Crying In The Rain. escrita por deathcocktail


Capítulo 27
She blew my mind behind the wrecking machine.


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura meus amores!



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Oi! Eu não morri! HAHAHA. Sentiram minha falta? Pois eu senti muito a falta de vocês.

Mais uma vez, mil desculpas por fazerem vocês esperarem tanto. Eu tento postar um capítulo a cada semana, mas não sei se isso será sempre possível, pois eu estou com muitas tarefas para fazer essas semanas e, além do mais, preciso de idéias.

Graças a Deus, ontem, quando estava refletindo tomando banho (e_e) tive a ideia dos próximos capítulos. HAHA.

E, além de ter idéias, eu preciso ter inspiração, se não todos os capítulos iriam sair péssimos.

Então, mais uma vez me desculpa. Espero que gostem e que ainda estejam acompanhando essa fanfic que eu faço com todo meu carinho e dedicação para vocês!

Obrigada por tudo.

Divirtam-se, haha.

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Alguns segundos depois que Brian saiu da minha casa, suspirei de cansaço. Precisava de uma bebida.

Fui andando, devagar, com passos cansados, até o open bar em que Leana trabalha. Ao entrar, logo a vi.

Não esperava encontrá-la nesse horário. Pensei em recuar, ir para casa. Mas resisti, fui forte. Fiquei fitando Leana por alguns segundos, ela estava linda. Como sempre.

O cabelo negro em um rabo de cavalo com apenas alguns fios caindo pelo seu rosto pálido e um vestido preto sem alça justo em seu corpo. Ela estava concentrada, porém sorridente, servindo seus clientes. Mas algo em seu olhar parecia estar… Diferente.

Parecia que Leana estava decepcionada, cansada, por trás daquela máscara sorridente.

Me dei conta que ainda estava parado na porta do bar, apenas observando-a. Leana me viu, e nossos olhos cruzaram por alguns segundos e senti um frio estranho na barriga. Fiquei sem graça e logo desviei meu olhar para o chão, entrando enfim no bar.

Sentei em uma das mesas, um pouco longe de todos.

– O que você vai querer? - Ouvi a voz feminina de alguém, olhei para a garçonete loira e sorridente na minha frente.

– Me ve o seu melhor whisky, por favor.

Ela sorriu e voltou ao balcão. Enquanto esperava, não conseguia tirar meus olhos de Leana, menos quando a mesma me olhava de relance, e então eu desviava meu olhar.

Isso era ridículo, parecia um adolescente quando se tratava dela.

– O que há entre você e o garoto de olhos azuis chamativos?

Ouvi, de longe, no meio de tantas conversas, a voz daquela garçonete que havia me atendido. Graças a minha audição apurada, pude me concentrar e ouvir o resto da conversa.

– Ah… Eu fiz uma besteira muito grande.– Reconheci a voz de Leana. Ela suspirou antes de continuar a falar. - E agora ele me odeia.

Levei dois de meus dedos até meus blocos oculares, apertando-os com um tanto de força.

– Seu whisky. - Ouvi uma voz feminina e olhei para o lado, a garçonete que antes estava falando com a Leana agora estava me servindo.

Tomei meu whisky rápido e me levantei, ficando um tanto tonto. Sai do bar, não olhando para trás, porém tinha certeza de que Leana fitava minhas costas, conseguia sentir o peso de seu olhar em mim.

Quando abri a porta de casa, acendi a luz, estava tudo apagado e escuro. Muito quieto. Suspirei e entrei, indo em direção à cozinha, onde tirei uma garrafa de vinho, um Jack Daniel’s e algumas cervejas.

Levei tudo de uma vez para a mesa da sala, onde comecei a tomar.

Depois de uma hora e meia, comecei a me sentir embriagado, o alcool estava começando a fazer efeito, mas não apenas com a tontura, com a depressão também.

Senti algo quente escorregando pelo meu rosto e então eu percebi que eram lágrimas.

– Eu tenho medo de me apaixonar desde então. - Ouvi Leana falar, ela olhava de um jeito penetrante para os meus olhos. Não desviei o olhar, continuei olhando-a da mesma forma.

Nós dois ficamos em silêncio por alguns segundos, eu estava respirando um tanto devagar, porém eu estava agitado. Não sei, mas essa mulher fazia com que eu me sentisse um adolescente.

– Eu também, Le. Porém isso aconteceu. - Falei, por fim. Perguntando para mim mesmo se eu deveria mesmo ter falado aquilo. A verdade é que, eu não conhecia Leana. E eu tinha me apaixonado de uma maneira tão rápida que nem eu acreditava.

Ficamos alguns segundos em silêncio, e a próxima reação de Leana me dava medo.

Dei um sorriso torto e senti minhas bochechas corarem. As delas fizeram o mesmo.

Puxei Leana pela cintura para colar nossos corpos, então senti seus braços entrelaçando meu pescoço e também senti seus lábios macios e doces no meu.

E então, não tive mais medo de sua reação, e Leana foi exatamente o que eu queria que fosse naquela noite.

Minha.

Enxuguei minhas lágrimas e ri por alguns segundos. Quem poderia adivinhar que aquela doce mulher era uma vampira e no que ela ia transformar minha vida depois daquela noite?

Ouvi passos e risadas femininas um tanto altas, enquanto chegavam perto de minha porta. Katerina e Elena, eu presumo.

Tentei esconder minha cara de choro e tomei o ultimo gole da minha cerveja e fiquei olhando em direção à porta, onde rapidamente se abriu, mostrando minha irmã e a namorada.

– Eaí James. O que fez o… - Katerina foi me perguntando enquanto entrava, mas logo parou ao ver minhas garrafas em cima da mesa. - Ahm… Amor. - Minha irmã se virou para Elena - Você pode tomar banho e me encontrar no quarto?

