A Dama no Santuário escrita por Danda
Acordou tranquilo e, tomou café. Pensava se aquela moça, de ar selvagem, tinha chegado bem no seu destino, mas logo tratou de afastar esse pensamento. A partir dali, já não tinha mais nada a ver com a história. Ficou feliz por isso. Foi para sala a espera que, seu infalível amigo aparecesse por lá para falar algumas gracinhas, sobre a moça que conhecerá ontem. Foi quando pressentiu um vulto passar correndo a alguns metros atrás de si. Não teve dúvida: era ela! A porta do jardim estava aberta… Correu em direcção ao corredor. Calipso estava agachada no fim deste, chorando e tremendo. Tinha cortes profundo nas pernas e nos braços. Kamus se aproximou correndo e abaixou diante dela assustado. - O QUE ACONTECEU? – Gritava – O QUE HOUVE?! De um salto um enorme lobo negro entrou no corredor. Avançava lentamente. Olhos vermelhos, presas enormes. Kamus o encarava, fazendo, propositadamente, com que o ambiente ficasse cada vez mas frio, intimidando um pouco o monstro que se colocava na frente da única saída. O chão começou a ficar escorregadio. De repente, o lobo que a pouco recuava uns passos avançou com velocidade. Kamus pegou Calipso no colo e correu em direcção ao animal. Este confuso com a reacção do cavaleiro, tentou freiar seus passos, escorregando e, perde o equilíbrio, desliza em uma velocidade considerável. Kamus salta por cima do animal e em um deslize consegue sair do corredor. - PENSEI QUE VOCÊ ESTAVA A SALVO! – Gritava ainda a correr. Calipso suava, tinha a pele queimando. Kamus podia sentir. Correu até a casa de Capricórnio na esperança de encontrar Shura, mas o cavaleiro não se encontrava lá. Devia estar no salão do mestre, recebendo alguma missão. Não tinha a certeza se podia deixá-la a salvo ali, então continuou correndo. Passou Sagitário, para logo encontrar a porta da Casa de Escorpião. Entrou já gritando: - MIRO!!! - O que houve, criatura – Disse Miro, vindo do seu quarto, na direcção do grito. Deu um salto para trás quando viu o estado da moça, que agora, estava desacordada nos braços do aquariano. Kamus passou a moça para o colo do escorpião, que a agarrou de mal jeito, um tanto assustado. - Miro, cuide dela. Eu tenho que falar com o Shaka. – Falou isso já na porta de saída. Miro, confuso olhou a moça que dormia nos seus braços. Ao ajeita-la melhor, sentiu que ela estava muito quente. Correu com ela para o quarto e colocou-a sobre a cama. Olhou assustado para os ferimentos. - O que é isso Kamus? No que você se meteu?! Kamus chegou na casa de Shaka ainda ofegante. “O bom é que ele passa a vida meditando” - pensou, olhando o Cavaleiro de Virgem que meditava na frente da grande estatua de Budah. Recuperou o fôlego, ficou mais calmo. - Shaka… - Isso tudo são saudades minhas – Disse sorrindo, mas sem abrir os olhos – Já é a segunda vez que você vem aqui… - Eu quero saber mais sobre aquela história. – Disse sério. - Você está pensando em contar essa história para o Miro, para faze-lo dormir em vez de cair na gandaia? - Não seria má ideia…- disse com a intenção de disfarçar. Mas não conseguia sorrir. – O que acontece quando o Teufel consegue machucar uma Oceanide. - Se ela conseguir sobreviver a um ataque…os arranhões são venenoso. De qualquer forma acabará por morrer. - Não tem como se salvar? – Agora notava-se um certo temor na sua voz. - Onde ela viveu todo esse tempo, há uma pedra verde. Fora da água transforma-se em lama. Isso pode curar os ferimentos. - Você tinha dito que se ela encontrasse a pessoa que procurava eles não poderia ataca-la. Essa era a regra. – Kamus olhava Shaka – Eles podem quebrar a regra, por algum outro motivo? Shaka que mantivera os olhos fechados até então, abriu os olhos com rapidez. - Eles apenas atacariam a Senhora das Oceanídes. – Disse seco, mas com a voz segura. - Senhora das Oceanídes? - Sim. Se conseguirem matar a Senhora das Oceanídes, o encanto de todas as outras se perde. Mas para isso também existe uma regra… - Qual? – Interrompe um afobado Kamus. Não precisava de muita explicação, apenas o básico…o tempo estava passando. Shaka a princípio assusta-se. Nunca virá o “Sr. dos Icebergs” daquele jeito, perdendo a paciência. - Se caso isso acontecer os 3 juízes do inferno tem que interferir. Eles podem deter os Teufels. – Shaka olhou para Kamus com um olhar frio – Agora vá que eu tenho mais o que fazer do que ficar contando histórias para você. E você já está bem crescidinho…. Kamus sorriu e saiu pela mesma porta que entrou. Correu…passou a Casa de Libra, pela Casa de Escorpião, sem se deter e, pelas duas Casas que se seguiam. Chegou na Casa de Aquário e, entrou com cautela. Dirigiu-se para o jardim e quando alcançou o lago se jogou dentro dele. “Uma gruta!?” - Entrou. Passados alguns minutos chegou a uma espécie de quarto, olhou para o lado e avistou a tal pedra. Pegou nela e correu para a saída já sentindo falta de ar. Continua...
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