A Casa De Klaus escrita por Bellah102


Capítulo 35
Capítulo 34 - The Break Up Tango


Notas iniciais do capítulo

Para quem nunca assistiu Chicago, vejam a tradução e escutem a música antes de ler o capítulo.
http://www.youtube.com/watch?v=WFH9E7ox0Ks



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Nessie

Não se sabia o que Klaus planejara para nós em seguida. O ônibus continuava a rodas. A cada dois ou três dias acampávamos, Scott ia as compras em alguma cidade próxima – Mas não o bastante para pedir ajuda – E Klaus e Greta simplesmente desapareciam. Elijah estava estranho e distante, e Lizzie, constantemente agarrada a mim, ainda amedrontada pelo que acontecera comigo, temerosa de que até a própria sombra fosse tirar-me dela. Bonnie ainda estava triste por relembrar a avó, e Elena tentava animá-la ao máximo.

Caroline e Matt tiveram uma briga horrível e agora estavam sentados em lados opostos do ônibus, um o mais longe possível do outro. Meredith e Miles jamais perdiam a animação e estavam sempre tentando inventar algo novo para nos divertir durante as longas e tediosas viagens. Geralmente, não funcionava.

Ficar presa em uma caixa de metal por muito tempo teve um efeito negativo em Vicki. A ruiva muitas vezes perdia o juízo, cortando a noite com um grito e batendo-se contra as paredes, às vezes em sua forma humana, as vezes na forma avípara. Matt precisava segurá-la pelos ombros e fazê-la voltar ao normal, falando sobre os pais, sobre os amigos do bando que deixaram para trás ao ir para a casa, e da Casa. Ela melhorava por um tempo, mas logo sumia e nós a encontrávamos enfiada em um bagageiro do andar de baixo ou em um dos banheiros bicando a janela em sua forma de pássaro. Resumindo: Todos nós estávamos uma pilha de nervos.

Para não dizer que nada de bom aconteceu durante a viagem, numa noite em que acampamos, Jules e Mason anunciaram a novidade: Quando retornássemos ao Colorado, a casa teria mais um integrante, um filho de Jules. Isso alegrou um pouco os ânimos. Matt e Caroline conversaram sem gritar por alguns segundos. Vicki sorriu. Eu e Elijah dançamos ao redor da fogueira. Lizzie tentou ouvir o bebê, mesmo que ele fosse minúsculo, e Tyler não parava de falar de como aquilo era inacreditável – De um jeito bom. Até Klaus parecia satisfeito – Embora, provavelmente não pelo mesmo motivo que nós. Fomos felizes pro uma noite.

Mas apenas uma.


E agora, as 6 cativas enamoradas da Casa de Klaus, em sua apresentação do The Break Up Tango.

Klaus - Pop

Pop... Squish... Pop... Squish...

Estavam na minha casa, como ousavam?! A Casa estava vazia, o que ainda estavam fazendo lá? Não havia pistas e nem vestígios. Não faria sentido se manterem por lá. Era bom que não planejassem se estabelecer nela. Iriam receber uma terrível surpresa.

Pop... Squish... Pop... Squish...

Deviam estar procurando uma dos seus híbridos. Mas porque 8 vampiros e um transfigurador para procurar um único híbrido? Greta devia estar exagerando nas contas como sempre fazia... 8 eram demais.

Pop... Squish... Pop... Squish...

Eu devia voltar. Torturá-los até que dissessem qual das malditas criaturinhas estavam atrás e então obrigá-los a assisti-la morrer. Talvez então deixariam de ser tão enxeridos e parar de vasculhar as casas que não lhe pertenciam.

POP... SQUISH...

Confesso que seria bem mais fácil fazer planos sem todo aquele barulho infernal! Devia ser a menina Donovan, presa no banheiro novamente, tentando arranhar a porta e a janela. Aquilo tinha se tornado um hábito irritante dela. Era tarde, estava planejando uma morte e realmente gostaria da simpatia dos meus híbridos – Que eu aceitaria na forma de sono ou no mínimo silêncio. Levantei do meu assento na frente do ônibus e fui até o banheiro do andar de cima. Abri a porta, e lá estava Victoria, sentada lá com suas penas ruivas, arranhando a janela com o bico ritmicamente.

-Vicki Donovan... Se você tocar esse vidro mais uma vez...

