Bitter Revenge escrita por Fadaf


Capítulo 3
Capítulo Três - Bulletproof Heart


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora >_
Agradeço a todos que acompanharam o Bitter Revenge até agora *-*
Por favor, mandem reviews dizendo o que acham >_



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Meus pés estavam doendo, mas eu tinha medo de reclamar.

Além disso, Chad andava com uma disposição de louco na frente, abrindo caminho pela floresta que eu nem sabia que existia em Newsletter.

Queria saber para onde estavamos indo, mas o medo, ah, o medo, ele é um inimigo cruel. Nunca tive medo da vida, mas eu estava com medo de Chad. Pelo que ele fez a Ciel. Pelo que podia ainda fazer.

O lugar a nossa volta era escuro e fedia a pinho. Eu não gostava desse cheiro, lembrava-me o Natal.

Eu estava preocupada com Ciel. Seu olho estava bem, graças a Deus, eu apenas dei a má sorte de ter a visão enganada pelas sombras. Chad cortou a bolsa de pele abaixo do olho esquerdo do meu irmão.

Queria saber aonde estavamos indo.

– Está calada, Helen. - falou Chad, virando-se pra trás, com um sorriso. - Não está planejando uma fuga, não é?

Engoli em seco. Aquele sorriso era pertubador.

– Não, eu fiz uma promessa, e eu sou mulher de palavra. - afirmei, olhando para ele com mais confiança do que realmente sentia. - Pergunto-me aonde estamos indo.

Chad riu.

– Oras, eu esqueci que a pequena Helen nunca saiu da cidadezinha.

Mordi o lábio para não responder a altura. Quem esse garoto achava que era? Ele é só mais um de nós.

O sorriso dele aumentou, como se estivesse se divertindo, o que, na verdade, ele estava. Cretino maldito

Continuou seguindo em frente, com Reggie e Big D atrás dele como pintinhos que seguem a galinha. Resolvi passar o tempo observando os dois.

Gestos falam muito de uma pessoa, e qualquer conhecimento do inimigo é válido.

Reggie andava como se tivesse crack, e não sangue, em suas veias. Eu sabia que sob a manga comprida do moleton se escondia um braço deformado pelas picadas de heroina. Ainda não sei como ele não morreu. Espero que seja logo.

Alois se mexeu, desconfortável, em meu colo. Os ossos de ambos machucavam meus braços. Estava começando a ficar pesado para mim, mesmo que eles não passassem de 8 kg.

E, pelo que eu conhecia de Alois, ele não gosta de desconforto, logo começaria a chorar.

Ajeitei Alois do melhor jeito que pude e ele pareceu se acalmar por enquanto.

Suspirei aliviada e observei Big D, meu maior problema para atingir Chad. Ele era como uma parede de segurança, difícil de se passar.

Então, para minha infelicidade, Alois começou a chorar, tão alto que achei que fosse explodir meus tímpanos.

– Manda. Ele. Calar. A. Boca. - falou Chad, e algo em seu tom calmo me assutou.

Ele estava parado, com o punho junto do corpo, controlando-se talvez. Eu não tinha certeza em nada quando se tratava do Chad.

Big D se aproximou e pegou Ciel no colo com um cuidado que me surpreendeu. Ah, sim. Ele tinha uma irmãzinha.

– Alois, bebê, não chora, por favor. - pedi, com doçura, embalando-o.

Ele ainda soluçava, mas não estava mais sendo espalhafatoso.

Sorri para ele, como se dissesse que tudo ficaria bem.

– Ele está com fome. - falei.

– E o que quer que eu faça? Dê meu peito pra ele? - perguntou Chad, passando a mão no cabelo, um gesto que começava a me irritar.

Reggie riu debilmente, e eu fuzilei Chad com os olhos.

– Pelo amor de Deus, são crianças! - explodi.

– Eu não acredito em Deus, Helen. - Chad disse, o sorrisinho irônico de volta a seus lábios. - Reze o quanto quiser a Ele, não vai adiantar. Ele não ouve os loucos de corações pecaminosos.

Mordi novamente os lábios, engolindo suas palavras.

Ele estava certo. Não havia Deus em Newsletter.

– Estamos quase chegando, Helen. - falou Big D, ainda com Ciel em seu colo. - Poderá alimentá-los uma vez que estivermos lá.

Assenti com a cabeça levemente, porém relutante. Eu não queria ir. Andamos mais um pouco, a luz já estava sumindo e as sombras ficavam mais assustadoras.

Big D andava ao meu lado com Ciel em seu colo, como se para me garantir que não faria nada, e eu tinha que infelizmente lhe dar um voto de confiança.

– Você roubou meu filhos. - alguém disse.

Virei para trás, e tive o desprazer de ver minha mãe.

Ótimo, mais problemas.


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