Não cruze os braços diante de uma dificuldade, pois o maior homem do mundo morreu de braços abertos.
Bob Marley

– Capítulo Oito –

O Baile a Fantasia

Finalmente havia chegado o grande dia do baile de inverno, os preparativos estavam a todo vapor no salão principal. O palco para As Esquisitonas já havia sido montado com os instrumentos e microfones já posicionados, as mesas cumpridas foram retiradas e várias mesinhas foram distribuídas pelo salão também foi colocado um feitiço na porta de entrada para impedir alunos do primeiro ao terceiro ano de entrarem a não ser se forem convidados. Harry passou a tarde inteira jogando Snap explosivo com Gina, Fred e Jorge enquanto Rony e Agatha jogavam xadrez.

– Que horas são agora? – perguntou Hermione sentada com um livro nas mãos no mesmo momento que Rony dera um xeque mate em Agatha.

– Cinco e meia – respondeu Rony com um sorriso vitorioso ao ver o rei de Agatha ser arrastado pra fora do tabuleiro – Por quê?

– É que nós já vamos subir para nos arrumar – respondeu Agatha já se levantando.

– Mas o baile só começa as oito. – disse Fred atônito.

– É nos já perdemos tempo demais – disse Agatha – Vamos Mione, vem Gina.

– Garotas – disse Rony quando elas já haviam subido e este se juntara aos outros três para continuar o jogo, quando deram sete e vinte eles resolveram subir para tomar banho e se trocar, eles esperariam as garotas no saguão de entrada. Harry e Rony desceram juntos para o saguão já com suas fantasias, Rony estava fantasiado de cowboy, usava calça de couro de dragão preta, e camisa branca, um cinto com uma grande fivela na calça, apoiada ao lado havia uma corda enrolada, vestia botas e um chapéu preto. Harry se fantasiou de pirata, ele também usava botas e calça de couro de dragão preta, tinha uma espada apoiada no cinto da calça, usava também uma camisa vermelha e um colete preto por cima, para completar colocou um chapéu preto de pirata, um tapa olho também preto e um brinco pequeno de argola.

“Belo tapa olho” – disse a voz de Draco em sua mente, Harry procurou e viu Draco de pernas cruzadas encostado em uma coluna. Ele estava fantasiado de cigano, também usava calça preta de couro de dragão e um sapato preto bem lustrado, camisa preta meio aberta, e um lenço preto na cabeça, ele também havia colocado um brinco pequeno de argola e alguns anéis nos dedos.

“Belo lenço” – disse Harry na mente de Draco. Então este fez um sinal para Harry apontando a escada. Cho vinha descendo a escadaria de mármore, esta se fantasiou de borboleta, ela havia colocado uma roupa azul escura apertada e asas azuis claras, também prendeu seu cabelo com dois pauzinhos, e usou uma maquiagem colorida e brilhante.

– Harry – disse Cho sorrindo – Fantasia legal.

– Cho você está muito bonita – disse Harry completamente vermelho – Fada?

– Borboleta e obrigada – disse ela – Nós já vamos?

– Só vamos esperar Hermione, Agatha e Simas – disse Harry o nome de Simas entre os dentes.

– Ah! – exclamou Cho irritada – Eu vi o Finngan conversando com os amigos, ele não se continha de felicidade de ir com a Agatha.

– Normal – disse Rony inocentemente – Agatha é a garota mais bonita da escola.

– Pensei que vocês tivessem brigado – disse Cho aborrecida.

– Simas me pediu desculpas – disse Harry chateado.

– Sei...

– Harry, Rony – disse a voz de Simas atrás deles – Chang, tudo bem com vocês? Agatha já desceu?

Simas estava parecendo àqueles príncipes dos contos de fadas trouxas, o azul de sua roupa combinava incrivelmente com os seus olhos azuis e com o castanho de seus cabelos.

– Ainda não – disse Harry com um que de irritação em sua voz.

– Você está de fada. Certo? – perguntou Simas para Cho.

