Crying In The Rain. escrita por deathcocktail


Capítulo 29
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Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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Começo a correr pelas ruas, intrigado com a situação. Onde estaria Rick? O que aconteceu com ele e com a Charlotte? O que fizeram?

Meus pensamentos foram cortatos por algo que me machucou nas costas. Levei as duas de minhas mãos até o pedaço de madeira nas minhas costas e o arranquei, com dificuldade. Gruni de dor.

Me virei para ver quem era o responsável por essa estaca nas minhas costas. Arregalei meus olhos ao ver a cena.

– Taylor? - Perguntei, minha voz saiu em um sussurro. - O que está fazendo? - Gritei, indignado.

– Eu preciso fazer isso. Ela me pediu para fazer isso. - Taylor respondeu, parecendo um robô.

Cheguei mais perto dela, e Taylor pegou a estaca no chão rapido, cravando em minha barriga, me pegando de surpresa.

Eu cai no chão e olhei para os lados, preocupado se havia alguem olhando, porém eu estava em um beco. Não havia ninguém.

– Você está hipnotizada. - Falei, com convicção. Tirei com dificuldade a estaca de minha barriga. - Quem te hipnotizou?

– Eu preciso te matar. Ela pediu para que eu faça isso.

– Quem, Taylor? - Perguntei, segurando-a pelos braços.

Taylor pega a estaca novamente no chão, agora tentando cravá-la em meu coração. Com dificuldade, consigo fazer força ao contrário.

Jogo Taylor no chão e pego a estaca.

– Sinto muito por isso. - Digo, por fim, batendo o pedaço de madeira em sua cabeça, fazendo com que ela desmaiasse.

Me agachei para visualizar melhor seu rosto. Passei dois de meus dedos gelados em uma de suas bochechas.

Carreguei Taylor em meu colo, levando-a para minha casa.

Ao chegar em casa, empurro a porta com o pé para ela abrir e, sem dificuldade nenhuma, coloco Taylor no sofá.

Dou um grunido de dor, definitivamente Taylor havia me machucado nas costas e na barriga.

Vou em direção à cozinha, procurando uma bolsa de sangue na geladeira e derramando o liquido em um copo.

– O que aconteceu? - Ouvi a voz de minha irmã. Me virei para vê-la, ela olhava para minhas costas ensanguentada, com os olhos arregalados.

Coloquei o copo em cima da pia da cozinha e, com calma, cheguei perto de Katerina.

– É… Não sei. Estava andando pelas ruas e do nada fui atacado nas costas.

– Por quem? - Katerina me pergunta, parecia assustada.

– Por Taylor. - Dei uma pausa. - Ela estava hipnotizada.

Nós dois viramos nossos olhares para o sofá, onde ela estava desmaiada.

Katerina foi em direção à Taylor, sentando ao seu lado e eu sentei na poltrona da frente.

Ficamos em silêncio por alguns segundos, ambos intrigados e confusos com essa história. E então, Taylor acorda, senta na poltrona em um movimento bruto e assustado e gruni de dor, colocando a mão na cabeça.

– É… - Falei, quebrando o silêncio. - Me desculpe por isso. - Disse, apontando para a cabeça um tanto ensanguentada de Taylor.

– O que aconteceu? - Ela perguntou, grunindo de dor.

– Você tentou me matar. - Disse, por fim. - Estava hipnotizada.

– O que? - Taylor gritou, indignada.

– Sim… - Katerina disse, se virando para olhar nos olhos de Taylor. - Quem te hipnotizou?

Taylor ficou calada por alguns segundos, parecia fazer força para pensar.

– Uma vampira.

– Isso é obvio. - Katerina disse, se levantando. Suspirou fundo e olhou para mim, depois para Taylor. - Vou deixar vocês à sós, precisam muito conversar.

Assenti a cabeça para minha irmã, sentando ao lado de Taylor no sofá. Nós dois ficamos nos olhando por alguns segundos, ambos confusos e apavorados.

– Por que existiria algum vampiro querendo me matar? - Taylor deu de ombros.

– Tem certeza que está preparado para isso? - Ouço a voz doce de Leana cortar meus pensamentos. Fecho meus olhos e respiro fundo.

– Sim. Acho que sim.

E então, quando estou prestes a tocar a campainha, esperando confrontar Katerina, algo acontece.

Sinto uma dor muito forte no peito e percebo que fui atingido por um pedaço de madeira.

Ao cair no chão, olho para os lados, avistando um homem forte do qual nunca vi em minha vida.

