A Dama no Santuário escrita por Danda


Capítulo 11
Capítulo 11




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Todos os olhares voltaram-se para o loiro, que mantinha os olhos fechados com pesar.

- Shaka?! – Kamus chamou com um olhar assustado.

Shaka abriu os olhos na direção do Cavaleiro de Aquário que, agora, estava de pé diante dele.

- Kamus – Shaka começou – Eu não consigo responder. Eu não sei o que fazer. Talvez eu não seja o Intérprete. Talvez nem os rapazes sejam o Grémio. Desde o princípio isso não está correndo bem.

- Mas você tem sempre resposta para tudo – Seiya disse indignado.

- Apenas resposta para o que está ao meu alcance. Sobre o que aprendi…

- Se não for você quem é?! – Shiryu perguntou incrédulo.

- Talvez alguém que saiba ver o futuro…ler estrelas…

Os cavaleiros de bronze suspiraram desanimados.

- Mas quem…

- Meu Mestre Shion – Disse Mu erguendo a cabeça, convicto.

- Claro! Como não percebemos isso antes!? – Disse Miro com um sorriso, chaqualhando a cabeça negativamente.

- Vamos rápido – Shaka disse já saindo.

- Não! – Kanon disse alarmado, chamando a atenção de todos – Se sairmos todos vai chamar muita atenção. É melhor ir só o Kamus.

Kamus olhou a moça nos braços do Cavaleiro de Áries, indeciso.

- Eu fico aqui com ela – Mu disse de forma a Kamus ficar mais tranquilo.

- Eu também ficarei – Saga disse firme, fazendo Kamus assentir com um piscar lento, correndo em seguida, rumo ao 13º templo. Aos poucos, os restantes foram saindo da cozinha, se juntando com a multidão animada pelas musicas que Aldebaran colocava.

Shion já havia comunicado que não poderia ir na tal festa, por ter compromisso. E era isso que preocupava o Cavaleiro de Aquário. Sabia que esse compromisso era uma reunião, mas não sabia onde era e, quando exactamente acabaria. Mas Calipso estava morrendo.

Estava determinado a interromper qualquer coisa, por mais importante que fosse, e arrastar Shion se necessário, mesmo que depois isso lhe custasse caro.

“Não pode morrer” – Começou a pensar enquanto correia já na escada que dava acesso ao seu destino – “Eu prometi que você ficaria bem…” – Completou abrindo com força a pesada porta que dava acesso ao Salão do 13º templo.

Shion havia acabado de sentar em seu trono, Quando viu o Aquariano entrar afobado pelo salão.

- Há, Kamus – Começou um tanto sem graça – A reunião com a Athena acabou agora pouco…

- Mestre! – Kamus interrompeu, meio a reverencia, ainda com a respiração ofegante – Eu preciso de vossa ajuda – Completou voltando um olhar necessitado para Shion, que estranhou, mas assentiu.

Kamus começou a lhe narrar todos os acontecimentos dos dias anteriores, sem muito detalhes, aos quais Shion ouvia com atenção e surpresa. Se perguntava como algo assim acontecia dentro do Santuário e ele não ficava sabendo de nada?

Enquanto isso, na festa, Seiya e Shun, tomavam seu posto, no comando do som.

- Está tudo bem? – Aldebaran perguntou, estranhando o desaparecimento dos dois.

- Ta…tudo bem – Shun respondeu, um pouco hesitante, sem olhar o brasileiro.

Aldebaran levantou uma sobrancelha, estava desconfiado.

- Ok, então – respondeu ao fim de um minuto observando os dois rapazes, que começaram a mexer nos cds sem prestar atenção em sua pessoa.

Shun levantou o olhar e viu Aldebaran se afastar, olhando em seguida para Seiya, ao qual deu um pequeno suspiro aliviado.

A porta da cozinha estava sendo guardada por Saga, que estava determinado a não deixar nenhum intrometido entrar, enquanto Mu, afagava os cabelos a ninfa, pedindo aos céus para que Kamus encontrasse logo o Mestre.

Shion mal ouviu o fim da história e, se levantou, passando rapidamente por Kamus que ainda se encontrava com um joelho no chão.

- Vamos – Shion ordenou impaciente, fazendo Kamus se erguer surpreso – Não temos tempo a perder…

Kamus assentiu e correu atrás de Shion.

Já estavam quase na entrada da Casa de Peixes quando Shion parou bruscamente.

- O que foi Mestre? – Kamus perguntou, parando um pouco a frente de Shion, olhando para trás – Não temos tempo…

- Não… – Respondeu Shion, olhando para o céu, que estava ficando nublado, rapidamente. – Precisamos de duas pessoas…

- Duas pessoas?