– Borboleta – disse Cho revirando os olhos.

“Te vejo lá dentro Potter” – disse a voz de Draco novamente, ele já estava entrando no salão com a sua acompanhante Emilia que se fantasiara de vampira.

“Ok” – respondeu Harry.

– Elas estão descendo – disse Rony apontando a escadaria. Hermione se fantasiara de odalisca, suas roupas eram em vermelho e dourado, ela também usava um véu vermelho, brincos, pulseiras e um colar dourado, Hermione também caprichara na maquiagem que estava bem marcante e seus cabelos estavam lisos preso em um rabo de cavalo bem arrumado. Agatha se fantasiara de cigana, ela usava uma saia cumprida rodada, da cor verde com detalhes em dourado e uma blusa branca que mostrava os ombros e a barriga, ela também usava algumas contas douradas em volta da cabeça, anéis, pulseiras, brincos e uma tornozeleira tudo em dourado, Agatha dera um jeito de deixar seus cabelos lisos, com vários cachos cheios, ela também usava uma maquiagem marcante. Ambas Hermione e Agatha pareciam descalças, porem, usavam sapatos baixos, mas, não podiam ser vistos graças a um feitiço ilusório que Hermione colocara, assim dava a impressão de que estavam sem sapatos.

– Uau! – exclamou Simas – Agatha você está incrível!

– Obrigada Simas – disse Agatha sorrindo – Então você hoje vai ser o meu príncipe azul?

– Agatha. – disse ele assoviando e medindo a garota de cima a baixo – Hoje eu serei o que você quiser que eu seja – Agatha corou.

– Oi pra vocês – disse Agatha mudando de assunto – Oi Cho, bonita a sua fantasia de fada.

– É borboleta – disse Cho entre os dentes – E obrigada, a sua fantasia também é legal. É de que?

– Cigana – disse Agatha sem se sentir ofendida – é um tipo de bruxa para os trouxas. Gente vocês viram como Hermione está bonita?

– Eu vi – disse Rony com a boca aberta – só estou me recuperando.

– Rony seu bobo – disse Mione corando furiosamente.

– Verdade Mione – disse Harry tirando os olhos de Agatha para olhar Hermione – Você está muito bonita.

– Obrigada Harry – disse ela.

– Vamos entrar ou não? – perguntou Cho entediada.

– Vamos claro – disse Harry.

Eles entraram no salão que agora estava apinhado de alunos, todos com seus pares e suas fantasias, uma mais estranha que a outra. As Esquisitonas já haviam tomado o seu lugar no palco e tocavam uma música agitada, Harry pôde reparar em Draco já sentado em uma mesa com Emilia, Zabine que por coincidência se fantasiara de vampiro como Emilia, Pansy se fantasiara de medibruxa e Crabbe e Goyle combinaram uma fantasia de seguranças trouxas, com direito até a óculos escuros. Eles se sentaram em uma mesa onde já estavam Gina que se fantasiara de enfermeira e Dino que se fantasiara de Zorro.

– Vocês demoraram – disse Gina aborrecida.

– Hermione estava com vergonha da roupa – disse Agatha aos risos.

– Mas você está tão bonita Mi – disse Gina agora encarando Cho – Gostei da fantasia de borboleta Chang.

– É fad... Obrigada Weasley– disse Cho sem graça.

– Vamos dançar Agatha? – perguntou Simas animado.

– Claro – disse Agatha levantando e indo pra pista com Simas.

– Simas ta parecendo um idiota perto da Agatha – disse Dino debochando – Ele nem acreditou quando ela aceitou.

– Você também a acha bonita? – perguntou Gina se fingindo de ofendida.

– Claro. Mas não tanto quanto você. – disse Dino em seguida lhe deu um beijo nos lábios.

Rony pigarreou alto.

– Deixa eles Rony – disse Mione baixinho.

– Eu não vou deixar a minha irmã ser agarrada desse jeito.

– E será que tem um jeito certo de se agarrar alguém? – perguntou Harry sarcástico.