– James! - Leana corre para me socorrer e o homem me dá mais um tiro, dessa vez na perna.

– James precisa morrer. - Diz o homem.

– Ele está hipnotizado. - Leana falou, enquanto corria rapido em sua direção.

Arregalei meus olhos após lembrar o que aconteceu no Canadá.

– O que houve? - Taylor perguntou, percebendo minha ansiedade.

– Isso já aconteceu antes. - Falei, pausadamente, tentando encontrar alguma explicação. - Um homem havia sido hipnotizado para me matar no Canadá. Mas, só vampiros são capazes de hipnotizar as pessoas. Por que um vampiro quer me matar?

Taylor pensa um pouco. Ficamos em silêncio, enquanto fito seu rosto, esperançoso de que ela achasse alguma resposta para toda essa loucura. E então ela arregala os olhos, me deixando tenso.

– Talvez não seja um vampiro. Talvez ele apenas esteja fazendo o trabalho sujo para alguém, mas… - Taylor pensa um pouco antes de continuar. Ela olha para mim, franze o cenho, intrigada. - Não sei, James. Quem poderia estar querendo te matar?

Pensei por alguns segundos. E então, caiu a ficha. Arregalei meus olhos e olhei atentamente para Taylor.

– Carolline. - Disse, por fim.

– Carolline? - Taylor pergunta, confusa.

– É… Minha meia-irmã.

– Ah, Carolline… - Taylor falou, lembrando-se dela. - Você havia me contado essa história uma vez. Aquela da qual você se apaixonou?

– Sim. Ela é um demônio. - Taylor arregalou os olhos. - E quer me matar.

Corri até o quarto, abrindo a porta e avistando Katerina as carícias de Elena. Não me importei em atrapalhar.

– Carolline.

Katerina se levantou depressa da cama, me olhando e esperando que eu continuasse e assim o fiz.

– Carolline que mandou algum vampiro hipnotizar Taylor para me matar. Ela fez o mesmo com um humano no Canadá.

– Como você pode ter tanta certeza? - Katerina franziu o cenho.

– Não sei. - Fiz uma pausa de um segundo. - Mas é Carolline.

Katerina concordou comigo pela sua expressão.

Cheguei mais perto das duas, sentando-me na cama.

– Você precisa me ajudar a bolar um plano. - Olhei para a porta do meu quarto, onde agora Taylor estava encostada. - Vocês três podem me ajudar. Mas… Eu irei fazer algo antes.

– O que?

Taylor quis saber. Olhei para ela e respondi:

– Rick… Ele está desaparecido.

– Eu vou com você. - Taylor falou, com convicção.

Olhei para Katerina e Elena.

– Eu, com prazer, ajudarei vocês à matar Carolline. - Elena disse, dava para sentir de longe que o desejo de vingança corria em suas veias.

Assenti com a cabeça para as duas, me levantando da cama e puxando Taylor pela mão, indo em direção à casa de Rick.

xxx

– Por que a porta está arrombada? - Taylor perguntou, um tanto confusa.

Continuei andando, em passos lentos, visualizando os cômodos.

– Eu arrebentei ela. Estava definitivamente acontecendo algo errado aqui, e ainda está. Onde ele pode estar? - Perguntei, sem tirar os olhos de todos os cantos possíveis da casa de Rick.

Entrei no quarto de Rick e olhei para o chão. A siringa de verbena estava lá, exatamente onde eu havia deixado assim que a achei.

Comecei a chegar mais perto, porém achei algo que não havia visto antes.

– Que porra que aconteceu aqui? - Perguntei sussurrando, enquanto chegava mais perto da cama.

E lá estava ele. Brilhando com a luz do sol que entrava pela janela.

Peguei o objeto na mão, olhando-o de perto. Me virei para Taylor, que estava com uma expressão apavorada no rosto, assim como a minha.

– Por que Rick deixaria seu anel solar em casa? - Ela perguntou, com a voz um tanto trêmula.

– Exatamente. - Respondi, firme. - Ele não deixaria.

Comecei a andar rapido pelos cômodos, até sair da casa dele, indo em direção à minha novamente.

– James, espera! - Ouvi Taylor chamar, ouvia também seus passos tentando acompanhar os meus.

Não respondi, continuei a correr rapido, e ela segurou em minha mão para me acompanhar.

Entrei em casa quase que quebrando a porta. Entrei no quarto de Katerina onde lá estava ela com a namorada, com uma folha na mão e canetas, provavelmente planejando um plano.

Mas que se foda o plano.

