– Srta. Weasley siga-me.

A garota não se deu ao trabalho de responder, apenas levantou e seguiu as ordens que lhe eram passadas.

– A Srta. Está em posse de sua varinha?

– Sim.

– A Srta. Está em plena consciência de que este é o único objeto permitido no tribunal?

– Sim.

– Portanto, entre. – completou o homem desconhecido apontando para a porta que se encontrava a sua frente.

Thalia obedeceu, atravessou a porta e viu que em sua frente havia apenas uma cadeira, na qual ela se sentou. Que tipos de perguntas iriam fazer?

– Srta. Weasley – iniciou o diretor Longbottom que parecia ser o juiz – podemos começar?

– Sim senhor.

– Na sua vida há coisas pelas quais vale lutar?

– Sim – repondeu sem hesitar.

– A Srta. Já quis matar alguém aqui presente?

– Sim. – a maioria na verdade, pensou Thalia, inclusive ela mesma.

– A Srta. tem medo da morte?

– Não.

– A Srta. quer enfrentar o basilisco?

– Sim.

– Podemos solta-lo?

– Sim.

A porta pela qual a menina entrou, foi abrindo. Ela sabia que não podia dar ao basilisco a chance de mostrar os olhos, então gritou:

– Avada Kedavra!

E a cobra caiu, morta.

– A Srta. acaba de usar uma Maldição Imperdoável, julga isto certo?

– Sim.

– Justifique-se.

– Eu apenas matei o que iria me matar, e Salazar Slytherin não julgava isso errado.

– A Srta. acha que merece morrer?

– Sim.

– Sessão encerrada, por favor retire se Srta. Weasley.

*

Gale não entendeu nada. Primeiro aquele menino, Macob foi para o tribunal e lhe fizeram perguntas sobre medo, até que ele mentiu , e o basilisco foi solto. O garoto apenas fechou os olhos e se deitou no chão. O animal voltou para onde estava e tiraram Osgridan a força do tribunal. Depois de um tempo, Daniela entrou, fizeram perguntas sobre família e ela disse apenas a verdade. Gale achava que ela tinha ficado em primeiro lugar, pois ela foi a única entre os campeões que não precisou enfrentar o basilisco. Mas ele não podia negar que teve medo quando chegou a vez da sua irmã. Ele se questionava porque as perguntas sobre morte e por que ela queria enfrentar o basilisco.

*

– Alunos, temos aqui a classificação do segundo desafio. Em primeiro lugar Daniela Kirkus. Em segundo Macob Osgridan. E em terceiro Thalia Weasley. Na classificação geral, Srta. Kirkus está em primeiro, Srta. Weasley em segundo e Sr. Osgridan em terceiro. Obrigado pela atenção. Boa Noite.

*

Thalia estava confusa. Terceiro lugar? Foi então conversar com o diretor Longbottom.

– Professor Pedro?

– Thalia. Entre.

Thalia já tinha estado ali antes. O escritório era uma sala circular repleta de quadros e moveis escuros.

– Professor eu queria lhe perguntar, por que fiquei em último lugar?

– Jovem você matou o animal.

– Ele ia me matar!

– Não ele não ia.

– Mas o senhor disse que ele iria nos atacar.

– Gostar não é amar. Falar não é dizer. Partir não é deixar. Querer não é precisar. Perguntar não é duvidar. Atacar não é matar.

– Então ele iria me atacar.

– Que você o atacasse, não o matasse.

– Acho que compreendi. Obrigada por esclarecer as coisas.

– Ao seu dispor Thalia.

– Posso me retirar?

– Na verdade não. Podemos conversar sobre o úlitmo desafio?

– Claro.

– Não espere que eu lhe conte o que lhe aguarda minha jovem.

– Obvio que não diretor.

– Eu apenas queria lhe prevenir: não esqueça sua varinha e leve fôlego, resistência física. Boa Sorte.

– Obrigada.

– Não à de que. Está liberada, mande comprimentos à seu irmão.

– Ah, sim, claro. Boa noite.

*

– Não entendo sua irmã.

– Ela não pediu pra ser compreendida Alice.

– Pediu pra ser aceita?

– Não. Thalia não pede, você pode achar o que quiser a respeito dela e ela não vai nem ligar.

– Quanta grosseria Gale, você fica assim quando está longe de Henry e próximo a Thalia.

– Não posso negar.

– Eu sei que às vezes posso ser bem irritante. Me desculpe – murmurou Alice.

– Somos dois. Mas sabe, ainda bem que sou seu amigo.

– Por quê?

– Pois preciso de alguém que leve as coisas a sério. Eu iria surtar se convivesse apenas com Henry e Thalia. O palhaço e a estressada.

– Olha, eu não tenho amigas, as meninas parecem me evitar. As únicas pessoas com quem eu falo são você e Henry, sendo que tenho absoluto conhecimento de que uma delas não aprecia minha companhia.

– Você não tem amigas pois elas não merecem sua amizade. Eu não acho que Henry não aprecie sua presença.

– Na verdade eu não estava falando dele.

– Acabei de dizer que não suportaria Hogwarts sem você, o que mais quer que eu faça? Lilice você é como a irmã inteligente que eu nunca tive.

– Irmã, gosto desta palavra. Nós dois somos inteligentes, porque será que não fomos para Corvinal?

– E aí bruxos safados? – entrou na conversa Henry, que anteriormente estava no jantar.

– Ei, eu não sou safada!

– Ainda. – completaram os dois meninos rindo.

E os três amigos ficaram ali, na Sala Comunal mais amarela de Hogwarts, conversando até que o sono reinasse.