A Dama no Santuário escrita por Danda
Kamus não demorou muito até entrar no salão principal da casa de Escorpião. - MIRO?! – Gritou - Não grite!!! Estou com uma dor de cabeça horrível – Respondeu o Escorpião com uma voz que mostrava sono. - Você devia ter vergonha… - E você menos juízo – interrompeu o rabugento Miro – quem sabe se a sua vida fosse mais cheia de emoção. Sempre mal humorado… - Olha quem fala!? Pelo menos sou mau humorado sem dor de cabeça. - Se você veio só para me censurar pode rodar nos calcanhares… - Não é nada de disso. Só que quando você bebe de mais parece outra pessoa… - A não…sem essa. O da dupla personalidade não sou eu... De súbito um estalo surgiu na cabeça de Kamus. - É isso – Falou em um tom mais alto do que costumava usar. - Não grita…AI!!!… - Disse Miro irritado – Isso o que? - “A princípio era um, depois tornou-se dois” – Kamus pensava em voz alta. – Saga… - O que…EI!!!...ai!! Kamus não deu tempo para Miro se expressar, correu o mais rápido que pode até a Casa de Gémeos. Passado um tempo, encontrava-se no salão principal da Casa de Gémeos. Kanon estava em pé diante do companheiro. - O que te trás aqui Kamus? – Perguntou em um tom calmo. Ao olhar Kanon a certeza de que era Saga a pessoas procurada pela ninfa das águas desaparecera. Começava a se perguntar qual dos irmãos era a pessoa escolhida. - Vim procurar o Saga. Mas agora que te vejo me pergunto se você também não gostaria de comparecer na Casa de Aquário!? - Era um convite para o Saga, e agora um convite para mim, também!? – Estranhou Kanon – Porque? Boa! Veio com tanta afobação para a Casa de Gémeos que esquecera de arrumar uma desculpa. - Quero que vocês conheçam uma pessoa – Respondeu Kamus, se arrependendo depois. - Conhecer uma pessoa? Na Casa de Aquário? – Perguntou intrigado, o irmão de Saga. - Sim, é importante – disse sério – Muito importante, Kanon. Kanon, apesar de surpreso e desconfiado, aceitou, prometendo que levaria o irmão consigo. Kamus partiu na frente, esperando que Kanon cumprisse o prometido. No caminho de volta, Kamus parou na Casa de Virgem, encontrando Shaka meditando. - Shaka!? – Chamou. - Você anda muito agitado hoje – Observou o companheiro – Está acontecendo alguma coisa? - Não – tentou disfarçar – Apenas queria saber mais algumas coisas sobre o assunto de hoje de manhã. - Oceanídes? – Shaka perguntou sorrindo. - Sim - Pergunte… - Quando uma Oceanide encontra a pessoa que procura – Kamus fez uma pausa pensativo – o que acontece depois…digo…nas histórias que contam… - Segundo as histórias, depois que as Oceanídes encontram a pessoa escolhida, elas devem ir para o local que viveram até então para serem levadas para sua casa. - Quem as leva? - Dizem que o próprio pai vem buscá-las. Kamus sorriu. Agradeceu e se dirigiu para a saída. No caminho, pensava que antes de anoitecer estaria tudo resolvido. Chegou na Casa de Aquário e encontrou Miro na sala remexendo nos seus cd’s franceses. - O que faz aqui? – Indagou com um ar admirado. - Credo! Parece que viu um ladrão – Disse rindo o Escorpião – Você está muito estranho, mas também ouvindo essas porcarias... - Miro… - Aqui estamos como prometi – Entrava na sala: Kanon acompanhado de Saga. - Quem é essa pessoa que você quer que conheçamos – disse Saga desconfiado. Kamus olhou para Miro, que lhe olhava intrigado. - Nada de gracinhas! – Kamus disse em tom de aviso, olhando para Miro Miro sem entender nada, mas, no espírito de brincadeira bate continência. - Eu já venho – Disse indo em direcção ao quarto. Entrou no quarto onde viu Calipso dormindo em sua cama, envolta em frascos de perfumes e tranqueiras que adornavam o quarto do Cavaleiro. Aproximou-se, tocou-lhe no rosto carinhosamente e, chamou por ela, baixinho, com intuito de não assustá-la. Calipso abriu lentamente os olhos. - Quero que venha comigo. Que veja alguém. – Disse ajudando-a a se levantar e a conduzi-la para fora do quarto. Calipso se deixava guiar. Ao entrar na sala, os três jovens não puderam esconder o espanto. Não só por avistarem uma beleza em forma de mulher…mas por esta ter a camisa de Kamus vestida. Em rápidos segundos pensaram mil e uma, coisas pela cabeça dos homens ali presentes. Mas logo afastaram o pensamento, pois, sabiam que Kamus não era desse tipo de homem. - Esta é Calipso – apresentou a jovem aos três cavaleiros. Calipso olhou primeiro Miro, depois Kanon e em seguida Saga…e foi ai que estremeceu o corpo e arregalou os olhos. E percebeu que ali estava quem procurava. Saga estreitou os olhos, olhou para o irmão com um ar desesperado. - Saga, você esta bem? – Perguntou Kanon, ao ver o irmão perder as forças, segurando-o pelo braço. Saga voltou a olhar para a moça ruiva, que o olhava intensamente. - Não sei…- Voltando sua atenção para Kamus – Eu tenho que ir, não estou muito bem… - O que houve? – Kanon perguntou vendo o irmão cambalear quando tentou solta-lo. – Me ajuda Miro… Miro, rapidamente, ajudou Kanon a sustentar Saga. - Fico feliz de ter-te encontrado – Disse Calipso. Os quatro homens olharam com estranheza para a ninfa. Saga assentiu com um piscar de olhos. - Vamos embora – Disse Kanon. - Vocês não querem deixa-lo no meu quarto, até ele se sentir melhor? – Kamus perguntou. - Não – Saga falou olhando para Calipso, com um ar um tanto assustado – É melhor ir para casa. Kanon assentiu. - Você me ajuda Miro? - Claro – Respondeu o Cavaleiro de Escorpião. Saga passou um braço em volta do pescoço do irmão e, o outro, no pescoço de Miro e os três foram para fora, caminhando de vagar em direção a Casa de Gémeos. Kamus olhou para Calipso sem entender, mas tinha medo de perguntar o que se passou. - Eu tenho que ir embora – Calipso disse baixinho. - Você tem que sair para o jardim? – Kamus perguntou. Calipso acenou positivamente com a cabeça. Os dois se dirigiram até a porta do jardim. - Eu posso observar? – Perguntou olhando para a ninfa. - Não – Responde baixinho. - Tudo bem – Kamus disse. Abriu a porta devagar, sem tirar os olhos da bela moça. - Obrigada – Disse Calopso. Caminhou sem pressa para fora, ouvindo a porta fechar logo em seguida. Kamus sentara novamente no chão de costas para a porta, como fizera de manhã, mas desta vez sentia-se bem, aliviado. Levantou, comeu algo e foi para a cama, que se encontrava bagunçada. Jogou tudo de qualquer jeito no chão e deitou, caindo em um sono profundo e tranquilo. Continua…
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