Elena assentiu a cabeça e me olhou, algo em seu rosto parecia expressar pena.

– Melhoras, James. - Elena disse para mim, antes de seguir para o banheiro. Dei um sorriso torto, porém fraco e cansado.

– Alcool, é assim que você controla suas ânsias? - Minha irmã perguntou, um tanto ironica. Parecia estar tentando me fazer rir. Dei um sorriso fechado, porém não deixava de ser um sorriso.

– É. Preciso controlá-las se vou morar com duas garotas que tem muito sangue bombeando pelo corpo. A menos que queira que eu tire a veia de sua namorada fora. - Respondi, em tom ironico, porém de brincadeira. Ela deu um sorriso acompanhado com uma risada de um segundo.

Katerina sentou ao meu lado e o ar de tensão dominou e nossos sorrisos se fecharam. Ficamos em silêncio, apenas se olhando. Ela fez com que eu deitasse minha cabeça em suas pernas, e assim o fiz.

– O que houve dessa vez? - Katerina perguntou, quebrando o silêncio, enquanto passava a mão em meus fios de cabelo bagunçados e pretos.

– Leana. Como sempre.

– O que aconteceu dessa vez? James… - Katerina falava, um tanto indignada. Algo me dizia que ela achava totalmente idiota eu ficar assim por ela. - Leana apenas está sumida. Precisa de um tempo para ela mesma, e… Eu tenho certeza de que ela te ama. Ela irá te dar noticias em bre…

– Leana beijou Brian. - Falei, minha voz saiu rouca. Olhei para Katerina, que parecia indignada. Ficamos em silêncio por alguns segundos, ela não disse nada, apenas me olhava com pena. E eu odiava isso. Engoli em seco e continuei. - Quando eu mais precisava dela… Leana me virou as costas.

Katerina continuou a brincar com meus fios de cabelo, e falou, com a voz pausadamente e calma:

– Dê tempo ao tempo, e aí vai descobrir se ela te merece ou não, James. Mas… - Ela parou por alguns segundos. - Agora nós temos prioridades para cuidar.

– Que prioridades? - Quis saber.

– Você tem um porão? - Franzi o cenho com a pergunta de Katherina.

– Sim.

– Me mostre.

Me levantei e fui até a cozinha e abri uma porta um tanto escondida. Ela estava um pouco emperrada, e eu tive que fazer força. Abrindo a porta, revelava uma escada em caracól grande.

Desci com Katherina atrás de mim e então paramos por alguns segundos para vizualizar o porão. Tinha algumas prateleiras com algumas ferramentas das quais eu não usava. Um frigobar com bolsas de sangue dentro. Uma mesa e uma cadeira no canto.

– Bom… Sente-se, por favor. Vou falar com a Elena e já volto. Me espere.

Estava um tanto intrigado e confuso, porém assenti com a cabeça e a obedeci.

Enquanto esperava Katerina, não conseguia parar de pensar em Leana. Porém, afastei meus pensamentos quando ouvi passos descendo as escadas, era Katerina.

– Que bom que não demorou. - Falei, quase não reconheci minha voz, estava fraca e saiu em um sussurro. Engoli em seco.

Tentei me levantar da cadeira mas, por algum motivo, não conseguia me movimentar.

– Kat… - Falei, impaciente. - O que está acontecendo?

– Eu fiz um feitiço para você ficar preso na cadeira. - Ela falou, enquanto estendia a mão para minha direção. - Não se preocupe, estou tentando te ajudar a parar de ter ânsias com sangue.

Assenti com a cabeça. Estava sentindo um tanto de medo, mas era Katerina. Minha amada irmã. E então, em questão de segundos, o medo passou.

– Bom… - Ela continuou falando, enquanto chegava perto de mim com passos calmos e alisava meus fios de cabelo. - Eu vou entrar na sua mente, fazendo com que você se sinta sem sangue humano. Você vai apenas delirar, talvez seja um pouco doloroso. Mas é preciso, ok?

Engoli em seco, respirei fundo e assenti.

Katerina começou a fazer pressão com as mãos em minha cabeça e começou a falar:

– Você está um mês sem sangue. - É inexplicável, porém comecei a me sentir fraco e faminto. - Um ano sem sangue… - Minhas mãos começaram a enfraquecer, assim como meu corpo todo. Meu estômago estava roncando e minha barriga se contorcia. - Dois anos… - A dor começou a ficar insuportável e eu comecei a gritar, estava morrendo de fome, e ouvir o sangue de Katerina perto de mim não melhorava a situação. - Shii… - Kat falou, enquanto brincava com meus fios de cabelo, uma forma de tentar me acalmar, eu presumo. - Três anos… - Ela continuou falando, e eu já estava me sentindo fraco demais para lutar, mas a dor permanecia, cada vez pior. - Uma década.

Quando ela conseguiu entrar em minha cabeça, falando que eu estava durante dez anos sem sangue, comecei a sentir cada musculo e veia do meu corpo se paralizar, a dor estava passando, porém eu estava ficando duro.

– James… - Katerina foi até a minha frente, olhando para mim. Ela arregalou os olhos. - James, está tudo bem? James, volte ao normal!

Eu tentava me convencer de que era tudo algum tipo de hipnose, porém não conseguia. Estava cada vez sentindo meu corpo endurecer, cada vez me sentindo mais… Morto. Eu sei que eu era um morto-vivo, mas agora eu estava mais perto da morte… Do que da vida.

– James! - Katerina gritava, porém não conseguia respondê-la de nenhum jeito.

E então foi ai que minha respiração parou, e eu apaguei.


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Notas finais do capítulo

Eai? O que acharam?



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