Herdeiros Dos Elementais - A Descoberta escrita por JessyFerr


Capítulo 4
Capítulo 4 A União Inesperada




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É preciso coragem para crescer e tornar-se o que você realmente é.
E. E. Cumming

Capítulo Quatro

A União Inesperada


Draco saiu da ala hospitalar no dia seguinte após Madame Pomfrey tê-lo forçado a tomar todo o café da manhã. Ele vestiu-se rapidamente e seguiu em direção as masmorras onde se localizava o salão comunal da Sonserina, quando disse a senha se deparou com o salão comunal cheio, viu a um canto, sentados perto da lareira, Blásio, Pansy, Crabbe e Goyle, e perto da janela conversando estavam Emilia, Daphne Greengrass e Teodore.

- Draco! – exclamou Emilia quando ele entrou – Que bom que já saiu. Você está bem?

- Nott – disse Draco sério – No meu quarto agora.

Todos na sala se entreolharam, obviamente muitos ali tinham respeito por Draco, ou será medo? Blásio foi até Teo e o empurrou em direção à escada. Ele respirou fundo e seguiu hesitante a Draco, quando entraram no quarto, Draco fechou a porta e lançou um Abaffiato pra que ninguém os ouvisse, em seguida virou-se e encarou Teodore, este parecia nervoso.

- Você é um idiota. – disse Draco calmamente, era uma afirmação e não uma pergunta, como Nott não disse nada continuou – O que você pensa que estava fazendo?

- Era só uma brincadeira Draco – disse Teo vacilante – não achei que você ficaria tão nervoso. Principalmente sendo a sangue ruim.

- Quem disse que estou nervoso? – perguntou Draco se sentando em uma poltrona e fazendo sinal para que Nott se sentasse em uma de frente a ele.

- Blásio me disse que você estava super irritado no hospital.

- Isso é bem lógico – disse Draco ainda calmo – um balaço me acertou.

- Não era pra acertar você – disse Nott como que pedindo desculpas, que já era muito vindo de um Sonserino – Mas, Draco, parece até que você está preocupado com o que ia acontecer com a Granger, até se atirou na frente.

- E parece que você não pensa – retrucou Draco – na verdade não parece, você realmente não pensa.

- Do que você ta falando? – perguntou Nott fazendo um gesto com a mão como se estivesse espantando uma mosca.

Draco fez a sua melhor cara de insatisfação e disse com azedume:

- Você sabe o que aconteceria se descobrissem que você acertou o balaço de propósito? – como Nott fez cara de interrogação Draco continuou – Você seria expulso do time e teríamos um grande desfalque antes do jogo ou até pior, NÓS NÃO JOGARIAMOS NO PRIMEIRO JOGO DA SONSERINA, E PERDERIAMOS A DISPUTA SEU IDIOTA!  

- Mas não iriam descobrir – disse Teo aborrecido – pensariam que foi um acidente de treino.

- Então me responde – disse Draco sarcástico – o que um balaço, estaria fazendo perto das arquibancadas baixas, se eles são enfeitiçados para perseguirem os jogadores? Eu mesmo respondo. Ou o balaço estava enfeitiçado para acertar garotas sentadas nas arquibancadas baixas ou algum batedor idiota do time da Sonserina rebateu de propósito. Qual você prefere?

- Nossa eu não tinha pensado nisso – disse sem jeito.

- Claro que você não pensou – disse Draco irônico – você nunca pensa. Você deveria estar na Grifinória por que eles agem por impulso e não pensam nas conseqüências, por isso eles nunca têm bons planos.

- Não vai acontecer de novo – disse Nott se levantando da poltrona.

- Claro que não vai – disse Draco se levantando também pra encarar Nott – por que eu estou tirando 15 pontos da Sonserina, e você não vai se esquecer disso.

Nott abriu a boca pra questionar, mas, preferiu não dizer nada, fez um gesto com a cabeça para Draco e saiu do quarto.

Depois que Teo saiu Draco ficou muito pensativo em seu quarto, e então pegou um pedaço de pergaminho e uma pena, escreveu algo rapidamente, prendeu no pé da sua coruja e a despachou. Draco tomou banho e trocou de roupa. Passaram mais ou menos uma hora e Draco desceu, ele iria a Hogsmeade.

- Aonde você vai Draco? – perguntou Blásio que se encontrava sentado em uma poltrona lendo um livro.

- Hogsmeade – respondeu Draco simplesmente se dirigindo a saída.

- Quer que eu vá com você? – perguntou sem tirar os olhos do livro.

- Na verdade não – disse Draco calmo – ainda não.

