Acima de tudo, na vida, temos necessidade de alguém que nos obrigue a realizar aquilo de que somos capazes. É este o papel da amizade.
Ralph Emerson

– Capítulo Sete –

O Valor da Amizade

Mais uma vez os alunos da Grifinória e Sonserina, se encontravam em mais uma aula de Poções com o Prof. Snape. Depois da trégua entre Harry e Draco as aulas de Poções se tornaram menos irritantes, porem, para manter as aparências eles continuaram a se atacar na frente dos outros.

- Sr. Potter! O senhor está prestando atenção? – perguntou Snape furioso com Harry que brincava com a sua pena desinteressadamente.

- Sim professor – respondeu Harry rapidamente acordando do seu transe.

- Então me responda. – disse Snape com o seu melhor olhar assassino – Qual o nome da poção que serve para acalmar a ansiedade e suavizar a agitação?

“Gole da paz” – pensou Draco para Harry.

- Gole da paz – respondeu Harry hesitante.

- Correto. – respondeu Snape crispando os lábios – E qual a cor da fumaça que deve sair poção?

“Depois de adicionar o xarope de hellebore...”

- Depois de adicionar o xarope de hellebore... – disse Harry para o Prof. Snape.

 “...e deixar descansar por sete minutos...

- E deixar descansar por sete minutos... – continuo Harry apreensivo.

       “...a fumaça fica azul com bolinhas amarelas” – Draco terminou com um sorriso malicioso nos lábios.

        - A fumaça fica az... – Harry olhou desconfiado para Draco, esse sorriu.

       “Brincadeira. O vapor fica prateado”

        - Prateada – terminou Harry. Snape o encarou por um minuto e disse:

       - Correto. 10 pontos pra Grifinória – disse Snape insatisfeito. – O modo de preparo da poção está na lousa e como o Sr. Potter disse, deve sair um vapor prateado da poção. Agora comecem.

        Hermione olhava furiosa para Harry e Draco, ela escreveu algo em um pedaço de pergaminho e entregou a Agatha para dar ao Draco, esta por sua vez jogou o papel da cabeça dele.

- Por que fez isso? – perguntou Draco irritado pra Agatha.

- Leia – respondeu ela voltando para a sua Poção.

“Vocês não podem fazer isso é errado”

Mione.

Draco deu o papel para Harry ler, este olhou sem graça para a amiga e voltou à atenção para a poção.

“A Granger só está brava por que suas notas melhoraram”

“Ela está brava por que você me passa as respostas Malfoy”

“Ela não tem como provar que eu passo”

Harry não conseguiu deixar de dar um sorriso, nunca imaginou nem em seus sonhos mais estranhos que Draco Malfoy um dia o ajudaria na matéria, ainda mais passando cola. Nesse instante Malfoy o cutucou para prestar atenção na conversa atrás deles.

- Agatha – chamou Neville baixinho.

- Está com dúvida Neville? – perguntou Agatha agora prestando atenção no garoto.

- Na verdade não – respondeu impressionado com ele mesmo, pois, sempre tinha dúvidas principalmente em poções. – eu queria te dar uma coisa.

- Me dar? – disse Agatha surpresa – o que?

- Isso – Neville tirou uma caixa de bombons da mochila e entregou pra Agatha por debaixo da mesa – É pra agradecer pela ajuda, graças a você as minhas notas melhoraram.

- Nossa Neville – disse Agatha sorrindo amavelmente – não era necessário.

- Era sim – disse ele satisfeito – principalmente quando eu contei pra minha avó quem era você, ela fez questão de perguntar pra sua mãe qual eram os seus bombons favoritos.

- Que meigo – disse ela guardando a caixa na sua própria mochila – escreverei a sua avó agradecendo. E obrigada Neville, fico satisfeita que eu tenha te ajudado.

“Longbottom ta dando em cima da Agatha bem debaixo das suas barbas Potter”

“Claro que não Malfoy, você é muito pretensioso”

“Sou é?”

- Agatha – chamou Neville outra vez e agora ele parecia meio nervoso.

- Sim – disse ela e um vapor prateado já saia de sua poção.

- Você vai ao baile certo? – perguntou Neville.