Ela me olhou por alguns segundos, em desafio, e o fez. Suspirei, e virei-me de costas, determinado a voltar para o meu trabalho no andar de baixo, quando o som soou de novo. Uma batida, e um arranhão. Pop. Squish. Voltei para o banheiro, alcançando meu revólver no bolso de trás e disparei dois tiros de aviso.

No meio de sua testa.


Bonnie – Three

–Hey Jer, trouxe comida para você.

Eu disse, me ajoelhando em frente a barraca, como fazia todas as noites. Ouvi-o suspirar lá dentro. Era grande parte do que ele fazia o dia todo. Olhar o nada e suspirar. Ele abriu os zíperes da barraca, acenando com a mão para que eu entrasse. Estendi o cachorro quente ainda fumegante que fizera na fogueira para ele. Scott trouxera o pão. Jer sorriu levemente.

-Valeu, Bon. Você é o máximo.

Agradeceu, aceitando-o e dando-lhe uma mordida enquanto eu me sentava ao seu lado. Eu ainda me lembrava de quando conhecera Jeremy na Casa, alguns anos atrás, e quando lhe perguntei seu nome, ele me disse que era solteiro. Corei ao lembrar. Mas algo estava acontecendo, e ele não queria me contar. Deixei que ele chegasse à metade do sanduíche para que tudo fizesse efeito até revelar minhas verdadeiras intenções.

-O que é que você tinha com Anna? Eu quase nunca te vi com ela...

Disse, tentando parecer descontraída. Ele deu de ombros, baixando os olhos.

-Ah, sei lá. Nós éramos amigos.

Esperei que ele comesse mais um pouco, esperando que o feitiço se instalasse melhor.

-Agora a verdade.

Pedi, cruzando os braços.

-Nos beijamos. Algumas vezes. Estávamos juntos.

Confessou rapidamente, sem conseguir evitar que as palavras lhe saíssem pela boca.

Assenti, desviando o olhar dele para o chão da barraca. Eu devia ter adivinhado. Foi assim com Vicki. Porque não com Anna?

-Enfeitiçou minha comida?

Perguntou, incrédulo e magoado. Ele não tinha o menor direito de se chatear. Eu sim.

-Eu fui... Extremamente paciente com Vicki – Eu disse, com a voz trêmula – Eu sei que ela é parte importante da sua vida, e que vocês se conheciam antes da Casa. E eu achei que depois disso... Íamos finalmente começar a progredir... Mas você não consegue ser fiel! Solteiro, foi o que você me disse quando nos conhecemos?! Solteiro, o caramba! Você acha que pode ter 3 mulheres! Mas não pode! Nós somos seres humanos, com sentimentos!

-Enfeitiçou a minha comida?!

Perguntou novamente, mais alto, irado.

-Supere isso! Você não pode dizer que fiz uma coisa errada, porque você não é melhor do que aqueles marmanjos com 6 esposas!

Respondi-lhe no mesmo tom.

-VOCÊ. ENFEITIÇOU. OU NÃO. ENFEITIÇOU. MINHA. COMIDA?!

Saí da barraca furiosa, e conjurei o vento para soprar sobre ela, fazendo-a dar uma cambalhota, leve como uma bolinha de papel, como se não tivesse ninguém dentro. Cruzei os braços, sob o olhar de todos ao redor da fogueira. Suspirei, colocando um cacho do cabelo atrás das orelhas.

-Alguns meninos não conseguem agüentar pimenta nos cachorros quentes.


Katherine – Squish

Eu estava sentada a frente da fogueira, escolhendo um tipo sanguíneo da caixa de Scott para o jantar quando, como uma pequena e negra nuvem de tempestade, Damon trovejou até o meu lado, batendo os pés com força no chão até parar a minha frente.

-Que merda foi aquela?! – Ele perguntou. Parecia louco e continuou gritando comigo, cada vez mais alto – QUE MERDA FOI AQUELA COM STEFAN?!

E então ele correu em direção ao chão. 10 vezes. Pode ter tido uma pequena ajuda dos meus braços. E na décima vez, eu estava por cima dele, prendendo-o contra o chão, olhando-o dentro dos olhos azuis.