Virei Katerina bruscamente para me olhar e estendi o anel solar.

– O que é isso? - Kat perguntou, um tanto confusa. Via a mesma expressão em Elena.

– O anel solar de Rick, Katerina. Me ajude. Algo aconteceu.

– O que posso fazer? - Minha irmã perguntou, já se levantando da cama e pegando o anel da minha mão.

– Consegue fazer um feitiço de localização com o anel? - Katerina balançou a cabeça positivamente.

– Então, vai. Vou esperar na sala.

Falei, claramente estava aflito e comecei a andar pensativo, em passos tensos, até a sala. Taylor me acompanhou. Ela sentou ao meu lado e pegou em minhas mãos.

Olhei em seus olhos que ora eram azuis, ora eram verdes. Ficamos nos olhando por alguns segundos, ambos estávamos tensos. Eu mais que ela.

– Vai ficar tudo bem. Ele sobreviverá à isso. - Taylor disse, quase que sussurrando. Ela levou dois de seus dedos até meu rosto, acariciando-o. - De alguma forma, todos nós sempre sobrevivemos. Né? - Ela sorriu de leve e eu fiz o mesmo.

Não sei o que aconteceu, mas tive uma nostalgia nesse momento. Da época que eu sabia que ela me amava. Que eu sabia que eu era amado. Como ela me tratava com tanto carinho e eu só tinha meus pensamentos ligados à Leana e seu estranho desaparecimento.

Parecia que Taylor também estava tendo uma nostalgia, pois nossos rostos estavam chegando cada vez mais perto um do outro, já conseguia sentir sua respiração.

Selei meus lábios aos dela, com cuidado, carinhosamente. Ia começar um beijo, e parecia que Taylor ia me responder.

Ia, pois Kat e sua namorada entraram na sala nesse momento.

– Gente, Rick está… - Elena começou a falar, esbaforida. Porém ela parou quando nos viu e nós olhamos para ela, estava envergonhada. - É… Me desculpe atrapalhar.

Me levantei do sofá e olhei para Taylor sentada, esboçava um sorriso tímido e suas bochechas estavam vermelhas.

– Fala, o que houve? - Perguntei, olhando para Katerina e Elena.

– Ele está na Califórnia. - Katerina disse, por fim. - Não consigo chegar tão longe, é o máximo que eu consigo.

– Mas a Califórnia é enorme! - Disse, andando de um lado para o outro, aflito.

– Bom… - Katerina continuou. - Pelo mapa, parece que ele está em Huntington Beach.

Parei por alguns segundos, indo até o sofá, onde minha jaqueta estava jogada.

– Ok. Então eu irei para Huntington Beach, enquanto vocês planejam um jeito de acabar com Carolline, assim que eu voltar com o Rick.

Katerina e Elena assentiram com a cabeça, e Taylor levantou do sofá, puxando meu braço, fazendo com que eu a olhasse.

– James… Eu vou com você.

Nossos olhos se cruzaram e por alguns segundos fiquei olhando seus lábios, ela fazia o mesmo comigo.

Olhei seus olhos novamente e respondi, por fim:

– Não, Taylor. Fique, não quero que se machuque.

– Não quero que se machuque também. Você não deveria ir sozinho. - Ela falou, parecia preocupada.

– Eu não vou me machucar.

– Concordo com a Taylor, James. - Ouvi minha irmã falar, e me virei para olhá-la. - Você não deveria ir sozinho.

Fiquei calado por alguns segundos. Bufei, eu sabia que eu não deveria ir sozinho. Mas não tinha escolha, Katerina precisava bolar um plano com Elena e não poderia correr o risco de deixar que Taylor se machucasse por minha culpa.

Todos na sala ficaram em silêncio, até uma voz, conhecida, que eu me arrepiava ao ouvi-la, entrou na conversa, vindo da porta da sala:

– Eu ajudo. - Todos olharam em direção à porta, e então eu avistei Leana. Estava encostada na parede, apenas observando a conversa.

– Me ajuda? - Perguntei e franzi o cenho. Leana deu um sorriso torto, e me fez sorrir da mesma forma também.

– É claro, James. - Ela deu uma pausa para molhar os lábios antes de continuar. - Eu sempre vou te ajudar. E, também… É o Rick.

Leana falou, com a voz firme, por fim.



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Notas finais do capítulo

Eaí? Já tenho idéias para o próximo capítulo, só não sei ainda quando irei poder escrevê-lo e postá-lo, devido o pouco de tempo que eu estou tendo esses dias.
Obrigada pela atenção. :)