- Sim. Uma na qual não tem segredos e, outra cuja palavra seja respeitada por todos.

- Mais charada? – Kamus indagou desanimado

Shion permaneceu olhando o céu. Parecia estar distante, ter esquecido que o tempo estava passando, que a Ninfa estava morrendo.

- Mestre?! – Kamus chamou impaciente.

- Dois pares de amigos fieis… – Disse mais para si que para o outro que estava visivelmente aflito. – Kamus! – Chamou finalmente, olhando sério para o Cavaleiro a sua frente – Reúna Miro, Aioros e Shura. Nos encontramos onde a ninfa está.

- Mas…

- Corra!!! – Ordenou.

Kamus não percebeu. Mas também não dava tempo. Correu o mais rápido que pode, entrando para dentro da multidão na Sala da Casa de Aquário, encontrando Miro, rodeado por um pequeno grupo de amazonas.

- Miro!!! – Chamou a atenção do rapaz.

- Com licença meninas – Miro disse com um sorriso, saindo de perto do grupinho que reivindicou um pouco a saída deste. – Encontrou o Mestre? – Perguntou baixo.

- Vá procurar o Shura – Kamus disse – Eu vou procurar o Aioros.

- O Shura…?

- Não tenho tempo para explicar, nos encontramos na cozinha. Vai logo!!! – Disse ao constatar que Miro hesitava.

Miro, correu pelo salão perguntando pelo Cavaleiro de Capricórnio, encontrando-o sentado no sofá com uma bela amazona do seu lado.

- Shura! – Miro, chamou a atenção do amigo, que lhe sorriu simpático – Desculpa minha linda, mas vou rouba-lo um pouco – Disse olhando a Amazona, que estranhou, enquanto puxava o braço de Shura.

- Pêra ai, Miro!!! – Shura começou se debatendo. Mas Miro não se importava, arrastava Shura pelo braço, com dificuldade, no meio daqueles que dançavam no centro do salão.

Kamus encontrou Aioros no jardim, conversando com Aioria e Marin, perto do lago. Se aproximou com cautela.

- Acho que vai chover – Marin disse olhando o céu, fazendo os outros dois olharem para cima, consentindo ao que acabara de ser dito pela Amazona.

- Desculpem – Disse sem jeito, voltando a atenção dos três para sua pessoa – Aioros, posso falar com você? – Indagou olhando o Cavaleiros de Sagitário.

- Claro!!!

- Vem comigo.

- Eu já volto. Comportem-se – Disse rindo um tanto malicioso para o casal, que corou na mesma hora.

Kamus caminhou na frente e, Aioros o seguiu intrigado, até a cozinha. Quando entraram encontraram, Mu ainda sentado no chão com uma moça pálida em seus braços. Miro e Shura, do lado de Saga e Kanon. Este ultimo, percebendo novamente a movimentação no salão resolveu voltar para cozinha na companhia de Shaka, que estava de pé do lado de Shion, Donhko e Aldebaran.

- Bem – Shion começou ao ver Kamus encostar a porta – Parece que não falta ninguém.

- O que está acontecendo? – Aioros perguntou assustado, por ver todos reunidos na cozinha, de portas fechadas ao redor de uma moça aparentemente morta.

- Você nem vai acreditar, meu amigo – Shura disse, com um semblante visivelmente perturbado.

- Essa é Calipso, Aioros – Kamus começou olhando para o Cavaleiro de Sagitário – É uma Oceanide e, precisa de nossa ajuda.

Aioros franziu a sobrancelha.

- Exacto – Shion disse, chamando a atenção de todos. – Este é o homem que não tem segredos – Disse apontando para Aldebaran – O Homem cuja a palavra todos respeitam – Shion apontou para Donhko – E os amigos… - Caminhou até Aioros e o conduziu para perto de Shura, um pouco atrás de Mu - sempre fieis – Completou levando Miro para o lado de Kamus, que arqueou a sobrancelha.

- Agora pode dar certo – Shaka sussurrou, contente.

Aldebaran e Donhko, se entreolharam e, em seguida observaram a cena. Mu voltava a estreitar os braços, abraçando Calipso forte, enquanto Aioros, Shura, Kamus e Miro, colocavam as mãos nas costas do Cavaleiro de Áries, acendendo seus cosmos.

- Calipso! – Mu começou a chamar – Volta…Calipso…

Os olhos observavam atentos, mas nada acontecia, para o desespero de todos.

- Porque não dá, Mestre? – Mu indagou, sentindo as mãos saírem de suas costas.

Shion franziu o cenho.

- Talvez já…esteja…morta… - Kanon sussurrou, levando um olhar de reprovação do irmão, que assim como os outros não queriam acreditar.

Continua…


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