- Sim. Mas eu já fui convidada – disse Agatha delicada.

- Claro – disse Neville obvio – eu sei, Simas te convidou. E eu vou com a Luna.

- Que legal ela é ótima – disse Agatha animada.

- Eu só queria saber se... Você dançaria uma música comigo?

- Ah – disse Agatha, ela não sabia por que mais corara ligeiramente – Danço até duas se quiser.

“Xeque Mate” – pensou Draco para Harry – “Mas você não deve se irritar não é Potter, fiquei sabendo que você beijou a Chang ontem. Vocês estão namorando?”

“Talvez” – respondeu Harry aborrecido olhando o vapor da sua poção que estava cinza escuro.

“Você não mexeu três vezes no sentido horário”.

“Droga!” – exclamou Harry.

Depois que eles saíram da aula de poções eles teriam um tempo livre e apesar do inverno estar perto o dia amanheceu ensolarado, Harry, Rony, Agatha, Mione e Gina, resolveram observar o lago debaixo de uma árvore, já era comentado por toda Hogwarts que Harry e Cho se beijaram e estavam namorando.

- Gina, Mione – vamos comprar as fantasias amanhã? – perguntou Agatha, fazendo um vento suave sair de sua mão em direção ao lago, esta ficara muito abatida depois de Harry ter dito que beijara a Cho.

- Vamos – disseram as duas em uníssono.

- Agatha, queria te perguntar uma coisa. Como o Malfoy consegue ter tanto sangue frio – Gina perguntava bem mais de Draco depois dele tê-la beijado – quero dizer conseguir fingir pra Você-Sabe-Quem e pra todo o resto que não está do nosso lado.

- Isso é bem obvio Gina – disse Rony – ele é um bom ator e eu não duvido nada que ele esteja fingindo pra gente também.

- Ele não está mentindo Rony – disse Harry irritado deixando uma fagulha escapar de seu dedo – se ele estivesse mentindo eu saberia.

- Diz isso agora que suas notas melhoraram – retrucou Rony.

- Draco sempre foi bom nessas coisas – Agatha cortou sorrindo – sempre que aprontávamos alguma coisa ele inventava alguma história e fazia cara de inocente, todos acreditavam.

- Se eu estivesse na posição dele – disse Mione – eu choraria o tempo todo.

- É isso que ele deve fazer quando está sozinho – disse Rony debochado.

- Draco não chora – disse Agatha simplesmente parando de fazer onda no lago.

- Como assim não chora? – perguntou Hermione – todos choram.

- Draco não – disse Agatha e eles perceberam tristeza em seu olhar – ele não chora há muitos anos.

- Como assim? – perguntou Harry – por quê?

Agatha nunca contara essa historia pra ninguém, isso era muito pessoal e doía muito lembrar, mas, ela respirou fundo e disse:

- Eu vou contar uma história pra vocês, é difícil pra mim, mas, vocês precisam saber – Gina segurou as mãos de Agatha dando incentivo e essa sorriu – Vocês sabem que o meu pai é um dos chefes do Departamento de Cooperação Internacional em Magia, além de ele interagir com pessoas estrangeiras, ele também tem que saber dos hábitos trouxas.

- Por isso vocês têm uma casa em um bairro trouxa. – comentou Rony.

- Isso – continuou Agatha – Bem, vocês sabem que Draco cresceu comigo, então por várias vezes ele ficava comigo na minha casa trouxa. Obviamente nós tínhamos vizinhos trouxas e um dos filhos deles Andrew... – Agatha soltou uma lagrima – ele tinha a nossa idade e brincávamos juntos, Draco brincava com ele escondido do Sr. Malfoy, nós éramos muito grudados, ele era o melhor amigo do Draco...

- Difícil imaginar o Malfoy com um melhor amigo trouxa – comentou Rony emburrado.

- Pois era assim Rony – disse Agatha tristemente.

- O que aconteceu Agatha? – perguntou Mione.