– Cala a boca Harry – disse Rony irritado.

– Ok. Quer dançar Cho? – perguntou Harry, ele não sabia dançar muito bem, mas, uma música agitada não seria tão difícil.

– Vamos – disse Cho animada.

Eles foram para a pista, mas, Cho fez questão de ficar perto de Agatha e Simas. Harry percebeu que Agatha já estava vermelha de tanto dançar e que Simas estava com cara de bobo apaixonado. Ele reparou na mesa de Draco que ele conversava com Blásio, os dois pareciam tão cúmplices, tão amigos, Harry havia reparado que com um simples olhar os dois já se compreendiam, Harry não sabia o porquê mais sentiu certa inveja dos dois. Ele reparou ao lado que Emilia estava muito emburrada, logo Blásio se levantou e a chamou pra dançar.

“Pensei que ela fosse o seu par” – disse Harry para Draco.

“Eu não danço” – respondeu Draco simplesmente.

“Não? Você não deve ser tão mal dançarino”

“E não sou, mas, odeio dançar em público”

“Acho que a Parkinson ficou irritada com Zabine” – comentou Harry ao ver Pansy ao lado observando Blásio dançar com Emilia.

“Normal. Ela não gosta de dançar” – explicou Draco se levantando – “Preciso beber, pena que não tem firewisk”.

“O que você queria? Isso é uma escola, não é permitida bebida alcoólica”

“Não seria assim em Durmstrang...” – comentou Draco desanimado indo em direção a mesa de bebidas.

– Olá Weasley – Draco disse cinicamente para Rony que se levantara para pegar bebidas.

– O que quer Malfoy? – perguntou Rony irritado.

– Boas maneiras são bem vindas Weasley, eu apenas te cumprimentei – disse Draco se fingindo de ofendido.

– Eu te conheço o suficiente Malfoy, pra saber que você tem uma mente maligna – disse Rony sarcástico.

– Você está certo Weasley – disse Draco irônico – Eu tenho uma mente incrível. Sabe *os judeus só deram três gênios originais, Cristo, Spinoza e eu.

– Você não é judeu – disse Rony.

– Mas eu poderia ser – disse Draco obvio.

– Como você é humilde – disse Rony ainda sarcástico.

– **Às vezes eu tento ser modesto, mas, ai começam a me faltar argumentos. – disse Draco pensativo pegando uma cerveja amanteigada e se dirigindo de volta a sua mesa.

– Idiota – disse Rony baixinho.

– Malfoy tava te irritando? – perguntou Dino se aproximando da mesa.

“Não tanto quanto você agarrando a minha irmã” – pensou Rony.

– Você sabe como Malfoy é Dino – respondeu Rony.

– Você é monitor chefe, podia tirar uns pontos dele – disse Dino pegando as garrafas e voltando a mesa com Rony.

“Se eu fizesse isso Harry, Gina, Mione e Agatha, se jogariam em cima de mim”

– Talvez da próxima vez eu tire – disse Rony se sentando ao lado de Agatha que já voltara à mesa.

– Tirar o que? – perguntou Harry desconfiado.

– Nada – disse Rony rapidamente – Onde está Hermione?

– Foi fazer a ronda com a Parkinson – respondeu Gina.

– Rony você viu o Neville? – perguntou Agatha olhando para os lados.

– Na verdade não o vi desde que cheguei – respondeu Rony – Por quê?

– Quero dançar – respondeu Agatha levantando – Também nem vejo a Luna pra perguntar.

– Eu posso dançar com você – disse Harry que levou em seguida um cutucão de Cho.

– Obrigada Harry, mas, vou procurá-lo – disse indo em direção a porta de entrada. Agatha parou no saguão pensando pra onde deveria ir, resolveu sair o que foi bem sucedido, pois, encontrou Neville sentando na escadaria que levava aos jardins, Agatha não conseguiu deixar de sorrir ao ver que o garoto havia se fantasiado de Dumbledore.

