma entrevista logo na minha frente. Enquanto eu posava, ouvi o burburinho que já estava alto, ficar mais alto ainda. Olhei para o lado e bam! The Wanted! Claro que eu não ia bancar a mal-educada, né. E parece que as meninas também não. Parei de posar para as fotos um pouco e fui dar um "oi" para eles.

– Hey, Cassie! - Jay foi o primeiro à dizer. Deus, como eles estavam lindos.

– Oi, Jay cachinhos! - falei rindo e bagunçando seu cabelo. Depois do cabelo encaracolado do meu Harry, o cabelo do Jay era o mais divertido de passar a mão. 

Cumprimentei os outros meninos e depois posamos para uma foto juntos. A 1D nos chamou e nós fomos para dentro da festa, que estava mais estilo festa perfeita do que do lado de fora.

Assim que entramos, Dani e Liam foram dançar, Louis e Eleanor literalmente desapareceram e Niall e Zayn foram atrás de alguma menina. Harry e eu decidimos ir para o bar gigantesco que tinha lá. Nos sentamos e pedimos qualquer coisa pra beber.

– Então, você e o Sykes, né? - ele disse, meio cabisbaixo e super irônico.

‎- O Nathan? - perguntei, confusa. Quer dizer, eu sei que era ele, mas sério que o Harry tava perguntando sobre isso para mim? E naquele momento? Ele assentiu à minha pergunta e bebericou sua bebida azul, que já era a terceira, por sinal.

– O que tem a gente? - perguntei.

– Vocês estão nesse super climinha... - ele falou, fazendo careta. O Harry é doido mesmo!

– Claro que não, Harry. Ele é só meu amigo. Todos eles são só meus amigos, assim como vocês.

– Ah, Cassie, nem vem! Tá na cara que vocês querem se pegar e não compare a amizade que você tem com eles à menos de 24 horas com a que nós temos à quase 3 anos.

– Puts, Harry. Claro, nossa amizade não chega nem perto da amizade que eu tenho com vocês. E ok, eu admito, talvez eu queira muito ficar com ele. - não mais do que eu quero ficar com você. Mas é óbvio que eu não disse isso.

– Hm, legal. - ele falou e saiu com a sua bebida. É, ele me deixou sozinha, plantada que nem uma boba no bar.

– O que uma menina linda como você faz sozinha no bar de uma festa de arromba dessas? - escutei alguém me dizendo. Se você pensou em Nathan Sykes, acertou.

– Pois é, meu melhor amigo me deixou aqui plantada, então, é o que temos para hoje... - falei para um Nathan que estava em pé na minha frente.

– Talvez não... Me concede esta super calma dança? - disse ele, um tanto quanto sarcástico e estendendo a mão para mim. Afinal, a música que tocava não era nada calma.

Fui para a pista de dança com Nathan e nós ficamos dançando durante uns bons quarenta minutos, conversando. Nada demais aconteceu, ele me disse que estava gostando da amiga da namorada de Max. Ai, Deus, chega a ser cômico. Todo menino que eu penso em ficar, ou está comprometido, ou não gosta de mim. Mas enfim, ficamos conversando e dançando numa boa, como amigos. Mas é claro que nada ia ficar calmo do jeito que estava. Uma Eleanor super doida chega, ofegante.

– Ufa, achei você. - ela falou, respirando fundo.

– Que foi, garota? - perguntei, preocupada.

– O Harry está na cozinha, dando o maior PT (N.A.: pra quem não sabe, "PT" é abreviação de "perda total", ou seja, quando a pessoa fica mega bêbada e começa a dar piti, hahahah bjsss - Ju) da história dos PT's.

– Eu sabia, eu tinha certeza que isso iria acontecer. O Harry não toma jeito mesmo.

– É, o Paul está vindo buscar ele, mas a gente precisa de alguém que vá com ele... - ela disse, com a melhor cara de cachorro pidão que ela tinha. Claro que eu não diria não para aquela cara, muito menos para Harry.

– Tá, eu vou. Vocês estão na cozinha? - ela assentiu e foi embora.

– Mil e uma desculpas, Nathan. Eu ia gostar muito de ficar aqui conversando, mas...

– Eu entendo, Cassie. Que isso, pode ir. - ele disse, apreensivo.

– Obrigada, mesmo. - eu falei. Nós trocamos telefones e eu fui para a cozinha. Não foi muito difícil achar onde Harry estava, já que tinham seis pessoas em volta dele e um certo Paul mega puto dando bronca nele.

– Aleluia! - Paul falou.