- Um dia quando brincávamos no jardim – continuou – Andy desmaiou, ficamos desesperados, e então levaram ele para o hospital, o médico disse que ele tinha um tumor no cérebro e eles não podiam operar, podia ser perigoso, então eles fariam tratamento com medicamento, continuamos agindo normalmente, brincando, sorrindo, aprontando, mas, os desmaios eram freqüentes, até que um dia, ele não acordou mais... – Agatha chorava e entre as lagrimas ela continuou – ficamos em pânico, Draco ficou inconsolável. Em meio a tudo isso o Sr. Malfoy que descobriu que Draco brincava escondido com o Andy e agora chorava pela morte dele, disse que era isso mesmo que acontecia com pessoas inferiores a eles, trouxas que nem ao menos puderam salvar uma criança, disse que trouxas sempre seriam inferiores e nunca igual a eles. Depois disso Draco passou a desprezar os trouxas e nascidos trouxas. No dia em que Andy morreu foi a ultima vez que eu vi o Draco chorar. Eu acho que ele nunca mais teve um motivo suficientemente forte pra chorar outra vez.

- Quantos anos vocês tinham quando ele morreu? – perguntou Harry.

- Oito – respondeu Agatha entre as lagrimas – Ele nunca perdoou os médicos trouxas por não terem salvado o Andy. Depois disso ele se apegou muito mais a mim, sei lá, querendo proteger, mas, ele ficou muito chato, quero dizer, ele sempre foi arrogante, mas, depois disso ele ficou incrivelmente preconceituoso.

- Por isso todo aquele preconceito com os nascidos trouxas – disse Gina – foi como um trauma e o Sr. Malfoy ajudou nisso.

- Por favor, não digam pra ele que eu contei – disse Agatha com os olhos muito vermelhos.

- Não se preocupe – disse Mione enxugando as lágrimas dela.

          - Mas ele confia muito no Zabine – disse Agatha agora sorridente – Hoje ele é o melhor amigo do Draco, eu fico feliz que ele possa confiar em alguém de novo depois do que aconteceu.

          Ninguém saberia dizer, mas, podiam jurar que Harry se mexeu desconfortavelmente ao ouvir sobre o Zabine.

***

As garotas acordaram cedo e felizes no outro dia para fazer as compras. Quando desceram para o salão comunal, Harry que estava sentado em uma poltrona pediu pra falar a sós com Agatha. Mione e Gina disseram que a esperaria no salão principal pra tomar café.

- Pode falar – disse Agatha o mais normal possível.

- Eu não consegui falar com você depois do que aconteceu entre a Cho e eu – começou Harry segurando as próprias mãos.

- Eu sabia que vocês ficariam juntos mais cedo ou mais tarde – disse Agatha fria – Era só uma questão de tempo.

- Isso não quer dizer que eu deixei de te amar – disse Harry rapidamente.

- Eu não me lembro de ter te pedido explicações Harry – disse Agatha sarcástica – Você é livre e pode ficar com quem quiser. Simplesmente como eu disse ano passado, se eu visse que você tinha alguma oportunidade de ficar com ela, eu me afastaria, e foi o que eu fiz, percebi isso tarde demais ou talvez eu não quisesse perceber... Você quer falar mais alguma coisa?

- Não – disse Harry baixinho.

- Te vejo mais tarde então – Agatha virou e saiu pelo buraco do retrato.

- Que foi? – perguntou Hermione quando Agatha se sentara ao lado de Gina – por que está com essa cara?

- Nada – disse Agatha pegando uma torrada.

- Você está assim por causa do Harry – afirmou Gina.

- Não claro que não – disse Agatha aborrecida.

- Está sim – disse Gina revirando os olhos – eu posso sentir que está.

Agatha ia abrir a boca pra retrucar, mas, resolveu ficar quieta, ela sabia que não podia esconder sentimentos de Gina, pois, Helga foi à melhor amiga de Rowena e elas se conheciam muito bem.

- Bem – começou Agatha mudando de assunto – já pensaram em uma fantasia?

- Não. Eu nunca fui boa nisso – disse Hermione desanimada.

- Tenho alguma coisa em mente – disse Gina, mas, tenho que olhar primeiro. E você?

- É uma fantasia bem trouxa – disse Agatha sorrindo pela primeira vez – me lembra a infância. Vocês vão ver.

Depois de terem tomado o café, as garotas rumaram para Hogsmeade e começaram as compras, nenhuma loja ficou sem a presença das três que não se decidiam.