- Ok. Te vejo mais tarde – disse Blásio continuando a ler. Por isso ele gostava de Blás, ele sim o compreendia, não fazia muitas perguntas.

 Depois de caminhar pra fora dos portões de Hogwarts, ele andou pelas ruas de Hogsmeade até chegar perto da casa dos gritos, e ficou lá encostado em uma árvore com as pernas cruzadas e as mãos nos bolsos, perdido em pensamentos. Ele ouviu um barulho de pessoas se aproximando e disse sem levantar a cabeça:

- Vocês se atrasaram.

- Cinco minutos Draco – disse Agatha.

- Cinco minutos fora do horário marcado é considerado atraso – disse Draco levantando a cabeça para encará-los.

- Sem rodeios Malfoy – disse Harry girando os olhos – por que nos chamou?

- Eu refleti no que você me propôs – disse Draco.

- E o que vai fazer? – perguntou Harry.

- Aceito – disse Draco – mas ninguém pode saber, eu não quero que a minha mãe corra risco.

- E o seu pai? – perguntou Hermione hesitante.

- Meu pai não me importa – disse Draco calmamente – foi ele quem começou com isso. E a propósito vocês foram seguidos.

- Ah o que? – disse Hermione.

- Aquela árvore deve ser bem bonita à noite – disse Draco indicando uma grande árvore ao fundo.

- Quem está ai – gritou Harry deixando a varinha em punho – saia.

Em seguida eles viram, uma garota magra e alta, de cabelos longos e ruivos.

- Gina! – exclamou Rony – o que você está fazendo aqui?

- Bem eu – disse ela se aproximando deles completamente sem graça – eu ouvi vocês conversando no salão comunal sobre se encontrar com alguém perto da casa dos gritos, pensei que poderia ajudar se precisassem.

- Como você ouviu nos falamos baixo? – perguntou Rony irritado.

- Usei as orelhas extensíveis de Fred e Jorge – disse ela de cabeça baixa – me desculpem, mas, eu sempre fico de fora de tudo, eu queria ajudar.

- Ótimo – disse Rony impaciente – agora que você já sabe fique aqui e fique quieta.

- O que Malfoy faz aqui? – perguntou Gina apontando para Draco.

- Eu posso te fazer a mesma pergunta Weasley – disse Draco sarcástico – já que não foi convidada.

- Vamos voltar para o foco – disse Agatha calmamente – temos que decidir o que vamos fazer a partir de agora.

- Bem já que estamos todos aqui – disse Hermione séria – eu queria informar a vocês um plano que eu tive.

- Qual? – perguntou Harry.

- Nós precisamos nos defender – começou ela – e com a Umbridge não vamos conseguir aprender nada, nós precisamos de um professor que saiba sobre as artes das trevas.

- Mas onde nós conseguiremos esse professor? – perguntou Harry confuso.

- Eu estava pensando em você – disse Hermione esperando a reação de Harry.

- O que? – disse Harry surpreso – eu? Você ficou maluca Hermione?

- Na verdade Harry – começou Agatha pensativa – ela está certa, você sabe muito sobre esse assunto.

- Agatha isso é loucura – disse Harry – o que faz vocês pensarem que eu posso ensinar alguma coisa sobre isso?

- Bom – começou Rony – No primeiro ano, você lutou com Você-Sabe-Quem, e recuperou a pedra filosofal.

- Mas isso foi...

- No segundo ano – disse Gina interrompendo – Você me salvou e também lutou contra a memória de Tom Riddle e com um basilisco.

- Ta mais eu tive ajuda e...

- No terceiro ano – começou Agatha – Você sozinho lutou contra centenas de dementadores. Detalhe eles quase sugaram a minha alma aquele dia.

- Eu sei mas...

- Ano passado – disse Draco calmamente – você lutou com ele pessoalmente.

O fato de Draco ter feito essa observação surpreendeu Harry e os outros por um instante.

- Nós apenas te pedimos para nos ensinar o que você sabe Harry – disse Hermione cortando o silêncio.

- Vocês não sabem realmente de nada. – disse Harry irritado – Não é tão simples assim, quase todas às vezes eu tive ajuda, mas, não é fácil quando você vê um amigo seu correndo perigo e só você tem uma chance de salva-lo, eu tive sorte, vocês não sabem o quanto é horrível ver quem você ama em perigo.

- Por isso Harry – disse Agatha se aproximado de Harry – nós precisamos de você.

- Isso não vai dar certo – disse Harry.

- Claro que vai Potter – disse Draco se manifestando outra vez – Você apenas irá ensinar o que sabe, pra que eles possam se defender também.