– Eu estava te procurando – disse Agatha sentando-se ao lado dele. – Por que não entrou ainda?

– Eu achei melhor ficar aqui – disse Neville desanimado.

– Por quê? Você está fugindo de mim? – perguntou Agatha sorrindo – Eu te devo uma dança.

– Eu pensei melhor – começou Neville – E achei melhor você não dançar comigo. Sabe vai ser ruim pra sua popularidade.

– E desde quando eu me importo com a minha popularidade? – perguntou Agatha pasma – Eu escolho com quem eu converso, eu escolho as minhas amizades e eu escolho com quem eu danço. Não dou a mínima pra popularidade e mesmo se eu ligasse você não faria mal a ela.

– Eu pensei que você só tivesse aceitado por pena – disse Neville mirando agora os próprios pés.

– Pena? O que pena tem a ver com isso? – perguntou Agatha surpresa – Eu aceitei por que eu gosto de você, você é muito legal e amigo.

– Você acha mesmo? – perguntou Neville agora olhando nos olhos de Agatha.

– Claro.

– É que as pessoas sempre me acharam um perdedor – disse Neville.

– Porque elas não conhecem o Neville que eu conheço – disse Agatha, ela o observou por um momento. Nada do que ela falou era mentira, ele realmente era legal e ela sabia que podia contar com ele se ela precisasse.

– Se você tivesse me convidado para o baile antes eu teria aceitado ir com você na hora – Agatha não soube dizer o porquê, mas, se inclinou e deu um beijo de leve nos lábios de Neville, este a olhou admirado, tocou em seus próprios lábios e sorriu.

– Não diz nada – disse Agatha corando – eu realmente não sei por que fiz isso.

– Então – disse Neville se levantando e oferecendo uma mão para Agatha se levantar – Você ainda quer dançar?

– Só se for agora – disse ela se levantando e de mãos dadas com Neville, rumaram para o salão principal. Quando atravessaram a porta do salão muitas cabeças se voltaram pra eles e já começara a tocar uma música lenta. Os comentários pelo salão eram audíveis “Ridgeway dançando com o Longbottom?” “Ele a enfeitiçou!” “O que ela viu nele?!” “Se ela não conseguiu resistir a ele que chance nós temos?” Agatha olhou seus amigos e viram seus olhares de aprovação.

– Obrigado – disse Neville baixinho no ouvido de Agatha, o que fez os pelos do pescoço de Agatha se arrepiarem. Ela não podia negar, Neville era atraente a sua maneira.

– Obrigada você por me escolher pra dançar – disse Agatha lhe dando um beijo no rosto, a música terminara e Neville deu um beijo carinhoso na mão de Agatha e foi para o lado de Luna. Agatha por sua vez rumou até a mesa de bebidas. Ela nunca conhecera alguém com o coração tão puro quanto o de Neville, seria tão fácil se apaixonar por ele, pena que ela não mandava em seu coração “Por que o meu coração só escolhe pessoas complicadas?” – pensou Agatha tomando sua cerveja amanteigada.

– Então o Longbottom tem os seus truques – comentou Draco ao lado dela, ela nem percebera que ele havia se aproximado.

– Não são truques Draco. – respondeu Agatha o observando – Ele é apenas sincero, bondoso, ele é ele mesmo.

– Não sei por que, mas, eu me senti ofendido – disse ele cínico.

– Como assim?

– Eu me senti falso, mau e como se eu não fosse eu mesmo – disse Draco fingindo-se de pensativo.

– Sempre o mesmo Draco. – comentou Agatha sorridente – Você nunca muda. Eu demorei a perceber quando você fala sério ou não.

– Bom. Eu falo sério agora quando digo que tenho que fazer a minha ronda – disse Draco olhando em seu próprio relógio.

– Você vai com quem?

– Sozinho – respondeu simplesmente.

– Não colocaram você com uma dupla? – perguntou Agatha surpresa.