- Agatha espera – gritava Mione carregada de sacolas igualmente seguida por Gina – Por que tanta pressa?

- Estou procurando uma loja em especial – dizia Agatha sorridente observando varias lojas de Hogsmeade.

- Por que você não diz o que você procura assim nós podemos ajudar – disse Gina cansada, elas já haviam rodado Hogsmeade inteira atrás das fantasias perfeitas, apesar de Hermione ter relutado um pouco em comprar a sua, mas, Gina e Agatha disseram que ficara muito bonita e que Rony cairia pra trás ao vê-la, foi ai então que ela aceitou comprar.

- Já achei – disse ela apontando pra uma joalheria – me esperem um minuto eu já volto – entrou.

- Será que ela vai comprar alguma coisa pro Simas? – perguntou Mione ofegante.

- Sei lá – disse Gina aborrecida – eu ainda não acredito que ela aceitou ir com ele no baile.

- Qual o problema? – perguntou Mione encostando na parede – ele é legal e é bonito também.

- Eu imaginei que... – Gina hesitou – que...

- Harry? – perguntou Mione – Harry está com a Cho agora, o normal é que eles vão juntos. E Agatha não ia desmarcar com Simas pra ir com o Harry.

- Você acha que ela ainda gosta dele? E ele dela? – Gina perguntou tentando se manter normal.

- Agatha ama o Harry sempre o amou – disse Hermione – E ele tem que descobrir por quem o coração bate mais forte, se pela Agatha ou pela Cho. Mas quer saber a minha opinião?

- E qual seria? – perguntou Gina.

- Se ele descobrir que ama verdadeiramente a Agatha vai ser tarde demais.

- Você acha que a Agatha não voltaria com ele? – perguntou Gina mais interessada.

- Com certeza Agatha não voltaria com o Harry – disse Hermione suspirando – ela é muito orgulhosa pra fazer tal coisa. Você gosta do Harry não é? – Hermione perguntou de repente.

- Quem não gosta do Harry? – perguntou Gina com um sorriso sem graça.

- Você me entendeu. – disse Hermione baixinho – Você o ama não é? Eu sei Gina, eu vejo como o olha.

Gina suspirou.

- Tudo bem eu admito. Mas ele nunca olharia pra mim – disse deprimida. – E além disso Agatha gosta dele.

- Agatha não voltaria com ele – disse Mione cúmplice – Aposto que ela nem ligaria se fosse você. Não entendi por que você aceitou namorar o Dino.

As duas ficaram em silêncio, Gina evitando olhar para Hermione.

        - Eu gosto muito da Agatha – disse Gina depois de um tempo – sempre admirei o comportamento dela, quero dizer, ela é linda, inteligente, popular, mas, ela não deixa de ser humilde. Queria ser mais como ela...

Gina foi interrompida pela porta da joalheria que acabara de ser aberta, de lá saiu Agatha com uma aparência alegre carregando duas caixinhas de veludo preto nas mãos.

- São pra vocês – disse ela entregando uma caixinha pra cada uma – espero que gostem.

- Mas Agatha por que...

- Abram logo suas bobas – disse Agatha ansiosa.

Gina e Mione abriram as caixinhas e se depararam com uma pulseira de ouro, a pulseira de Gina era de ouro e tinha algumas pequenas pedras de Rubi, em uma parte lisa da pulseira tinha as inicias G.W. Já a de Hermione, tinha algumas pedras de safira e na parte lisa da pulseira havia as iniciais H.G.

- Gostaram? – perguntou Agatha apreensiva.

- São lindas! – exclamou Gina.

- Mas devem ter sido caras Agatha – disse Mione admirando as pulseiras.

- Não me importa – disse Agatha feliz – eu comprei por que vocês são as minhas melhores amigas, olha a minha é igual – disse ela mostrando uma pulseira no pulso, que também era de ouro, porém, com algumas pedras de esmeralda e as iniciais A.R.

- Você disse que também sou sua melhor amiga? – perguntou Gina admirada.

- Claro – disse Agatha como se fosse obvio – Gina você é tão legal e você me conhece bem, você sente as mesmas coisas que eu, você me compreende, eu não sei dizer ao certo, mas, você me completa de uma forma diferente é como se fossemos irmãs, não sei se tem alguma coisa a ver com Helga e Rowena, mas, é isso que eu sinto.