- Malfoy – disse Harry – e você o que pretende fazer?

- Pegar informações – disse Draco – no próximo ano eu já serei comensal, e eles vão me passar missões e informações, e então eu repassarei pra vocês, quando eu tiver certeza que a minha mãe estará segura, eu mesmo me levantarei contra Voldemort.

- Draco isso é perigoso – disse Agatha – por que você e a Sra. Malfoy não fogem para um lugar seguro?

- Não faz meu feitio Agatha você sabe – disse Draco sério – e por algum motivo a minha mãe está presa ao meu pai, então ela não sairia do lado dele.

- E se eu realmente começar a dar aulas – disse Harry balançando a cabeça – como você vai participar.

- Participar? – perguntou Draco incrédulo.

- Draco você também tem que aprender a se defender – disse Agatha.

- Me defender do que? – perguntou Draco cinicamente – eu sou do mal lembra? Eles não vão me tocar, e, além disso, ninguém pode saber que eu estou do lado de vocês, senão o plano vai por água abaixo.

Todos olharam para Gina.

- O que? – disse ela indignada – eu não vou contar pra ninguém.

- Mais uma coisa. – disse Draco pegando uma pequena faca cravejada com rubis e esmeraldas – Precisamos fazer um pacto de sangue.

- Isso é preciso? – disse Hermione chocada.

- É sim Granger. – disse Draco como se você obvio – Na minha família é feito o pacto de sangue para provar fidelidade.

- Ok – disse Harry – eu faço.

- Agatha você pode dizer as palavras para selar o pacto? – perguntou Draco.

- Por que eu?

- Você é o mais próximo que eu tenho de uma amizade aqui – explicou Draco despreocupado.

- Tudo bem – disse Agatha puxando a varinha – Harry você também tem que escolher um amigo.

Harry olhou para Rony e Hermione, e não conseguiu escolher entre os dois.

- Gina – disse Harry.

- Ok – disse a garota surpresa – mas eu não sei o feitiço.

- Você só vai dizer testamentun confirmatur – explicou Agatha.

Draco pegou a faca e cortou a palma de sua mão, o sangue jorrou imediatamente e ele não fez menção à dor, depois entregou a faca para Harry que fez o mesmo.

Eles estenderam a mão um para o outro e apertaram as mãos como grandes amigos, em seguida Agatha e Gina uma de cada lado, apontaram as varinhas para as mãos dos garotos, Hermione olhava apreensiva.

- Testamentun confirmatur – disseram as duas ao mesmo tempo, imediatamente jorrou um jato de luz das varinhas delas, de Agatha o jato era em tom de azul e bronze, da de Gina era em tom de amarelo e preto. Agatha sentiu um solavanco e se deparou sentada em uma sala ampla, de frente pra ela havia dois homens, o mais próximo, tinha os cabelos negros e lisos até os ombros, se parecia muito com Lucio Malfoy, seus olhos eram azul celeste ele tinha o jeito muito arrogante e superior, o outro tinha os cabelos pretos cacheados até o queixo, seus olhos eram negros se parecia com... Thiago Potter.

- Temos além de tudo – disse o mais próximo que se parecia com Lucio – que decidir que tipo de alunos queremos na nossa escola.

- Obviamente – Agatha se ouvia falando – alunos que desejem aprender, que tenham sede por sabedoria.

- Não Rowena – disse o de cabelos cacheado que se parecia com Thiago para Agatha – temos que ter alunos corajosos ousados com sangue frio.

- O que adianta tanta coragem Godric? – disse uma mulher de cabelos ruivos entrando na sala com uma bandeja de chá e bolinhos – se eles não forem fieis uns aos outros, justos e leais?

- Pra mim Helga – disse os de cabelos cumpridos – somente os sedentos de poder, homens com astucia são merecedores de admissão.

- Meu querido Salazar – Agatha se ouviu dizer para o que se parecia com Lucio – o que adianta ter uma escola se os alunos não desejam sabedoria?

- Poderíamos – começou Helga e Agatha viu uma grande semelhança entre ela e a Sra. Weasley – fazer algum tipo de seleção, nós podemos escolher os nossos alunos separadamente.

- Tive uma idéia – disse Godric, ele tirou seu próprio chapéu de sua cabeça – vamos dar vida a esse chapéu, ele conhecerá a verdade de cada aluno que entrará na escola, pois, ele terá acesso a suas mentes...