– Hey, Paulzitcho! Como a criança está? - perguntei para ele.

– Eu não sou médico de alcoólatras nem nada, mas ele está evidentemente bêbado.

– EU. NÃO. 'TOU BÊBADO, PORRA! AGORA DÁ PRA VOCÊS DEIXAREM EU IR? - ele gritou e começou a se levantar, mas eu fiquei na frente dele.

– Sai da frente, Cassandra.

– Cassandra é o seu rabo, Harry. Até parece que você não sabe que eu não gosto que me chamem assim. - falei.

– Se fosse o Nathan querido você deixava, não deixava? - ele disse, fazendo questão de enfatizar o desprezo enquanto pronunciava o nome "Nathan".

– Harry, cala a boca. Eu e você vamos para o hotel, tomar banho, comer pão e doces e dormir, já que você não sabe curtir as festas como gente normal. - falei, dando um tchau geral, passando por ele e deixando que Paul o levasse para o carro. Entrei no mesmo, Harry entrou logo depois e Paul foi dirigindo. Ningúem nos viu. Acho que não existia uma pessoa no mundo que soubesse que aquela saída existia. Harry foi o caminho inteiro quieto.

Assim que chegamos ao hotel e entramos no meu quarto, comecei a pensar que Harry seria um bêbado bonzinho e iria me deixar cuidar dele sem dar trabalho. Ah, tá certo.

– Sinto muito... Fiz você perder seu tempo precioso com o Nathan para vir cuidar de mim. - ele disse, sentando-se na cama. Fechei a porta, tirei o salto e as jóias e fui até ele, ficando de pé entre as suas pernas.

– Ainda não entendo como você acha que vai me atingir falando assim, sabia? - perguntei. Ele riu sarcástico e balançou a cabeça em negação. Comecei a tirar a camiseta dele, mas parei de ajudá-lo, por algum motivo.

– Cansou? - ele perguntou.

– Cansei do que? - respondi perguntando, seca.

– Cansou de ajudar o bêbado aqui? Porque eu aposto que se fosse o Nathan no meu lugar você estaria... - ele começou, mas eu o interrompi.

– QUER SABER, HARRY? EU CANSEI MESMO, CANSEI DE VOCÊ DANDO PITI, CANSEI DE ESCONDER O QUE EU JÁ DEVIA TER FALADO À MUITO TEMPO ATRÁS! PORRA, HARRY! FAZ QUASE DOIS ANOS QUE EU AMO UM GAROTO E FAÇO DAS TRIPAS CORAÇÃO POR ELE, E ELE NEM LIGA! SABE QUEM ESSE GAROTO É, HARRY? É VOCÊ! EU SOU PERDIDAMENTE, ABSOLUTAMENTE E ESTUPIDAMENTE APAIXONADA POR VOCÊ, HARRY! – gritei e desabei em lágrimas, sentando no chão. Parece que automaticamente Harry voltou ao seu estado sóbrio. Ele sentou do meu lado e me abraçou o mais forte que conseguia. Parecia que nossos corpos iam se transformar em um só.

– Desculpa, princesa. Desculpa, desculpa, desculpa. Mil vezes desculpa. Me perdoa! Me perdoa por te fazer sofrer esses anos, me perdoa por ser um retardado mental lerdo que não percebe nada, me desculpa. – olhei para ele com algumas lágrimas ainda escorrendo pelo rosto.

Ele as limpou com o dedão e me deu um beijinho rápido na bochecha, depois na testa, depois na outra bochecha, depois no nariz, e depois ele me deu um selinho demorado, segurando meu queixo. O simples fato de ele ter tomado a iniciativa de selar seus lábios nos meus me deixou boba. Parecia que tinha um zoológico inteiro na minha barriga fazendo a festa e eu literalmente pensei que iria desmaiar. Ele pediu passagem com a língua e eu, claro, deixei. Nosso beijo era tão calmo, tão inocente, tão doce que parecia que eu estava no paraíso.

Ah, Deus, eu poderia ficar beijando ele pro resto da vida. Infelizmente, existe uma coisa chamada oxigênio, que nós, estúpidos seres humanos, não vivemos sem. Ele descolou nossos lábios, mas não nossas testas. Harry sorriu e me deu um beijinho no nariz.

– Eu amo seu nariz. Eu amo seus olhos, eu amo sua boca carnuda, eu amo seu cabelo, eu amo seu corpo maravilhoso, eu amo sua personalidade incrível, eu amo tudo em você, eu amo você, princesa. E eu quero que tudo isso seja meu. Você quer ser minha, pra sempre?