Crying In The Rain. escrita por deathcocktail


Capítulo 26
Just makes a hard loving man.


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura.



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Primeiramente, eu quero me desculpar pela demora pra postar esse capítulo. Eu sei que eu demorei, mas minhas aulas já começaram e eu to começando a ficar sem tempo. Sem contar dos problemas do dia a dia né, HAHA.

Bom, mas aqui está o capítulo. Ainda não fiz o capítulo 27 e não sei quando pode ficar pronto. Talvez logo, talvez não.

Me desculpe, mas farei o máximo para ficar pronto logo.

Bom, eu fiz com muito carinho esse capitulo e espero que gostem, e me digam o que acharam. Aceito críticas, elogios e sugestões.

Com amor,

Denise Miranda.

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Não sei exatamente por quanto tempo corri, e então parei em uma floresta qualquer. Fiquei alguns segundos apenas olhando o horizonte e pensando.

Pensando em Leana. Em Brian. Como ela pôde fazer isso comigo?

Primeiro me abandonou quando eu mais precisava dela e, ainda beijou Brian na minha ausência. Brian.

Isso não tem perdão.

De repente, fechei o punho e bati com força na árvore que estava em minha frente. Aquela floresta estava silênciosa, a menos por algumas risadas de alguns adolescentes.

Segui as risadas e conversas, até avistar uma fogueira, algumas garotas e rapazes comendo marshmallow. Comecei a sentir as veias brotarem em meu rosto.

Não queria machucá-los, mas eu estava com fome. E raiva, muita raiva.

De repente, não me importava mais em machucá-los ou não. São humanos. A vida humana é curta e insignificante.

Corro rapidamente, chegando perto deles. No inicio demoram um pouco para entender.

Olhei todos os rostos, um por um. Todos assustados, pensando o que poderia acontecer.

E então, vejo um casal se abraçando. Começo a chegar mais perto deles.

– Por favor, - O garoto fala em meio de um sussurro, sua voz estava falhando e eu sentia todos os membros do seu corpo tremendo - não faça nada com ela, eu imploro.

Dou uma gargalhada irônica.

– Ela vai arrancar seu coração, todas as mulheres são assim. - Disse, chegando mais perto do garoto, ele me olhava nos olhos, pedindo piedade. - Deixe-me fazer isso por ela.

Enfiei uma de minhas mãos contra seu peito, arrancando seu coração e, em seguida, comecei a chupar todo sangue de seu corpo, pelo seu pescoço.

Todos gritaram, o que fazia com que eu sentisse mais vontade de me alimentar. De matar.

Todos corriam, mas eu era mais rápido e os alcançavam. Adolescente por adolescente.

Todos mortos no final.

xxx

Agora eu estava andando normalmente pelas ruas do Canadá, apreciando o sol tímido que aparecia no céu e as ruas, com algumas pessoas já acordadas.

Comecei a lembrar-me dos adolescentes que eu matei à noite e não conseguia sentir nenhum pingo de ressentimento, culpa. Nada. Eu não sentia nada.

Por um lado, isso me preocupava. Mas dei de ombros, melhor assim. Sem sentir nada, talvez também não sinta tanta falta de Leana.

Lembrar-me de Leana fazia com que eu sentisse algo apertado na garganta. Ela beijou Brian, ainda não havia caído a ficha totalmente.

Toquei a campainha daquela tão conhecida casa e suspirei fundo, esperando. Porém, a pessoa que abriu a porta não foi bem quem eu gostaria de ver.

– Carolline. - Falei ríspido.

Ela deu um sorriso cínico.

– O que você quer?

– Katherina está?

– Sim. Vou chamá-la. - Carolline me olhou de cima para baixo, mordendo o lábio inferior numa tentativa sexy de me deixar com vontade. Olhei para ela com uma cara de tédio misturada com impaciencia.

Vi Carolline desaparecer pelas escadas e Katerina logo desceu. Parecia pensativa.

– James… - Ela começou a falar, abrindo um sorriso pequeno.

Enfiei uma de minhas mãos no bolso, pegando o papel que estava lá dentro. Hesitei por alguns minutos, mas finalmente o estendi, mostrando para ela.

A expressão de Katerina mudou, mas não consegui entender muito bem. Ela leu o papel e me olhou, um tanto apavorada.

– James…

– Por que, Katerina? Pensei que nós não tinhamos segredos.

– Mas eu tentei te contar.

Abaixei a cabeça e fiquei assim por alguns segundos, apenas pensando. Levantei novamente e olhei em seus olhos, enquanto ela também olhava nos meus.

– Obrigado pelo anel. - Falei dando um sorriso torto e comecei a andar sem rumo novamente. Não sabia mais o que falar, apenas queria ter certeza que foi ela.

Ouvi uns passos atrás de mim e uma mão leve e gelada em meu ombro. Virei-me e avistei Katerina.

– Deixe-me ajudá-lo.

Franzi meu cenho.

– Me ajudar em que?

– Eu sei que você precisa de minha ajuda. Você é as piores partes de um vampiro. Deixe-me ajudá-lo a ser as melhores partes.

– Eu não quero.

– James… Eu te conheço pela minha vida inteira. Eu sei que você quer.

Ficamos em silêncio por alguns segundos.

Balancei a cabeça, brotando um sorriso tímido em meus lábios.

– Ok. Mas não vou morar no Canadá. - Parei por alguns segundos, segurando suas mãos. - More comigo.

Ela sorriu.

– Posso levar minha namorada para morar com a gente? Ela sabe sobre vampiros, demônios, bruxas… Tudo. E leva numa boa.

Sorri.

– Claro que pode. Vou morar com duas lésbicas, sonho de qualquer homem.