Agatha viu um espelho cumprido da parede ao lado, ela não sabia por que, mas tinha que se olhar, ela se levantou e caminhou até o espelho, ao invés de seus olhos verdes, eles estavam muito azuis, seus cabelos negros caiam, em uma trança embutida até sua cintura, ela estava mais velha, se parecia mais com sua mãe. Em seguida, Agatha se sentiu puxar pra fora daquela sala e tudo rodou, ela caiu de costas no meio da grama.

- Vocês estão bem? – perguntou Hermione alarmada, todos os quatro estavam caídos com respiração ofegante – o que aconteceu? Os olhos de vocês saíram de foco e vocês estavam paralisados.

- Eu não sei – respondeu Harry tentando se levantar – foi estranho, eu tive um sonho com...

- Os fundadores de Hogwarts – disse Draco.

- Como você sabe? – perguntou Harry.

- Eu também tive – disse ele.

- Eu também – disseram Agatha e Gina.

- Houve algo errado? –perguntou Rony.

- Não tinha por que dar errado – disse Draco e este parecia irritado – e por que sonhar com os fundadores de Hogwarts?

- Vocês todos tiveram o mesmo sonho com os fundadores? – perguntou Hermione.

- Eu sonhei com eles discutindo quais os alunos poderiam entrar em Hogwarts – disse Gina com a mão na cabeça.

- Mas – disse Agatha – eles me eram familiares, Helga Huflepuff era muito parecida com a Sra. Weasley.

- E Rowena Ravenclaw com a sua mãe – disse Draco pensativo.

- Godric Gryffindor se parecia com Harry – disse Gina.

- Com Thiago Potter – disse Agatha – ele não tinha olhos verdes.

- Salazar Slytherin era muito parecido com... – disse Harry.

- Meu pai – disse Draco.

- O que isso quer dizer? –perguntou Harry.

- Não sei. – disse Hermione pensativa – Isso é muito estranho, mas quando fomos embora, vou para a biblioteca pra tentar descobrir.

“A típica Sabe-Tudo” – pensou Draco.

- Mione não é sabe tudo Malfoy – disse Harry calmamente – ela só quer ajudar.

- Como você soube o que eu estava pensando? – perguntou Draco levantando uma sombracelha.

- O que? – disse Harry confuso.

- Eu pensei nisso – disse Draco – eu não disse.

- Você pensou...

Eles se entreolharam por um momento. O que estaria acontecendo? Harry pode entrar em meu pensamento? Isso é loucura, eu sou um ótimo oclumente nem o senti em meus pensamentos.

“Pode me ouvir Potter?” – perguntou Draco finalmente em pensamento.

“Posso, isso é incrível”

- Dá pra vocês dois pararem de se olharem assim e falar o que está acontecendo – disse Agatha irritada.

- Malfoy e eu podemos conversar pela mente – disse Harry de boca aberta.

- Você quer dizer telepaticamente Potter – corrigiu Draco.

- Mas como? – perguntou Gina ainda no chão.

- O feitiço deve ter dado errado – disse Hermione – não se preocupem eu vou procurar um contra-feitiço...

- NÃO – disseram Harry e Draco ao mesmo tempo.

- Quero dizer – disse Harry sem graça – se o Malfoy quiser...

- Não – disse Draco parecendo distraído – eu não cortei minha mão à toa.

- Verdade. – disse Harry – Vamos deixar como está.

- E o que mais os dois conseguem fazer além de conversarem via mente? – perguntou Agatha irônica, ela odiava o fato de não conseguir entender o porquê das coisas.

- Na verdade Agatha – disse Malfoy sorrindo maliciosamente pra ela – eu posso ver que em baixo da sua roupa você usa um conjunto lilás muito sexy.

- Ah como? – disse Agatha assustada colocando os braços em volta de si.

- Eu acertei? – perguntou Draco espantado – Tava só brincando.

- Você é um idiota. – disse Agatha girando os olhos de raiva – Vem Gina eu te ajudo a levantar, já que não tem um cavalheiro aqui pra fazer isso, por que eles simplesmente ficam conversando telepaticamente.

Quando Agatha pegou na mão de Gina, uma luz azul e outra amarela brilharam ao redor delas.

- Não precisa ficar com medo Helga – disse Agatha para Gina quando esta a ajudara a se levantar – tudo vai ficar bem.

- Rowena – disse Gina para Agatha – você sempre faz eu me sentir melhor.

Elas se soltaram e a luz desapareceu, e os outros as olharam com assombro.

         - Eu preciso mesmo descobrir o que está acontecendo – disse Hermione séria.



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Notas finais do capítulo

Ai está, espero que tenham gostado tanto quanto eu.
Quero desejar a vocês um feliz natal.
Bjos!