– Sim. Mas a minha dupla está meio indisposta no momento – disse Draco sorrindo de lado e apontando com a cabeça para o outro lado do salão. Ernie MacMillan estava dançando em cima do palco e já tirara metade da fantasia, algumas alunas histéricas em baixo gritavam pra ele “Vai Ernie, vai Ernie” – Acho que ele batizou a própria bebida, queria ter pensado nisso antes.

– Eu não esperava isso dele. – disse Agatha admirada – Eu vou com você.

– Vai comigo aonde?

– Fazer a ronda. – respondeu ela impaciente – Não sou monitora, mas, posso ser uma companhia. Vou avisar ao Rony – disse indo em direção a mesa de seus amigos.

– Rony, eu vou fazer a ronda com o Draco – disse Agatha calmamente.

– Você não vai – disse Rony como se fosse obvio – Você não é monitora. Cadê o Ernie?

– Você não vai querer saber. – disse Mione chegando à mesa e olhando para o palco atrás deles – A Parkinson já tentou pará-lo, mas, não adianta, ela pediu sua ajuda, acho que ele bebeu demais.

– Ninguém fica bêbado com cerveja amanteigada! – exclamou Rony levantando.

– Então Ernie é um elfo doméstico, por que ele está bêbado – disse Agatha – Eu já vou, está na hora da ronda do Draco.

– Mas...

– Hermione acabou de voltar da ronda dela, ela não vai querer ir de novo – disse Agatha irritada – e você vai se atracar com o Draco na primeira oportunidade. E eu duvido que outro monitor queira substituir o Ernie.

– Ah! Ok! – disse Rony irritado correndo em direção ao palco.

– Parece que eles vão ter muito trabalho com MacMillan. – comentou Draco quando ele e Agatha já saiam do salão principal

– Sorte dele que os professores não vieram a festa. – disse Agatha seguindo Draco que se dirigia para perto de um armário de vassouras – Aonde você vai?

– Tirar alunos do armário – disse Draco calmamente.

– Draco este é um armário de vassouras – disse Agatha sarcástica – quantas pessoas você acha que cabem ai dentro?

– Você ficaria surpresa. – disse Draco abrindo a porta do armário, lá eles encontraram dois alunos do terceiro ano, uma garota da Corvinal e um garoto de Grifinória. – Ora, ora, ora. Dois alunos fora da cama há essa hora. Muito bem, quais explicações vocês me darão?

– Estávamos estudando e dormimos na biblioteca – disse a garota assustada.

– Muito bem – disse Draco irônico – e Madame Pince não encontrou vocês? Continuem.

– Acordamos e resolvemos voltar para o dormitório – disse o garoto pensativo.

– Incrível! Porém o dormitório da Corvinal fica pro outro lado, e da Grifinória lá em cima, continuem, isso está divertido – disse Draco com um sorriso debochado. – O que faziam dentro do armário?

– A pressão dela caiu e ela desmaiou – explicou o garoto – então para que não nos vissem, eu entrei com ela no armário.

– Muito bem Sr. Steves e o que a sua boca estava fazendo grudada na boca da Srta. Coleman?

– Respiração boca a boca? – sugeriu Steves.

– Menos cinco pontos pra Grifinória e Corvinal – disse Draco calmamente – Voltem pra os seus dormitórios, e se eu pegá-los de novo, será cinqüenta pontos e uma detenção.

– Como você sabia? – perguntou Agatha depois que Steves e Colemam se afastaram completamente sem graça.

– Se quer mesmo saber, eu já fiz isso. – disse Draco preguiçosamente.

– A é? E por que você se escondeu no armário? – perguntou Agatha enquanto andava pelos corredores.

– Foi no ano passado. – explicou Draco – A monitora da Sonserina por alguma razão queria muito me mostrar o banheiro dos monitores. Então ouvimos um barulho e ela me jogou lá dentro e entrou em seguida. Ficamos um bom tempo lá.

– E o que vocês ficaram fazendo? – perguntou Agatha com um que de irritação.

– Você perguntou ingenuamente ou você realmente quer os detalhes? – perguntou Draco quando entravam em uma sala de aula pra ver se tinha algum aluno.