-Não me venha com ciúmes, Damon. Ambos sabemos como esse relacionamento realmente funciona. É tudo sobre Stefan e Elena, como sempre foi. Com ele comigo, você pode tê-la. Não é o que você sempre sonhou? – Suavizei a expressão, acariciando seu rosto com candura. Aproximei meus lábios de seus ouvidos – Você pode até estar confuso por todo o tempo em que isso vem acontecendo entre nós, mas eu não estou. Nunca fiquei – Afastei-me para olhá-lo nos olhos claros – É Stefan quem eu quero. Sempre foi Stefan. E é ele que está me impedindo que eu enfie a faca que está na minha bota no seu abdômen. Estamos claros? – Ele assentiu, com os olhos faiscando de ódio. Sorri e beijei-lhe de leve na boca – Ótimo.


Caroline – Uh Uh

Eu não fiz nada. E de repente, Matt decidira fica frio comigo de repente. E eu não tinha a menor ideia do por que. Mas aquilo não era o pior. O pior viera depois. Agora cada palavra era motivo para brigas. Qualquer que fosse a palavra, fosse “idiota” ou “eu te amo”. Será que a culpa era realmente minha?

-Caroline?

Levei a mão ao rosto para secar as lágrimas com pressa e funguei antes de virar-me para ver quem era.

-Tyler. – Sorri e funguei mais uma vez, desviando os olhos da luz da fogueira, para evitar que ele visse minhas lágrimas – Eu não te ouvi chegar.

-Você está bem? – Ele perguntou, sentando ao meu lado no tronco. Afastei-me um pouco. – Você sumiu o dia todo. – Ele passou o braço pelos meus ombros. - Mason diz que ás vezes um bom amigo é tudo o que a gente precisa quando está mal.

Assenti, desviando o olhar para as minhas mãos e jogando o lenço todo molhado e rasgado no fogo, vendo-o queimar pouco a pouco.

-Olhe, se você está chateada com Matt... – Disse – Eu acho que ele está sendo um idiota com você.

Sorri para ele.

-Você jura?

Ele assentiu.

-É, quero dizer... Você não tem culpa pela irmã louca dele, não é?

-Uh, Uh. Sou completamente inocente. – Eu disse, levantando os olhos para o céu – Você me lembra o meu pai. Bill Forbes. Ele sempre sabia o que dizer para fazer uma menininha como eu se sentir bem.

-Bem, não é sempre que eu sou bom com as palavras – Ele disse, coçando a nuca, desconfortável – Apenas ocasionalmente.

Eu ri de leve.

-É bom ter alguém ocasionalmente bom com as palavras por perto às vezes.

Ele sorriu de volta, parecendo feliz.


Elena – Cícero

Eu e Katherine tínhamos uma história muito longa e dolorosa. Dividíamos quase tudo, apesar das diferenças. E quando eu e Stefan nos acertamos, mesmo com todos os truques de Kath para nos separar, ele aceitava que ela era importante para mim, apesar de tudo. E tudo estava bem. Naquela noite, quando paramos para acampar, eu, Stefan e Katherine estávamos na barraca, espiando as chamas. Só nós três brincando, tentando rir um pouco. Então, nossos sacos de sangue acabaram, e eu fui buscar mais.

Eu fui até a caixa, voltei, afastei as abas da lona e lá estava, Katherine e Stefan, beijando-se de forma quente, do jeito que eu vivia pedindo para que ele me tocasse. Eu fiquei em completo choque, e apaguei completamente. Não me lembro de mais nada até mais tarde, quando estava chorando no colo de Damon com as mãos ainda sujas das bolsas que tinha estourado com as unhas e só então eu percebi o que realmente tinha acontecido.


Nessie – Lipschitz

Eu estava certa de que amava Elijah mais do que jamais poderia dizer. Ele era um cara protetor, amável e sensível. Um homem perfeito. Mas ele sempre parecia estar tentando encontrar a ele mesmo, com suas meias palavras, respostas diplomáticas, longos silêncios e caminhadas. E no caminho para se encontrar, ele não parecia ter a chance de me encontrar. Pensando nervosamente em como começar aquela conversa, torcendo as mãos uma na outra, eu poderia dizer que estávamos terminando por conta de diferenças artísticas.

Ele se via como meu herói. Mas quando essa palavra me vinha à mente, era outro rosto que eu pintava nesse quadro. Não era justo com ele. Não era justo comigo.

Eu respirei fundo, e chamei seu nome.


-Crianças, - Chamou Klaus, cortando o ar tenso do ônibus como uma grande faca de dois gumes. Elijah se moveu desconfortável no banco da frente, provavelmente procurando minha mão, e lembrando-se de que ela não estava lá. Lizzie piscou, sonolenta. – Bem vindas à Chicago.

Disse com um sorriso enigmático.



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