Nós dois gargalhamos.

xxx

– Bom, esse daqui vai ser seu quarto com Elena. - Abro a porta, mostrando um quarto simples, mas confortável. Com uma cama de casal grande.

Katherina sorri e me abraça, sussurrando um “obrigada”.

Fui até a sala e me joguei no sofá, Katerina fez o mesmo. Ficamos em silêncio por alguns segundos.

– Eu… Eu preciso te contar uma coisa.

– O que houve?

– Ontem eu fiquei com muita raiva de Leana. - Abaixei a cabeça, lembrando-me do que aconteceu e aquele nó apareceu novamente em minha garganta. - E então eu acabei matando um grupo de adolescentes que acampavam na floresta.

– O que?! - Katerina gritou.

– Kat…

– James, você está indo longe demais. Só por causa da Leana?!

Meu sangue subiu, e senti que íamos começar uma briga. Exatamente, íamos, se não fosse pelo som da campainha ecoando pela minha casa.

Fui, emburrado, abrir a porta. Quando avistei uma garota com a face branca, cabelos azuis lisos, escorrendo pelos seus ombros.

– Você deve ser James. - Assenti com a cabeça e ela deu um sorriso largo e branco. - Prazer, sou Elena. E… Espero que não se importe, mas trouxe uma amiga minha que mora por aqui.

– Não, claro, podem entrar.

– Prazer, - Ouvi uma voz doce e feminina, olhei para onde vinha e avistei uma garota com cabelos cor de fogo e olhos azuis como uma piscina cristalina, ela deu um sorriso e estendeu a mão. - Me chamo Charlotte.

– James. - Apertei a mão dela. - Entrem.

Esperei as duas mulheres entrarem e, quando estava fechando a porta, uma mão a segurou, impedindo que eu fechasse. Uma mão bem conhecida.

Abri a porta e avistei Rick.

– Olá Rick. Temos visita. Modos. - Falei sussurrando, um tanto ironicamente.

– Oh, lá se vai meu plano de pegar suas bolsas de sangue da geladeira e tomar todas freneticamente. - Ele fala da mesma forma ironica que eu.

– Entre.

– Rick, - Falei, chamando atenção das garotas. - essa é Katerina, minha irmã.

– A bruxinha? - Rick sussurrou em meu ouvido e eu assenti com a cabeça. Ficou um silencio constrangedor e eu tossi, antes de continuar a falar.

– Essa é Elena, a namorada da minha irmã. E essa é Charlotte, a amiga da Elena.

Rick se aproximou de Charlotte com um sorriso travesso e torto em seu rosto. Pegou em sua mão e a beijou.

– Prazer, Charlotte.

Lancei um olhar para Katerina, que chegou perto de mim.

– Ele é vampiro? - Kat sussurrou.

– Sim.

– É. Eu consegui sentir. - Katerina falou, ainda sussurrando. - A Charlotte não sabe nada sobre o mundo sobrenatural. Tome cuidado com o que fala.

Assenti com a cabeça e Katerina voltou para ficar do lado de sua namorada.

De repente, de um lado da minha sala estavam Rick e Charlotte flertando enquanto do outro lado estava Katerina dando uns amassos em Elena.

Eu estava de vela, na minha própria casa.

– Ei, - Ouvi a voz de Rick - por que eu não mostro a cidade com a Charlotte para vocês duas, Katerina e Elena?

As duas sorriram.

– Parece uma boa ideia. - Elena falou e se virou para mim. - Você vem, James?

– Ahm… Não. Prefiro ficar em casa. - Disse, um tanto desanimado. Todos assentiram e saíram.

E então eu fiquei sozinho, apenas com meus pensamentos. Mais uma vez.

Me levantei e fui até a cozinha, abri a geladeira e peguei uma bolsa de sangue. Despejei o líquido em um copo e fui para sala. Me joguei no sofá e comecei a apreciar o que havia dentro do copo, enquanto pensava.

Não conseguia parar de pensar em Leana, por que ela havia feito aquilo.

Deixei o copo vazio em cima da mesa da sala e fui até o meu quarto. Me apoiei na escrivaninha.

– Eu preciso te contar uma coisa da qual eu me sinto culpada por você não saber. - Fiquei em silêncio, esperando que ela continuasse. Leana tomou fôlego e falou. - Eu beijei Brian.

A raiva começou a subir e controlar todos os ossos do meu corpo. Derrubei tudo da escrivaninha, de raiva.

E então, meus pensamentos foram cortados pela campainha. Quem poderia ser? Será que Katherina esqueceu alguma coisa e voltou para buscar?

Fui abrir a porta e me surpreendi. Avistei Brian.

Não falei nada e minha cara estava fechada. Abri a porta por inteiro e dei passagem para o mesmo entrar.

– Eai, já conseguiu encontrar a Leana? - Brian perguntou, enquanto olhava para mim.

Me virei para a porta, fechando-a com calma, tentando respirar fundo. Mas não dava. Brian havia mentido para mim todo esse tempo.

Aquela raiva da qual eu senti alguns segundos antes da campainha tocar voltou a me possuir. Fechei o punho e me virei para Brian, dando um soco no mesmo.

– Presumo que sim… - Brian falou, com a voz falhando, enquanto limpava o nariz que, devido ao meu soco, estava sangrando. - E também tenho um palpite que tiveram uma conversa.

Fiquei fitando Brian sério, por alguns segundos.

– Acho que você não quer falar sobre isso. - Brian continuou a falar, dando um sorriso fraco.

O acompanhei com o olhar abrindo a porta e indo embora. Parecia estar com um pesar nos passos. Parecia sentir culpa.

Mas eu não me importava, deveria ter pensado nas consequências antes de beijá-la.


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Notas finais do capítulo

Eai? O que acharam? :3
Beijos, até a próxima!