– Tudo bem, eu imagino o que aconteceu lá dentro – disse Agatha revirando os olhos.

– Nós jogamos xadrez recém conjurado. – disse Draco normalmente.

Agatha não perguntou se ele estava falando sério. Eles andaram em silencio, nos corredores e nas salas, mais nenhum aluno foi encontrado. Então Draco abriu mais uma porta no final do corredor.

– A ultima da noite, e a gente já pode voltar – disse Draco cansado.

– Ninguém – disse Agatha quando entraram. A sala era repleta de mesas e cadeira velhas, provavelmente a sala não era usada há muito tempo.

– Quer dançar? – perguntou Draco simplesmente.

– Arh... que? – perguntou Agatha que não havia prestado atenção.

– Dançar?

– O Draco Malfoy que eu conheço não dança – disse Agatha irônica.

– Errado. O Draco Malfoy que você conhece não dança em público – disse Draco pegando nas mãos de Agatha e a puxando para o meio da sala. – E ciganos sempre dançam.

– Eu não sei dançar como os ciganos – disse Agatha sorridente.

– Então a gente pode simplesmente dançar uma música lenta – disse Draco baixinho, ele conjurou uma vitrola e logo uma música calma começou a tocar. Ele colocou as duas mãos na cintura de Agatha e esta colocou as mãos em volta de seu pescoço.

– Você se vestiu assim por que se lembrou do passado não é? – perguntou Agatha hesitante, eles nunca conversavam sobre isso – Eu também me vesti assim, por que me lembrei de quando fomos ao circo com o An...

– Senti sua falta – disse Draco cortando o assunto.

– Quando? – perguntou Agatha respirando fundo.

– Nos últimos quatro anos – respondeu Draco sem emoção.

– Sinto muito – disse Agatha – eu não devia ter parado de falar com você. Eu também senti sua falta. Mas você sempre teve o Zabine a Parkinson...

– Eles são amigos leais. – disse Draco sorrindo de lado – Mas você, sempre foi como a minha irmã.

– Irmã? – perguntou Agatha irônica. – Você sempre beija quem considera irmã?

– Não sou cego, você é linda. – disse Draco malicioso – E também você estava perto demais.

– Eu estou perto demais agora. – disse Agatha o encarando – Vai me beijar outra vez?

– Talvez – disse Draco se aproximando e roçando de leve os seus lábios nos dela, então ele se afastou – mas, eu não posso.

– Não pode? Por quê? – perguntou Agatha abrindo os olhos.

– O Potter te ama – disse Draco sério.

– O Potter como você diz, está lá embaixo com a namorada dele – disse Agatha se afastando e colocando a mão em sua própria cintura.

– Mas não seria correto...

– Não seria correto Draco? – Agatha estava agora aborrecida – Não seria correto, duas pessoas desimpedidas ficarem juntas? Harry está namorando Draco, NA-MO-RAN-DO. Eu tenho o direito de ficar com quem eu quiser.

– Mais da minha parte não seria correto – disse Draco apertando a mão que continha a cicatriz no qual ele e Harry haviam feito o pacto de sangue. – Não posso ficar com a garota que ele ama, mesmo ele estando com outra.

– Ótimo – disse Agatha encerrando a conversa e saindo da sala, deixando um Draco pensativo ao sair. Ela caminhava muito irritada e apressada pelos corredores da escola. “Eu não sou mais namorada do Harry, mesmo que eu o ame eu não pretendo voltar com ele, droga! Ninguém entende” Enquanto ela caminhava ela ouvia os passos de Draco atrás dela, a vontade que ela tinha era virar e dizer poucas e boas pra ele, mas, não ia fazer isso, não adiantaria nada. Agatha desceu as escadarias de mármore e entrou no salão principal, ela pode ver que Colin agora se apresentava no palco.

– Agatha! – exclamou Padma indo ao seu encontro com Gina aos seus calcanhares – Que bom que voltou, por favor, suba logo naquele palco, eu não agüento mais.