Gina ficou boquiaberta com o que acabara de ouvir, realmente ela não esperava por isso. Ela que sempre ficara fora de tudo, ela que nunca conseguia se infiltrar no quarteto fantástico que sempre foram Harry, Rony, Agatha e Hermione e nem ao menos quando Draco se juntou a eles e formou o trio de ouro que era Harry, Agatha e Draco, mesmo ela também sendo uma herdeira, ela se sentia de fora desse grupo, claro como eles iriam querer alguém como ela? Harry é tão corajoso, Mione é inteligente, Agatha auto-suficiente, Rony engraçado, Draco astuto e ela? O que ela seria? A Weasley fêmea como era chamada? Sempre se perguntara se ela sempre seria a excluída, se ninguém confiaria nela o suficiente, mas, agora era diferente ela tinha um grupo, mas propriamente dito, ela fazia parte de um trio e só foi se dar conta agora. Gina ficou tão feliz que a única forma de agradecer, foi em abraçar as suas amigas, amigas esse é o nome, ela tinha amigas, mas, não eram amigas qualquer, ela tinha melhores amigas.

- Nossa Gina! – exclamou Mione debaixo dos cabelos vermelhos de Gina – o que deu em você?

- Só me emocionei – disse ela sorridente – obrigada Agatha, a pulseira é linda.

          - Sempre que nos virem usando essas pulseiras, as pessoas vão dizer, olha lá, aquelas são verdadeiras amigas, tudo bem é meio brega, mas, é isso ai – disse Agatha ajudando as garotas a colocarem as pulseiras – nunca deixem de usar, mesmo se nós brigarmos ou nos afastarmos, elas significam o carinho que eu tenho por vocês.

***

Draco e Blásio estavam nos jardins de Hogwarts, observando os alunos do primeiro ano correrem de um lado pro outro atrás das folhas das árvores como se fossem tontos. Draco observou também Harry e Rony deitados preguiçosamente de barriga pra cima do outro lado do jardim, mais a frente sentada em um banco estava Cho Chang com duas amigas, esta parecia meio aborrecida por Harry não lhe dar atenção.

- Ele não gosta dela – comentou Blásio de repente, Draco teve que pensar por um momento pra entender de quem Blásio falava.

- Por que você acha isso? – perguntou Draco olhando de Cho para Harry.

- Se gostasse estaria dando mais atenção a ela – deu um sorriso debochado – ele não tratava a Ridgeway assim, ele praticamente beijava o chão que ela pisava.

- O Potter é meio lento – disse Draco sorrindo sarcástico – quando se trata de mulher, não precisa ser amigo dele pra perceber.

- Verdade – disse Blásio com uma gargalhada – no entanto você...

- No entanto eu, um Malfoy já nasce sabendo – disse Draco cínico.

- É nem precisou convidar ninguém para o baile ao contrário foi convidado – comentou Blásio observando um garoto dando de cara num tronco de árvore – Emilia não se contem de alegria.

- Por um momento eu me esqueci que tinha de convidar alguém – disse Draco simplesmente.

- É parece que você está um tanto ocupado ultimamente – disse Blásio sarcasticamente.

- O que você quer dizer com isso? – perguntou Draco normalmente. Ele admirava o seu amigo, ele era incrivelmente observador e inteligente, por isso ninguém melhor que ele recebera a posição de melhor amigo de Draco Malfoy.

- Você anda meio distante – disse Blásio – e diferente. Você não pode mentir pra mim Draco, sou seu melhor amigo, te conheço melhor do que ninguém, outros podem achar que você continua o mesmo, mas, eu sei que não. Você beijou a Weasley fêmea e eu sei que não foi só pra provocar os Grifinórios e também não me diga que você está assim só por causa de Você-Sabe-Quem querer que você sirva a ele.

- Realmente não é – disse Draco suspirando – não é só por causa dele, mas, eu ainda não posso te contar, só confie em mim da mesma forma que eu confio em você.

- Eu sempre confio – disse Blásio cansado – se precisar de ajuda, sabe que pode contar comigo.

         - Eu sei.