– Se o Colin contar outra piada e juro que te mato! – disse Gina histérica.

– Você já tem a música? – perguntou Padma apressada.

– Já. – respondeu Agatha decidida – Eu tenho a música perfeita.

– Ótimo – Padma fez sinal para Antony que estava perto do palco, e este pediu que Colin se retirasse.

Agatha subiu no palco no mesmo instante que Draco entrara no salão principal, este se encostara à porta colocou as mãos nos bolsos e cruzou as pernas, então a observou. Agatha pegou um violão e seguiu em direção ao microfone.

– Boa noite. – disse ela com um sorriso tímido – Devo admitir que acabei de escolher a música. Talvez alguns de vocês conheçam, pois, se trata de uma música trouxa, mas, fala muito de mim nesse momento. – Então ela começou a tocar o violão, As Esquisitonas aos poucos foram tomando seus lugares e começaram a acompanhá-la.

The Only Exception

Paramore

When I was younger I saw my daddy cry And curse at the wind He broke his own heart And I watched As he tried to reassemble it

Quando eu era jovem Eu vi meu pai chorar E amaldiçoar o vento Ele partiu seu próprio coração
E eu assisti Enquanto ele tentava o recompor

And my momma swore that She would never let herself forget And that was the day that I promised I'd never sing of love If it does not exist

E a minha mãe jurou que Ela nunca mais se deixaria esquecer E foi nesse dia que eu prometi
Que eu nunca cantaria sobre amor Se ele não existisse

But darling, You are the only exception You are the only exception You are the only exception You are the only exception

Mas querido,Você é a única exceção Você é a única exceção Você é a única exceção Você é a única exceção

          - Ela canta muito! – disse Harry sorrindo abobalhado.

- Verdade, – disse Rony pensativo – mas, ela está cantando pra você ou para o Malfoy?

Cho deu um olhar mortal ao Rony. “Quanta imprudência”

– Malfoy? – Harry sempre achara o seu amigo meio inconveniente, mas, talvez ele estivesse certo agora. Harry olhou de Agatha para Draco e percebeu algo, Agatha realmente cantava olhando para Draco Malfoy. E este o que estaria pensando? Era praticamente impossível ler a expressão de Draco.

Maybe I know, somewhere Deep in my soul That love never lasts And we've got to find other ways To make it alone Or keep a straight face

Talvez eu saiba, em algum lugar No fundo da alma Que o amor nunca dura E temos que arranjar outros meios De seguir em frente sozinhos Ou ficar com uma cara boa

And I've always lived like this Keeping a comfortable, distance And up until now I had sworn to myself that I'm content With loneliness

E eu sempre vivi assim Mantendo uma distância confortável Até agora Eu tinha jurado a mim mesma que eu estava contente Com a solidão

Because none of it was ever worth the risk You are the only exception You are the only exception You are the only exception You are the only exception

Porque nada disso algum dia valeu o risco, mas, Mas você é a única exceção Mas você é a única exceção Mas você é a única exceção Mas você é a única exceção

I've got a tight grip on reality But I can't Let go of what's in front of me here I know you're leaving In the morning, when you wake up Leave me with some kind of proof it`s not a dream

Eu tenho uma forte noção de realidade Mas eu não consigo Deixar o que está na minha frente
Eu sei que você está partindo Quando você acordar de manhã Me deixe uma prova de que não é um sonho

Ohh...
You are the only exception You are the only exception You are the only exception
You are the only exception You are the only exception You are the only exception
You are the only exception You are the only exception And I'm on my way to believing
Oh, And I'm on my way to believing

Ohh...

Você é a única exceção Você é a única exceção Você é a única exceção
Você é a única exceção Você é a única exceção Você é a única exceção
Você é a única exceção Você é a única exceção E eu estou a caminho de acreditar.
Oh, e eu estou a caminho de acreditar.

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* Frase de Gertrude Stein

** Frase de Muhammad Ali.